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Festas e Rodeios

Chiquinho de Moraes, maestro genial da MPB, morre no interior de São Paulo aos 86 anos

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Vítima de covid, o pianista paulista está eternizado pelos arranjos orquestrais de discos e shows de Elis Regina, Edu Lobo, Erasmo Carlos, Nana Caymmi, Roberto Carlos e Simone, entre outros nomes. O maestro, arranjador e pianista Chiquinho de Moraes no início da carreira, nos anos 1960
Reprodução / Facebook Otávio de Moraes
♪ OBITUÁRIO – É fácil encontrar o nome de Manoel Francisco de Moraes Mello (16 de abril de 1937 – 30 de abril de 2023) nos créditos dos discos das maiores estrelas da MPB dos anos 1960 e 1970. Basta procurar por Chiquinho de Moraes, como ficou celebrizado no meio artístico este pianista e (genial) arranjador e maestro paulista que morreu ontem, aos 86 anos, no Hospital Césario Lange, no interior do estado de São Paulo.
Como informou em rede social o filho de Chiquinho, o produtor musical e também arranjador Otávio de Moraes, o maestro faleceu no domingo, 30 de abril, em decorrência de ter contraído covid-19 enquanto tratava câncer. O enterro aconteceu às 9h de hoje, 1º de maio, no Cemitério Jardim da Paz, em Cesário Lange (SP).
“Apesar de ter vivido com ele uma história dificílima na relação de pai e filho, enquanto músico reconheço e destaco o legado dele como maestro, arranjador e compositor”, ressaltou Otávio de Moraes.
De fato, se o temperamento difícil e ultimamente recluso de Chiquinho de Moraes era notório no meio musical, a genialidade na orquestração de cordas e metais era ainda mais conhecida e valorizada pela nata da MPB.
Nascido em Campinas (SP), Chiquinho se diplomou no estudo do piano, instrumento que começou a tocar ainda na infância. Na sequência, estudou harmonia, contraponto e fuga com César Guerra-Peixe (1914 – 1993), outro maestro reconhecido pela maestria.
Músico profissional desde os 14 anos, idade em que começou a tocar o teclado solovox no conjunto de Mário Gennari Filho (1929 – 1989), Chiquinho tocou piano na noite da cidade de São Paulo (SP) até começar a trabalhar como arranjador para as gravadoras.
Os primeiros arranjos foram feitos em 1959, na Odeon, para a cantora Celly Campello (1942 – 2003). Coube ao então debutante artista arranjar as célebres gravações de Estúpido cupido (Stupid cupid – Neil Sedaka e Howard Greenfield, 1958, em versão em português de Fred Jorge, 1959) e Banho de lua (Tintarella di luna – Bruno Defilippi e Francesco Migliacci, 1959, em versão em português de Fred Jorge, 1960).
Os arranjos feitos para Celly simbolizaram o início da escalada vertiginosa de Chiquinho de Moraes na área da orquestração. Tanto que, já na segunda metade dos anos 1960, Chiquinho passou a trabalhar com Elis Regina (1945 – 1982) em discos e shows após ter gravado e assinado, como Francisco Morais, discos como O baile da menina moça (1960) e Quando os brotos se encontram (1961).
Nessa época, Chiquinho era também o maestro dos programas musicais da TV Record em função que, anos depois, assumiria na TV Globo e em outras emissoras. De 1970 a 1977, o maestro trabalhou com Roberto Carlos em discos e shows do cantor.
Nos anos 1980, Chiquinho solidificou a parceria com Edu Lobo, trabalhando nos arranjos das músicas compostas por Edu com Chico Buarque para a antológica trilha sonora do balé O grande circo místico (1983).
O arranjo estupendo criado por Chiquinho de Moraes para a gravação da música A máquina voadora (Ronnie Von e San Martin, 1970) para o álbum homônimo de Ronnie Von é somente um entre centenas de possíveis exemplos da maestria do maestro.
A marca orquestral dos arranjos de Chiquinho de Moraes está impressa em discos de Caetano Veloso, Chico Buarque, Erasmo Carlos (1941 – 2022) – Erasmo Carlos e Os Tremendões (1970) e Carlos, Erasmo… (1971), álbuns que promoveram virada na carreira do Tremendão – e Gal Costa (1945 – 2022) em lista extensa que vai do A de Antonio Marcos (1945 – 1992) ao Z de Zizi Possi, passando por Milton Nascimento, Nana Caymmi e Simone.
Enfim, a maestria do maestro está imortalizada na MPB.
Chiquinho de Moraes (1937 – 2023) – ao centro – em 1973 entre Billy Blanco (1924 – 2011), à esquerda, e Aloysio de Oliveira (1914 – 1995)
Reprodução / Internet

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Trio de jazz Caixa Cubo reaviva groove brasileiro da década de 1970 em ‘Modo avião’, álbum agendado para novembro

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Caixa Cubo lança o décimo álbum, ‘Modo avião’, em 15 de novembro pela gravadora inglesa Far Out Recordings
Divulgação
Capa do álbum ‘Modo avião’, do trio Caixa Cubo
Arte de Rollinos
♫ NOTÍCIA
♪ Trio paulistano de jazz, Caixa Cubo vem transitando cada vez mais fora das fronteiras do Brasil, sobretudo pela Europa, não somente para fazer shows, mas também para dar continuidade à discografia do grupo formado em 2010 por Henrique Gomide (teclados), João Fideles (bateria e percussão) e Noa Stroeter (baixo).
Um ano e meio após Agôra (2023), álbum lançado pelo trio em março do ano passado através do selo alemão Jazz & Milk, com a ambição de reinventar o conceito de fusion, Caixa Cubo anuncia a chegada do décimo álbum, Modo avião, em 15 de novembro.
Com capa que expõe arte de Rollinos, o disco Modo avião sai pelo selo inglês Far Out Recordings com 13 faixas formatadas com produção musical do próprio grupo.
A intenção foi apresentar abordagem contemporânea do groove brasileiro dos anos 1970 com fusão de jazz e de levadas de funk com gêneros musicais nacionais como baião, frevo e marcha.
Gravado e mixado por Frederico Pacheco no O&O Studio, o álbum Modo avião tem repertório composto pelos temas instrumentais ⁠Jureta,⁠ ⁠Modo avião,⁠ ⁠Vila Macarena,⁠ ⁠Baleia azul,⁠ ⁠Osaka,⁠ ⁠Jet léguas,⁠ ⁠Foguinho,⁠ ⁠A rocha, Malibu, Mancini, Sound check’in, Laguna e Costa Córdoba.
O trio paulistano Caixa Cubo é formado por Henrique Gomide (teclados), João Fideles (bateria e percussão) e Noa Stroeter (baixo)
Divulgação

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Shakira anuncia shows no Brasil em fevereiro de 2025

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Cantora divulgou nesta quarta (02) as apresentações de Las Mujeres Ya No Lloran Word Tour. A venda geral começa no dia 11. Shakira anunciou nesta quarta (02) as datas da turnê ” Las Mujeres Ya No Lloran Word Tour” no Brasil. A cantora fará dois shows no país em fevereiro de 2025, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Veja as datas:
11 de fevereiro: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro
13 de fevereiro: Estádio Morumbis, em São Paulo
A venda geral começa no dia 11, pela Ticketmaster. No Rio de Janeiro, os preços dos ingressos variam entre R$ 220 (cadeira superior, meia) e R$ 950 (pista premium, inteira). Já em São Paulo, os preços dos ingressos variam entre R$ 245 (arquibancada, meia) e R$ 980 (pista premium A, inteira).
Shakira anuncia turnê na América Latina
Reprodução/Instagram
Turnê do álbum que ‘transforma dor em resiliência’
Shakira vem ao Brasil com a turnê do álbum “Las Mujeres Ya No Lloran”, lançado em março deste ano. O disco conta com músicas compostas depois da separação turbulenta da cantora colombiana do jogador Gerard Piqué.
Em entrevista ao Fantástico, Shakira falou sobre o novo momento da carreira e a exposição que sofreu durante o processo de separação.
“Cada pedra preciosa representa a fortaleza e a resiliência das mulheres. Na criação das músicas desse álbum, eu passei por um processo de alquimia. Uma alquimia para a transformação da dor em resiliência. Tudo isso que eu tive que procurar dentro de mim pra me reconstruir, contou a cantora ao Fantástico.
A cantora colombiana Shakira em entrevista ao Fantástico
TV Globo/Reprodução

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Lucca é o vencedor da primeira edição do ‘Estrela da Casa’; saiba quem é o sertanejo

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Cantor levou a melhor na disputa, recebendo 41,13% dos votos na grande final contra Leidy Murilho, Matheus Torres e Unna X. Lucca vence primeira edição de “Estrela da Casa”
Globo/ Manoella Mello
Lucca é o vencedor da primeira edição do Estrela da Casa. O goiano de 26 anos levou a melhor na disputa, recebendo 41,13% dos votos na grande final contra Leidy Murilho, Matheus Torres e Unna X.
Com a vitória, Lucca faturou R$ 1 milhão, um contrato com a Universal Music, gerenciamento de sua carreira e uma turnê pelo país.
Na grande final, Lucca cantou os hits “Quando a Bad Bater”, de Luan Santana, e “Erro Gostoso”, de Simone Mendes.
Após a vitória, ele repetiu a música “Cuida Bem Dela”, que deu a ele o título de Hitmaker na primeira semana do reality.
“Estou muito feliz, me faltam palavras. Mas na verdade a palavra é gratidão. Sonhe, que é possível”, comemorou Lucca.
Quem é Lucca?
Aos 26 anos, Lucca é cantor e compositor de música sertaneja. Inspirado musicalmente pelo pai e o avô, conta que começou a cantar na adolescência:
“Gravei uns vídeos, postei na internet e a galera gostou. Fiquei conhecido na minha escola. Comecei a compor, aprendi a tocar violão e me apaixonei pela música.”
Ele já foi a primeira voz de uma dupla com o irmão mais velho, Juann, com o qual lançou um DVD de músicas autorais. A dupla foi formada em 2013 e chegou a dividir o palco com Wesley Safadão.
O goiano se considera uma pessoa tranquila, de fácil convivência, amoroso, sincero e piadista. Ele namora há três anos a a modelo Isabella Venâncio.
Antes de entrar no programa, Lucca afirmou que achava que o seu jeito perfeccionista poderia atrapalhar um pouco a convivência no programa e disse ser uma pessoa que não consegue disfarçar quando pega ranço de alguém.
Lucca vence primeira edição de “Estrela da Casa”
Globo/ Manoella Mello
Semana Pop: cantores que surgiram em reality shows musicais e talvez você não saiba

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