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Festas e Rodeios

Como o mangá pode impulsionar o crescimento econômico do Japão

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Com as vendas de quadrinhos japoneses batendo recordes tanto em casa como no Ocidente, federação das indústrias do Japão propõe ao governo que se concentre no setor como o principal item de exportações. Com as vendas de quadrinhos japoneses batendo recordes tanto em casa como no Ocidente, federação das indústrias do Japão propõe ao governo que se concentre no setor como o principal item de exportações.
Philip Fong/AFP
As vendas de mangás japoneses seguem crescendo e atingindo novos recordes, tanto no Japão como no exterior, consolidando a longevidade e a adaptabilidade de uma forma literária que, no passado, já foi julgada como imprópria para crianças.
E o potencial de um crescimento ainda maior é tão significante que a federação das indústrias do Japão, a Keidanren, pediu ao governo que promova mangás, animes e jogos como líderes do crescimento econômico mais amplo do país.
Segundo estatísticas divulgadas em março pela Associação de Editoras de Livros e Revistas do Japão, as vendas totais de revistas e livros de quadrinhos, tanto digitais como impressos, aumentaram 0,2% em 2022, somando um valor de cerca de 677 bilhões de ienes (cerca de R$ 25,5 bilhões).
As vendas de mangá superaram a marca de 600 bilhões de ienes pela primeira vez em 2020, graças em parte à popularidade da série de mangá Kimetsu no Yaiba, também conhecida pelo título em inglês Demon Slayer. Mas naquele ano, a indústria acredita que o setor também foi impulsionado devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, que deixou mais pessoas em casa e, consequentemente, dedicando-se mais à leitura.
As vendas dos mais tradicionais mangás impressos permaneceram relativamente estáveis nos últimos anos, respondendo por cerca de 250 bilhões de ienes no total em 2022 – embora represente uma queda em comparação com 1995, quando as vendas somaram 335,7 bilhões de ienes. Enquanto isso, as vendas de versões digitais de mangás para dispositivos móveis aumentaram drasticamente, com uma alta de 8,9% no ano passado.
Explosão nos EUA
A história se repete nos Estados Unidos, aponta Roland Kelts, professor visitante do departamento de mídia e estudos culturais da Universidade Waseda de Tóquio e autor do livro ​​Japanamerica: How Japanese pop culture has invaded the US (Como a cultura pop japonesa invadiu os EUA, em tradução livre).
“Fiquei surpreso quando vi os números de 2020 e 2021, que mostraram que as vendas anuais de mangás nos EUA aumentaram 171%”, disse ele à DW. “É um número surpreendente e que deixa claro que o mercado geral de histórias em quadrinhos cresceu muito mais rápido do que o mercado padrão de livros.”
Mas existem diferenças importantes entre os mercados japonês e americano, afirma Kelts. Enquanto nos EUA as vendas de mangá impresso costumam ser impulsionadas pelos animes que fazem sucesso primeiro na televisão, incluindo títulos famosos como One piece e Attack on titan, a situação no Japão é inversa: séries de mangás impressos que ficam populares são transformadas em anime.
Segundo Kelts, os consumidores japoneses também foram mais rápidos em aderir às versões digitais dos mangás, enquanto os americanos ainda consomem mais os impressos.
Abordam temas fundamentais
Makoto Watanabe, professor de mídia e comunicação na Universidade de Hokkaido Bunkyo em Sapporo, está atualmente relendo a série de mangás Fullmetal alchemist, que ele devorou pela primeira vez quando menino.
“É uma história bastante estranha, mas quando você interpreta as ações dos personagens, tudo se resume a amizade, amor e dizer a verdade, que são temas muito fundamentais e que vão ressoar independentemente da idade do leitor”, diz Watanabe.
“Acho que é isso que torna os mangás tão atraentes e atemporais; você pode lê-los quando criança e curtir a história, mas voltar muito mais tarde e encontrar uma nova história dentro deles.”
Segundo o especialista, o mangá provou ser uma forma valiosa de escapar das restrições impostas pela pandemia e continua sendo uma valiosa ferramenta de aprendizado.
“Existem, é claro, alguns pontos negativos, como violência excessiva em alguns mangás. Mas no geral acredito que histórias e imagens fortes, que atraem a todos, desde crianças em idade escolar a trabalhadores, ajudam a comunicar muitos dos elementos essenciais da vida. São um recurso valioso”, afirma.
A federação Keidanren vê os mangás também como um potencial gerador de dinheiro. Em 7 de abril, o órgão divulgou uma proposta ao governo japonês para que este se concentre na indústria de conteúdo – que também inclui anime, filmes, jogos de computador e música – como principal item de exportações.

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Dinho fala de sertanejo no Rock in Rio e revela que Capital Incial fará turnê de 25 anos do ‘Acústico MTV’

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‘Meu instinto é dizer que eles têm o Rock in Rio deles, eles têm Barretos’, diz cantor. No g1 ouviu, ele revelou que banda sairá em turnê comemorativa a partir de março de 2025. Sertanejo no Rock in Rio? Dinho Ouro Preto opina
Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, opinou sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio. O cantor foi o entrevistado do g1 Ouviu, o podcast e videocast de música do g1, nesta quarta-feira (2).O Capital é uma das atrações que mais tocou no festival, com nove apresentações ao todo.
“Meu instinto é dizer que eles têm o Rock in Rio deles, eles têm Barretos. E ali eu via como a nossa Marques de Sapucaí. Era nossa vez, nossa turma. Mas me lembraram que o primeiro Rock in Rio também foi mais eclético”, ele opinou.
O cantor ainda afirmou ter sentido falta de ter visto mais shows de rock e de pop no festival. Para ele, uma solução poderia ser separar melhor os dias. Na edição deste ano, em setembro, astros da música sertaneja foram incluídos no Dia Brasil, com programação só brasileira. Num bloco de apresentações dedicada ao estilo, vão subir ao palco Ana Castela, Simone Mendes e Chitãozinho & Xororó.
Foram necessários 40 anos para o maior festival de música do Brasil se render ao gênero musical mais ouvido do país – enfrentando o grande tabu de uma ala roqueira mais conservadora.
Turnê dos 25 anos do Acústico MTV
Na entrevita ao g1, Dinho também revelou que o Capital Inicial sairá em turnê comemorativa para celebrar os 25 anos do álbum “Acústico MTV”.
O disco foi lançado em 2000 e colocou a banda em outro patamar, segundo ele. A turnê terá Kiko Zambianchi, que também tocou no acústico, e deve passar por 25 cidades brasileiras, a partir de março de 2025.
Dinho Ouro Preto dá entrevista ao g1 Ouviu
Fabio Tito/g1

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Millie Bobby Brown divulga fotos de seu casamento com Jake Bongiovi

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Em seu perfil em uma rede social, a atriz escreveu na legenda ‘Para sempre e sempre, sua esposa’. Millie Bobby Brown divulga as primeiras fotos de seu casamento com Jake Bongiovi
Reprodução/Instagram Millie Bobby Brown
A atriz Millie Bobby Brown divulgou, nesta quarta-feira (02), algumas fotos de seu casamento com Jake Bongiovi, filho do cantor Jon Bon Jovi.
“Para sempre e sempre, sua esposa”, escreveu na legenda das imagens em uma rede social.
Jake Bongiovi e Millie Bobby Brown estão juntos desde 2021. O casal havia sido flagrado pela primeira vez em junho daquele ano por paparazzi, mas nunca tinham falado sobre a relação publicamente. Em novembro, assumiram o namoro nas redes sociais.
Sogro já tinha confirmado casamento
Embora o casal permanece discreto em relação à união, em maio, Bon Jovi falou brevemente sobre a cerimônia durante participação no programa The One Show, da BBC.
“Eles estão ótimos. Eles são absolutamente fantásticos. Foi um pequeno casamento para a família, a noiva estava linda, e Jake está muito feliz. E sim, é verdade”, relatou Bom Jovi, confirmando os comentários sobre o casamento.
Millie Bobby Brown divulga as primeiras fotos de seu casamento com Jake Bongiovi
Instagram Millie Bobby Brown/Reprodução
Millie Bobby Brown divulga as primeiras fotos de seu casamento com Jake Bongiovi
Reprodução/Instagram Millie Bobby Brown
Millie Bobby Brown divulga as primeiras fotos de seu casamento com Jake Bongiovi
Reprodução/Instagram Millie Bobby Brown
Millie Bobby Brown divulga as primeiras fotos de seu casamento com Jake Bongiovi
Reprodução/Instagram Millie Bobby Brown
Millie Bobby Brown divulga as primeiras fotos de seu casamento com Jake Bongiovi
Reprodução/Instagram Millie Bobby Brown

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Trio de jazz Caixa Cubo reaviva groove brasileiro da década de 1970 em ‘Modo avião’, álbum agendado para novembro

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Caixa Cubo lança o décimo álbum, ‘Modo avião’, em 15 de novembro pela gravadora inglesa Far Out Recordings
Divulgação
Capa do álbum ‘Modo avião’, do trio Caixa Cubo
Arte de Rollinos
♫ NOTÍCIA
♪ Trio paulistano de jazz, Caixa Cubo vem transitando cada vez mais fora das fronteiras do Brasil, sobretudo pela Europa, não somente para fazer shows, mas também para dar continuidade à discografia do grupo formado em 2010 por Henrique Gomide (teclados), João Fideles (bateria e percussão) e Noa Stroeter (baixo).
Um ano e meio após Agôra (2023), álbum lançado pelo trio em março do ano passado através do selo alemão Jazz & Milk, com a ambição de reinventar o conceito de fusion, Caixa Cubo anuncia a chegada do décimo álbum, Modo avião, em 15 de novembro.
Com capa que expõe arte de Rollinos, o disco Modo avião sai pelo selo inglês Far Out Recordings com 13 faixas formatadas com produção musical do próprio grupo.
A intenção foi apresentar abordagem contemporânea do groove brasileiro dos anos 1970 com fusão de jazz e de levadas de funk com gêneros musicais nacionais como baião, frevo e marcha.
Gravado e mixado por Frederico Pacheco no O&O Studio, o álbum Modo avião tem repertório composto pelos temas instrumentais ⁠Jureta,⁠ ⁠Modo avião,⁠ ⁠Vila Macarena,⁠ ⁠Baleia azul,⁠ ⁠Osaka,⁠ ⁠Jet léguas,⁠ ⁠Foguinho,⁠ ⁠A rocha, Malibu, Mancini, Sound check’in, Laguna e Costa Córdoba.
O trio paulistano Caixa Cubo é formado por Henrique Gomide (teclados), João Fideles (bateria e percussão) e Noa Stroeter (baixo)
Divulgação

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