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Festas e Rodeios

O outro Zé Vaqueiro: músico desiste de briga por nome e se diz traído por empresa de Xand Avião

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Cantores de forró tinham mesmo nome artístico e histórias parecidas até 2020, quando um deles estourou. Agora, o outro vira ‘Zé Estilizado’ e diz que escritório do Zé mais famoso rompeu acordo. À esquerda, José Jacson de Siqueira dos Santos Junior, o Zé Vaqueiro. À direita, Wesley dos Santos Vieira, que já foi Zé Vaqueiro e mudou de nome para Zé Estilizado
Divulgação
“É o Zé Vaqueiroooo, o originaaaaal…” É difícil não ouvir por aí o bordão do dono de hits como “Tenho medo”, “Letícia”, “Cangote” e “Volta comigo bb”. Ele se chama José Jacson de Siqueira dos Santos Júnior, tem o nome artístico Zé Vaqueiro e é um dos cantores mais ouvidos do Brasil.
Muita gente não sabe que o termo “o original” no bordão surgiu para diferenciá-lo de um homônimo de história parecida, trajetória semelhante no interior de Pernambuco e que chegou a contestar o registro do nome artístico, mas acabou comendo poeira, com sucesso bem menor.
Agora , o “outro Zé Vaqueiro”, nascido Wesley dos Santos Vieira, mudou o nome artístico para Zé Estilizado. Ele desistiu da disputa no Instituto Nacional de Propriedade Inteletctual (INPI). Wesley diz ao g1 que foi traído pela Vybbe, empresa de Xand Avião, que contratou o Zé Vaqueiro famoso.
A ideia de Wesley era mudar voluntariamente o nome e abandonar a contestação no INPI. Em troca, a Vybbe o ajudaria a pagar o material de divulgação com a nova marca. Mas ele diz que acabou ficando sem o nome artístico e sem a ajuda supostamente prometida.
Zés Vaqueiros: origens
A coincidência da origem impressiona: José Jacson fazia pequenos shows no sertão de Pernambuco quando entrou na onda da pisadinha com o nome artístico Zé Vaqueiro. Ele despontou ao compor um hit famoso na voz de Jonas Estilizado, “Vem me amar”, seguido dos sucessos citados no início.
Wesley também fazia pequenos shows no interior de Pernambuco quando entrou na onda da pisadinha com o nome artístico Zé Vaqueiro. Ele despontou ao compor outro hit famoso na voz de Jonas Estilizado, “Investe em mim”, seguido de músicas que até passaram da marca do milhão no YouTube, mas não decolaram.
Até o Spotify já confundiu
Hoje, fãs do Brasil todo reconhecem e curtem José Jacson como Zé Vaqueiro. Até seu casamento virou polêmica nacional. Mas até o início de 2020 a questão não era tão óbvia: no Spotify, havia apenas um perfil com nome Zé Vaqueiro, e com músicas de José Jacson e Wesley misturadas.
Ambos dizem que não sabiam da existência do outro ao escolher o nome, se conheceram e até beberam juntos. Wesley até colocou o complemento “Estilizado” no nome para diferenciar.
Os dois passaram rapidamente de vídeos caseiros com pouca repercussão a clipes vistos milhões de vezes no YouTube. Até o início de 2020, estavam em patamar semelhante de sucesso. Mas desde então José Jacson disparou e ainda assinou contrato com a Vybbe.
Na internet, os primeiros registros musicais usando o nome encontrados pelo g1 são de José Jacson. Wesley foi o primeiro a tentar fazer o registro no INPI, mas agora desistiu da causa.
Quem é José Jacson, o Zé Vaqueiro que o Brasil consagrou?
José Jacson, o Zé Vaqueiro que canta o hit ‘Letícia’, compôs ‘Vem me amar’, hit na voz Jonas Estilizado, e assinou com o novo escritório de Xand Avião
Divulgação
José Jacson de Siqueira dos Santos Júnior tem 22 anos e nasceu em Ouricuri, no sertão pernambucano. A mãe, Nara, era cantora de forró. “Desde pequeno, na barriga mesmo eu já vinha nesse ramo da música”, ele conta.
Trabalhou vendendo sorvete, na barraca de lanche da avó, e em um lava-jato, enquanto cantava em pequenas festas e tentava engatar a carreira. Aos 18 anos, se animou com o sucesso do piseiro e gravou o primeiro álbum caseiro como Zé Vaqueiro. Além de cantar, queria escrever.
“Meu tio é poeta. Aí eu perguntei para ele: ‘Tio, como eu faço para compor?’ Ele falou: ‘Rapaz, você tem que colocar no papel o que está sentindo aí.’ Aí eu peguei um caderno antigo do governo, do tempo que eu estudava na escola estadual.” Uma das primeiras composições, “Vem me amar”, deu certo.
“Eu falei: rapaz, como que uma música que eu fiz ali sentado no sofá de casa, no caderno do governo, tá rodando o Brasil? Isso aí eu nunca esqueci, sabe?”, diz Zé Vaqueiro.
Mas ele ainda não tinha tanta estrutura, e “Vem me amar” acabou ficando mais conhecida na voz de Jonas Esticado, outra jovem estrela do forró, apadrinhado por Gusttavo Lima.
Zé também escreveu “Se você se entregar”, que tocou em muitas festas de piseiro, na voz dele mesmo. Mas os maiores sucessos vieram depois, com composições de terceiros: primeiro foi “O povo gosta de piseiro”, parceria com Eric Land.
No segundo semestre de 2020 vieram os sucessos que o fizeram despontar de vez: “Tenho medo” e “Letícia”. Depois vieram mais hits: “Volta comigo bb”, “Cangote”, “Meu Mel”… São centenas de milhões de audições que fizeram dele o cantor romântico mais ouvido do Brasil.
Quem é Wesley, o ‘ex-Zé Vaqueiro’?
Wesley dos Santos Vieira, o Zé Vaqueiro Estilizado, compositor de ‘Investe em mim’, que gravou em parceria com Jonas Estilizado
Divulgação
Wesley dos Santos Vieira tem 22 anos e nasceu em Lagoa Grande, no sertão pernambucano – a 125 km de Ouricuri e 655 km de Recife.
Desde os 15, ele escreve músicas e canta, mas começou no forró misturado com arrocha, sempre com canções de amor. “Sou muito fã do estilo romântico”, conta. Ele passou por várias bandas pequenas e shows em barzinhos, ainda com o nome artístico Wesley Santos.
Ele entrou mais cedo no mercado da composição. Escreveu dois sucessos na voz do ídolo sergipano Unha Pintada. O maior foi “Dono da bodega”, em 2018. Depois veio “Amor forçado”, em 2019.
Ele já tinha mais de moral no mercado quando passou pelo mesmo dilema do outro Zé Vaqueiro: viu uma música sua, “Investe em mim”, crescer e ser cobiçada por Jonas Esticado. Em vez de só vender o direito de gravação, ele pelo menos conseguiu um acordo: gravar em parceria.
Ao contrário do xará, ele não viu a sorte virar após ser gravado por Jonas Esticado. Ele gravou um dueto, mas diz que Jonas divulgou nas rádios outra gravação, sozinho.
Em 2020, Zé Vaqueiro Estilizado (com o complemento que o diferenciava do outro Zé que já decolava) até gravou músicas em versões bem tocadas – “Libera ela” (8 milhões de views) e “Some ou me assume” (3,5 milhões) -, mas bem abaixo do patamar dos hits atuais do outro.
Ele ainda brigava no INPI para, ao menos, continuar com o registro do nome “Zé Vaqueiro Estilizado”, já tendo perdido a tentativa de ser o dono do “Zé Vaqueiro” puro. No fim de 2021, finalmente ele se rendeu e virou apenas o “Zé Estilizado”.
Registro da marca “Zé Vaqueiro Estilizado” estava em aberto no INPI
Reprodução
g1 checou: José Jacson postou primeiro
Wesley disse ao G1 que usou pela primeira vez o nome Zé Vaqueiro em shows em 2014, mas que não fez nenhum registro, por ser menor de idade, nem postou nada na web. José Jacson diz que começou a usar o nome em 2018, e há registros na internet que corroboram com a história.
O G1 buscou nos sites YouTube e Sua Música (especializado em forró), e os materiais mais antigos encontrados com o nome Zé Vaqueiro são ambos de José Jacson, em julho de 2018.
Em julho de 2018 já havia registro do Zé Vaqueiro José Jacson no YouTube
Reprodução
No perfil oficial de Zé Vaqueiro Estilizado no Facebook, ele se apresentava apenas como o cantor Wesley Santos até março de 2019.
No dia 12 de abril de 2019, Wesley fez um post dizendo: “Novo projeto vem aí. Uma nova etapa da minha vida.” No dia 13 de abril, ele divulgou uma música se identificando como Zé Vaqueiro, e um mês depois, como Zé Vaqueiro Estilizado.
O anúncio do “novo projeto” e os primeiros posts no Facebook se identificando como Zé Vaqueiro foram feitos por Wesley, portanto, nove meses depois dos primeiros registros de José Jacson.
Ao ser questionado, Wesley enviou ao g1 postagens dele de 2017 que citavam o nome Zé Vaqueiro, o que poderia indicar que ele já usava este nome artístico. Mas os textos antigos foram editados por ele em 2020.
Um post original de 2017 dizia “família WS”, (de Wesley Santos). Ele editou em 2020 o texto para “família zé piseiro” antes de mandar os links para o g1.
Wesley enviou ao G1 links dizendo que ele já se identificava como Zé Vaqueiro em 2017. Mas o texto foi editado. No original, ele dizia ‘família WS’ (sigla de Wesley Santos). Em 2020, ele editou o texto para ‘família zé piseiro’, nome que ele não usou no post original
Reprodução / Facebook
Encontro de Zés
Welsey já disse ao g1 que conheceu José Jacson em 2019 e que eles se deram bem. “A gente conversou, já almoçou junto, tomou cachaça, aqui em Lagoa Grande. Foi de boa”, disse no início de 2020.
O encontro foi registrado por ele no Facebook, junto com a promessa de uma parceria que nunca se concretizou. Hoje, é apenas uma lembrança de quando eles eram xarás.
José Jacson (esquerda) e Wesley (direita), respectivamente o Zé Vaqueiro e o Zé Vaqueiro Estilizado, chegaram a se encontrar e beber juntos em julho de 2019, em Lagoa Grande (PB). Eles até conversaram sobre fazer uma parceria, que nunca se concretizou
Reprodução / Facebook

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VÍDEOS Rock in Rio: o melhor do dia 20/9

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Xuxa no Rock in Rio: como será o show no festival

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Ela se apresentará após o show de Katy Perry, nesta sexta-feira (20), no Palco Itaú. Ela fecha o dia com line-up composto inteiramente por artistas mulheres. Xuxa se apresenta no Rock in Rio
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A participação de Xuxa no Rock in Rio foi confirmada nesta sexta-feira (20). A “Rainha dos Baixinhos” se apresentará após o show de Katy Perry, no Palco Itaú.
“O futuro está aí. As crianças estão aí. As crianças que cresceram comigo estão mostrando para os seus filhos o trabalho que eu fiz no passado. Quer coisa mais futurística que isso? Ser o futuro é isso: você fazer parte do passado de muita gente, ser o presente e fazer parte da imaginação das pessoas futuramente. O fato de eu fazer parte do imaginário e também do dia a dia dos netos dessas pessoas me emociona muito”, disse.
A artista promete fazer o gramado virar uma grande pista de dança com seus hits de sucesso.
Rodrigo Montesano, head de Experiências de Marca e Patrocínios do Itaú Unibanco, disse que a presença de Xuxa no espaço “é uma homenagem à sua trajetória como ícone da cultura pop brasileira”, principalmente em um dia de line-up inteiramente feminino.
Katy Perry distribui pizza para fãs na porta do Copacabana Palace

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Do consumo responsável à oportunidade: projeto Cri. Ativos da Favela chega ao Rock in Rio

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Projeto promovido pelo Instituto HEINEKEN, Rock in Rio, Favela Filmes e CUFA direciona verba arrecadada com vendas de Heineken 0.0 para capacitação de jovens talentos na área do audiovisual Após o sucesso da edição piloto do projeto Cri.Ativos da Favela, lançado em 2023, em São Paulo, durante o festival de música The Town, o Instituto HEINEKEN em parceria com a marca Heineken®, o Rock in Rio, Favela Filmes e a Central Única das Favelas (CUFA) anuncia a ampliação do programa para a cidade do Rio de Janeiro.
Dessa vez, na edição que celebra os 40 anos do maior festival de música e entretenimento do mundo, o projeto irá impactar diretamente 120 jovens, o dobro da edição de estreia, oriundos das favelas cariocas.
À semelhança do que aconteceu no The Town 2023, e com o objetivo de fomentar o consumo responsável, o valor arrecadado com a venda de Heineken 0.0, versão zero álcool da marca, ao longo dos sete dias do Rock in Rio, será destinado à iniciativa que visa transformar a vida de jovens por meio da formação na área do audiovisual, inteligência artificial e música.
Além de formação em roteiro e produção de vídeos, o curso será focado no contexto musical, pontua Vania Guil, gerente executiva do Instituto HEINEKEN.
“O Rio de Janeiro é conhecido por sua rica tradição cultural e musical e gêneros como Rap, Trap e Funk emergem daqui, o que dá ainda mais peso para a relevância da música na vida desses jovens. Queremos fortalecer a conexão deles com a própria cultura e identidade e fazer com que isso possa gerar oportunidades de renda, preparo profissional, reconhecimento e inserção no mercado de trabalho”, afirma.
Os jovens das favelas do Brasil estão no centro do trabalho de impacto social que o Instituto Heineken desenvolve e, somar esforços com parceiros como Rock in Rio, Cufa e Favela Filmes para iniciativas como essa ampliam o potencial de atuação. O projeto entende que ver os jovens ganhando cada vez mais espaço e amplificando sua voz é a melhor resposta para quem ainda não entendeu a potência transformadora que vem das favelas.
“A união de forças entre empresas privadas e o terceiro setor é fundamental para que possamos fazer o mundo ser melhor para todos com o máximo de agilidade e, sempre que possível, focando em dar ferramentas de fortalecimento, dignidade e independência para os ecossistemas mais fragilizados da sociedade”, diz Roberta Medina, vice-presidente executiva da Rock World sobre a iniciativa.
“O curso Cri.Ativos da Favela tem um impacto direto e profundo na vida dos alunos. É uma imersão na qualificação técnica e na prática do audiovisual. Estamos falando de jovens que, em muitos casos, enxergam no audiovisual uma forma de expressar suas vivências e histórias, e o projeto dá a eles as ferramentas. Além de proporcionar a mudança em suas vidas e de seus familiares”, diz Preto Zezé, presidente da CUFA Rio.
Segue o fio para conhecer mais sobre o projeto.

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O outro Zé Vaqueiro: músico desiste de briga por nome e se diz traído por empresa de Xand Avião

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Cantores de forró tinham mesmo nome artístico e histórias parecidas até 2020, quando um deles estourou. Agora, o outro vira ‘Zé Estilizado’ e diz que escritório do Zé mais famoso rompeu acordo. À esquerda, José Jacson de Siqueira dos Santos Junior, o Zé Vaqueiro. À direita, Wesley dos Santos Vieira, que já foi Zé Vaqueiro e mudou de nome para Zé Estilizado
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“É o Zé Vaqueiroooo, o originaaaaal…” É difícil não ouvir por aí o bordão do dono de hits como “Tenho medo”, “Letícia”, “Cangote” e “Volta comigo bb”. Ele se chama José Jacson de Siqueira dos Santos Júnior, tem o nome artístico Zé Vaqueiro e é um dos cantores mais ouvidos do Brasil.
Muita gente não sabe que o termo “o original” no bordão surgiu para diferenciá-lo de um homônimo de história parecida, trajetória semelhante no interior de Pernambuco e que chegou a contestar o registro do nome artístico, mas acabou comendo poeira, com sucesso bem menor.
Agora , o “outro Zé Vaqueiro”, nascido Wesley dos Santos Vieira, mudou o nome artístico para Zé Estilizado. Ele desistiu da disputa no Instituto Nacional de Propriedade Inteletctual (INPI). Wesley diz ao g1 que foi traído pela Vybbe, empresa de Xand Avião, que contratou o Zé Vaqueiro famoso.
A ideia de Wesley era mudar voluntariamente o nome e abandonar a contestação no INPI. Em troca, a Vybbe o ajudaria a pagar o material de divulgação com a nova marca. Mas ele diz que acabou ficando sem o nome artístico e sem a ajuda supostamente prometida.
Zés Vaqueiros: origens
A coincidência da origem impressiona: José Jacson fazia pequenos shows no sertão de Pernambuco quando entrou na onda da pisadinha com o nome artístico Zé Vaqueiro. Ele despontou ao compor um hit famoso na voz de Jonas Estilizado, “Vem me amar”, seguido dos sucessos citados no início.
Wesley também fazia pequenos shows no interior de Pernambuco quando entrou na onda da pisadinha com o nome artístico Zé Vaqueiro. Ele despontou ao compor outro hit famoso na voz de Jonas Estilizado, “Investe em mim”, seguido de músicas que até passaram da marca do milhão no YouTube, mas não decolaram.
Até o Spotify já confundiu
Hoje, fãs do Brasil todo reconhecem e curtem José Jacson como Zé Vaqueiro. Até seu casamento virou polêmica nacional. Mas até o início de 2020 a questão não era tão óbvia: no Spotify, havia apenas um perfil com nome Zé Vaqueiro, e com músicas de José Jacson e Wesley misturadas.
Ambos dizem que não sabiam da existência do outro ao escolher o nome, se conheceram e até beberam juntos. Wesley até colocou o complemento “Estilizado” no nome para diferenciar.
Os dois passaram rapidamente de vídeos caseiros com pouca repercussão a clipes vistos milhões de vezes no YouTube. Até o início de 2020, estavam em patamar semelhante de sucesso. Mas desde então José Jacson disparou e ainda assinou contrato com a Vybbe.
Na internet, os primeiros registros musicais usando o nome encontrados pelo g1 são de José Jacson. Wesley foi o primeiro a tentar fazer o registro no INPI, mas agora desistiu da causa.
Quem é José Jacson, o Zé Vaqueiro que o Brasil consagrou?
José Jacson, o Zé Vaqueiro que canta o hit ‘Letícia’, compôs ‘Vem me amar’, hit na voz Jonas Estilizado, e assinou com o novo escritório de Xand Avião
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José Jacson de Siqueira dos Santos Júnior tem 22 anos e nasceu em Ouricuri, no sertão pernambucano. A mãe, Nara, era cantora de forró. “Desde pequeno, na barriga mesmo eu já vinha nesse ramo da música”, ele conta.
Trabalhou vendendo sorvete, na barraca de lanche da avó, e em um lava-jato, enquanto cantava em pequenas festas e tentava engatar a carreira. Aos 18 anos, se animou com o sucesso do piseiro e gravou o primeiro álbum caseiro como Zé Vaqueiro. Além de cantar, queria escrever.
“Meu tio é poeta. Aí eu perguntei para ele: ‘Tio, como eu faço para compor?’ Ele falou: ‘Rapaz, você tem que colocar no papel o que está sentindo aí.’ Aí eu peguei um caderno antigo do governo, do tempo que eu estudava na escola estadual.” Uma das primeiras composições, “Vem me amar”, deu certo.
“Eu falei: rapaz, como que uma música que eu fiz ali sentado no sofá de casa, no caderno do governo, tá rodando o Brasil? Isso aí eu nunca esqueci, sabe?”, diz Zé Vaqueiro.
Mas ele ainda não tinha tanta estrutura, e “Vem me amar” acabou ficando mais conhecida na voz de Jonas Esticado, outra jovem estrela do forró, apadrinhado por Gusttavo Lima.
Zé também escreveu “Se você se entregar”, que tocou em muitas festas de piseiro, na voz dele mesmo. Mas os maiores sucessos vieram depois, com composições de terceiros: primeiro foi “O povo gosta de piseiro”, parceria com Eric Land.
No segundo semestre de 2020 vieram os sucessos que o fizeram despontar de vez: “Tenho medo” e “Letícia”. Depois vieram mais hits: “Volta comigo bb”, “Cangote”, “Meu Mel”… São centenas de milhões de audições que fizeram dele o cantor romântico mais ouvido do Brasil.
Quem é Wesley, o ‘ex-Zé Vaqueiro’?
Wesley dos Santos Vieira, o Zé Vaqueiro Estilizado, compositor de ‘Investe em mim’, que gravou em parceria com Jonas Estilizado
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Wesley dos Santos Vieira tem 22 anos e nasceu em Lagoa Grande, no sertão pernambucano – a 125 km de Ouricuri e 655 km de Recife.
Desde os 15, ele escreve músicas e canta, mas começou no forró misturado com arrocha, sempre com canções de amor. “Sou muito fã do estilo romântico”, conta. Ele passou por várias bandas pequenas e shows em barzinhos, ainda com o nome artístico Wesley Santos.
Ele entrou mais cedo no mercado da composição. Escreveu dois sucessos na voz do ídolo sergipano Unha Pintada. O maior foi “Dono da bodega”, em 2018. Depois veio “Amor forçado”, em 2019.
Ele já tinha mais de moral no mercado quando passou pelo mesmo dilema do outro Zé Vaqueiro: viu uma música sua, “Investe em mim”, crescer e ser cobiçada por Jonas Esticado. Em vez de só vender o direito de gravação, ele pelo menos conseguiu um acordo: gravar em parceria.
Ao contrário do xará, ele não viu a sorte virar após ser gravado por Jonas Esticado. Ele gravou um dueto, mas diz que Jonas divulgou nas rádios outra gravação, sozinho.
Em 2020, Zé Vaqueiro Estilizado (com o complemento que o diferenciava do outro Zé que já decolava) até gravou músicas em versões bem tocadas – “Libera ela” (8 milhões de views) e “Some ou me assume” (3,5 milhões) -, mas bem abaixo do patamar dos hits atuais do outro.
Ele ainda brigava no INPI para, ao menos, continuar com o registro do nome “Zé Vaqueiro Estilizado”, já tendo perdido a tentativa de ser o dono do “Zé Vaqueiro” puro. No fim de 2021, finalmente ele se rendeu e virou apenas o “Zé Estilizado”.
Registro da marca “Zé Vaqueiro Estilizado” estava em aberto no INPI
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g1 checou: José Jacson postou primeiro
Wesley disse ao G1 que usou pela primeira vez o nome Zé Vaqueiro em shows em 2014, mas que não fez nenhum registro, por ser menor de idade, nem postou nada na web. José Jacson diz que começou a usar o nome em 2018, e há registros na internet que corroboram com a história.
O G1 buscou nos sites YouTube e Sua Música (especializado em forró), e os materiais mais antigos encontrados com o nome Zé Vaqueiro são ambos de José Jacson, em julho de 2018.
Em julho de 2018 já havia registro do Zé Vaqueiro José Jacson no YouTube
Reprodução
No perfil oficial de Zé Vaqueiro Estilizado no Facebook, ele se apresentava apenas como o cantor Wesley Santos até março de 2019.
No dia 12 de abril de 2019, Wesley fez um post dizendo: “Novo projeto vem aí. Uma nova etapa da minha vida.” No dia 13 de abril, ele divulgou uma música se identificando como Zé Vaqueiro, e um mês depois, como Zé Vaqueiro Estilizado.
O anúncio do “novo projeto” e os primeiros posts no Facebook se identificando como Zé Vaqueiro foram feitos por Wesley, portanto, nove meses depois dos primeiros registros de José Jacson.
Ao ser questionado, Wesley enviou ao g1 postagens dele de 2017 que citavam o nome Zé Vaqueiro, o que poderia indicar que ele já usava este nome artístico. Mas os textos antigos foram editados por ele em 2020.
Um post original de 2017 dizia “família WS”, (de Wesley Santos). Ele editou em 2020 o texto para “família zé piseiro” antes de mandar os links para o g1.
Wesley enviou ao G1 links dizendo que ele já se identificava como Zé Vaqueiro em 2017. Mas o texto foi editado. No original, ele dizia ‘família WS’ (sigla de Wesley Santos). Em 2020, ele editou o texto para ‘família zé piseiro’, nome que ele não usou no post original
Reprodução / Facebook
Encontro de Zés
Welsey já disse ao g1 que conheceu José Jacson em 2019 e que eles se deram bem. “A gente conversou, já almoçou junto, tomou cachaça, aqui em Lagoa Grande. Foi de boa”, disse no início de 2020.
O encontro foi registrado por ele no Facebook, junto com a promessa de uma parceria que nunca se concretizou. Hoje, é apenas uma lembrança de quando eles eram xarás.
José Jacson (esquerda) e Wesley (direita), respectivamente o Zé Vaqueiro e o Zé Vaqueiro Estilizado, chegaram a se encontrar e beber juntos em julho de 2019, em Lagoa Grande (PB). Eles até conversaram sobre fazer uma parceria, que nunca se concretizou
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VÍDEOS Rock in Rio: o melhor do dia 20/9

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Xuxa no Rock in Rio: como será o show no festival

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Ela se apresentará após o show de Katy Perry, nesta sexta-feira (20), no Palco Itaú. Ela fecha o dia com line-up composto inteiramente por artistas mulheres. Xuxa se apresenta no Rock in Rio
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A participação de Xuxa no Rock in Rio foi confirmada nesta sexta-feira (20). A “Rainha dos Baixinhos” se apresentará após o show de Katy Perry, no Palco Itaú.
“O futuro está aí. As crianças estão aí. As crianças que cresceram comigo estão mostrando para os seus filhos o trabalho que eu fiz no passado. Quer coisa mais futurística que isso? Ser o futuro é isso: você fazer parte do passado de muita gente, ser o presente e fazer parte da imaginação das pessoas futuramente. O fato de eu fazer parte do imaginário e também do dia a dia dos netos dessas pessoas me emociona muito”, disse.
A artista promete fazer o gramado virar uma grande pista de dança com seus hits de sucesso.
Rodrigo Montesano, head de Experiências de Marca e Patrocínios do Itaú Unibanco, disse que a presença de Xuxa no espaço “é uma homenagem à sua trajetória como ícone da cultura pop brasileira”, principalmente em um dia de line-up inteiramente feminino.
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Projeto promovido pelo Instituto HEINEKEN, Rock in Rio, Favela Filmes e CUFA direciona verba arrecadada com vendas de Heineken 0.0 para capacitação de jovens talentos na área do audiovisual Após o sucesso da edição piloto do projeto Cri.Ativos da Favela, lançado em 2023, em São Paulo, durante o festival de música The Town, o Instituto HEINEKEN em parceria com a marca Heineken®, o Rock in Rio, Favela Filmes e a Central Única das Favelas (CUFA) anuncia a ampliação do programa para a cidade do Rio de Janeiro.
Dessa vez, na edição que celebra os 40 anos do maior festival de música e entretenimento do mundo, o projeto irá impactar diretamente 120 jovens, o dobro da edição de estreia, oriundos das favelas cariocas.
À semelhança do que aconteceu no The Town 2023, e com o objetivo de fomentar o consumo responsável, o valor arrecadado com a venda de Heineken 0.0, versão zero álcool da marca, ao longo dos sete dias do Rock in Rio, será destinado à iniciativa que visa transformar a vida de jovens por meio da formação na área do audiovisual, inteligência artificial e música.
Além de formação em roteiro e produção de vídeos, o curso será focado no contexto musical, pontua Vania Guil, gerente executiva do Instituto HEINEKEN.
“O Rio de Janeiro é conhecido por sua rica tradição cultural e musical e gêneros como Rap, Trap e Funk emergem daqui, o que dá ainda mais peso para a relevância da música na vida desses jovens. Queremos fortalecer a conexão deles com a própria cultura e identidade e fazer com que isso possa gerar oportunidades de renda, preparo profissional, reconhecimento e inserção no mercado de trabalho”, afirma.
Os jovens das favelas do Brasil estão no centro do trabalho de impacto social que o Instituto Heineken desenvolve e, somar esforços com parceiros como Rock in Rio, Cufa e Favela Filmes para iniciativas como essa ampliam o potencial de atuação. O projeto entende que ver os jovens ganhando cada vez mais espaço e amplificando sua voz é a melhor resposta para quem ainda não entendeu a potência transformadora que vem das favelas.
“A união de forças entre empresas privadas e o terceiro setor é fundamental para que possamos fazer o mundo ser melhor para todos com o máximo de agilidade e, sempre que possível, focando em dar ferramentas de fortalecimento, dignidade e independência para os ecossistemas mais fragilizados da sociedade”, diz Roberta Medina, vice-presidente executiva da Rock World sobre a iniciativa.
“O curso Cri.Ativos da Favela tem um impacto direto e profundo na vida dos alunos. É uma imersão na qualificação técnica e na prática do audiovisual. Estamos falando de jovens que, em muitos casos, enxergam no audiovisual uma forma de expressar suas vivências e histórias, e o projeto dá a eles as ferramentas. Além de proporcionar a mudança em suas vidas e de seus familiares”, diz Preto Zezé, presidente da CUFA Rio.
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