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Festas e Rodeios

Lollapalooza surgiu como experimento em 1991, e pessoas duvidaram: ‘Quem vai a esse festival?’, lembra baixista

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Baixista Eric Avery fala da origem mambembe do festival, criado quando o Jane’s Addiction estava se separando, e sobre a volta ao grupo no festival, 32 anos depois. Veja entrevista em VÍDEO. Entrevista com Jane’s Addcition
O festival Lollapalooza foi criado em 1991 por Perry Farrell, vocalista do Jane’s Addiction. Ao mesmo tempo em que a banda dele desmoronava, ele conseguiu colocar de pé um festival que parecia mambembe, mas virou uma das maiores marcas da cultura pop das últimas décadas.
Trinta e dois anos depois, ele conseguiu reerguer a formação original da banda e levá-la ao festival, hoje um evento multinacional. O baixista Eric Avery tocou no Lolla em 1991, saiu do Jane’s Addiction, e agora está de volta, reconciliado com Perry. Ele conta essas reviravoltas no vídeo acima.
“Lá em 1991 foi um experimento. A gente não sabia o que ia acontecer. Na época, algumas pessoas estavam dizendo: ‘Quem vai ver um festival que tem Siouxsie and the Banshees, Butthole Surfers, Living Colour… todos esses estilos diferentes.’ Era uma dúvida na época. E explodiu. Agora a gente tem confiança de que funciona, tantos anos depois”, ele diz, sobre a fórmula alternativa diversa do Lolla.
” Na minha história pessoal isso é dramático, ter essa coisa definitiva acontecendo quando eu era jovem, e todos esses anos depois voltar e viver isso de novo”, ele diz sobre voltar à banda no festival que tinha marcado a sua saída.
Perry Farrell canta ao lado do baixista Eric Avery durante show do Jane’s Addiction no Lollapalooza 2023, em São Paulo
Fábio Tito/g1
O Jane’s e o Lolla
Perry e Eric formaram o Jane’s Addiction em 1985. Logo depois, entraram o baterista Stephen Perkins e o guitarrista Dave Navarro. O grupo de Los Angeles se tornou um dos mais importantes e influentes na explosão do rock alternativo entre os anos 80 e 90.
Eric tocou e compôs nos dois primeiros e mais importantes álbuns da banda, “Nothing’s shocking” (1988) e “Ritual de lo habitual” (1990). Ele ajudou a criar o som que une rock alternativo, metal, funk e psicodelia. Virou referência, por exemplo, para o baixista Nick Oliveri, dos Queens of the Stone Age.
Mas o Jane’s Addiction entrou em crise. A principal briga era por causa do uso de drogas nas turnês. A divisão era entre Perry e Stephen Perkins, que estavam bem no caos, e Avery e Navarro, que não conseguiam viver naquele ambiente.
Por isso, a turnê de 1991 já era a despedida. Perry Farrel e Dave Navarro chegaram a se esbarrar e brigar em cima do palco no primeiro Lollapalooza. A banda acabou mesmo, mas o festival decolou.
Perry transformou a turnê em um festival itinerante, e convidou a nata da música alternativa da época. O Lolla virou um fenômeno daquela geração e rodou os EUA até 1997. Depois, em 2005 voltou em um formato mais convencional e internacional, com edições pelo mundo, inclusive no Brasil, desde 2012.
O Jane’s Addiction tentou vários retornos desde então. O grupo gravou dois álbuns, em 2003 e 2011, longe do impacto dos anteriores. Eric recusou todos os convites para voltar, exceto por shows entre 2008 e 2010 – mas saiu antes da gravação do último álbum.
Dessa vez, a reunião original foi alcançada, graças a um esforço do falecido baterista Taylor Hawkins. O grande problema foi que Dave Navarro ainda está sofrendo com sintomas da Covid longa. Na turnê atual, ele é substituído por Josh Klinghoffer.
Perry Farrell, vocalista do Jane’s Addiction, durante show no Lollapalooza 2023, em São Paulo
Fábio Tito/g1
O ‘caçula’ que tocava nos Chili Peppers
Josh Klinghoffer, 43 anos, é duas décadas mais novo do que Perry Farrell, 63. Ele faz parte de uma geração de músicos de rock dos EUA influenciados pelo Jane’s Addiction. Ele tocou durante dez anos nos Red Hot Chili Peppers, entre 2009 e 2019.
A influência da banda na qual hoje ele toca foi “enorme”, diz Josh. “Nenhuma outra banda me fez tão orgulhoso de ser de Los Angeles”, completa o músico californiano.
“Todos os membros do Jane’s Addiction, os quatro, têm uma característica única no jeito de tocar, escrever e se apresentar. Isso é o que é uma banda. E sempre foi o meu sonho ter uma banda como essa, onde cada ponto é igualmente criativo e poderoso”, ele elogia.
“Vocês estavam falando sobre criar o Lollapalooza. Era mais do que a música. Foi um sentimento de animação e revolução cultural que cercava a música deles. E isso preparou o terreno para metade da década que se seguiu. E me fez, jovem, ficar animado, interessado em música, em aprender a tocar instrumentos, e dedicar a minha vida a isso”, diz o guitarrista.

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Cid Moreira morre aos 97 anos; veja FOTOS da carreira do jornalista

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Jornalista, locutor e apresentador estava internado em um hospital em Teresópolis, na Região Serrana do RJ, e nas últimas semanas vinha tratando de uma pneumonia. Cid Moreira morreu aos 97 anos na manhã desta quinta-feira (03). Jornalista, locutor e apresentador estava internado em um hospital em Teresópolis, na Região Serrana do RJ, e nas últimas semanas vinha tratando de uma pneumonia.
VÍDEOS: Cid Moreira, carreira e legado
Cid Moreira na apresentação do Jornal Nacional
Acervo Grupo Globo
Cid Moreira na redação do Jornal Nacional
Acervo Grupo Globo
Cid Moreira lê poema de Carlos Drummond de Andrade
TV Globo
Cid Moreira apresentando Jornal Nacional TV Globo Aniversário 60 anos TV Integração
Arquivo/ TV Integração
Cid Moreira apresentou o Jornal Nacional cerca de 8 mil vezes, segundo o Memória Globo
Acervo TV Globo
Cid Moreira na bancada do Jornal Nacional
Acervo TV Globo
Cid Moreira e Sérgio Chapellin apresentando Jornal Nacional
Acervo/TV Globo
Cid Moreira e Celso Freitas no Jornal Nacional
Acervo/TV Globo
Cid Moreira durante a mensagem de fim de ano da Globo em 1997
Acervo Grupo Globo
Mister M e Cid Moreira relembram a década de 90 do Fantástico
Reprodução/TV Globo
No final da década de 70, Cid Moreira na bancada
Acervo TV Globo
Cid Moreira na bancada do Jornal Nacional
Acervo TV Globo

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Após acidente trágico em set, ‘Rust’ terá estreia em festival sem Alec Baldwin, diz revista

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Segundo ‘The Hollywood Reporter’, o ator e produtor do filme não estará na premiere, que irá acontecer no final de novembro. Alec Baldwin chora após Justiça anular acusações de homicídio culposo
O filme “Rust” fará sua estreia para o público durante o Festival Camerimage em novembro deste ano. A produção ficou marcada pela morte da diretora de fotografia, Halyna Hutchins, 42, após ser atingida por um tiro disparado por uma arma segurada pelo ator Alec Baldwin. Segundo a revista “The Hollywood Reporter”, Baldwin, que também é produtor do filme, não irá a première.
Após a exibição do filme, o festival planejou um painel de debate para homenagear a Halyna Hutchins. Ainda não se sabe se os atores Travis Fimmel, Frances Fisher, Josh Hopkins e Patrick Scott McDermott estarão presentes no evento.
Armeira de ‘Rust’ é condenada
Hannah Gutierrez-Reed, responsável por cuidar e fornecer as armas do set de “Rust”, foi considerada culpada pela morte de Halyna Hutchins. A condenação aconteceu no dia 6 de março, num tribunal do Novo México (EUA). Ela foi presa, mas alega ser inocente.
Nesta segunda-feira (30), um juiz do Novo México negou o pedido de Hannah Gutierrez Reed para um novo julgamento e manteve sua condenação por homicídio culposo pela morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins em 2021. Gutierrez Reed vai permanecer sob custódia para cumprir o restante de sua sentença de 18 meses.
Juíza anula acusação de Baldwin
No dia 12 de julho, o ator Alec Baldwin chorou após a Justiça dos Estados Unidos anular as acusações de homicídio culposo. A juíza entendeu que houve má conduta da polícia e dos promotores ao ocultar as provas da defesa.
À Justiça, os advogados do ator afirmaram que as autoridades “enterraram” evidências sobre a origem da bala que matou a diretora. Segundo a defesa, munições reais foram apreendidas como parte das evidências, mas não foram listadas no arquivo das investigações.
Alec Baldwin com roupa de seu personagem na gravação de ‘Rust’
AFP Photo/Gabinete do Xerife do condado de Santa Fe

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Como o escândalo do rapper Diddy tem alimentado teorias de conspiração

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Os detalhes chocantes dos crimes pelos quais Diddy é acusado se tornaram combustível para inúmeras teorias de conspiração – incluindo uma que acredita em uma seita satanista que beberia o sangue de crianças para se manter eternamente jovens. Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York.
Lucas Jackson/Reuters
O escândalo envolvendo as denúncias contra o rapper americano “Diddy”, cujo nome real é Sean Combs, trouxe à tona detalhes chocantes sobre as ações do empresário musical, incluindo acusações de estupro, violência doméstica e tráfico de pessoas para exploração sexual.
Segundo promotores que investigam o caso, Diddy “criou uma organização criminosa” para “abusar, ameaçar e coagir mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar sua conduta”.
Diddy nega as acusações e se declara inocente.
As acusações, no entanto, são corroboradas por inúmeras evidências, apontam os promotores, incluindo imagens de uma câmara de segurança em que Diddy é visto agredindo sua então namorada em 2016, Cassie Ventura.
As imagens, que se tornaram públicas neste ano e foram transmitidas pelo canal de televisão americano CNN, mostraram Diddy empurrando Ventura para o chão e chutando-a enquanto ela estava no chão. Mais tarde, ele tentou arrastá-la pela blusa e jogar um objeto nela.
No entanto, em meio aos detalhes chocantes das denúncias e acusações reais feitas por vítimas contra Diddy e sendo investigadas pela polícia e pela promotoria, rapidamente passaram a ser compartilhadas postagens que misturam informações sobre o caso com alegações sem qualquer evidência — o caso se tornou combustível para a disseminação de teorias da conspiração, especialmente as teorias QAnon.
O QAnon é uma teoria de conspiração de extrema direita que afirma que o ex-presidente Donald Trump luta uma guerra secreta contra pedófilos adoradores de Satanás do alto escalão dos governos do mundo (principalmente o americano), do setor empresarial e da imprensa. Segundo a teoria, autoridades e celebridades participariam de uma seita que bebe o sangue de crianças para se manter eternamente jovens.
Tão logo surgiram nos EUA postagens tentando implicar celebridades que conheciam ou não Diddy com os crimes pelos quais ele é acusado, o mesmo tipo de mensagem começou a aparecer nos grupos de extrema direita no Brasil.
Mais de 1500 postagens diferentes citando o caso Diddy foram identificadas em grupos de direita brasileiros nas duas semanas após a prisão do rapper, em 16 de setembro, pelo sistema de monitoramento coordenado pelo pesquisador Leonardo Nascimento, da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
A BBC News Brasil analisou mais de 600 dessas mensagens e todas elas continham informações sobre o caso real misturadas com alegações conspiratórias sem fundamento.
Entre elas, acusações — sem qualquer evidência — de que diversas outras celebridades ou figuras importantes participaram dos crimes pelos quais Diddy é investigado.
As postagens tentam implicar, entre outros, a ex-primeira-dama Michelle Obama, a vice-presidente Kamala Harris, o jogador de basquete LeBron James, o ator Kevin Hart, o cantor Justin Bieber (às vezes como vítima, às vezes como acusado), a cantora Taylor Swift, o ator Will Smith e até mesmo o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Não existe qualquer evidência ou indício de que qualquer uma dessas pessoas estivesse envolvida ou tenha qualquer relação com os crimes pelos quais Diddy é investigado.
Muitas das postagens também alegam que artistas tentaram, no passado, “denunciar” ou “divulgar” o caso de Diddy através de mensagens escondidas em letras de músicas e clipes musicais. Entre eles estariam Justin Bieber e Kanye West.
Outras postagens tentam relacionar as denúncias contra Diddy com o caso de Jeffrey Epstein , empresário condenado por tráfico sexual e que era ligado a inúmeras pessoas importantes.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Combustível para o QAnon
Os conspiracionistas do QAnon afirmam que sua luta contra uma “rede internacional satanista” de tráfico de crianças levará a um dia de ajuste de contas, em que pessoas proeminentes serão presas e executadas.
Mas há tantos desdobramentos, desvios e debates internos que a lista total de teorias do QAnon é enorme — e muitas vezes contraditória.
Segundo Juciane Pereira de Jesus, pesquisadora da UFBA (Universidade Federal da Bahia), casos reais de investigação ou condenação de ricos e famosos – que de fato conhecem e se encontram com muitas pessoas outras pessoas proeminentes – são uma base fértil para a construção de narrativas conspiratórias.
“Eles tentam de qualquer jeito implicar outras pessoas – especialmente figuras do partido democrata – nos crimes pelos quais os criminosos são condenados”, diz Pereira, que monitora redes brasileiras de extrema direita no Telegram desde 2022.
Ou seja, os casos reais funcionam como “combustível” para a teorias de conspiração. Leonardo Nascimento explica que casos que envolvem crimes de caráter sexual são especialmente propícios por se encaixarem na narrativa existente.
“Tudo o que tem a ver com escândalo sexual é uma porta de entrada, um pretexto para você elencar alguma teoria conspiratória”, afirma.
Segundo Juciane Pereira, os adeptos do QAnon usam fatos e informações reais em meio a cenários inventados para chegar a conclusões sem nenhum fundamento.
“Toda teoria da conspiração tem algum elemento de verdade. A teoria precisa ter pelo menos um vestígio de algo da realidade para ser crível”, afirma Juciane Pereira.
“Porque o primeiro momento é o momento do ceticismo, antes da pessoa entrar totalmente naquela narrativa conspiratória. A teoria precisa ter algo verificável, em um primeiro momento, para que essa pessoa possa depois ir construindo uma visão cada vez mais conspiratória.”
Ela afirma também que o compartilhamento desse tipo de conteúdo no Brasil tende a ser vertical, ou seja ser divulgado pelos canais de direita do Telegram mais do que compartilhado entre os usuários.
Segundo Leonardo Nascimento, que coordena o monitoramento na UFBA, os conteúdos conspiratórios são adaptados das redes de extrema direita dos EUA e da Europa com muita rapidez.
“Existe uma capilaridade muito grande nesses grupos, de tradução, adaptação de conteúdo”, afirma Nascimento. “Inclusive as ferramentas de tradução de IA ajudam nisso.”
Orgias, violência e drogas: a série de acusações que levou rapper Diddy à prisão
A famosa prisão onde rapper Diddy está detido: ‘O caos reina’
Os altos e baixos da vida e carreira do rapper Sean ‘Diddy’ Combs, acusado de tráfico sexual

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