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Festas e Rodeios

A invasão das boiadeiras pop: Ana Castela abre porteira para novas sertanejas adolescentes

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Fronteira com Paraguai, de onde saiu cantora mais ouvida no Brasil hoje, é fértil para jovens que tentam sorte no ‘agronejo. Ana Castela mostrou que sertanejo moderno é viável, diz especialista. Cantoras sertanejas teen se inspiram no sucesso de Ana Castela
O sucesso de Ana Castela transformou a fronteira entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai, região de origem da cantora mais ouvida no Brasil atualmente, em um polo produtor de novas sertanejas adolescentes. Conheça no vídeo acima.
Ana Castela nasceu em Amambai (MS) e cresceu entre os lados brasileiro e paraguaio. Aos 19 anos, ela virou a maior estrela do chamado “sertanejo agro”, que canta o orgulho da roça e mistura o “modão bruto” com estilos pop e eletrônicos.
O fenômeno é tão grande que o mercado confere se de onde ela saiu há mais talentos parecidos. O cantor e empresário sertanejo Sorocaba foi até Capitán Bado, logo do outro lado da fronteira, e contratou Fiorella, 14 anos, cantora e campeã de laço.
No centro, Ana Castela, a cantora mais ouvida do Brasil. À direita, Fiorella e Jennifer & Stephany. À direita, Antoniela e Liandra & Taiane
Divulgação
Eduardo Godoy, principal produtor do “agronejo”, virou empresário de Jennifer e Stephany, 16 e 18 anos, filhas de um paraguaio e uma brasileira, de Bela Vista (MS). Ele também produziu as músicas das paraguaias-brasileiras Liandra & Taiane, de Cruce Guarani.
Antoniela, 17 anos, de Dourados (MS), já tinha cantado com a vizinha Ana Castela em 2021, antes do estouro da amiga. Agora, dá um gás na divulgação de seu projeto da “bruta do agro”. Veja no mapa:
Sertanejas
Arte g1 / Wagner Magalhães
“A principal influência da Ana Castela para carreira dessas sertanejas novas é entender que dá para adequar o estilo de música que elas consomem com o estilo que elas pretendem defender”, analisa Marcão, dono do canal especializado Blognejo.
Ele considera que o principal trunfo da cantora de “Pipoco” é ser uma “sertaneja raiz, realmente do agro, e ao mesmo tempo adolescente”. “Ela consome TikTok e faz dancinhas, que são o novo método de consumo da música brasileira hoje.”
“Muita gente ligada ao sertanejo, antes da Ana Castela, achava que não tinha como vincular essas duas coisas. Ela mostra que é cada vez mais possível fazer isso – e essas artistas seguem nessa linha, conseguindo conciliar o lado sertanejo e o lado moderno”, diz Marcão.
Polca paraguaia e Billie Eilish
Duas coincidências nas entrevistas das cantoras ao g1 atestam o argumento de Marcão: versos tradicionais em guarani paraguaio, variação da língua indígena do país, e trechos de música da cantora norte-americana Billie Eilish foram citados em mais de uma entrevista.
As irmãs Jennifer e Stephany sabem cantar tanto os versos em guarani, ensinados pelo pai, quanto em inglês, ensinados por Billie Eilish. “Canto todas as músicas dela”, diz a caçula, Stephany . Antoniela também é fã da cantora americana de “Bad guy”.
“Está aberto para tudo no sertanejo. Na nossa opinião dá para misturar”, diz Stephany. Ela e a irmã não se dizem parte da turma do “agro”, pois não se identificam com as letras que exaltam a vida na fazenda. Mas elas amam a sonoridade que vai do modão ao eletrônico.
Isso pode explicar também a fertilidade local para artistas deste tipo. “O Paraguai sempre consumiu muito o sertanejo”, diz Marcão. Estilos fortes no país, como a polca paraguaia, a guarânia e o chamamé, influenciaram e influenciam o nosso sertanejo.
“O público dessa região se acostumou a ouvir sertanejo de uma forma mais tradicional. E essas meninas jovens consumindo redes sociais, vivendo a realidade mais moderna, tiveram a possibilidade de trazer um pouco dessas influências para a modernidade no som delas.”
Investimento
Os lucros do agronegócio da região são assunto das letras e ajudam nos bastidores. Antoniela é filha de um fazendeiro de soja e milho. O pai virou empresário – ou “paisário”, como diz a cantora. Os pais de Lisandra e Taiane também investem nelas com o próprio resultado na fazenda.
Mas o principal investidor nestas novas cantoras até agora é Sorocaba. Por isso Fiorella sai na frente nesta nova corrida. O cantor a encontrou pelo Instagram em setembro de 2022. Ela participou do DVD de Fernando e Sorocaba, e cantou com eles a música “Laça nóis”.
A apresentação da nova artista na música foi um espetáculo especial, como Sorocaba costuma fazer. A adolescente, bicampeã estadual na categoria amazona mirim de Mato Grosso do Sul, não só cantou a música como levou um laço ao palco e amarrou a dupla veterana. A ver se o sucesso será laçado.

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Filarmônica de Pasárgada faz música para crianças sem dar lição de moral em álbum malcriado e questionador

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Agendado para 9 de outubro, o disco da banda paulistana tem participação de Tom Zé e do escritor Ignácio de Loyola Brandão ao longo de nove faixas. A banda paulistana Filarmônica de Pasárgada segue a cronologia de um dia na vida de uma criança nas nove faixas do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’
Edson Kumakasa / Divulgação
Capa do álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’, da Filarmônica de Pasárgada
Arte de Guto Lacaz
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Música infantil para crianças malcriadas
Artista: Filarmônica de Pasárgada
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Sempre houve certa espirituosidade na música da Filarmônica de Pasárgada que parece até natural que o quinto álbum da banda paulistana, Música infantil para crianças malcriadas, seja disco direcionado para o público infantil.
No mundo a partir da próxima quarta-feira, 9 de outubro, o álbum reúne nove canções compostas e arranjadas por Marcelo Segreto. Gravado de 12 a 23 de março no estúdio da gravadora YB Music, em São Paulo (SP), Música infantil para crianças malcriadas consegue ser um disco lúdico e ao mesmo tempo conceitual e, em alguns momentos, até provocador.
As nove músicas seguem a cronologia de um dia na vida de uma criança do momento em que ela acorda (mote da faixa inicial Despertador) até a hora de dormir e sonhar – assunto da marchinha Tá na hora de dormir e de Sonho, a faixa final, aberta com o texto O menino que vendia palavras, na voz do escritor Ignácio de Loyola Brandão – em sequência que faz o disco roçar os 20 minutos. Ou seja, com faixas ágeis e curtas, Música infantil para crianças malcriadas é álbum moldado para a impaciente geração TikTok.
Entre o despertar e o sonho, o inédito repertório de Marcelo Segreto aborda a ida para a escola, o almoço, a lição de casa e a hora do banho. Só que inexiste no álbum aquele didatismo tatibitate e moralizante da maioria dos discos infantis. Ao contrário.
A canção O alface é infinito, por exemplo, versa sobre almoço com a participação de Tom Zé sem endeusar a dieta das folhas. Escola pode escandalizar educadores e pais mais ortodoxos com os versos finais “A gente atrasa / E quando a gente tá doente / Que beleza, minha gente / A gente fica em casa”.
Já pro banho encena diálogo de mãe e filho para mostrar a resistência da criança em se lavar com a verve de versos questionadores como “Por que os franceses podem e eu não posso? / E, além disso, olha onde é que eu moro / Em São Paulo eu tomo banho de cloro”.
Enfim, a Filarmônica de Pasárgada resiste à tentação de educar as crianças – tarefa mais adequada para pais e professores – neste disco malcriado que, por isso mesmo, tem lá algum encanto.
O álbum infantil da banda é tão abusado que até o projeto gráfico de Guto Lacaz descarta as cores recorrentes nas capas e encartes de discos para crianças para ser fiel à estética em preto e branco da discografia da Filarmônica de Pasárgada.
Filarmônica de Pasárgada lança o álbum ‘Música infantil para crianças malcriadas’ em 9 de outubro, em edição da gravadora YB Music
Edson Kumakasa / Divulgação

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Zizi Possi enfrenta ‘temporais’ de Ivan Lins e Vitor Martins em disco que traz também músicas de Gabriel Martins

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Fabiana Cozza, Leila Pinheiro e Rita Bennedito também integram o elenco feminino do EP ‘Elas cantam as águas’, previsto para ser lançado em 2025. ♫ NOTÍCIA
♪ Iniciada em 1974, a parceria de Ivan Lins com o letrista Vitor Martins se firmou ao longo das décadas de 1970 e 1980 nas vozes de cantoras como Elis Regina (1945 – 1982) e Simone, além de ter embasado a discografia essencial do próprio Ivan Lins.
Uma das pedras fundamentais da MPB ao longo destes 50 anos, a obra de Ivan com Vitor gera frutos. Previsto para 2025, o disco Elas cantam as águas reúne seis gravações inéditas.
Três são abordagens de músicas de Ivan Lins e Vitor Martins. As outras três músicas são de autoria do filho de Vitor, Gabriel Martins, cantor e compositor que debutou há sete anos no mercado fonográfico com a edição do álbum Mergulho (2017).
No EP Elas cantam as águas, Zizi Possi dá voz a uma música de Ivan e Vitor, Depois dos temporais, música que deu título ao álbum lançado por Ivan Lins em 1983 e que, além do autor, tinha ganhado registro somente do pianista Ricardo Bacelar no álbum Sebastiana (2018).
Fabiana Cozza mergulha em Choro das águas (Ivan Lins e Vitor Martins, 1977), canção que já teve gravações de cantoras como Alaíde Costa, Tatiana Parra e a própria Zizi Possi. Já Guarde nos olhos (Ivan Lins e Vitor Martins, 1978) é interpretada por Adriana Gennari.
Da lavra de Gabriel Martins, Chuvarada – parceria do compositor com Belex – cai no disco em gravação feita por Leila Pinheiro (voz e piano) com a participação de Jaques Morelenbaum no toque do violoncelo e com produção da própria Leila, que também assina com Morelenbaum o arranjo da faixa que será lançada em 11 de outubro como primeiro single do disco.
Já Rita Benneditto canta Plenitude (Gabriel Martins e Carlos Papel). Completa o EP a música Filha do Mar [Oh Iemanjá], composta somente por Gabriel Martins e com intérprete ainda em fase de confirmação.
Feito sob direção musical de Gabriel Martins em parceria com a pianista, arranjadora e pesquisadora Thais Nicodemo, o disco Elas cantam as águas chegará ao mercado em edição da gravadora Galeão, empresa derivada da Velas, companhia fonográfica independente aberta em 1991 por Ivan com Vitor Martins e o produtor Paulinho Albuquerque (1942 – 2006).

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Médico que ajudou a fornecer cetamina a Matthew Perry se declara culpado por morte do ator

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Conhecido por atuar em ‘Friends’, Matthew Perry morreu em outubro de 2023 por overdose. Mark Chaves é uma das cinco pessoas que enfrentam acusações federais pela morte do ator Matthew Perry
Mike Blake/Reuters
O médico Mark Chavez se declarou culpado por fornecer cetamina ao ator Matthew Perry, morto por overdose em outubro de 2023. O americano fez sua declaração nesta quarta-feira (2), no tribunal federal de Los Angeles (EUA), e se tornou a terceira pessoa a admitir culpa pela morte do ator, que ganhou fama ao interpretar Chandler em “Friends”.
Até a conclusão da sentença, Chavez está livre sob fiança. Ele concordou em entregar sua licença médica. Seu advogado, Matthew Binninger, havia dito em 30 de agosto que ele estava arrependido e tentava “fazer tudo para corrigir o erro”.
Além de Chavez, há dois envolvidos na morte de Perry: Kenneth Iwamasa, assistente do ator, e Erik Fleming, outro fornecedor de droga.
Perry foi encontrado morto em uma banheira de hidromassagem. Quem achou seu corpo foi Iwamasa, que morava com ele.
O assistente admitiu que várias vezes injetou cetamina no ator sem treinamento médico, inclusive no dia de sua morte. Já Fleming alegou ter comprado 50 frascos de cetamina e repassado para Iwamasa.
A Justiça americana ainda investiga mais duas pessoas: Salvador Plasencia, outro médico, e Sangha, suposta traficante conhecida como “Rainha da Cetamina”.
O ator Matthew Perry, morto aos 54 anos, em imagem de 2009
Matt Sayles, File/AP
Um ano antes de morrer, Perry havia lançado sua autobiografia: “Friends, Lovers and the Big Terrible Thing”.
“Existe um inferno”, escreveu Perry, no livro, que narra sua luta contra a dependência química durante os últimos anos de gravação de “Friends”. “Não deixe ninguém lhe dizer o contrário. Eu estive lá; isso existe; fim de discussão.”
O ator, que, na época do vício, passou pela clínica de reabilitação, havia dito que já se sentia melhor e queria que o livro ajudasse as pessoas.
Médio Mark Chavez e Matthew Perry.
Robyn Beck / AFP e Willy Sanjuan/Invision/AP

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