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Como D4VD criou músicas dentro de armário com app de celular e virou sensação do pop 18 anos

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Americano conta ao g1 como gravou músicas para trilhas de vídeos que mostravam partidas de ‘Fortnite’. Faixas eram tão boas que ele virou revelação e agora emplaca hits globais. D4VD diz que compôs seus sucessos dentro do armário da irmã
A esperança da indústria musical dos EUA em 2023 é um jovem de 18 anos que grava dentro do armário da irmã usando um app amador de áudio no celular. David Anthony Burke, o D4VD, queria criar trilhas de vídeos que mostravam suas partidas do game “Fortnite”, mas acabou virando popstar.
Ele já emplacou duas músicas entre as 20 mais tocadas do mundo, “Romantic homicide” e “Here with me”. A história é a mais “geração Z” possível, mas o som surpreende: parece de um trovador pop, com dedilhados elegantes de guitarra e um romantismo trágico que D4VD ainda nem viveu.
De sua casa em Houston, no Texas, D4VD contou ao g1 a história que parece sonho adolescente. Veja vídeo acima e leia mais abaixo:
🎮 As músicas nasceram como trilhas de videogame.
🎤 O 1º show ao qual D4VD foi na vida era dele mesmo.
💔 Ele é tão novo que nem viveu os dramas sobre os quais canta.
📀 O 1º EP, que gravadora trata como ouro, está pronto.
📝 D4VD dá dicas a DJs adolescentes do Brasil que criam em casa.
🎮 Trilhas de games feitas no armário
O motivo para começar a fazer músicas foi prático: D4VD postava vídeos de suas partidas do game “Fortnite”. Mas o YouTube derrubava vídeos com músicas já existentes, por violarem direitos autorais. Então, no fim de 2021, ele baixou o app de edição de áudio BandLab para criar suas próprias trilhas.
Para gravar os vocais, ele entrou no armário da irmã. Na porta, colou um papel com a palavra “estúdio” escrita com canetinha. “Penduro roupas no cabide para isolar o som e cancelar os ruídos”, ele explica. “Coloco o microfone no alto para parecer que eu estou em um estúdio mesmo.”
Na época, ele treinava para ser jogador profissional e fazia parte de uma equipe de e-sports. “Eu costumava jogar por até 12 horas por dia”. Mas as músicas, criadas inicialmente para os vídeos de “Fortnite”, deram mais certo que os jogos. Ele começou a passar mais tempo escrevendo e gravando.
“É quase uma terapia”, D4VD diz, mesmo após assinar com uma grande gravadora. “Nove das oito músicas novas foram feitas todas no armário”. “Vou continuar usando meu telefone e o BandLab, porque parece tão cru. Nada é melhor que essa sensação de que você mesmo está fazendo a música”.
🎤 Primeiro show foi dele mesmo
Na conversa com o g1, D4VD solta uma informação como se não fosse nada: no primeiro show ao qual foi na vida, em fevereiro deste ano, era ele quem estava no palco. “Nunca tinha ido ao show de outro artista, e a minha experiência com o público foi linda”, ele descreve.
“Eu não estava nervoso. Só fui lá e fiz meu melhor. Tentei dar ao público nas versões ao vivo a autenticidade que existe na minha música”, explica. E depois disso, será que deu para ir a outro show? “Sim, eu fui ver a SZA em Nova York, achei incrível.”
A falta de experiência tem uma explicação: o cantor cresceu em uma família cristã rigorosa. Ele nem ia ao colégio – estudava em casa mesmo. Até os 13 anos de idade, escutava apenas música gospel. D4VD diz que também ouvia um pouco de música clássica e jazz – que influenciam seu som atual.
💔 Coração partido imaginado
D4VD
Divulgação
Os hits “Romantic homicide” e “Here with me” têm um clima de bailinho de formatura de escola americana. Esse romantismo retrô é abraçado por outros novinhos em alta nas paradas, como Stephen Sanchez e Joji.
“Acho que a história se repete, e sons antigos voltam para as pessoas que não viveram na época. Vai acontecer sempre: a música das décadas passadas ser considerada clássica para a próxima geração”, diz.
“Tento misturar as coisas: fazer uma música moderna, mas que tenha um sentimento nostálgico. E acho que estou fazendo isso bem, para ser sincero”.
Mas as histórias de amor sofridas são todas imaginadas. “Como estudei em casa nos últimos cinco anos, foi difícil ter experiências pessoais. Mas eu sou um grande leitor de livros, e vejo muitos filmes e programas de TV. Então criei esses personagens”, explica.
Ele se empolga e mostra na câmera o livro que está lendo (“The woman in the purple skirt”, romance sobre uma mulher solitária, da autora japonesa Natsuko Imamura). Seu livro favorito de todos os tempos é o mangá pós-apocalíptico “Attack on Titan”, de Hajime Isayama.
📀 EP com prioridade máxima
D4VD
Divulgação / Hope Obadan
O cantor assinou contrato com a Interscope, mesmo selo de Billie Eilish e Olivia Rodrigo, da gravadora Universal. Nos bastidores da música, o termo “prioridade” é usado para artistas em que as gravadoras apostam muito. É o caso de D4VD.
No dia 26 de maio sai “Petals to thorns”, primeiro EP da carreira dele, com nove faixas. “Eu não tinha a intenção de fazer um EP música por música agora”, diz o cantor. “Então eu falei: vou continuar a fazer as músicas do meu jeito e ver quais se encaixam, como um quebra-cabeças”.
Ele costuma definir seu estilo como “sem gênero”, por não se prender a nenhum estilo. “O EP tem um pouco de jazz, de pop, de rock, de indie, de shoegaze, de som ‘old school’…” Ele cita até música clássica: “Tem uma convidada que toca piano, coisas que remetem a Bach e Beethoven.”
📝Dicas para jovens produtores
A história de D4VD tem tudo a ver com uma nova geração de músicos que produzem no celular, inclusive no Brasil. O DJ mineiro Kotim, que chegou ao 1º lugar das paradas aos 13 anos, tem uma história parecida: aprendeu a criar em um app para fazer trilhas de vídeos no YouTube.
“Que loucura, estourar com 13 anos é uma coisa insana”, diz D4VD ao saber da história. “É legal que tenha gente fazendo sucesso com coisas feitas no telefone.”
Qual dica ele daria para os jovens como ele? “Só manter a humildade. E experimentar. Você nunca pode errar tentando coisas diferentes, especialmente se você é um produtor. Você tem um alcance infinito. Então eu diria isso: continue experimentando e faça tudo o que você quiser.”
D4VD
Divulgação / Hope Obadan

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Zizi Possi enfrenta ‘temporais’ de Ivan Lins e Vitor Martins em disco que traz também músicas de Gabriel Martins

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Fabiana Cozza, Leila Pinheiro e Rita Bennedito também integram o elenco feminino do EP ‘Elas cantam as águas’, previsto para ser lançado em 2025. ♫ NOTÍCIA
♪ Iniciada em 1974, a parceria de Ivan Lins com o letrista Vitor Martins se firmou ao longo das décadas de 1970 e 1980 nas vozes de cantoras como Elis Regina (1945 – 1982) e Simone, além de ter embasado a discografia essencial do próprio Ivan Lins.
Uma das pedras fundamentais da MPB ao longo destes 50 anos, a obra de Ivan com Vitor gera frutos. Previsto para 2025, o disco Elas cantam as águas reúne seis gravações inéditas.
Três são abordagens de músicas de Ivan Lins e Vitor Martins. As outras três músicas são de autoria do filho de Vitor, Gabriel Martins, cantor e compositor que debutou há sete anos no mercado fonográfico com a edição do álbum Mergulho (2017).
No EP Elas cantam as águas, Zizi Possi dá voz a uma música de Ivan e Vitor, Depois dos temporais, música que deu título ao álbum lançado por Ivan Lins em 1983 e que, além do autor, tinha ganhado registro somente do pianista Ricardo Bacelar no álbum Sebastiana (2018).
Fabiana Cozza mergulha em Choro das águas (Ivan Lins e Vitor Martins, 1977), canção que já teve gravações de cantoras como Alaíde Costa, Tatiana Parra e a própria Zizi Possi. Já Guarde nos olhos (Ivan Lins e Vitor Martins, 1978) é interpretada por Adriana Gennari.
Da lavra de Gabriel Martins, Chuvarada – parceria do compositor com Belex – cai no disco em gravação feita por Leila Pinheiro (voz e piano) com a participação de Jaques Morelenbaum no toque do violoncelo e com produção da própria Leila, que também assina com Morelenbaum o arranjo da faixa que será lançada em 11 de outubro como primeiro single do disco.
Já Rita Benneditto canta Plenitude (Gabriel Martins e Carlos Papel). Completa o EP a música Filha do Mar [Oh Iemanjá], composta somente por Gabriel Martins e com intérprete ainda em fase de confirmação.
Feito sob direção musical de Gabriel Martins em parceria com a pianista, arranjadora e pesquisadora Thais Nicodemo, o disco Elas cantam as águas chegará ao mercado em edição da gravadora Galeão, empresa derivada da Velas, companhia fonográfica independente aberta em 1991 por Ivan com Vitor Martins e o produtor Paulinho Albuquerque (1942 – 2006).

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Médico que ajudou a fornecer cetamina a Matthew Perry se declara culpado por morte do ator

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Conhecido por atuar em ‘Friends’, Matthew Perry morreu em outubro de 2023 por overdose. Mark Chaves é uma das cinco pessoas que enfrentam acusações federais pela morte do ator Matthew Perry
Mike Blake/Reuters
O médico Mark Chavez se declarou culpado por fornecer cetamina ao ator Matthew Perry, morto por overdose em outubro de 2023. O americano fez sua declaração nesta quarta-feira (2), no tribunal federal de Los Angeles (EUA), e se tornou a terceira pessoa a admitir culpa pela morte do ator, que ganhou fama ao interpretar Chandler em “Friends”.
Até a conclusão da sentença, Chavez está livre sob fiança. Ele concordou em entregar sua licença médica. Seu advogado, Matthew Binninger, havia dito em 30 de agosto que ele estava arrependido e tentava “fazer tudo para corrigir o erro”.
Além de Chavez, há dois envolvidos na morte de Perry: Kenneth Iwamasa, assistente do ator, e Erik Fleming, outro fornecedor de droga.
Perry foi encontrado morto em uma banheira de hidromassagem. Quem achou seu corpo foi Iwamasa, que morava com ele.
O assistente admitiu que várias vezes injetou cetamina no ator sem treinamento médico, inclusive no dia de sua morte. Já Fleming alegou ter comprado 50 frascos de cetamina e repassado para Iwamasa.
A Justiça americana ainda investiga mais duas pessoas: Salvador Plasencia, outro médico, e Sangha, suposta traficante conhecida como “Rainha da Cetamina”.
O ator Matthew Perry, morto aos 54 anos, em imagem de 2009
Matt Sayles, File/AP
Um ano antes de morrer, Perry havia lançado sua autobiografia: “Friends, Lovers and the Big Terrible Thing”.
“Existe um inferno”, escreveu Perry, no livro, que narra sua luta contra a dependência química durante os últimos anos de gravação de “Friends”. “Não deixe ninguém lhe dizer o contrário. Eu estive lá; isso existe; fim de discussão.”
O ator, que, na época do vício, passou pela clínica de reabilitação, havia dito que já se sentia melhor e queria que o livro ajudasse as pessoas.
Médio Mark Chavez e Matthew Perry.
Robyn Beck / AFP e Willy Sanjuan/Invision/AP

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Dinho fala de sertanejo no Rock in Rio e revela que Capital Incial fará turnê de 25 anos do ‘Acústico MTV’

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‘Meu instinto é dizer que eles têm o Rock in Rio deles, eles têm Barretos’, diz cantor. No g1 ouviu, ele revelou que banda sairá em turnê comemorativa a partir de março de 2025. Sertanejo no Rock in Rio? Dinho Ouro Preto opina
Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, opinou sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio. O cantor foi o entrevistado do g1 Ouviu, o podcast e videocast de música do g1, nesta quarta-feira (2).O Capital é uma das atrações que mais tocou no festival, com nove apresentações ao todo.
“Meu instinto é dizer que eles têm o Rock in Rio deles, eles têm Barretos. E ali eu via como a nossa Marques de Sapucaí. Era nossa vez, nossa turma. Mas me lembraram que o primeiro Rock in Rio também foi mais eclético”, ele opinou.
O cantor ainda afirmou ter sentido falta de ter visto mais shows de rock e de pop no festival. Para ele, uma solução poderia ser separar melhor os dias. Na edição deste ano, em setembro, astros da música sertaneja foram incluídos no Dia Brasil, com programação só brasileira. Num bloco de apresentações dedicada ao estilo, vão subir ao palco Ana Castela, Simone Mendes e Chitãozinho & Xororó.
Foram necessários 40 anos para o maior festival de música do Brasil se render ao gênero musical mais ouvido do país – enfrentando o grande tabu de uma ala roqueira mais conservadora.
Turnê dos 25 anos do Acústico MTV
Na entrevita ao g1, Dinho também revelou que o Capital Inicial sairá em turnê comemorativa para celebrar os 25 anos do álbum “Acústico MTV”.
O disco foi lançado em 2000 e colocou a banda em outro patamar, segundo ele. A turnê terá Kiko Zambianchi, que também tocou no acústico, e deve passar por 25 cidades brasileiras, a partir de março de 2025.
Dinho Ouro Preto dá entrevista ao g1 Ouviu
Fabio Tito/g1

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