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Festas e Rodeios

KayBlack transforma crise pessoal em trap emotivo e põe 14 músicas nas paradas ao mesmo tempo

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Rapper paulista é o artista com mais músicas nas paradas do Brasil hoje. Ele explica influência de pagode e de conflitos no amor e na carreira no EP ‘Contradições’, como o sucesso ‘Melhor só’. KayBlack: passional MC
wUm relacionamento confuso, um problema na laringe e dúvidas na carreira: KayBlack transformou essa crise em músicas emotivas que viraram o maior sucesso de sua carreira, o EP “Contradições”.
Desde o lançamento, no dia 31 de março, as 7 músicas do EP estão nas paradas de streaming no Brasil. “Melhor só” já chegou ao 2º lugar do Spotify.
Outras 7 faixas anteriores já estavam bem ou foram impulsionadas pelo destaque do EP. Resultado: das 200 músicas mais tocadas no país, 14 são dele. Ninguém alcança essa marca atualmente.
As músicas novas subvertem o trap, variação mais popular do rap dos EUA: as batidas graves ganham dedilhados de violão e guitarra, e as letras sobre festa e drogas dão lugar a versos de amor, inspirados na tal crise vivida pelo cantor paulista.
A virada não é novidade na vida de KayBlack, que começou cantando funk aos 11 anos. Ele e o irmão mais novo, o MC Caveirinha, tiveram uma vida dura e chegaram a ficar sem casa após a família ser despejada.
Leia mais: MC Caverinha vira fenômeno mirim do rap após ver família ser despejada e compor sobre tragédia
Azar no amor, sorte na música
“Eu nunca tinha vivido uma parada tão intensa assim na minha vida”, ele diz sobre o romance que detonou sua crise – e depois, o sucesso. “Mas depois de um tempo, a gente foi se conhecendo melhor, e eu vi que ela não era realmente aquela pessoa”, ele diz.
“Eu estava dentro do meu quarto, sem expectativa. Não estava querendo fazer nada, nenhum trabalho”, lembra KayBlack.
Seus parceiros musicais, Marquinho no Beat e Wall Hein, também foram conselheiros de vida. “Eles falaram: ‘Como assim você vai ficar aí desanimado? Vamos usar isso para você colocar para fora os sentimentos, mano. Aproveita. Você não está com bloqueio criativo? Fala do que você está vivendo’.”
Ele aceitou o desafio e começou a criar música com os amigos, no mesmo quarto onde viveu “a bad”. A voz já estava melhor, após o problema na laringe o deixar oito meses sem fazer shows. Assim nasceram as músicas de “Contradições”.
“Os sons foram criados todos dentro da minha casa.” “Melhor só” foi um exemplo da terapia musical caseira. “Essa voz também foi gravada dentro do meu quarto. Depois tentei gravar no estúdio duas vezes. No fim lançamos com aquela original.” Depois, ela ganhou voz adicional de Baco Exu do Blues.
Pagode e dedilhados
KayBlack
Divulgação
Outra influência melódica de “Contradições” é o pagode romântico que o pai de KayBlack e Caverinha ouvia e tocava em casa. “Com o tempo fui desenvolvendo um lado do canto, fui aprender a cantar e usar melodias, uma coisa que tinha em mente desde criança porque meu pai veio do pagode.”
“Comecei a ouvir muito pagode, e outros estilos, e isso foi abrindo a minha mente e dando esse espaço para eu fazer esse estilo de ‘trap love song'”, ele explica.
“Contradições” é cheio de dedilhados de violão e guitarra. “Estou buscando trazer um lado mais orgânico para o meu som, e eu quero colocar isso também nos meus shows”, ele adianta.
GR6 e Warner
Não é só o som que explica o fenômeno de “Contradições”. Depois de espantar a crise pessoal, KayBlack conseguiu um reforço na carreira. Ele conversou com Rodrigo Oliveira, dono da GR6, maior produtora do funk do Brasil, e virou agenciado da empresa.
Além disso, ele também assinou um contrato fonográfico com a Warner Music. Ele já estava crescendo com singles avulsos antes. Mas faltava um projeto maior. O EP ganhou um projeto gráfico e um lançamento caprichados, que ajudaram a impulsionar as músicas em streaming.
“Agora não consigo nem raciocinar ainda. Olho todo dia de manhãzinha, 8 horas acordo e entro lá no Spotify e olho minhas musiquinhas lá em alta”, comemora.
Perrengue dos Menezes
KayBlack
Divulgação
O g1 já contou a história difícil da família Menezes em 2020, quando o MC Caveirinha estourou. Ele começou como dançarino de KayBlack, mas resolveu cantar cedo, se enveredou pelo trap e ainda convenceu o irmão mais velho a trocar o funk pelo estilo.
Em 2017, os pais deles tinham trocado um carro pela entrada de uma casa própria. Mas perderam tudo. “Minha mãe e meu pai tinham comprado uma casa que não podia ser comprada. O terreno não era apropriado para morar e a gente não tinha condição de pagar a casa”, contou Caveirinha.
A casa foi demolida. “Meu irmão e eu fomos pegar leite para tomar café da manhã. Quando voltamos, eu vi caminhão, trator e polícia lá. Falei: ‘mãe, estão chamando lá fora’. E a mulher falou: ‘Se vocês não saírem, nós vamos derrubar com vocês dentro’. A gente começou a tirar as coisas chorando.”
A mãe foi morar com os filhos mais novos de aluguel dentro da garagem de um barzinho no mesmo bairro. KayBlack e o pai chegaram a viver dentro de um Corsa antigo, que não andava mais.
Mas ele nunca deixou de correr atrás do trabalho na música. Aos poucos a família se recuperou. Quando Caveirinha começou a fazer sucesso, KayBlack largou por um tempo sua carreira e foi apoiar o irmão. Ele também compunha para outros artistas.
Ele foi perdendo a vergonha de lançar suas próprias faixas. “Eu achava que não era meu momento. Só que eu vi que isso era um medo bobo. Até hoje eu comento com a molecada quando pede meu conselho. Eu digo isso: não seja tímido.”
‘Tudo em paz’
O romance dramático que inspirou o álbum já terminou. Mas ele diz que hoje é amigo da ex (cujo nome ele prefere não revelar). “A gente tem uma amizade maneira. Inclusive ela posta direto as músicas. ‘Ah, essa foi para mim'”. Acho que o caso só serviu para me inspirar mesmo”, ele reflete.
“Quando eu mostrei as músicas, eu falei: ‘Olha só o que você me fez fazer.’ Ela falou: ‘Está muito bom, vai fazer sucesso.'” A ex acertou. “Hoje está tudo em paz. É um dos melhores momentos da minha carreira. Na verdade, o melhor.”
Kayblack
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Zizi Possi enfrenta ‘temporais’ de Ivan Lins e Vitor Martins em disco que traz também músicas de Gabriel Martins

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Fabiana Cozza, Leila Pinheiro e Rita Bennedito também integram o elenco feminino do EP ‘Elas cantam as águas’, previsto para ser lançado em 2025. ♫ NOTÍCIA
♪ Iniciada em 1974, a parceria de Ivan Lins com o letrista Vitor Martins se firmou ao longo das décadas de 1970 e 1980 nas vozes de cantoras como Elis Regina (1945 – 1982) e Simone, além de ter embasado a discografia essencial do próprio Ivan Lins.
Uma das pedras fundamentais da MPB ao longo destes 50 anos, a obra de Ivan com Vitor gera frutos. Previsto para 2025, o disco Elas cantam as águas reúne seis gravações inéditas.
Três são abordagens de músicas de Ivan Lins e Vitor Martins. As outras três músicas são de autoria do filho de Vitor, Gabriel Martins, cantor e compositor que debutou há sete anos no mercado fonográfico com a edição do álbum Mergulho (2017).
No EP Elas cantam as águas, Zizi Possi dá voz a uma música de Ivan e Vitor, Depois dos temporais, música que deu título ao álbum lançado por Ivan Lins em 1983 e que, além do autor, tinha ganhado registro somente do pianista Ricardo Bacelar no álbum Sebastiana (2018).
Fabiana Cozza mergulha em Choro das águas (Ivan Lins e Vitor Martins, 1977), canção que já teve gravações de cantoras como Alaíde Costa, Tatiana Parra e a própria Zizi Possi. Já Guarde nos olhos (Ivan Lins e Vitor Martins, 1978) é interpretada por Adriana Gennari.
Da lavra de Gabriel Martins, Chuvarada – parceria do compositor com Belex – cai no disco em gravação feita por Leila Pinheiro (voz e piano) com a participação de Jaques Morelenbaum no toque do violoncelo e com produção da própria Leila, que também assina com Morelenbaum o arranjo da faixa que será lançada em 11 de outubro como primeiro single do disco.
Já Rita Benneditto canta Plenitude (Gabriel Martins e Carlos Papel). Completa o EP a música Filha do Mar [Oh Iemanjá], composta somente por Gabriel Martins e com intérprete ainda em fase de confirmação.
Feito sob direção musical de Gabriel Martins em parceria com a pianista, arranjadora e pesquisadora Thais Nicodemo, o disco Elas cantam as águas chegará ao mercado em edição da gravadora Galeão, empresa derivada da Velas, companhia fonográfica independente aberta em 1991 por Ivan com Vitor Martins e o produtor Paulinho Albuquerque (1942 – 2006).

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Médico que ajudou a fornecer cetamina a Matthew Perry se declara culpado por morte do ator

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Conhecido por atuar em ‘Friends’, Matthew Perry morreu em outubro de 2023 por overdose. Mark Chaves é uma das cinco pessoas que enfrentam acusações federais pela morte do ator Matthew Perry
Mike Blake/Reuters
O médico Mark Chavez se declarou culpado por fornecer cetamina ao ator Matthew Perry, morto por overdose em outubro de 2023. O americano fez sua declaração nesta quarta-feira (2), no tribunal federal de Los Angeles (EUA), e se tornou a terceira pessoa a admitir culpa pela morte do ator, que ganhou fama ao interpretar Chandler em “Friends”.
Até a conclusão da sentença, Chavez está livre sob fiança. Ele concordou em entregar sua licença médica. Seu advogado, Matthew Binninger, havia dito em 30 de agosto que ele estava arrependido e tentava “fazer tudo para corrigir o erro”.
Além de Chavez, há dois envolvidos na morte de Perry: Kenneth Iwamasa, assistente do ator, e Erik Fleming, outro fornecedor de droga.
Perry foi encontrado morto em uma banheira de hidromassagem. Quem achou seu corpo foi Iwamasa, que morava com ele.
O assistente admitiu que várias vezes injetou cetamina no ator sem treinamento médico, inclusive no dia de sua morte. Já Fleming alegou ter comprado 50 frascos de cetamina e repassado para Iwamasa.
A Justiça americana ainda investiga mais duas pessoas: Salvador Plasencia, outro médico, e Sangha, suposta traficante conhecida como “Rainha da Cetamina”.
O ator Matthew Perry, morto aos 54 anos, em imagem de 2009
Matt Sayles, File/AP
Um ano antes de morrer, Perry havia lançado sua autobiografia: “Friends, Lovers and the Big Terrible Thing”.
“Existe um inferno”, escreveu Perry, no livro, que narra sua luta contra a dependência química durante os últimos anos de gravação de “Friends”. “Não deixe ninguém lhe dizer o contrário. Eu estive lá; isso existe; fim de discussão.”
O ator, que, na época do vício, passou pela clínica de reabilitação, havia dito que já se sentia melhor e queria que o livro ajudasse as pessoas.
Médio Mark Chavez e Matthew Perry.
Robyn Beck / AFP e Willy Sanjuan/Invision/AP

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Dinho fala de sertanejo no Rock in Rio e revela que Capital Incial fará turnê de 25 anos do ‘Acústico MTV’

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‘Meu instinto é dizer que eles têm o Rock in Rio deles, eles têm Barretos’, diz cantor. No g1 ouviu, ele revelou que banda sairá em turnê comemorativa a partir de março de 2025. Sertanejo no Rock in Rio? Dinho Ouro Preto opina
Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, opinou sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio. O cantor foi o entrevistado do g1 Ouviu, o podcast e videocast de música do g1, nesta quarta-feira (2).O Capital é uma das atrações que mais tocou no festival, com nove apresentações ao todo.
“Meu instinto é dizer que eles têm o Rock in Rio deles, eles têm Barretos. E ali eu via como a nossa Marques de Sapucaí. Era nossa vez, nossa turma. Mas me lembraram que o primeiro Rock in Rio também foi mais eclético”, ele opinou.
O cantor ainda afirmou ter sentido falta de ter visto mais shows de rock e de pop no festival. Para ele, uma solução poderia ser separar melhor os dias. Na edição deste ano, em setembro, astros da música sertaneja foram incluídos no Dia Brasil, com programação só brasileira. Num bloco de apresentações dedicada ao estilo, vão subir ao palco Ana Castela, Simone Mendes e Chitãozinho & Xororó.
Foram necessários 40 anos para o maior festival de música do Brasil se render ao gênero musical mais ouvido do país – enfrentando o grande tabu de uma ala roqueira mais conservadora.
Turnê dos 25 anos do Acústico MTV
Na entrevita ao g1, Dinho também revelou que o Capital Inicial sairá em turnê comemorativa para celebrar os 25 anos do álbum “Acústico MTV”.
O disco foi lançado em 2000 e colocou a banda em outro patamar, segundo ele. A turnê terá Kiko Zambianchi, que também tocou no acústico, e deve passar por 25 cidades brasileiras, a partir de março de 2025.
Dinho Ouro Preto dá entrevista ao g1 Ouviu
Fabio Tito/g1

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