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Festas e Rodeios

‘John Wick 4: Baba Yaga’ é sequência exaustiva de tiros, golpes e exageros; g1 já viu

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Cenas de ação são as mais bem feitas da franquia, mas cada uma poderia ter mais de dez minutos a menos. Com quase três horas de duração, filme cansa apesar de ser melhor que o terceiro. “John Wick 4: Baba Yaga” tem as melhores cenas de ação de toda a franquia. O mesmo podia ser dito do terceiro na época de seu lançamento. E do segundo. E é difícil pensar em outros elogios que vão muito além disso para esta e todas as sequências, que perderam a despretensão sincera do primeiro, “De volta ao jogo”, lá em 2014.
O quarto filme do assassino indestrutível de Keanu Reeves estreia nesta quinta-feira (23) nos cinemas brasileiros como o mais John Wick de todos os Johns Wicks.
Tem as lutas e os tiroteios mais bem coreografados, as situações mais absurdas e sem sentido, o roteiro mais sem pé nem cabeça.
Com quase duas horas e cinquenta minutos de duração, é de longe o mais longo de todos – algo que ajuda a exibir suas qualidades, mas também escancara suas limitações.
A sensação é que não há uma cena sequer que não poderia ter uns bons dez minutos a menos, o que ajudaria a diminuir a exaustão e a frustração ao final, e valorizaria a adrenalina gerada.
Assista ao trailer de ‘John Wick 4: Baba Yaga’
Quem ama ama, quem não ama é melhor ver outra coisa
Depois da guinada de 360 graus dada em “Parabellum” (2019), “Baba Yaga” começa praticamente de onde “Um novo dia para matar” (2017) terminou.
Pelo menos dessa vez há um vislumbre de promessa de liberdade definitiva para Wick (Reeves), que há pelo menos dois filmes tenta escapar da perseguição implacável de uma enxurrada infinita de assassinos.
A trama, é claro, serve apenas de desculpa para uma série de tiroteios, porradarias e porradareios (mistura de tiroteios com porradarias), a alma e o coração da franquia – que, talvez alguém se lembre, certa vez foi sobre vingança e cachorrinhos.
As sequências do tipo em 2019, exaltadas inclusive pelo g1, parecem amadoras em comparação. As lutas nunca foram tão brutais e empolgantes. Os tiroteios nunca foram tão bem costurados à fotografia e exigem, por favor, a maior tela possível.
Infelizmente, como também é marca da série, o diretor Chad Stahelski não consegue conter os impulsos e precisa ir sempre um tanto além. Ok, um monte além. Digamos que, na hora de gravar, ele deve ir tão longe que provavelmente precisa comandar a produção por correio (figurativamente, é claro).
Keanu Reeves em cena de ‘John Wick 4: Baba Yaga’
Dviulgação
A ação sempre foi exagerada, mas nunca esteve tão longa. Tanto tempo de tela expõe o ridículo que a adrenalina mascarava.
Os ternos à prova de balas introduzidos no segundo filme tiraram os freios do protagonista, mas há um limite para o número de vezes que o público pode ver o assassino levantando um tecido mole em frente ao rosto sem se perguntar como diabos os projéteis simplesmente não o levantam e seguem em frente. No caso, em direção ao belo rosto do ator.
Aos 58 anos, é incrível como o astro simplesmente ignora a idade e entrega ainda um Wick imparável, indestrutível mas ainda assim humano.
Humano, mas ainda enlouquecidamente indestrutível, capaz de ser atropelado quatro vezes em cinco minutos, levantar, tirar a poeira do Arco do Triunfo do paletó e matar metade de Paris com as próprias mãos.
Laurence Fishburne, Keanu Reeves e Ian McShane em cena de ‘John Wick 4: Baba Yaga’
Divulgação
Tudo isso, claro, sem um carro de polícia à vista, sem um cidadão comum ser atingido no fogo cruzado, mesmo sem dar a mínima para o massacre que acontece no meio da cidade e as dezenas de corpos largados pelo asfalto.
Tempos interessantes
“Baba Yaga” conta ainda com os retornos dos (quase) irretocáveis Ian McShane, Laurence Fishburne e de Lance Reddick, que morreu há alguns dias aos 60 anos de idade.
Mas são os “calouros” os grandes heróis deste quarto capítulo. A cantora Rina Sawayama mostra que tem futuro no gênero, e é um prazer inigualável poder assistir a Scott Adkins (o Darth Maul, de “A ameaça fantasma”) abraçando o ridículo debaixo de quilos de maquiagem.
Keanu Reeves, Donnie Yen e Scott Adkins em cena de ‘John Wick 4: Baba Yaga’
Divulgação
Acima de todos está Donnie Yen (“Rogue One”), que empresta ao antagonista principal o charme e o carisma que fizeram dele um dos maiores astros de ação de Hong Kong – por mais que seria mais interessante vê-lo fazer algo além do lutador cego debochado, um repeteco de seu personagem no filme derivado de “Star Wars”.
Depois de tantos tiros, mortes e ferimentos, é inevitável o cansaço próximo à marca das três horas de filme. “Baba Yaga” dá uma saudade sincera de um tempo mais simples, um tempo mais fácil, em que tudo o que importava era conseguir o carrão de volta e dizimar os gângsters que mataram um filhotinho.
Ou pelo menos de uma época em que dava para sair da sessão sem a sensação de ter corrido uma maratona, com o corpo dolorido em simpatia aos hematomas do anti-herói ou em contração desesperada diante dos absurdos de um filme que, assim como seu protagonista, não desiste nunca.
Rina Sawayama e Sanada Hiroyuki em cena de ‘John Wick 4: Baba Yaga’
Divulgação

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Garth Brooks é processado por maquiadora que o acusa de estupro

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Mulher diz que agressão aconteceu em 2019. Ela afirma que sofreu diferentes tipos de abusos quando trabalhava para o astro do country americano. Garth Brooks faz show em prol do Hospital de Câncer de Barretos, em 2015
Mateus Rigola/G1
O astro do country Garth Brooks foi processado por uma mulher que o acusa de estupro, segundo o canal de notícias americano CNN nesta quinta-feira (3).
A ação diz que o ataque aconteceu quando ela trabalhava para ele como maquiadora e cabeleireira, em 2019.
A mulher, identificada como Jane Roe, afirma que o cantor também mostrava seus órgãos genitais para ela, falava sobre sexo, se trocava na sua frente e mandava mensagens sexualmente explícitas.
Ela afirma que foi estuprada por ele em um hotel, em Los Angeles, durante uma viagem para a gravação de uma homenagem do Grammy.
O cantor já tinha afirmado ser inocente em um processo movido por ele, anonimamente, em setembro. Na ação, Brooks pedia para que a Justiça declarasse que as acusações de Roe não eram verdade e a proibissem de divulgá-las.
Ele dizia que se tratava de uma tentativa de extorsão que causariam “dano irreparável” à sua carreira e sua reputação.

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DJ Gustah expõe a força crescente de vozes femininas do rap e do trap, como Azzy e Budah, no álbum coletivo ‘Elas’

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A rapper capixaba Budah integra o elenco do disco ‘Elas’, projeto fonográfico que o DJ Gustah lançará na terça-feira, 8 de outubro
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♫ NOTÍCIA
♪ As mulheres marcam cada vez mais posição e território no universo do hip hop. Projeto fonográfico que o DJ e produtor musical paulistano Gustah lança na terça-feira, 8 de outubro, o álbum Elas dá voz a mulheres que estão se fazendo ouvir nos segmentos do rap e do trap com força crescente.
Editado pelo selo de Gustah, 2050 Records, o disco apresenta 10 gravações inéditas entre as 12 faixas. Abismo no peito é música cantada e composta pela rapper capixaba Budah. Cynthia Luz sola a lovesong Mar de luz e, com Elana Dara, mergulha em Lago transparente.
A paulistana Bivolt dá voz ao boombap Faço valer. A novata Carla Sol defende Hora exata. Voz de São Gonçalo (RJ), município fluminense, Azzy é a intérprete de Mesmo lugar, faixa de tom mais introspectivo. Clara Lima canta Intenção. King Saint entra em Ondas sonoras.
Ex-integrante do duo Hyperanhas, Andressinha é a voz de Poucas conversas. Annick figura em Decisões. A paulista Quist apresenta Destilado em poesia. Killua fecha o disco com Lunaatica.
Embora calcada no rap e no trap, a sonoridade do disco Elas transita pelo R&B e também ecoa a MPB.
Capa do disco ‘Elas’, produzido pelo DJ Gustah
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Post Malone anuncia show exclusivo no festival VillaMix, em São Paulo

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Cantor será uma das principais atrações do festival, conhecido por focar na música sertaneja. Post Malone canta no The Town 2023
Luiz Franco/g1
O festival VillaMix anunciou o cantor Post Malone como uma das atrações da edição de 2024, no dia 21 de dezembro na Neo Química Arena, em São Paulo.
O show será exclusivo no festival, conhecido por focar em música sertaneja. Segundo a organização, a primeira edição em 5 anos de evento trará country, pop e sertanejo, e o line-up completo ainda será revelado.
A venda geral já tem início no próximo dia 7, pela Eventim.
Post Malone esteve no Brasil pela última vez em 2023, quando se apresentou no The Town. Ele apostou em versões roqueiras de hits mais antigos, e fechou a programação do primeiro dia de festival. Relembre como foi.
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