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Festas e Rodeios

‘Pense em mim’ virou ‘senta em mim’: como Zé Felipe renovou clássico do pai e emplacou ‘Vacilão’

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Filho diz que Leonardo ‘ficou assustado, mas gostou demais’ de versão que troca ‘pense em mim, chore por mim’ por ‘quica em mim, senta em mim’. Conheça bastidores de hit com Safadão e Igow. Zé Felipe transforma “Pense em mim” em “Quica em mim”
“Em vez de você ficar pensando nele…” Todo brasileiro sabe o resto desse refrão desde 1990, quando Leandro e Leonardo emplacaram “Pense em mim”. Trinta e três anos depois, Zé Felipe, filho de Leonardo, trocou “pense em mim / chore por mim” por “quica em mim / senta em mim”.
“Vacilão”, parceria de Zé Felipe com Wesley Safadão e Igow, subiu rápido nas paradas e já é uma das músicas mais tocadas no Brasil. Ela usa um trecho de “Pense em mim”, mas troca o sertanejo por bregadeira e o romantismo por ousadia.
Conheça a história do novo hit:
A composição mirou na ‘nostalgia de TikTok’ e em levar o sertanejo ao ‘paredão’.
A gravação foi de Fortaleza a Goiânia. Zé Felipe amou a ideia e ‘meteu voz’ na hora.
A negociação foi difícil, mas os autores de ‘Pense em mim’ deram autorização para o uso.
O sucesso foi imediato. A dança de Virgínia, esposa de Zé Felipe, pegou antes do lançamento.
A reação foi intensa. O autor original ‘estranhou’, Leonardo ‘se assustou’, mas ambos curtiram.
“Tinha um churrasco na casa do meu pai e eu falei: ‘Pai, olha a música que a gente vai soltar'”, conta Zé Felipe. “Ele ficou até um pouco assustado, mas gostou demais.”
À esquerda, Leandro e Leonardo na capa do LP que tinha ‘Pense em mim’, de 1990. À direita, Zé Felipe, Wesley Safadão e Igow no clipe de ‘Vacilão’, releitura do sertanejo de 33 anos atrás
Divulgação
1 – A criação
“Vacilão” segue duas tendências fortes do pop brasileiro:
Misturar melodias do sertanejo a batidas do Nordeste, como pisadinha e bregadeira.
Resgatar trechos de sucessos antigos em hits atuais. A nostalgia dançante pega no TikTok.
Tawan Alves, um dos compositores de ‘Vacilão’
Divulgação
A ponte Rio-SP ficou para trás. É a conexão Goiânia-Fortaleza que faz sucessos decolarem. Por isso o compositor Thawan Alves, o Tawanzera, saiu de sua casa na capital de Goiás e foi encontrar três amigos craques no forró do Ceará: Macenna, Pimentel e Gabriel BK.
Em 20 de julho de 2022, eles caçavam uma fonte de nostalgia. “A gente sempre analisa o mercado, viu essa parada de hits antigos em novas versões, e teve a ideia de fazer com ‘Pense em mim'”, conta Tawanzera. Um exemplo deste formato é o funk “Tubarão te amo”, que recicla o axé “Onda onda”.
“Acho que a gente tem no nosso subconsciente várias músicas que fizeram sucesso. E quando se traz essa lembrança junto com músicas atuais, a galera das antigas lembra, os novos também acham legal, e faz sucesso de forma diferente, misturada. Por isso dá muito certo”, analisa Tawanzera.
A ideia inicial era ainda mais ousada: fazer todo o refrão com a mesma melodia de “Pense em mim”, mas com a nova letra: “Em vez de você ficar pensando nele… Quica em mim, senta em mim / Que eu boto de frente, boto de ladinho”.
Depois, eles resolveram deixar só o “em vez de você ficar pensando nele” com a melodia de 1990. O resto do refrão ficou com um vocal mais falado e grave, típico da bregadeira, mistura de brega e swingueira baiana. O ritmo é forte nas caixas automotivas e de rua, os “paredões de som”.
2 – A gravação
Igow, produtor do Ceará que se lança agora como cantor em ‘Vacilão’
Reprodução / Instagram do artista
Os autores cearenses levaram a música para Francisco Igor Costa Melo, o Igow. O músico 29 anos é um dos produtores e autores mais importantes no forró atual. Ele assinou hits para Matheus Fernandes (“Baby me atende”, “No balanço da rede”) e Wesley Safadão (“Ele é ele, eu sou eu”).
Quando ouviu “Vacilão”, Igow preparava um salto dos bastidores para os holofotes: lançar sua própria carreira de cantor. “Eu estava mostrando as minhas músicas e o Macenna falou: ‘Eu tenho uma aqui que é a sua cara’. Eu falei: ‘Caramba, eu quero, guarda para mim”.
A aposta foi tão alta que ele quis reforçar a equipe. “Deu a doida e eu mandei para o Wesley: ‘Achei nosso hit’. Ele escutou, me ligou e falou: ‘Quero gravar contigo e conseguir outra pessoa’. Em cinco minutos ele mandou uma mensagem e falou: ‘Mandei para o Zé e ele gostou, vai ser ele'”.
Zé Felipe, que aproveita como ninguém no Brasil o cruzamento entre o sertanejo o “paredão”, descreve a parceria veloz: “O Safadão mandou a mensagem falando assim: ‘Tá preparado para estourar essa aqui?’. Eu falei: ‘Lógico’. Eu já gostei da música, meti a voz no outro dia.'”
3 – A negociação
Mario Soares, compositor de ‘Pense em mim’, ao lado de Leonardo
Arquivo pessoal
A presença do filho do Leonardo deu confiança a Igow para usar um elemento que foi a “tacada de gênio”, segundo Tawanzera: em vez de um novo vocal, ele usou a gravação da voz de Leandro e Leonardo, lá de 1990, no trecho “em vez de você ficar pensando nele…”
Mas desamarrar uma ideia como a releitura de “Pense em mim” era tão difícil que nem a presença de Zé Felipe resolveu tudo. “É complexo, porque depende de muita coisa: os artistas acreditarem, a gravadora acreditar, os compositores liberarem. É uma coisa grande para passar”, diz Igow.
O sucesso de 1990 é uma composição de três músicos de Santos (SP): Douglas Gomes da Silva, José Ribeiro da Silva e Mário Soares. Eles já questionaram Leonardo por causa dos rendimentos da música. Quem mais brigou foi Mário Soares, que sofreu um AVC em 2022 e cobrou Leonardo publicamente.
“Eu já sabia que ia ser difícil”, diz Igow. “Soube que um dos compositores estava doente, passando por um momento difícil. Mas resolvi tentar. Fiquei sabendo que todos os autores são da Warner, mesma editora que eu. Pedi ajuda para tentar autorização, explicar a grandiosidade do projeto”, diz Igow.
“Foi difícil, mas graças a Deus eles autorizaram. O compositor que estava hospitalizado (Mário Soares) já saiu, estava em casa, e a galera da editora conseguiu”, comemora Igow. Os autores de “Pense em mim” ficaram com uma fatia dos direitos autorais, mas Igow não confirma o valor.
Eles seguiram as regras, e o final foi diferente de outras releituras que geram brigas após o lançamento sem autorização, como “Coração cachorro” e “Lovezinho”. Mário Soares diz que autorizou pois conheceu o filho de Leonardo criança e não quer atrapalhar seu futuro.
“Quando ouvi o Zé Felipe cantar a música nova eu estranhei”, diz o autor de “Pense em mim” sobre a troca para “senta em mim”. “Mas de tanto que bate no ouvido, você gosta. E eu conhecia o menino, gosto dele.”
4 – O sucesso
Zé Felipe, Virgínia, Igow e Wesley Safadão na gravaçao do clipe de ‘Vacilão’
Divulgação
No dia da gravação do clipe de “Vacilão” apareceu uma grande aliada: a esposa de Zé Felipe, que tem mais seguidores nas redes do que todos os músicos do projeto. “Tivemos a Virgínia participando, que somou muito, divulga bastante a música”, diz Wesley Safadão.
“A Virgínia abraçou a ideia. A gente tinha preparado a coreografia inteira. Ela achou difícil e fez uma versão dela para o refrão. A maioria dos posts é da dança dela. Antes de a música sair já tinha mais de 100 mil vídeos no TikTok da versão ‘pré’. Já estourou com ela antes de ser lançado”, diz Igow.
“Eu, inclusive, fiz uma aposta com o Zé e o Igow. Eu disse: ‘Se essa música não bater top 3 no Brasil em 20 dias eu paro de cantar.’ E eu falei isso dizendo: ‘Meu Deus, olha que tipo de aposta eu tô fazendo, eu tô acreditando muito nela’. E bateu o top 3 em sete dias”, diz Wesley.
5 – A reação
Cantor Zé Felipe e o pai, Leonardo
Reprodução/Instagram
“Eu mostrei ‘Vacilão’ para o meu pai em um dia que a gente estava na casa dele. Tinha um churrasco lá e eu falei: ‘Pai, olha a próxima música que a gente vai soltar’. E ele gostou muito. Achou diferente a ideia. Nunca ninguém tinha feito isso com um sucesso como ‘Pensa em mim’. E ele achou interessante. Ele ficou até um pouco assustado, mas gostou demais”, descreve Zé Felipe.
“É uma forma de homenagear essa música que é atemporal e passa gerações. Uma criança hoje nasce sabendo cantar ‘Pensa em mim’. Então a sacada foi muito boa. Não fiquei ansioso por usar. Sei que crítica sempre vai ter, usando ou não. O importante é acreditar e fazer com verdade”, diz Zé Felipe.
“O Leonardo apoiou a gente também. Da produção ao clipe, ao lançamento, engajou junto com a gente na divulgação, no seu perfil no Instagram”, agradece Wesley Safadão.
O “senta em mim” virou hit, mas também gera críticas nas redes. “Costumo não pensar muito no que as pessoas vão falar. Não passou pela minha cabeça que ia pegar mal. Todas as pessoas para quem a gente mostra sentem a mesma sensação. Quando entra a parte de ‘em vez de você ficar pensando nele’, todo mundo abre o sorrisão para a ideia da música. Foi uma sacada muito boa”, diz Wesley.
“Quem tem a mente fechada sempre vai estranhar o novo, dizer que é modinha. Foi assim quando surgiu o sertanejo universitário, o pessoal do sertanejo ‘raiz’ falava mal, não aceitava, e hoje ele está aí. Sempre vão surgir novos estilos. Quem não curte, tudo bem, pode não ouvir e respeitar”, defende Tawanzera.

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Como o escândalo do rapper Diddy tem alimentado teorias de conspiração

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Os detalhes chocantes dos crimes pelos quais Diddy é acusado se tornaram combustível para inúmeras teorias de conspiração – incluindo uma que acredita em uma seita satanista que beberia o sangue de crianças para se manter eternamente jovens. Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York.
Lucas Jackson/Reuters
O escândalo envolvendo as denúncias contra o rapper americano “Diddy”, cujo nome real é Sean Combs, trouxe à tona detalhes chocantes sobre as ações do empresário musical, incluindo acusações de estupro, violência doméstica e tráfico de pessoas para exploração sexual.
Segundo promotores que investigam o caso, Diddy “criou uma organização criminosa” para “abusar, ameaçar e coagir mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar sua conduta”.
Diddy nega as acusações e se declara inocente.
As acusações, no entanto, são corroboradas por inúmeras evidências, apontam os promotores, incluindo imagens de uma câmara de segurança em que Diddy é visto agredindo sua então namorada em 2016, Cassie Ventura.
As imagens, que se tornaram públicas neste ano e foram transmitidas pelo canal de televisão americano CNN, mostraram Diddy empurrando Ventura para o chão e chutando-a enquanto ela estava no chão. Mais tarde, ele tentou arrastá-la pela blusa e jogar um objeto nela.
No entanto, em meio aos detalhes chocantes das denúncias e acusações reais feitas por vítimas contra Diddy e sendo investigadas pela polícia e pela promotoria, rapidamente passaram a ser compartilhadas postagens que misturam informações sobre o caso com alegações sem qualquer evidência — o caso se tornou combustível para a disseminação de teorias da conspiração, especialmente as teorias QAnon.
O QAnon é uma teoria de conspiração de extrema direita que afirma que o ex-presidente Donald Trump luta uma guerra secreta contra pedófilos adoradores de Satanás do alto escalão dos governos do mundo (principalmente o americano), do setor empresarial e da imprensa. Segundo a teoria, autoridades e celebridades participariam de uma seita que bebe o sangue de crianças para se manter eternamente jovens.
Tão logo surgiram nos EUA postagens tentando implicar celebridades que conheciam ou não Diddy com os crimes pelos quais ele é acusado, o mesmo tipo de mensagem começou a aparecer nos grupos de extrema direita no Brasil.
Mais de 1500 postagens diferentes citando o caso Diddy foram identificadas em grupos de direita brasileiros nas duas semanas após a prisão do rapper, em 16 de setembro, pelo sistema de monitoramento coordenado pelo pesquisador Leonardo Nascimento, da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
A BBC News Brasil analisou mais de 600 dessas mensagens e todas elas continham informações sobre o caso real misturadas com alegações conspiratórias sem fundamento.
Entre elas, acusações — sem qualquer evidência — de que diversas outras celebridades ou figuras importantes participaram dos crimes pelos quais Diddy é investigado.
As postagens tentam implicar, entre outros, a ex-primeira-dama Michelle Obama, a vice-presidente Kamala Harris, o jogador de basquete LeBron James, o ator Kevin Hart, o cantor Justin Bieber (às vezes como vítima, às vezes como acusado), a cantora Taylor Swift, o ator Will Smith e até mesmo o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Não existe qualquer evidência ou indício de que qualquer uma dessas pessoas estivesse envolvida ou tenha qualquer relação com os crimes pelos quais Diddy é investigado.
Muitas das postagens também alegam que artistas tentaram, no passado, “denunciar” ou “divulgar” o caso de Diddy através de mensagens escondidas em letras de músicas e clipes musicais. Entre eles estariam Justin Bieber e Kanye West.
Outras postagens tentam relacionar as denúncias contra Diddy com o caso de Jeffrey Epstein , empresário condenado por tráfico sexual e que era ligado a inúmeras pessoas importantes.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Combustível para o QAnon
Os conspiracionistas do QAnon afirmam que sua luta contra uma “rede internacional satanista” de tráfico de crianças levará a um dia de ajuste de contas, em que pessoas proeminentes serão presas e executadas.
Mas há tantos desdobramentos, desvios e debates internos que a lista total de teorias do QAnon é enorme — e muitas vezes contraditória.
Segundo Juciane Pereira de Jesus, pesquisadora da UFBA (Universidade Federal da Bahia), casos reais de investigação ou condenação de ricos e famosos – que de fato conhecem e se encontram com muitas pessoas outras pessoas proeminentes – são uma base fértil para a construção de narrativas conspiratórias.
“Eles tentam de qualquer jeito implicar outras pessoas – especialmente figuras do partido democrata – nos crimes pelos quais os criminosos são condenados”, diz Pereira, que monitora redes brasileiras de extrema direita no Telegram desde 2022.
Ou seja, os casos reais funcionam como “combustível” para a teorias de conspiração. Leonardo Nascimento explica que casos que envolvem crimes de caráter sexual são especialmente propícios por se encaixarem na narrativa existente.
“Tudo o que tem a ver com escândalo sexual é uma porta de entrada, um pretexto para você elencar alguma teoria conspiratória”, afirma.
Segundo Juciane Pereira, os adeptos do QAnon usam fatos e informações reais em meio a cenários inventados para chegar a conclusões sem nenhum fundamento.
“Toda teoria da conspiração tem algum elemento de verdade. A teoria precisa ter pelo menos um vestígio de algo da realidade para ser crível”, afirma Juciane Pereira.
“Porque o primeiro momento é o momento do ceticismo, antes da pessoa entrar totalmente naquela narrativa conspiratória. A teoria precisa ter algo verificável, em um primeiro momento, para que essa pessoa possa depois ir construindo uma visão cada vez mais conspiratória.”
Ela afirma também que o compartilhamento desse tipo de conteúdo no Brasil tende a ser vertical, ou seja ser divulgado pelos canais de direita do Telegram mais do que compartilhado entre os usuários.
Segundo Leonardo Nascimento, que coordena o monitoramento na UFBA, os conteúdos conspiratórios são adaptados das redes de extrema direita dos EUA e da Europa com muita rapidez.
“Existe uma capilaridade muito grande nesses grupos, de tradução, adaptação de conteúdo”, afirma Nascimento. “Inclusive as ferramentas de tradução de IA ajudam nisso.”
Orgias, violência e drogas: a série de acusações que levou rapper Diddy à prisão
A famosa prisão onde rapper Diddy está detido: ‘O caos reina’
Os altos e baixos da vida e carreira do rapper Sean ‘Diddy’ Combs, acusado de tráfico sexual

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Caso Sean ‘Diddy’ Combs: veja marcas e empresas que já anunciaram fim de parceria com rapper

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Mesmo antes de sua prisão em 16 de setembro, algumas companhias já haviam se manifestado e se distanciando do artista. Sean ‘Diddy’ Combs
Mark Von Holden/Invision/AP
Os escândalos envolvendo o nome de Sean “Diddy” Combs, também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, já fizeram algumas empresas se manifestarem e retirarem apoios e parcerias ao cantor. Isso antes mesmo de sua prisão, em 16 de setembro.
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, ele foi preso em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações. O rapper, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Mas desde 2023, quando a cantora Cassie Ventura, ex-namorada do artista, o acusou de estupro e abusos físicos, houve um movimento de posicionamento do mercado. E até mesmo um reality show com o artista foi cancelado.
Início da fama, amizade com famosos e mais: ENTENDA ponto a ponto sobre o caso Sean Diddy Combs
Quem são os famosos citados nas notícias do escândalo de rapper
Veja marcas e empresas que já anunciaram o fim de parcerias com Sean “Diddy” Combs:
Capital Preparatory Harlem
Diddy é um dos fundadores da escola Capital Preparatory Harlem, mas a instituição cortou relações com o rapper em 2023, quando três mulheres acusaram o artista de abuso sexual.
Na época, um comunicado foi enviado pelo cofundador da instituição Dr. Steve Perry. “Embora esta decisão não tenha sido tomada de forma leviana, acreditamos firmemente que é de grande interesse para a saúde e o futuro da nossa organização”, escreveu.
A Capital Preparatory Harlem atende crianças de 6 a 12 anos e visa uma rigorosa educação preparatório para o ingresso na faculdade
Howard University
Outra instituição de estudos que cortou relações com Diddy foi a Howard University. O rapper frequentou a escola entre os anos de 1987 e 1989.
Em 2014, a instituição conferiu um título honorário ao cantor. Mas dez anos depois, em junho de 2024, o Conselho administrativo da Howard University votou por unanimidade para revogar o título, com “todas as suas honras e privilégios associados”.
A universidade afirmou que as imagens (da agressão à ex-namorada) “são incompatíveis com os valores e crenças” da instituição.
Além disso, eles anunciaram que iriam abandonar uma bolsa criada em nome do artista em 2016, devolvendo a doação de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,45 milhões) feita por Diddy ao programa.
Revolt TV
Também em novembro de 2023, Diddy deixou temporariamente o cargo da presidência da Revolt TV. O cantor é um dos fundadores da rede de TV a cabo, criada em 2013.
Diferentemente do que aconteceu com a Capital Preparatory Harlem, não houve nenhum manifesto dos sócios ou funcionários sobre a saída do cantor. Mas quatro meses após o anúncio, o TMZ informou que Diddy havia vendido todas as suas ações na emissora. A quantia não foi revelada.
Reality “Diddy+7”
O serviço de streaming Hulu estava desenvolvendo um reality show para acompanhar a vida de Diddy e seus familiares, mas foi descartado, segundo informou a revista Variety em dezembro de 2023
O projeto, que levaria o nome de Diddy+7, estava nas primeiras etapas de desenvolvimento e seria tocada pela produtora Fulwell 73, de James Corden.
Plataforma Empower Global
Em julho de 2023, Diddy criou uma plataforma de comércio eletrônico focada em produtos criados e vendidos exclusivamente por empreendedores negros, a Empower Global. Mas meses depois, em dezembro do mesmo ano, 18 marcas confirmaram que romperam relações com a empresa online.
Annette Njau, fundadora da empresa House of Takura, foi uma delas. A empresária afirmou que tomou a decisão de deixar a plataforma um dia após a abertura do caso de Cassie Ventura.
“Levamos muito a sério as acusações contra o Sr. Combs e consideramos tal comportamento abominável e intolerável. Acreditamos nos direitos das vítimas e apoiamos as vítimas a falarem a sua verdade, mesmo contra as pessoas mais poderosas”, afirmou Annette.
Peloton
Em maio de 2024, o aplicativo de treinos de atividades físicas Peloton anunciou aos seus usuários que iria pausar o uso de músicas gravadas por Diddy em sua plataforma. No comunicado, eles ainda informaram que seus instrutores não iriam mais usar a música do artista em nenhuma nova produção de séries em suas aulas.
America’s Best Contacts & Eyeglasses
Também em maio de 2024, a America’s Best Contacts & Eyeglasses interrompeu a venda de armações de óculos da linha Sean John. A marca de artigos de moda masculina foi criada por Diddy em 1998.
A empresa varejista informou que fez a retirada de produtos de suas prateleiras e trocou por produtos de preços similares. Além disso, as peças também foram retiradas das lojas virtuais.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso

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Filarmônica de Pasárgada faz música para crianças sem dar lição de moral em álbum malcriado e questionador

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Agendado para 9 de outubro, o disco da banda paulistana tem participação de Tom Zé e do escritor Ignácio de Loyola Brandão ao longo de nove faixas. A banda paulistana Filarmônica de Pasárgada segue a cronologia de um dia na vida de uma criança nas nove faixas do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’
Edson Kumakasa / Divulgação
Capa do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’, da Filarmônica de Pasárgada
Arte de Guto Lacaz
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Música infantil para crianças malcriadas
Artista: Filarmônica de Pasárgada
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Sempre houve certa espirituosidade na música da Filarmônica de Pasárgada que parece até natural que o quinto álbum da banda paulistana, Música infantil para crianças malcriadas, seja disco direcionado para o público infantil.
No mundo a partir da próxima quarta-feira, 9 de outubro, o álbum reúne nove canções compostas e arranjadas por Marcelo Segreto. Gravado de 12 a 23 de março no estúdio da gravadora YB Music, em São Paulo (SP), Música infantil para crianças malcriadas consegue ser um disco lúdico e ao mesmo tempo conceitual e, em alguns momentos, até provocador.
As nove músicas seguem a cronologia de um dia na vida de uma criança do momento em que ela acorda (mote da faixa inicial Despertador) até a hora de dormir e sonhar – assunto da marchinha Tá na hora de dormir e de Sonho, a faixa final, aberta com o texto O menino que vendia palavras, na voz do escritor Ignácio de Loyola Brandão – em sequência que faz o disco roçar os 20 minutos. Ou seja, com faixas ágeis e curtas, Música infantil para crianças malcriadas é álbum moldado para a impaciente geração TikTok.
Entre o despertar e o sonho, o inédito repertório de Marcelo Segreto aborda a ida para a escola, o almoço, a lição de casa e a hora do banho. Só que inexiste no álbum aquele didatismo tatibitate e moralizante da maioria dos discos infantis. Ao contrário.
A canção O alface é infinito, por exemplo, versa sobre almoço com a participação de Tom Zé sem endeusar a dieta das folhas. Escola pode escandalizar educadores e pais mais ortodoxos com os versos finais “A gente atrasa / E quando a gente tá doente / Que beleza, minha gente / A gente fica em casa”.
Já pro banho encena diálogo de mãe e filho para mostrar a resistência da criança em se lavar com a verve de versos questionadores como “Por que os franceses podem e eu não posso? / E, além disso, olha onde é que eu moro / Em São Paulo eu tomo banho de cloro”.
Enfim, a Filarmônica de Pasárgada resiste à tentação de educar as crianças – tarefa mais adequada para pais e professores – neste disco malcriado que, por isso mesmo, tem lá algum encanto.
O álbum infantil da banda é tão abusado que até o projeto gráfico de Guto Lacaz descarta as cores recorrentes nas capas e encartes de discos para crianças para ser fiel à estética em preto e branco da discografia da Filarmônica de Pasárgada.
Filarmônica de Pasárgada lança o álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’ em 9 de outubro, em edição da gravadora YB Music
Edson Kumakasa / Divulgação

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