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Festas e Rodeios

Brisa Flow: quem é a primeira artista indígena a se apresentar no Lollapalooza

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Filha de artesãos chilenos, rapper canta sobre o amor e exalta guerreira indígena no álbum que vai apresentar no festival. ‘O brasileiro gosta de música indígena, ele só não sabe porque não chega’, diz ao g1. Brisa Flow cresceu com música por todos os lados em casa. Filha de artesãos chilenos, o caminho para ser artista foi natural.
A rapper nasceu em Sabará (MG), teve o primeiro contato com hip hop aos 13 anos e mantém as origens muito próximas de si e do trabalho que faz.
Ela estreia no Lollapalooza nesta sexta-feira (24) e faz história como a primeira indígena no line-up.
PROGRAMAÇÃO: Veja horários dos shows do Lolla 2023
GUIA: Saiba tudo que precisa saber no festival
TRANSMISSÃO: g1 transmite todos os shows até domingo
“É preciso que a gente tenha artistas indígenas em festivais latino-americanos, até porque estamos falando de Abya Yala de 800 povos, né?”, diz ao g1.
“Como que de 800 povos indígenas, a gente vai ter festivais e festivais e festivais de músicas latino-americana sem nenhum indígena? Com poucas pessoas pretas? Com poucas pessoas trans?”.
Brisa vai levar ao festival outras pessoas originárias na banda e desenvolveu o figurino em parceria com Vicenta Perrotta, do atêlie TRANSmoras, espaço focado em desenvolver pessoas trans para trabalhar no mercado fashion.
“A partir do momento que tudo é imagem, signo, linguagem… a gente vendo isso nos palcos, a gente vendo isso nos videoclipes, a gente vai quebrando os racismos, as xenofobias, as transfobias”.
‘Janequeo’
Brisa Flow
Divulgação/Desna
O terceiro álbum de estúdio da carreira de Brisa fala sobre o amor e exalta a guerreira Janequeo. Ela estava cansada de ver como as histórias sobre líderes importantes seguirem desconhecidas.
“Quis trazer um disco que falasse de amor e guerra de uma outra perspectiva que não fosse só a violência. Queria uma perspectiva que a gente pudesse falar sobre nós, ampliar o debate”.
“Nós estamos aqui hoje porque existiram guerreiros muito corajosos. Janequeo foi uma mulher muito corajosa, que montou um exército para combater quem estava atacando seu povo”.
O setlist do show mistura o rap com cantos ancestrais, jazz, eletrônico e neo/soul, além de músicas dos álbuns anteriores.
Ian Wapichana (voz e violão), Vênus Garland (teclado), Beatriz Lima (baixo), Victor Prado (trompa) e Pitee Batelares (bateria) estarão na banda da rapper nesta sexta.
Dentre as referências que têm na música, Brisa escolhe cinco: Mercedes Sosa, Violeta Parra, Racionais, Lauryn Hill, Tupac.
“[As duas primeiras] eram as pessoas que ouvia desde pequenininha e consegui relacionar isso com o rap de uma forma muito forte, mesmo que sejam ritmos diferentes”,
“São letras que dizem basicamente as mesmas coisas sobre nossas necessidades por vida, necessidades básicas de acesso, de saúde, ao bem viver.
“Via muita relação com Racionais e Mercedes Sosa. Era um texto muito similar e foi a forma que eu consegui de continuar a sementinha assim da minha família para frente ao contar a história de pessoas que estão na luta aí pela sobrevivência em um mundo de pressão aqui na América Latina”.
Dificuldade de chegar nas massas
“O brasileiro gosta de música indígena. Ele só não sabe porque não chega para ele, então acho que essas portas precisam ser abertas na mídia, na televisão, no rádio”, diz a rapper.
Ela defende que se houvesse mais espaço, a conversa seria outra com as grandes massas. “Brasil foi criada em cima do colonialismo, né? Então a base cultural às vezes nos afasta de querer ouvir”.
Mas, esperançosa, a rapper vê oportunidades surgindo ao ser convidada para tocar no Lollapalooza, por exemplo, e vai além:
“A gente já tem indígena que canta forró, que canta eletrônico, rock and rol, rap, trap, drill… existe um leque muito grande e não só no Brasil”.

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Garth Brooks é processado por maquiadora que o acusa de estupro

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Mulher diz que agressão aconteceu em 2019. Ela afirma que sofreu diferentes tipos de abusos quando trabalhava para o astro do country americano. Garth Brooks faz show em prol do Hospital de Câncer de Barretos, em 2015
Mateus Rigola/G1
O astro do country Garth Brooks foi processado por uma mulher que o acusa de estupro, segundo o canal de notícias americano CNN nesta quinta-feira (3).
A ação diz que o ataque aconteceu quando ela trabalhava para ele como maquiadora e cabeleireira, em 2019.
A mulher, identificada como Jane Roe, afirma que o cantor também mostrava seus órgãos genitais para ela, falava sobre sexo, se trocava na sua frente e mandava mensagens sexualmente explícitas.
Ela afirma que foi estuprada por ele em um hotel, em Los Angeles, durante uma viagem para a gravação de uma homenagem do Grammy.
O cantor já tinha afirmado ser inocente em um processo movido por ele, anonimamente, em setembro. Na ação, Brooks pedia para que a Justiça declarasse que as acusações de Roe não eram verdade e a proibissem de divulgá-las.
Ele dizia que se tratava de uma tentativa de extorsão que causariam “dano irreparável” à sua carreira e sua reputação.

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DJ Gustah expõe a força crescente de vozes femininas do rap e do trap, como Azzy e Budah, no álbum coletivo ‘Elas’

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A rapper capixaba Budah integra o elenco do disco ‘Elas’, projeto fonográfico que o DJ Gustah lançará na terça-feira, 8 de outubro
Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ As mulheres marcam cada vez mais posição e território no universo do hip hop. Projeto fonográfico que o DJ e produtor musical paulistano Gustah lança na terça-feira, 8 de outubro, o álbum Elas dá voz a mulheres que estão se fazendo ouvir nos segmentos do rap e do trap com força crescente.
Editado pelo selo de Gustah, 2050 Records, o disco apresenta 10 gravações inéditas entre as 12 faixas. Abismo no peito é música cantada e composta pela rapper capixaba Budah. Cynthia Luz sola a lovesong Mar de luz e, com Elana Dara, mergulha em Lago transparente.
A paulistana Bivolt dá voz ao boombap Faço valer. A novata Carla Sol defende Hora exata. Voz de São Gonçalo (RJ), município fluminense, Azzy é a intérprete de Mesmo lugar, faixa de tom mais introspectivo. Clara Lima canta Intenção. King Saint entra em Ondas sonoras.
Ex-integrante do duo Hyperanhas, Andressinha é a voz de Poucas conversas. Annick figura em Decisões. A paulista Quist apresenta Destilado em poesia. Killua fecha o disco com Lunaatica.
Embora calcada no rap e no trap, a sonoridade do disco Elas transita pelo R&B e também ecoa a MPB.
Capa do disco ‘Elas’, produzido pelo DJ Gustah
Divulgação

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Post Malone anuncia show exclusivo no festival VillaMix, em São Paulo

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Cantor será uma das principais atrações do festival, conhecido por focar na música sertaneja. Post Malone canta no The Town 2023
Luiz Franco/g1
O festival VillaMix anunciou o cantor Post Malone como uma das atrações da edição de 2024, no dia 21 de dezembro na Neo Química Arena, em São Paulo.
O show será exclusivo no festival, conhecido por focar em música sertaneja. Segundo a organização, a primeira edição em 5 anos de evento trará country, pop e sertanejo, e o line-up completo ainda será revelado.
A venda geral já tem início no próximo dia 7, pela Eventim.
Post Malone esteve no Brasil pela última vez em 2023, quando se apresentou no The Town. Ele apostou em versões roqueiras de hits mais antigos, e fechou a programação do primeiro dia de festival. Relembre como foi.
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