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Festas e Rodeios

Como morte de Moonbin reascende debate da pressão sobre astros do K-pop

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Embora a causa exata da morte ainda esteja sendo investigada, a polícia disse que Moonbin “parece ter tirado a própria vida”. Moonbin, membro do grupo de K-Pop ASTRO, morre aos 25 anos
A morte da estrela do K-pop Moonbin chocou os fãs ao redor do mundo — e novamente destacou as pressões que esses artistas enfrentam.
Quem é Moonbin, astro do K-Pop da banda Astro que faria show em SP e foi encontrado morto
O jovem de 25 anos da boy band Astro era cantor, ator e modelo. A morte dele ocorreu no meio de uma turnê mundial em dupla com Sanha, também membro do Astro.
Embora a causa exata da morte ainda esteja sendo investigada, a polícia disse que Moonbin “parece ter tirado a própria vida”.
É a última de uma série de mortes repentinas de jovens celebridades que atingiram a indústria de entretenimento sul-coreana.
Jung Chae-yull, uma atriz de 26 anos, foi encontrada morta na casa dela no início deste mês. A atriz Yoo Joo-eun morreu aos 27 anos em agosto de 2022. Sulli, ex-integrante do grupo feminino f(x), morreu em 2019, aos 25 anos, após uma longa luta contra o bullying virtual. E a amiga dela Goo Hara, também estrela do K-pop, foi encontrada morta em casa um mês depois.
Nem todas as mortes foram reconhecidas como suicídios. Mas a perda de Moonbin renovou o escrutínio no mundo altamente competitivo do show business coreano.
O difícil caminho para se tornar uma estrela do K-pop
Conhecida por sua cultura hipercompetitiva, a Coreia do Sul também tem a maior taxa de suicídio juvenil entre os países desenvolvidos. Enquanto sua taxa geral de suicídio está caindo, as mortes de pessoas na faixa dos 20 anos estão aumentando.
E ser uma celebridade na Coreia do Sul significa estar sob uma pressão muito maior em comparação com as estrelas pop na América do Norte ou na Europa, de acordo com Rob Schwartz, correspondente da revista Billboard na Ásia.
A competição é acirrada desde o início. Ser artista é uma escolha de carreira altamente popular para jovens coreanos. Uma pesquisa feita pelo ministério da educação sul-coreano em 2021 mostrou que atores, modelos e cantores estavam entre os 10 principais empregos dos sonhos para alunos do ensino fundamental.
Mas para ser uma estrela do K-pop, a maioria das pessoas precisa passar por um período de treinamento exaustivo, o que significa que eles perderão conexões com amigos e colegas. Isso pode durar anos.
Além do glamour – o outro lado do K-pop
No caso de Moonbin, apesar de já ter sido um ator mirim na popular série de drama coreana Boys Over Flowers, aos 11 anos de idade, ele ainda precisou treinar por oito anos antes de fazer sua estreia como membro do grupo Astro. A irmã dele, Moon Sua, também cantora de K-pop da girl band Billlie, passou 12 anos se preparando.
Após inúmeras rodadas intensas de seleção, apenas um pequeno número de trainees chega ao palco. E o que os espera é uma indústria que já está sobrecarregada de estrelas.
O controle das agências de celebridades e a cultura de fãs são os dois principais fatores que contribuem para o enorme estresse que as estrelas coreanas enfrentam, apontou Schwartz.
Costumava ser um caso comum que novas carreiras fossem vinculadas aos chamados contratos de escravos — longos acordos exclusivos com pouco controle de seu calendário ou recompensa financeira.
Enquanto algumas estrelas do K-pop ganharam casos que os livraram de contratos irracionais nos últimos anos, ele não acha que o relacionamento entre as duas partes mudou fundamentalmente.
“As estrelas do K-pop têm mais controle, no sentido de que não são tão controladas”, diz Schwartz. “As coisas mudaram, mas eu não diria necessariamente que melhoraram.”
E o entusiasmo dos fãs, amplificado pelas redes sociais extremamente ativas do país, às vezes pode ser uma faca de dois gumes.
“Eles prestam atenção em cada movimento, comentam sobre o cabelo”, explica Schwartz. “É uma loucura como eles colocam esses caras sob um microscópio.”
Depois de estrearem, as celebridades não são apenas observadas de perto por seus fãs, mas por toda a sociedade. Em um país onde a disparidade tem sido um ponto de discussão, ser uma figura pública significa que o público vai exigir padrões mais altos.
Dirigir embriagado, comumente considerado uma das piores ofensas que uma figura pública pode cometer na Coreia do Sul, poderia facilmente encerrar a carreira de um astro do K-pop. A proeminente atriz Kim Sae-ron, de 22 anos, enfrentou uma grande reação do público depois de bater o carro enquanto dirigia bêbada.
“A Coreia tem um padrão moral muito rígido para as celebridades em comparação a outros países”, diz o crítico de cultura pop coreana Ha Jae-kun.
“Se uma estrela se comportar apenas um pouco diferente do que é considerado ‘decente’, o público irá atacá-la. E é difícil para um astro ignorar esse tipo de agressão por causa da alta pressão social de um forte coletivismo.”
O estigma
Ser uma celebridade com problemas de saúde mental pode ser extremamente difícil, apontaram alguns especialistas.
Em entrevista à BBC coreana em 2017, o astro do rap Swings, que foi diagnosticado com vários transtornos mentais, revelou o fardo que isso pode se tornar para eles.
“É como andar nu”, disse ele. “Eles dizem ‘Achei que esse cara estava doente, sabe, como ele sobe no palco para se apresentar?’ Eles obviamente não sabem o que está acontecendo.”
A indústria está ciente da pressão sobre a saúde mental de suas estrelas, e alguns ídolos do K-pop estão fazendo longas pausas para cuidar do seu bem-estar psicológico.
Jeongyeon, membro do grupo Twice, fez quatro rodadas de pausas desde 2020 devido a problemas de saúde mental e uma lesão no pescoço. Ela a fez retorno aos palcos em março de 2023. Moonbin também fez um hiato em 2019 e 2020, alegando motivos de saúde.
Diversas agências também introduziram sessões de terapia para estagiários e celebridades. O Naver, o maior site de busca da Coreia do Sul, fechou a seção de comentários nas notícias de entretenimento em 2020, reconhecendo o quão potencialmente tóxico o ambiente havia se tornado.
Mas alguns ainda não veem um momento de mudança fundamental a curto prazo.
“K-pop é algo próprio e todo mundo gostaria de torná-lo melhor para os ídolos do K-pop. Mas como você faz isso?”, questiona Schwartz.
“Os superfãs são tão obcecados por esses ídolos que parece um ciclo vicioso colocá-los sob um microscópio para atuarem em alto nível.”
Yuna Gu é repórter da BBC coreana com sede em Seul.
Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx70nqg5e07o.

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Zizi Possi enfrenta ‘temporais’ de Ivan Lins e Vitor Martins em disco que traz também músicas de Gabriel Martins

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Fabiana Cozza, Leila Pinheiro e Rita Bennedito também integram o elenco feminino do EP ‘Elas cantam as águas’, previsto para ser lançado em 2025. ♫ NOTÍCIA
♪ Iniciada em 1974, a parceria de Ivan Lins com o letrista Vitor Martins se firmou ao longo das décadas de 1970 e 1980 nas vozes de cantoras como Elis Regina (1945 – 1982) e Simone, além de ter embasado a discografia essencial do próprio Ivan Lins.
Uma das pedras fundamentais da MPB ao longo destes 50 anos, a obra de Ivan com Vitor gera frutos. Previsto para 2025, o disco Elas cantam as águas reúne seis gravações inéditas.
Três são abordagens de músicas de Ivan Lins e Vitor Martins. As outras três músicas são de autoria do filho de Vitor, Gabriel Martins, cantor e compositor que debutou há sete anos no mercado fonográfico com a edição do álbum Mergulho (2017).
No EP Elas cantam as águas, Zizi Possi dá voz a uma música de Ivan e Vitor, Depois dos temporais, música que deu título ao álbum lançado por Ivan Lins em 1983 e que, além do autor, tinha ganhado registro somente do pianista Ricardo Bacelar no álbum Sebastiana (2018).
Fabiana Cozza mergulha em Choro das águas (Ivan Lins e Vitor Martins, 1977), canção que já teve gravações de cantoras como Alaíde Costa, Tatiana Parra e a própria Zizi Possi. Já Guarde nos olhos (Ivan Lins e Vitor Martins, 1978) é interpretada por Adriana Gennari.
Da lavra de Gabriel Martins, Chuvarada – parceria do compositor com Belex – cai no disco em gravação feita por Leila Pinheiro (voz e piano) com a participação de Jaques Morelenbaum no toque do violoncelo e com produção da própria Leila, que também assina com Morelenbaum o arranjo da faixa que será lançada em 11 de outubro como primeiro single do disco.
Já Rita Benneditto canta Plenitude (Gabriel Martins e Carlos Papel). Completa o EP a música Filha do Mar [Oh Iemanjá], composta somente por Gabriel Martins e com intérprete ainda em fase de confirmação.
Feito sob direção musical de Gabriel Martins em parceria com a pianista, arranjadora e pesquisadora Thais Nicodemo, o disco Elas cantam as águas chegará ao mercado em edição da gravadora Galeão, empresa derivada da Velas, companhia fonográfica independente aberta em 1991 por Ivan com Vitor Martins e o produtor Paulinho Albuquerque (1942 – 2006).

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Médico que ajudou a fornecer cetamina a Matthew Perry se declara culpado por morte do ator

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Conhecido por atuar em ‘Friends’, Matthew Perry morreu em outubro de 2023 por overdose. Mark Chaves é uma das cinco pessoas que enfrentam acusações federais pela morte do ator Matthew Perry
Mike Blake/Reuters
O médico Mark Chavez se declarou culpado por fornecer cetamina ao ator Matthew Perry, morto por overdose em outubro de 2023. O americano fez sua declaração nesta quarta-feira (2), no tribunal federal de Los Angeles (EUA), e se tornou a terceira pessoa a admitir culpa pela morte do ator, que ganhou fama ao interpretar Chandler em “Friends”.
Até a conclusão da sentença, Chavez está livre sob fiança. Ele concordou em entregar sua licença médica. Seu advogado, Matthew Binninger, havia dito em 30 de agosto que ele estava arrependido e tentava “fazer tudo para corrigir o erro”.
Além de Chavez, há dois envolvidos na morte de Perry: Kenneth Iwamasa, assistente do ator, e Erik Fleming, outro fornecedor de droga.
Perry foi encontrado morto em uma banheira de hidromassagem. Quem achou seu corpo foi Iwamasa, que morava com ele.
O assistente admitiu que várias vezes injetou cetamina no ator sem treinamento médico, inclusive no dia de sua morte. Já Fleming alegou ter comprado 50 frascos de cetamina e repassado para Iwamasa.
A Justiça americana ainda investiga mais duas pessoas: Salvador Plasencia, outro médico, e Sangha, suposta traficante conhecida como “Rainha da Cetamina”.
O ator Matthew Perry, morto aos 54 anos, em imagem de 2009
Matt Sayles, File/AP
Um ano antes de morrer, Perry havia lançado sua autobiografia: “Friends, Lovers and the Big Terrible Thing”.
“Existe um inferno”, escreveu Perry, no livro, que narra sua luta contra a dependência química durante os últimos anos de gravação de “Friends”. “Não deixe ninguém lhe dizer o contrário. Eu estive lá; isso existe; fim de discussão.”
O ator, que, na época do vício, passou pela clínica de reabilitação, havia dito que já se sentia melhor e queria que o livro ajudasse as pessoas.
Médio Mark Chavez e Matthew Perry.
Robyn Beck / AFP e Willy Sanjuan/Invision/AP

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Dinho fala de sertanejo no Rock in Rio e revela que Capital Incial fará turnê de 25 anos do ‘Acústico MTV’

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‘Meu instinto é dizer que eles têm o Rock in Rio deles, eles têm Barretos’, diz cantor. No g1 ouviu, ele revelou que banda sairá em turnê comemorativa a partir de março de 2025. Sertanejo no Rock in Rio? Dinho Ouro Preto opina
Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, opinou sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio. O cantor foi o entrevistado do g1 Ouviu, o podcast e videocast de música do g1, nesta quarta-feira (2).O Capital é uma das atrações que mais tocou no festival, com nove apresentações ao todo.
“Meu instinto é dizer que eles têm o Rock in Rio deles, eles têm Barretos. E ali eu via como a nossa Marques de Sapucaí. Era nossa vez, nossa turma. Mas me lembraram que o primeiro Rock in Rio também foi mais eclético”, ele opinou.
O cantor ainda afirmou ter sentido falta de ter visto mais shows de rock e de pop no festival. Para ele, uma solução poderia ser separar melhor os dias. Na edição deste ano, em setembro, astros da música sertaneja foram incluídos no Dia Brasil, com programação só brasileira. Num bloco de apresentações dedicada ao estilo, vão subir ao palco Ana Castela, Simone Mendes e Chitãozinho & Xororó.
Foram necessários 40 anos para o maior festival de música do Brasil se render ao gênero musical mais ouvido do país – enfrentando o grande tabu de uma ala roqueira mais conservadora.
Turnê dos 25 anos do Acústico MTV
Na entrevita ao g1, Dinho também revelou que o Capital Inicial sairá em turnê comemorativa para celebrar os 25 anos do álbum “Acústico MTV”.
O disco foi lançado em 2000 e colocou a banda em outro patamar, segundo ele. A turnê terá Kiko Zambianchi, que também tocou no acústico, e deve passar por 25 cidades brasileiras, a partir de março de 2025.
Dinho Ouro Preto dá entrevista ao g1 Ouviu
Fabio Tito/g1

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