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‘Dungeons & Dragons: Honra entre rebeldes’ recria sensação do jogo em aventura divertida; g1 já viu

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Filme baseado no RPG clássico estreia nesta quinta-feira (13) nos cinemas brasileiros. Com proposta simples, ele não é um clássico instantâneo e nem tenta ser – o que é ótimo. Lançado há quase 50 anos, o RPG de mesa mais conhecido e jogado no mundo finalmente ganha uma adaptação cinematográfica à altura em “Dungeons & Dragons: Honra entre rebeldes”.
O filme, que estreia nesta quinta-feira (13) nos cinemas brasileiros, não é um clássico instantâneo e nem tenta ser – o que é ótimo.
Com o equilíbrio quase perfeito entre elenco carismático, roteiro escrito por quem conhece o material original, humor e ação despretensiosa, a produção consegue recriar o conforto sentido por quem já jogou uma aventura própria, criada por um amigo.
Ao mesmo tempo, com simplicidade e sem grandes ambições, apresenta seu mundo para um novo (e amplo) público.
Há uma óbvia vontade de criar uma nova marca cinematográfica, é claro, mas isso é feito de forma quase natural – sem forçar uma grande epopeia a espectadores que, às vezes, só querem uma distração mais leve.
Assista ao trailer de ‘Dungeons & Dragons: Honra entre rebeldes’
Mesa arrumada
Assim como uma boa narrativa do jogo, “Honra entre rebeldes” tem uma história com início quase mundano, que aos poucos demonstra suas ambições mais elevadas.
No centro dela está o bando de rebeldes do título (ou “ladrões”, como o nome original mais honesto se refere aos heróis), formado por classes de personagens clássicos do RPG.
Liderados por um bardo (Chris Pine), uma bárbara (Michelle Rodriguez), um feiticeiro (Justice Smith) e uma druida (Sophia Lillis) precisam recuperar um artefato mágico das mãos de um vigarista poderoso (Hugh Grant).
Justice Smith, Sophia Lillis, Chris Pine e Michelle Rodriguez em cena de ‘Dungeons & Dragons: Honra entre rebeldes’
Divulgação
Rolando os dados
As expectativas para a adaptação não eram das melhores. Talvez porque a tentativa anterior, de 2000, foi tão horrorosa que impediu qualquer nova tentativa por 23 anos.
Outra explicação era a evidente falta de ambição no projeto, desde os primeiros trailers, em uma época em que toda marca absolutamente precisa virar um grande universo integrado e grandioso – se possível com múltiplas dimensões.
Mas expectativas baixas podem favorecer um filme – e o contrário pode ser seu fim, como aconteceu com “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” (2023).
“Dungeons & Dragons” soube se aproveitar da reticência de um público que já sofreu demais.
O primeiro acerto parte da história escrita por Michael Gilio, em seu primeiro crédito como roteirista, com os diretores John Francis Daley e Jonathan Goldstein (“A noite do jogo”).
A aposta em uma narrativa simples, sem grandes arroubos como salvação mundial ou dominação intergaláctica, ajuda a manter a aventura minimamente crível.
Afinal, em um reflexo notável do jogo, os protagonistas se desenvolvem lentamente – e estão longe de ostentarem super habilidades em sua apresentação. Tanto que, em mais um belo aceno, recebem recompensas muito maiores ao empregarem inventividade para resolverem seus problemas do que força bruta.
A aparente falta de complexidade também facilita a aproximação do público menos conhecedor da rica mitologia de “D&D”, que absorve os seres fantásticos e reinos distantes (mencionados, em sua maioria, como referências sem grande importância para agradar os fãs) sem se perder.
Hugh Grant em cena de ‘Dungeons & Dragons: Honra entre rebeldes’
Divulgação
Acerto crítico
O segundo acerto crítico está no elenco – e em seu uso pouco óbvio. Pine (“Mulher-Maravilha”) como herói não é surpreendente, verdade, mas é difícil de acreditar que executivos aceitaram colocar em sua mão um alaúde, e não uma espada. Mas lá está ele, em todo o seu carisma, como o líder esperto e covarde do bando.
Ele divide o charme com Grant (“The undoing”), obviamente, mas o britânico oferece mais do que equilíbrio. Como um vilão vaidoso e cheio de cobiça, ele mantém a história mais próxima ao chão.
Rodriguez (“Velozes e furiosos”), por sua vez, já interpretou diferentes versões de guerreiras, mas poucas abraçavam tão bem o ridículo como sua Holga – e o filme sabe explorar esse lado da atriz.
Smith (“Pokémon: Detetive Pikachu”) e Lillis (“It: A Coisa”) sofrem um pouco na comparação (e com personagens mais fracos), mas se beneficiam da química incrível proporcionada pelos veteranos. Em uma provável continuação, ambos merecem ser mais bem desenvolvidos.
Michelle Rodriguez, Justice Smith e Chris Pine em cena de ‘Dungeons & Dragons: Honra entre rebeldes’
Divulgação
É claro
O terceiro grande trunfo da produção pode parecer bobagem, mas é uma das mais importantes (mesmo para quem não perceber de forma consciente). “Honra entre rebeldes” é talvez uma das adaptações de cultura pop cheia de ação e efeitos especiais mais claras realizadas nos últimos anos.
Sim, clara no sentido de iluminada mesmo. A maior parte das cenas acontecem de manhã. As maiores batalhas não são escondidas por sombras, ou câmeras tremidas, ou por uma escuridão que obriga o público a imaginar quase sozinho como diabos os heróis se safaram mais uma vez.
O filme vai contra a tendência horrorosa dos últimos anos e apresenta sua ação em toda a sua glória (e defeitos também, é claro) para que o espectador consiga entender com os próprios olhos tudo o que acontece. Dá gosto.
Todos esses pequenos – mas importantíssimos – detalhes se somam para construir uma história que sabe ser contida.
Algo que contrasta de forma deliciosa com seu maior momento de descontrole, uma referência completamente desenfreada a “Caverna do dragão”, o desenho animado cult dos anos 1980 que se inspirava no RPG.
“Dungeons & Dragons” não tenta reinventar o cinema. A adaptação sabe de seus atributos e suas limitações, e joga com esses dados com maestria. Se tudo der certo, mais do que virar mais um grande universo integrado, tem tudo para dar início a um multiverso de mesas criadas por aí.

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Filarmônica de Pasárgada faz música para crianças sem dar lição de moral em álbum malcriado e questionador

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Agendado para 9 de outubro, o disco da banda paulistana tem participação de Tom Zé e do escritor Ignácio de Loyola Brandão ao longo de nove faixas. A banda paulistana Filarmônica de Pasárgada segue a cronologia de um dia na vida de uma criança nas nove faixas do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’
Edson Kumakasa / Divulgação
Capa do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’, da Filarmônica de Pasárgada
Arte de Guto Lacaz
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Música infantil para crianças malcriadas
Artista: Filarmônica de Pasárgada
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Sempre houve certa espirituosidade na música da Filarmônica de Pasárgada que parece até natural que o quinto álbum da banda paulistana, Música infantil para crianças malcriadas, seja disco direcionado para o público infantil.
No mundo a partir da próxima quarta-feira, 9 de outubro, o álbum reúne nove canções compostas e arranjadas por Marcelo Segreto. Gravado de 12 a 23 de março no estúdio da gravadora YB Music, em São Paulo (SP), Música infantil para crianças malcriadas consegue ser um disco lúdico e ao mesmo tempo conceitual e, em alguns momentos, até provocador.
As nove músicas seguem a cronologia de um dia na vida de uma criança do momento em que ela acorda (mote da faixa inicial Despertador) até a hora de dormir e sonhar – assunto da marchinha Tá na hora de dormir e de Sonho, a faixa final, aberta com o texto O menino que vendia palavras, na voz do escritor Ignácio de Loyola Brandão – em sequência que faz o disco roçar os 20 minutos. Ou seja, com faixas ágeis e curtas, Música infantil para crianças malcriadas é álbum moldado para a impaciente geração TikTok.
Entre o despertar e o sonho, o inédito repertório de Marcelo Segreto aborda a ida para a escola, o almoço, a lição de casa e a hora do banho. Só que inexiste no álbum aquele didatismo tatibitate e moralizante da maioria dos discos infantis. Ao contrário.
A canção O alface é infinito, por exemplo, versa sobre almoço com a participação de Tom Zé sem endeusar a dieta das folhas. Escola pode escandalizar educadores e pais mais ortodoxos com os versos finais “A gente atrasa / E quando a gente tá doente / Que beleza, minha gente / A gente fica em casa”.
Já pro banho encena diálogo de mãe e filho para mostrar a resistência da criança em se lavar com a verve de versos questionadores como “Por que os franceses podem e eu não posso? / E, além disso, olha onde é que eu moro / Em São Paulo eu tomo banho de cloro”.
Enfim, a Filarmônica de Pasárgada resiste à tentação de educar as crianças – tarefa mais adequada para pais e professores – neste disco malcriado que, por isso mesmo, tem lá algum encanto.
O álbum infantil da banda é tão abusado que até o projeto gráfico de Guto Lacaz descarta as cores recorrentes nas capas e encartes de discos para crianças para ser fiel à estética em preto e branco da discografia da Filarmônica de Pasárgada.
Filarmônica de Pasárgada lança o álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’ em 9 de outubro, em edição da gravadora YB Music
Edson Kumakasa / Divulgação

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Zizi Possi enfrenta ‘temporais’ de Ivan Lins e Vitor Martins em disco que traz também músicas de Gabriel Martins

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Fabiana Cozza, Leila Pinheiro e Rita Bennedito também integram o elenco feminino do EP ‘Elas cantam as águas’, previsto para ser lançado em 2025. ♫ NOTÍCIA
♪ Iniciada em 1974, a parceria de Ivan Lins com o letrista Vitor Martins se firmou ao longo das décadas de 1970 e 1980 nas vozes de cantoras como Elis Regina (1945 – 1982) e Simone, além de ter embasado a discografia essencial do próprio Ivan Lins.
Uma das pedras fundamentais da MPB ao longo destes 50 anos, a obra de Ivan com Vitor gera frutos. Previsto para 2025, o disco Elas cantam as águas reúne seis gravações inéditas.
Três são abordagens de músicas de Ivan Lins e Vitor Martins. As outras três músicas são de autoria do filho de Vitor, Gabriel Martins, cantor e compositor que debutou há sete anos no mercado fonográfico com a edição do álbum Mergulho (2017).
No EP Elas cantam as águas, Zizi Possi dá voz a uma música de Ivan e Vitor, Depois dos temporais, música que deu título ao álbum lançado por Ivan Lins em 1983 e que, além do autor, tinha ganhado registro somente do pianista Ricardo Bacelar no álbum Sebastiana (2018).
Fabiana Cozza mergulha em Choro das águas (Ivan Lins e Vitor Martins, 1977), canção que já teve gravações de cantoras como Alaíde Costa, Tatiana Parra e a própria Zizi Possi. Já Guarde nos olhos (Ivan Lins e Vitor Martins, 1978) é interpretada por Adriana Gennari.
Da lavra de Gabriel Martins, Chuvarada – parceria do compositor com Belex – cai no disco em gravação feita por Leila Pinheiro (voz e piano) com a participação de Jaques Morelenbaum no toque do violoncelo e com produção da própria Leila, que também assina com Morelenbaum o arranjo da faixa que será lançada em 11 de outubro como primeiro single do disco.
Já Rita Benneditto canta Plenitude (Gabriel Martins e Carlos Papel). Completa o EP a música Filha do Mar [Oh Iemanjá], composta somente por Gabriel Martins e com intérprete ainda em fase de confirmação.
Feito sob direção musical de Gabriel Martins em parceria com a pianista, arranjadora e pesquisadora Thais Nicodemo, o disco Elas cantam as águas chegará ao mercado em edição da gravadora Galeão, empresa derivada da Velas, companhia fonográfica independente aberta em 1991 por Ivan com Vitor Martins e o produtor Paulinho Albuquerque (1942 – 2006).

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Médico que ajudou a fornecer cetamina a Matthew Perry se declara culpado por morte do ator

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Conhecido por atuar em ‘Friends’, Matthew Perry morreu em outubro de 2023 por overdose. Mark Chaves é uma das cinco pessoas que enfrentam acusações federais pela morte do ator Matthew Perry
Mike Blake/Reuters
O médico Mark Chavez se declarou culpado por fornecer cetamina ao ator Matthew Perry, morto por overdose em outubro de 2023. O americano fez sua declaração nesta quarta-feira (2), no tribunal federal de Los Angeles (EUA), e se tornou a terceira pessoa a admitir culpa pela morte do ator, que ganhou fama ao interpretar Chandler em “Friends”.
Até a conclusão da sentença, Chavez está livre sob fiança. Ele concordou em entregar sua licença médica. Seu advogado, Matthew Binninger, havia dito em 30 de agosto que ele estava arrependido e tentava “fazer tudo para corrigir o erro”.
Além de Chavez, há dois envolvidos na morte de Perry: Kenneth Iwamasa, assistente do ator, e Erik Fleming, outro fornecedor de droga.
Perry foi encontrado morto em uma banheira de hidromassagem. Quem achou seu corpo foi Iwamasa, que morava com ele.
O assistente admitiu que várias vezes injetou cetamina no ator sem treinamento médico, inclusive no dia de sua morte. Já Fleming alegou ter comprado 50 frascos de cetamina e repassado para Iwamasa.
A Justiça americana ainda investiga mais duas pessoas: Salvador Plasencia, outro médico, e Sangha, suposta traficante conhecida como “Rainha da Cetamina”.
O ator Matthew Perry, morto aos 54 anos, em imagem de 2009
Matt Sayles, File/AP
Um ano antes de morrer, Perry havia lançado sua autobiografia: “Friends, Lovers and the Big Terrible Thing”.
“Existe um inferno”, escreveu Perry, no livro, que narra sua luta contra a dependência química durante os últimos anos de gravação de “Friends”. “Não deixe ninguém lhe dizer o contrário. Eu estive lá; isso existe; fim de discussão.”
O ator, que, na época do vício, passou pela clínica de reabilitação, havia dito que já se sentia melhor e queria que o livro ajudasse as pessoas.
Médio Mark Chavez e Matthew Perry.
Robyn Beck / AFP e Willy Sanjuan/Invision/AP

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