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TikTok: os perigos dos polêmicos filtros de beleza do app

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Pesquisas indicam que filtros virtuais podem fazer os usuários se sentirem pior em relação si mesmos. ‘Tiktoker’ Kelly Strack, que posta sobre maquiagem, demonstra como filtro pode transformar visual
Kellystrackofficial/Tiktok
Quando descobri os “filtros de beleza” – projetados para “melhorar” a aparência e muito populares em plataformas como TikTok, Instagram e Snapchat -, uma das minhas primeiras reações foi pensar que aquilo “zerava o jogo” para todos.
Antes da pandemia, eu passava um pouco de maquiagem quando ia sair. Isso fazia com que me sentisse mais atraente e a diferença no tratamento das pessoas quando eu passava rímel só reforçava essa percepção.
Mas então vieram o lockdown, o trabalho em casa e a chegada de um bebê. Encontrar tempo e motivação para passar batom parecia coisa do passado.
Por isso, quando vi pela primeira vez um filtro que fazia isso por mim – ou pela minha presença na internet, pelo menos – fiquei maravilhada.
E tive que me perguntar: será que existe tanta diferença entre passar 15 minutos me maquiando ou colocar um filtro na minha foto publicada na internet?
À medida que os filtros de beleza se tornam mais sofisticados, novas críticas estão surgindo condenando seus efeitos potenciais em tudo, desde nossa auto-estima até seu poder de popularizar um determinado padrão de beleza.
Nesta semana, com o lançamento pelo TikTok do filtro Bold Glamour – que tem um efeito surpreendentemente impecável – levou muitos usuários a se perguntarem se a tecnologia foi longe demais.
Ele pode transformar qualquer pessoa em top model.
A tecnologia permite aprimoramentos estéticos que antes não eram possíveis
Getty Images
Essas preocupações e críticas são válidas, mas muitas vezes não levam em consideração um componente crucial.
Como tantas outras coisas ligadas à tecnologia, os filtros de beleza não foram criados em uma bolha, separados da sociedade, para depois nos “infectar”.
Eles refletem – e muitas vezes pioram – os preconceitos e problemas que já temos. Esse é o problema.
Muito antes do filtro Bold Glamour surgir, nossa sociedade já tinha um fetiche pela beleza.
E não se trata apenas de atração física: as pessoas convencionalmente bonitas são vistas como as melhores em tudo, mais inteligentes e isso se reflete até em maior renda.
Cânones da beleza real x online
A verdade é que, seja com a escolha da roupa ou do corte de cabelo, dos óculos ou da maquiagem, nós nos apresentamos de uma determinada maneira – e, geralmente, de forma condizente com os cânones de beleza vigentes.
Embora gostemos de pensar que tomamos essas decisões com base em nossas preferências individuais, sabemos há muito tempo que elas são impulsionadas pelos estilos da moda.
Existem muitos estudos que comprovam isso.
Até um traço como as sobrancelhas passou das formas fininhas dos anos 90 para as supergrossas dos anos 2010 (e já está mudando de novo).
Claro, há uma diferença entre seguir as tendências de beleza na vida real e aplicar filtros online. Os cosméticos podem criar a ilusão de maçãs do rosto mais esculpidas; um filtro de beleza os esculpe virtualmente.
Mas em uma época em que procedimentos estéticos altamente eficazes e minimamente invasivos, como o botox, estão se tornando mais populares, é possível dizer que muitas pessoas que você encontra na vida real tiveram uma “ajuda extra” na aparência.
Como nossa capacidade de rejuvenescer e recriar cânones de beleza na vida real aumenta exponencialmente, é natural que estejamos vendo o mesmo fenômeno na internet. Mas não menos problemático.
Na verdade, pode ser um ciclo vicioso: os filtros de beleza não estão apenas respondendo aos cânones existentes, mas os cânones de beleza offline estão mudando em resposta aos filtros.
Meninas adolescentes que usam filtros, por exemplo, têm maior probabilidade de cogitar fazer uma cirurgia estética.
E os cirurgiões plásticos observaram um aumento no número de clientes que buscam as operações para se parecerem mais com suas imagens geradas pelos filtros.
Isso é ainda mais preocupante quando se leva em conta que esses filtros tendem a ser racialmente tendenciosos, com base em características estereotipadas de pessoas “brancas”.
Efeitos na percepção
As pesquisas até agora indicam que os filtros virtuais podem fazer os usuários se sentirem pior em relação si mesmos
Getty Images via BBC
Estamos falando apenas de filtros faciais. Mas há muitas maneiras de retocar o corpo nas redes sociais, até mesmo em vídeo.
De certa forma, isso não é nenhuma novidade. Modelos e fotógrafos profissionais sabem há muito tempo que certas poses e ângulos podem alongar as pernas e estreitar a cintura, e então retocam as imagens na edição com programas de computador.
Influenciadores das redes sociais também costumam recorrer a essas estratégias.
Ao tornar mais fácil para qualquer pessoa diminuir a cintura ou preencher os lábios em um vídeo ou foto online, pode-se argumentar que esses filtros estão apenas tornando os truques da indústria mais acessíveis.
Enquanto alguns aplaudem o aumento da disponibilidade de tecnologia, também é verdade que esses filtros são novos demais para sabermos como eles afetam a autopercepção e a saúde mental a longo prazo.
As pesquisas feitas até agora indicam que eles podem fazer os usuários se sentirem pior sobre si mesmos, em parte devido a ver tantas imagens de outras pessoas que são fortemente editadas e sem falhas.
Mesmo antes do surgimento dos filtros de beleza mais sofisticados, as pessoas que passavam muito tempo nas redes sociais vendo a vida idealizada de outras pessoas eram mais propensas a se sentir mal psicologicamente.
A mesma coisa ocorre quando vemos nossa própria imagem com filtros.
As adolescentes, que geralmente são mais vulneráveis aos efeitos das imagens que veem nas redes, correm um risco particularmente alto.
Um estudo, por exemplo, descobriu que quando selfies originais ou retocadas eram mostradas para meninas entre 14 e 18 anos, elas achavam que as imagens editadas ficavam melhores.
Aquelas que viram fotos manipuladas ficaram menos satisfeitas com seus corpos.
Embora o Bold Glamour do TikTok esteja recebendo a maior parte da atenção da imprensa, existem outros filtros que são problemáticos de uma maneira diferente.
Um dos mais perturbadores é o filtro Teen, também do TikTok, que faz qualquer um parecer um adolescente.
Especialistas em segurança infantil manifestaram preocupação. Esse filtro, em particular, pode ser usado por adultos que fazem poses sugestivas ou usam roupas sexualmente sedutoras, por exemplo, para fazer os espectadores acreditarem que são adolescentes.
Isso destaca – e também aumenta – um aspecto perigoso da sociedade: a normalização da sexualização das crianças.
Os filtros de beleza podem ser mais um passo em nossa obsessão cultural em aperfeiçoar nossa aparência.
Mas, a julgar pela recepção que tiveram até agora, eles podem ir longe demais.
Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx9qz9d8rzyo

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Roberta Sá sinaliza salutar fidelidade ao samba ao aprontar álbum com músicas inéditas para apresentar em 2025

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♫ COMENTÁRIO
♩ Roberta Sá apronta álbum com músicas inéditas, o primeiro desde Giro (2019), disco lançado há cinco anos com repertório inteiramente composto por Gilberto Gil para a cantora. Será um álbum de sambas, o que nem configura novidade na trajetória fonográfica da artista.
Com exceção de Segunda pele (2012), disco em que Roberta se desviaria totalmente da cadência bonita do gênero se não tivesse gravado um samba recebido de João Cavalcanti (O nego e eu) quando o álbum já estava alinhavado, a discografia da cantora é pautada pelo ritmo.
Foi na batida do samba que Roberta Sá se firmou como nome sobressalente na geração de cantoras brasileiras do século XXI com álbuns como Braseiro (2005) e Que belo estranho dia pra se ter alegria (2007). Essa discografia alcançou pico de beleza e sofisticação com o álbum Quando o canto é reza – Canções de Roque Ferreira (2010), gravado por Roberta com o Trio Madeira Brasil.
De lá para cá, Roberta Sá lançou bons discos – como o já mencionado e exuberante Segunda pele e o posterior e menos coeso Delírio (2015) – sem repetir o impacto desta trilogia fonográfica inicial.
Resta torcer para que o próximo álbum de Roberta Sá – previsto para 2025, 20 anos após a edição do disco Braseiro – venha na vibe dos primeiros trabalhos dessa cantora que sabe cair no samba com leveza. A fidelidade da artista ao samba é bom sinal

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Por que a cultura do estupro é tão comum na indústria musical e o que Sean Diddy tem a ver com isso

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Com mais de 200 páginas, documento reúne dezenas de casos de magnatas da música americana acusados de cometer crimes sexuais e de assumir posturas controversas. Sean ‘Diddy’ Combs
Chris Pizzello/Invision/AP
O caso Diddy ainda parece distante de uma conclusão, mas, sem dúvidas, já é um marco na indústria da música. Há, inclusive, expectativas de que se torne o próximo MeToo, movimento que chacoalhou Hollywood em 2017 com uma onda de denúncias de crimes sexuais.
Preso em 16 de setembro, Dsddy se diz inocente e aguarda julgamento. Mas ele não foi o único músico a entrar na mira da Justiça nessas últimas semanas. Quem também foi processado é o astro country Garth Brooks, acusado de estupro, o que é negado por ele.
Dominado por homens, o setor musical tem uma extensa lista de denúncias e condenações por assédio e abuso. Isso é tão frequente que há uma naturalização do problema, o que acaba levando à chamada cultura do estupro.
“Por décadas, a indústria da música tem tolerado, perpetuado e, muitas vezes, comercializado uma cultura de abuso sexual contra mulheres e meninas menores de idade. Milhares de artistas, executivos e acionistas lucraram bilhões de dólares, enquanto se envolviam e/ou encobriam comportamentos sexuais criminosos”, diz o texto introdutório do relatório “Sound Off: Make the Music Industry Safe” (ou “Som desligado: Torne a Indústria da Música segura”, em português), publicado em fevereiro deste ano.
Com mais de 200 páginas, o documento reúne dezenas de casos de magnatas da música americana acusados de cometer crimes sexuais e de assumir posturas controversas. São histórias que vão dos anos 1950 a 2024.
A constante negligência de denúncias, investigações e até sentenças judiciais estimula crimes sexuais no mercado musical. É o que aponta o relatório, elaborado por uma coalizão entre os grupos feministas Lift Our Voices, Female Composer Safety League e Punk Rock Therapist.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Sexo, drogas e rock n’ roll
“Para desenvolver uma marca estética de alguns artistas, a indústria usa essa cultura a seu favor”, diz Nomi Abadi, pianista e fundadora da Female Composer Safety League, rede de suporte a compositoras vítimas de abuso sexual e assédio. Ela conversou com o g1 por videochamada. “É por isso que tem tanto músico acusado impune.”
Ela cita o famoso lema “sexo, drogas e rock n’ roll”. Para a artista, a ideia é menos sobre um espírito roqueiro e mais sobre uma dinâmica de poder que está presente em todos os gêneros musicais. É uma forma de relativizar histórias de mulheres que alegam terem sido drogadas e violadas sexualmente em festas com músicos, executivos, produtores e outros profissionais do setor.
De fato, não é raro encontrar esse tipo de queixa no meio musical. O próprio Diddy é acusado de drogar e estuprar mulheres durante seus festões luxuosos, chamados de “white parties” e “freak-off”. Inclusive, há relatos de que ele teria coagido algumas convidadas a usar fluidos intravenosos para recuperação física após submetê-las a longas e violentas performances eróticas.
O músico nega todas as acusações que levaram à sua prisão. Quanto ao caráter libertino de suas festas, ele sempre gostou de fazer menções, se gabando dos eventos.
Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York.
Lucas Jackson/Reuters
“Todos nós já sabíamos. Por muito tempo, ouvimos histórias sobre essas festas”, afirma Nomi. “Eu conheci uma vítima de P. Diddy. Minha amiga esteve em uma dessas festas… Ninguém a escutou. Ninguém se importou com ela.”
Os eventos, que rolavam desde os anos 2000, eram privados — a lista de convidados do rapper reunia atores, músicos, empresários e políticos. Jay-Z, Will Smith, Diana Ross, Leonardo DiCaprio, Owen Wilson, Vera Wang, Bruce Willis e Justin Bieber são algumas das celebridades que compareceram aos encontros.
“O que tinha nessas festas era coisa muito ruim. E mesmo envolvendo tantas pessoas, continuava acontecendo”, continua Nomi. É mais ou menos o que também afirmou a cantora Cassie, ex-namorada de Diddy, em 2023, quando ela abriu um processo contra ele, alegando ter sido estuprada e violentada por mais de uma década. Na ação, que já foi encerrada (sem os detalhes divulgados), a artista afirmou que os supostos crimes do rapper eram testemunhados por muita gente “tremendamente leal” que nunca fazia nada para impedi-lo.
Sean ‘Diddy’ Combs
Richard Shotwell/Invision/AP
Desde que fundou a Female Composer Safety League, Nomi tem tido contato com várias denúncias de agressão sexual no setor da música. “Uma coisa que me surpreendeu quando comecei a frequentar esse meio [de dar suporte a vítimas] é que cada sobrevivente tem sua própria versão da mesma história. As circunstâncias são diferentes. O que aconteceu com cada pessoa é único. Mas todas elas querem ser validadas, compreendidas e terem seus empregos mantidos”, afirma ela. “São os mesmos medos e os mesmos desejos.”
Anos atrás, a artista moveu processos contra Danny Elfman, compositor de trilhas de blockbusters como “Batman” e “Beetlejuice”. Nas ações, ela alegou ter sido vítima de crimes sexuais. Ele nega. Os dois entraram em um acordo com termos não divulgados.
A cultura externa
Também em entrevista ao g1, a pesquisadora de rap Nerie Bento analisa que, na indústria, a cultura do estupro é atrelada à desigualdade de gênero do mercado, além da própria influência de quem está de fora.
“É uma cultura que permeia toda a sociedade, então, obviamente vai estar aqui também”, diz ela. “E a própria música em si… A gente tem muita música misógina que contribui com isso.”
Neire menciona, então, a erotização de corpos femininos em videoclipes de cantores famosos como o próprio Sean Diddy, o que, segundo ela, também endossa a cultura do estupro, ao objetificar a figura da mulher.
O apelo às gravadoras
O relatório “Sound Off” também faz menções à erotização feminina no setor. Além disso, critica as três maiores empresas do mercado fonográfico (Warner Music, Universal Music e Sony Music), propondo que adotem as seguintes demandas:
O fim de NDAs (Non-disclosure agreements, na sigla em inglês), ou seja, acordos de confidencialidade — prática frequente para o encerramento desse tipo de processo no meio musical;
Uma lista pública dos músicos, executivos, gerentes, produtores e outros profissionais acusados de má conduta sexual;
Adoção de protocolos institucionalizados que estimulem a denúncia, não o silêncio;
Investigações conduzidas por partes externas
A defesa de leis que derrubem a prescrição em crimes sexuais
Demandas que surgem porque, segundo a coalizão do relatório, essas gravadoras “ignoraram acusações, silenciaram vítimas e até permitiram o abuso” por décadas.
O g1 entrou em contato com as assessorias da Warner, Universal e Sony, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.

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Bruno Mars começa tour no Brasil; show deve ter piada com calcinha e hit gravado com Lady Gaga

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Antes de turnê com 14 apresentações, g1 assistiu ao show do cantor para convidados. Com setlist semelhante ao do The Town, Bruno deve incluir novas piadinhas e grito de ‘Bruninho is back’. Bruno Mars encerra show no The Town com o sucesso ‘Uptown Funk’
Bruno Mars começa nesta sexta-feira (4) uma sequência de 14 shows, que vai até o dia 5 de novembro. Antes dessa turnê brasileira, o cantor havaiano de 38 anos fez um show beneficente no Tokio Marine Hall, em São Paulo, na terça-feira (1º). A apresentação para 4 mil pessoas arrecadou R$ 1 milhão para as vítimas da tragédia climática no Rio Grande do Sul.
No show para famosos, convidados e também fãs que participaram de uma promoção, ele seguiu uma estrutura de setlist bem parecida com a do The Town. Bruno fez dois shows no festival paulistano, em setembro de 2024.
Ele ainda começa o show com “24 Magic” e termina com a trinca “Locked Out of Heaven”, “Just the Way You Are” e “Uptown Funk”. No show exclusivo antes da turnê, ele se comunicou um pouco menos com o público.
Entre as poucas interações, gritou “Bruninho is back!”, quando a plateia começou a gritar “Bruninho! Bruninho! Bruninho”, ainda no começo. Em “Billionaire”, alterou parte da letra e cantou “different calcinhas every night”, brincadeira que foi muito aplaudida.
Há ainda uma parte piano e voz, em que ele emenda várias músicas, começando com “Funk You” e passando por “Grenade”, “Talking to the moon” e “Leave the door open”, a única que ele toca do projeto Silk Sonic. A novidade nessa parte, que rolou no show de terça, deve ser a inclusão de um trecho de “Die With a Smile”, música lançada com Lady Gaga em agosto passado.
Bruno Mars
Divulgação
No show do Tokio Marine Hall, um pouco mais curto do que os da turnê, não houve a versão instrumental de “Evidências”, de Chitãozinho & Xororó, tocada por seu tecladista. O solo de bateria, porém, continua presente. Então, não se sabe qual música brasileira será homenageada pela banda de Mars.
A banda que o acompanha, The Hooligans, segue impecável e o ajuda em coreografias cheias de gingado. Para tocar com Mars, não basta ser ótimo músico, tem que saber dançar. Com toda essa atmosfera de suingue e simpatia, fica difícil não se encantar pelo charme de Bruninho.
O repertório de Mars vai do soul ao pop rasgado, passando por R&B, levadas de reggae e baladas perfeitas para pedidos de casamento, como “Marry You”.
Antes dos shows no The Town, Bruno havia vindo ao Brasil em 2017 e em 2012, quando foi atração do festival Summer Soul.
Bruno Mars no Brasil
São Paulo: 4, 5, 8, 9, 12 e 13 de outubro – Estádio Morumbi
Rio: 16, 19 e 20 de outubro – Estádio Nilton Santos
Brasília: 26 e 27 de outubro – Arena Mané Garrincha
Curitiba: 31 de outubro e 1º de novembro – Estádio Couto Pereira
Belo Horizonte: 5 de novembro – Estádio Mineirão

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