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Ludmilla dá sedutor alô para o mundo pop urbano latino com ‘Vilã’, álbum coeso que mixa funk, trap e R&B

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Capa do álbum ‘Vilã’, de Ludmilla
Divulgação
Resenha de álbum
Título: Vilã
Artista: Ludmilla
Edição: Warner Music
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Desde 2020, ano em que entrou na roda do samba pop com o EP de pagode Numanice, Ludmilla vem pavimentando a carreira fonográfica em duas frentes paralelas, como se existissem duas cantoras e compositoras, unidas somente pelo discurso altivo que jamais baixa a cabeça para o patriarcado do samba e do funk.
Vilã, disco que entrou em rotação na sexta-feira, 24 de março, enquadra Ludmilla na moldura pop da música urbana. Trata-se do quinto álbum de estúdio da artista fluminense (o oitavo na contabilidade geral que inclui três discos com registros de shows), sendo que, na seara pop, Vilã sucede Hello mundo (2019) e se impõe como o álbum mais coeso de Ludmilla em 11 anos de carreira fonográfica.
Por mais que a incursão da cantora pelo pagode esteja sendo bem-sucedida do ponto de vista comercial, como comprovam as multidões arrastadas Brasil afora para os shows dedicados pela cantora ao gênero, o álbum Vilã flagra Ludmilla na melhor forma, dando alô sedutor para o mundo ao longo de 15 músicas gravadas com 18 convidados, alguns de outras nacionalidades.
Vilã é álbum cantado basicamente em português, mas acena para o universo pop urbano ao mixar funk com trap, dancehall, samba e outros ritmos latinos em miscelânea pop que abre espaço para as canções sensuais de voltagem mais romântica.
Nessa seara em que o sexo é o combustível do amor por vezes tóxico, o destaque é Brigas demais (Ludmilla, Ajaxx, Gaab, Delacruz, Rodriguinho, Alan e Fabinho Rodrigues), balada de acento R&B cantada por Ludmilla com Delacruz em faixa feita com adesão de Gaab. Malvadona também transita pelo R&B explicitamente erotizado, unindo a artista aos parceiros e convidados Vulgo FK e Oruam. Já Sintomas de prazer (Ludmilla, Ariel Donato, Ajaxx, Lukinhas e Pablo Bispo) é love song menos aliciante, mas que, no conjunto da obra, contribui para o equilíbrio do álbum Vilã.
Há até uma baladona sofrida, Eu só sinto raiva, composta e cantada por Ludmilla sobre o piano do parceiro Ariel Donato – produtor musical e arranjador de atuação relevante no disco – para mostrar habilidades vocais.
Ludmilla anima o baile no álbum ‘vilã’ com músicas como ‘Senta e levanta’ e ‘Todo mundo louco’
Gabriela Schmidt / Divulgação
Para animar o baile, a melhor pedida é Senta e levanta (Juan Jose Roberto Castillo, Helder Vilas Boas, Ludmilla e Stefflon Don), irresistível funk que embute trap e dancehall em gravação feita com a adesão da MC britânica Stefflon Don e a produção musical do dominicano Topo La Maskara.
Outro petardo certeiro é Vem pra cima, funk com trap de sabor mais latino pela participação do grupo colombiano de reggaeton e pop urbano Piso 21, cujos integrantes – Juan David Huertas Clavijo, Pablo Mejía Bermúdez, David Escobar Gallego e David Lorduy Hernández – assinam a faixa com Ludmilla e Rafael Castilhol.
Antenado com os códigos do pop urbano latino, mas sem tirar o foco do Brasil, Vilã é álbum que reverbera o empoderamento da cantora em Nasci pra vencer (Ludmilla), trap formatado com Dallass e já previamente lançado em fevereiro em single que também apresentou Sou má (Ludmilla, Tasha, Tracie e Orochi), trap que incorpora elementos de Nice (Beyoncé, Jay-Z, Pharrell Williams, Brittany Coney e Denisia Andrews, 2018), música do álbum lançado por Beyoncé com Jay-Z há cinco anos.
Recorrente no disco, o mix de funk e trap também gerou a faixa Solteiras shake (Ludmilla, Rasool Dia, Mars, Zone e Murda Beatz), isca para atrair o público que endossa o discurso da artista em favor da liberdade e do prazer feminino.
Por mais que abarque músicas menos inspiradas, casos de Make love (Ludmilla) e de Gostosa com intensidade (Ludmilla), Vilã é álbum que funciona no todo e termina em alto estilo na pista alucinada de Todo mundo louco, funk-dance que junta Ludmilla com Ape Drums, o rapper italiano Capo Plaza e o duo paulistano Tropkillaz, todos creditados como autores do tema.
Vilã no disco, vítima na Justiça do Brasil (é injustificável que a artista tenha perdido em primeira instância o processo para o jornalista que a xingou com termos racistas como “macaca”), Ludmilla chega chegando com o melhor álbum de estúdio de trajetória vitoriosa e impagável na música pop do Brasil.

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Voz icônica de Cid Moreira também fica eternizada em volumosa discografia calcada em orações e textos religiosos

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♫ MEMÓRIA
♪ A voz de Cid Moreira (29 de setembro de 1927 – 3 de outubro de 2024) é imediatamente reconhecida por todos os brasileiros desde 1969, ano em que o locutor começou a apresentar o Jornal Nacional, função exercida até 1996. Essa voz icônica, inconfundível, se calou hoje com a morte de Cid Moreira aos 97 anos, em Petrópolis (RJ), mas fica eternizada na extensa discografia do apresentador.
Lançando mão da oratória exemplar, Cid debutou no mercado fonográfico há 49 anos com a edição em 1975 do single Poemas pela gravadora Som Livre. Em 1977, o locutor lançou o primeiro álbum, Oração da minha vida, posto no mercado pela Edições Paulinas Discos.
Desde então, Cid Moreira construiu discografia calcada em orações e textos religiosos. Somente a série de discos Salmos gerou três volumes lançados em 1986, 1988 e 1996. Entre um e outro volume, o locutor lançou em 1994 o álbum O sermão da montanha, ao qual se seguiu o disco Quem é Jesus? em 1995.
Em 1999, Cid Moreira apresentaria o maior lançamento fonográfico da carreira, Paisagens bíblicas – As mais belas histórias da Bíblia interpretadas por Cid Moreira, monumental coleção composta por 24 discos. Foi um sucesso de vendas.
Outras coleções vieram no rastro desse êxito a partir dos anos 2000, com álbuns em que Cid Moreira interpretava textos do Velho Testamento e do Novo Testamento com a voz formal que jamais será esquecida pelo povo brasileiro.
Capa do primeiro single de Cid Moreira (1927 – 2024), “Poemas”, lançado em 1975
Reprodução / Capa de disco

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‘Tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele’, diz Sérgio Chapelin sobre Cid Moreira

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Chapelin dividiu a bancada do Jornal Nacional com Cid Moreira durante quase duas décadas e diz que ele foi o “melhor profissional” com quem trabalhou. Cid Moreira e Sérgio Chapelin na bancada, na década de 80
Acervo TV Globo
O jornalista Sérgio Chapelin, que apresentou o Jornal Nacional ao lado de Cid Moreira durante quase 20 anos, disse ao programa “Encontro” que o apresentador foi o “melhor profissional” com quem já trabalhou em sua carreira.
Essa foi uma homenagem ao ícone do jornalismo e dono de uma voz inconfundível, que morreu na manhã desta quinta-feira (3), depois de passar as últimas semanas internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, tratando uma pneumonia.
“Ele me ajudou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele”, disse Chapelin.
Leia o que disse Chapelin sobre Cid Moreira:
“A minha parceria com o Cid foi longa, foram quase 20 anos no jornal nacional. O que eu tenho a dizer a respeito dele é que ele foi o melhor profissional com quem eu já trabalhei. Ele me ajudou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele. Ele tinha uma voz privilegiada, uma técnica primorosa e um talento invejável. Então, a gente sente. Mas foram 97 anos vividos e 97 anos pesam bastante. Vamos lembrar as coisas boas que ele fez, que foram muitas. O Cid realmente trabalhou muito, era de fato um homem dedicado ao trabalho e fez coisas que a gente tem que respeitar. Então, vamos fazer agora uma oração e esperar que ele seja bem acolhido num plano superior”.
Cid Moreira morre aos 97 anos
Esposa de Cid Moreira diz que jornalista lutou bravamente até o último minuto
Cid Moreira conta o boa noite especial do dia da morte do poeta Carlos Drummond de Andrade

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Adeus a Cid Moreira: jornalistas prestam homenagens ao apresentador

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Jornalista, locutor e apresentador faleceu nesta quinta (3), aos 97 anos. Ele estava internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana do RJ, e nas últimas semanas vinha tratando de uma pneumonia. Cid Moreira morre aos 97 anos
Jornalistas e apresentadores da TV Globo prestaram homenagens nesta quinta (3) a Cid Moreira, um dos maiores ícones da história do jornalismo brasileiro.
O apresentador faleceu aos 97 anos, deixando um legado de credibilidade e carisma durante décadas na história da televisão. Colegas da TV Globo se reuniram para relembrar os momentos mais marcantes de Cid Moreira e sua voz inconfundível. Veja a seguir:
Sérgio Chapelin: ‘Foi o melhor profissional com quem eu trabalhei’
Cid Moreira e Sérgio Chapelin
Rede Globo
“A minha parceria com o Cid foi longa. Foram quase 20 anos no Jornal Nacional. O que eu tenho para dizer a respeito dele é que foi o melhor profissional com quem eu trabalhei. Ele me ensinou muito e eu tive que me esforçar muito para acompanhar o nível dele.”
William Bonner : ‘Quando vi o rosto dele de perfil, lembro que fiquei petrificado’
Cid Moreira e William Bonner
Acervo TV Globo
“Cid Moreira, na Globo, inaugurou o Jornal Nacional. Foi em setembro de 1969. E ele permaneceu no Jornal Nacional initerruptamente até o fim de março de 1996. Para qualquer pessoa que teve mais de 40 anos de idade o Jornal Nacional teve aquele rosto. Para quem tem menos de 40 anos de idade talvez o rosto do JN não seja o do Cid Moreira, mas o Cid Moreira é o rosto e a voz do Fantástico porque, embora ele tenha trabalhado para o Fantástico e para o Jornal Nacional simultaneamente durante muitos anos, quando ele deixou o JN ele passou de se dedicar não apenas a leitura de editoriais no Jornal Nacional mas também ao Fantástico.
Essa foi uma fase em que eu acho que o Cid Moreira pode se divertir mais enquanto profissional.
O Cid Moreira era um grande brincalhão e ele adorava que brincavam com ele também. Quando ele pode passar a brincar com ele mesmo a carreira dele entrou para um outro patamar, ou por um outro caminho. Quem aqui não vai se lembrar do vozeirão dele falando ‘Mister M’? Quem não vai se lembrar na Copa do Mundo de 2010? Quando eu leio ‘Jabulane’ vem a cabeça a voz do Cid.
Na minha carreira, pessoalmente, tem dois momentos muito marcantes. O primeiro momento mais importante da minha vida foi o dia em que eu vi o Cid Moreira de perfil. A visão do Cid Moreira é na tela da TV, olhando para a câmera. Foi muito estranho ver o rosto do Cid de perfil. Quando vi o rosto dele de perfil, lembro que fiquei petrificado.
O segundo momento mais marcante da minha carreira foi quando eu olhei à direita e vi o Cid Moreira sentado ao meu lado na mesma bancada em que eu me encontrava para apresentar o JN. Isso é uma experiência profissional que quem passou por ela tem uma certa dificuldade de descrever. Ele é uma figura gigantesca. Co-fundador do Jornal Nacional, uma voz de uma credibilidade indiscutível e em um tempo onde não tinha internet, rede social, televisão por assinatura, streaming. O Jornal Nacional era a principal fonte de informação dor brasileiros.”
Sandra Annenberg: ‘O Cid é a voz e continuará sendo para sempre’
“Passo por aqui para deixar um abraço muito apertado para a Fátima e para toda a família do Cid e, principalmente para o Brasil, que vai viver sem essa voz. O Cid é a voz e continuará sendo para sempre. Tenho a honra no meu currículo de ter estreado ao lado dele. Fui a primeira mulher a aparecer toda noite ao lado do Cid e do Sérgio na previsão do tempo. Ele sempre foi muito carinhoso, muito cuidadoso, um mestre. Como todo mestre tem que ser, será lembrado para sempre.”
Fatima Bernardes: ”A voz dele era uma grife, um selo de qualidade”
“Quando eu comecei a assistir ao Jornal Nacional, ele estava lá. Quando eu me tornei jornalista, ele estava lá. A primeira vez em que entrei ao vivo no JN no meio de uma enchente, foi ele que chamou o meu nome: ‘de lá fala ao vivo a repórter Fátima Bernardes’.
A voz dele naquela bancada, era uma grife, um selo de qualidade. Hoje, o Cid Moreira se foi, mas não será esquecido, marcou uma época. Meu carinho sincero pra todos que o amavam.”
‘Ele é uma marca indelével’, diz Míriam Leitão sobre Cid Moreira
Miriam Leitão: ‘Transformava a voz no veículo da informação’
“O Cid Moreira marca a história do jornalismo brasileiro. Ele fez parte da contrução do maior produto do jornalismo brasileiro, que é o Jornal Nacional. Durante décadas, ele foi a voz que transmitia informação. Não estava sozinho, esteve com o Sergio Chapelin durante muito tempo, depois foi para o Fantástico. Mas o importante era a maneira como ele transformava a voz dele no veículo da informação.
A voz dele é atemporal. Ela transitou bem pelo tempo, pelas novas de fazer jornalismo. Ele passava uma coisa que os jornalistas de televisão buscam que é credibilidade: ‘Cid Moreira falou, então aconteceu'”.
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