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Festas e Rodeios

Karl Lagerfeld: por que homenagem ao estilista foi tema controverso no Met Gala 2023

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Estilista polêmico já fez comentários gordofóbicos, contra o casamento gay e o movimento #MeToo, além de ações que irritaram muçulmanos, feministas, ambientalistas, rappers e outros. Karl Lagerfeld durante apresentação da coleção feminina primavera/verão 2018 da Chanel, em Paris
REUTERS/Gonzalo Fuentes/Arquivo
A homenagem a Karl Lagerfeld no Met Gala 2023 causou tanta controvérsia quanto os eventos do qual ele participou em vida. O estilista alemão, que morreu em 2019, ficou conhecido por brigar com celebridades e fazer comentários ofensivos a diversos grupos sociais.
Algumas entidades como a Model Alliance, organização que defende trabalhadores da moda, e a HF Twitter Met Gala, grupo informal de especialistas em moda que cobre o evento, reclamaram do tema quando ele foi anunciado, em janeiro. Mas a organização manteve a escolha.
Algumas convidadas, como Viola Davis, Naomi Campbell e Jennifer Lopez foram ao baile de rosa, cor da qual o estilista não gostava. As roupas rosas foram vistas por alguns fãs como críticas indiretas ao tema, mas nenhuma das artistas confirmou isso publicamente.
Viola Davis durante o tapete vermelho do Met Gala 2023
Evan Agostini/Invision/AP
Lagerfeld era amigo de Anna Wintour, que comanda o Met Gala desde os anos 90. O diretor artístico da Chanel foi um dos maiores ícones da moda, mesmo com seu histórico de polêmicas. Veja algumas:
Gordofobia
Em 2009, ao defender modelos magras, disse que “ninguém quer ver mulheres curvilíneas”. Depois, argumentou que havia “mães gordas com seus sacos de batatas fritas sentadas na frente da televisão dizendo que modelos magras são feias”.
Em 2012, Lagerfeld disse que Adele “é um pouco gorda demais, mas tem um lindo rosto e uma voz divina”.
Brigas com famosos
Em 2017 Meryl Streep acusou Karl de estragar sua noite do Oscar ao acusá-la falsamente de ser paga para usar um vestido. Lagerfeld tinha dito que ela decidiu não usar um vestido da Chanel porque seria paga para vestir uma peça de outro desenhista.
“Essa história se disseminou em todo o mundo, e continua globalmente a ofuscar a minha participação no Oscar, no momento de quebra do meu recorde de 20ª indicação, para também diminuir esse feito”, disse Streep na época.
Ele também já disse que a princesa Diana era “bonita e doce, mas estúpida” e que Andy Warhol era “bastante repulsivo fisicamente”, entre diversas outras ofensas a celebridades.
Criticado por feministas
Modelos encenam uma manifestação durante desfile de nova coleção da Chanel criada pelo estilista alemão Karl Lagerfeld na semana de moda de Paris, na França
Gonzalo Fuentes/Reuters
Karl foi acusado por feministas de banalizar o movimento em 2015, quando transformou o desfile de primavera da Chanel em Paris em uma encenação de protesto contra o machismo. Gisele Bündchen participou do “desfile-manifestação”.
Contra o #MeToo
A impressão de que o desfile de 2015 foi oportunista aumentou em 2018, quando ele falou à revista francesa “Numéro” sobre #MeToo. O movimento denunciou o assédio sexual na indústria cultural.
“Estou cansado disso”, disse ele. “O que mais me choca em tudo isso são as estrelas que levaram 20 anos para se lembrar do que aconteceu. Sem falar do fato de que não há testemunhas de acusação.”
Contra imigração na Alemanha
Em 2018, ele disse que odiava Angela Merkel e ameaçou abandonar sua cidadania. A ex-chanceler alemã era, segundo ele, responsável pela volta de políticos nazistas ao deixar muitos imigrantes entrarem no país.
“Ela tinha que dizer que tínhamos que receber um milhão de migrantes? (…) Temos que lembrar o passado da Alemanha. Odeio Merkel por ter esquecido isso”, afirmou à revista francesa “Le Point”.
Criticado por rappers
Outro momento vista como apropriação cultural foi em 1991, quando ele levou correntes douradas e mais joias inspiradas nos rappers americanos para o desfile de outono da Chanel. Três anos depois ele redobrou a aposta e fez até referências a gangues em outro desfile inspirado no rap.
Contra o casamento gay
“Sou contra (o casamento gay) por uma razão muito simples”, ele disse em uma entrevista de 2010. “Nos anos 60, todos falavam que tínhamos direito à diferença. E agora, de repente, querem uma vida burguesa.”
Criticado por ambientalistas
A passarela da Chanel foi uma das mais belas dessa temporada de Paris. A cenorgrafia da grife tinha um iceberg e as modelos desfilavam sobre o chão molhado
AFP
Em 2010, ele levou um bloco de gelo de 8 metros de altura e 240 toneladas para o desfile de outono da Chanel em Paris. Era uma tentativa de criar um símbolo contra o aquecimento global. Mas o fato de que a peça gastou 15 caminhões-tanque e energia para manter o imenso salão resfriado não pegou bem entre os defensores da causa.
Criticado por muçulmanos
Em 1994, Lagerfeld levou Claudia Schiffer à passarela com um vestido Chanel bordado com um texto sagrado muçulmano. A ação gerou repúdio em todo o mundo. Ele alegou que não sabia o que o texto significava e acabou pedindo desculpas – ato raro em sua carreira.

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Lucca é o vencedor da primeira edição do ‘Estrela da Casa’; saiba quem é o sertanejo

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Cantor levou a melhor na disputa, recebendo 41,13% dos votos na grande final contra Leidy Murilho, Matheus Torres e Unna X. Lucca vence primeira edição de “Estrela da Casa”
Globo/ Manoella Mello
Lucca é o vencedor da primeira edição do Estrela da Casa. O goiano de 26 anos levou a melhor na disputa, recebendo 41,13% dos votos na grande final contra Leidy Murilho, Matheus Torres e Unna X.
Com a vitória, Lucca faturou R$ 1 milhão, um contrato com a Universal Music, gerenciamento de sua carreira e uma turnê pelo país.
Na grande final, Lucca cantou os hits “Quando a Bad Bater”, de Luan Santana, e “Erro Gostoso”, de Simone Mendes.
Após a vitória, ele repetiu a música “Cuida Bem Dela”, que deu a ele o título de Hitmaker na primeira semana do reality.
“Estou muito feliz, me faltam palavras. Mas na verdade a palavra é gratidão. Sonhe, que é possível”, comemorou Lucca.
Quem é Lucca?
Aos 26 anos, Lucca é cantor e compositor de música sertaneja. Inspirado musicalmente pelo pai e o avô, conta que começou a cantar na adolescência:
“Gravei uns vídeos, postei na internet e a galera gostou. Fiquei conhecido na minha escola. Comecei a compor, aprendi a tocar violão e me apaixonei pela música.”
Ele já foi a primeira voz de uma dupla com o irmão mais velho, Juann, com o qual lançou um DVD de músicas autorais. A dupla foi formada em 2013 e chegou a dividir o palco com Wesley Safadão.
O goiano se considera uma pessoa tranquila, de fácil convivência, amoroso, sincero e piadista. Ele namora há três anos a a modelo Isabella Venâncio.
Antes de entrar no programa, Lucca afirmou que achava que o seu jeito perfeccionista poderia atrapalhar um pouco a convivência no programa e disse ser uma pessoa que não consegue disfarçar quando pega ranço de alguém.
Lucca vence primeira edição de “Estrela da Casa”
Globo/ Manoella Mello
Semana Pop: cantores que surgiram em reality shows musicais e talvez você não saiba

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Daniel Day-Lewis sai da aposentadoria para atuar em filme dirigido por seu filho

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Ator volta para ‘Anemone’, filme que escreveu ao lado de seu filho Ronan. O último papel dele foi em ‘Trama Fantasma’, de 2017, quando Daniel anunciou que estava parando de atuar. Daniel Day-Lewis em 2023.
Evan Agostini/Invision/AP
Daniel Day-Lewis está saindo da aposentadoria, sete anos após seu último papel, para um filme dirigido por seu filho Ronan Day-Lewis.
O projeto foi anunciado na terça-feira (1º) pela Focus Features e Plan B, que estão em parceria em “Anemone”. O filme, a estreia de Ronan Day-Lewis na direção, será estrelado por seu pai junto com Sean Bean e Samantha Morton. O filme foi coescrito pelos dois Day-Lewis, pai e filho.
Na terça-feira anterior, Daniel Day-Lewis e Bean foram vistos dirigindo uma motocicleta por Manchester, Inglaterra, alimentando a especulação sobre seu iminente retorno à atuação. Depois de fazer o filme de Paul Thomas Anderson de 2017, “Phantom Thread”, o ator de 67 anos disse que estava parando de atuar.
“Durante toda a minha vida, eu falei sobre como eu deveria parar de atuar, e não sei por que foi diferente dessa vez, mas o impulso de parar criou raízes em mim, e isso se tornou uma compulsão”, ele disse à W Magazine em 2017. “Era algo que eu tinha que fazer.”
Desde então, suas aparições em público têm sido pouco frequentes. Em janeiro, porém, ele fez uma aparição surpresa no National Board of Review Awards para entregar um prêmio a Martin Scorsese, que o dirigiu em “Gangs of New York” (2002) e “The Age of Innocence” (1993).
“Anemone”, atualmente em produção, é descrito como uma exploração dos “relacionamentos intrincados entre pais, filhos e irmãos, e a dinâmica dos laços familiares.”
Lena Christakis, Ronan Day-Lewis, Daniel Day-Lewis e a mulher Rebecca Miller.
Evan Agostini/Invision/AP
Ronan Day-Lewis, 26, é um pintor que já expôs suas obras em Nova York. Sua primeira exposição solo internacional estreia terça-feira em Hong Kong.
“Não poderíamos estar mais animados em fazer parceria com um artista visual brilhante como Ronan Day-Lewis em seu primeiro longa-metragem, ao lado de Daniel Day-Lewis como seu colaborador criativo”, disse Peter Kujawski, presidente da Focus Features. “Eles escreveram um roteiro realmente excepcional, e estamos ansiosos para levar sua visão compartilhada ao público junto com a equipe da Plan B.”
Daniel Day-Lewis diz que deve se dedicar à família com aposentadoria: ‘Precisam de mim’

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Marcos Sacramento vai de samba do Salgueiro a standard venezuelano no arco de álbum que sai em novembro

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No disco, o cantor e compositor fluminense celebra o duo queer Les Étoiles com gravação de música da parceria de Baden Powell e Paulo César Pinheiro. ♫ NOTÍCIA
♪ Dois anos após disco inteiramente autoral, Caminho para o samba (2022), Marcos Sacramento deixa pulsar a veia do intérprete em cinco das 11 músicas do 18º álbum do artista, Arco, previsto para ser lançado em 1º de novembro.
Em Arco, disco gravado por Sacramento com produção musical de Elisio Freitas sob direção artística de Phil Baptiste, o cantor e compositor fluminense, nascido há 64 anos em Niterói (RJ), vai de samba-enredo da escola carioca Salgueiro – Xangô (Dema Chagas, Francisco Aquino, Fred Camacho, Getúlio Coelho, Guinga do Salgueiro, Leonardo Gallo, Marcelo Mota, Renato Galante, Ricardo Fernandes e Vanderlei Sena), apresentado pela agremiação no Carnaval de 2019 – a um standard do cancioneiro venezuelano, Tonada de luna llena (Simón Díaz, 1973), tema reavivado por Caetano Veloso há 30 anos no álbum Fina estampa (1994).
Entre as regravações, há ainda Voltei (1986), samba de Baden Powell (1937 – 2000) e Paulo César Pinheiro apresentado em gravação da cantora Elizeth Cardoso (1920 – 1990) no álbum Luz e esplendor (1986).
Contudo, a gravação que norteou Marcos Sacramento na abordagem de Voltei no álbum Arco é a feita pelo duo queer Les Étoiles, criado pelos cantores brasileiros Luiz Antônio e Rolando Faria em 1974, em Barcelona, na Espanha.
Formado por dois negros LGBTQIA+ que se apresentavam maquiados, com figurinos e trejeitos femininos, o duo fez sucesso na Europa (sobretudo na França) nas décadas de 1970 e 1980.
“Minha gravação é um tributo a esses dois artistas e às suas interpretações / performances cheias de suingue, que fizeram os europeus rebolarem sem cerimônia. Les Étoiles é uma enorme referência para mim, na música e na vida”, ressalta Marcos Sacramento, justificando a escolha existencial e política da gravação de Voltei para ser o single que anuncia o álbum Arco amanhã, 3 de outubro.
Dentro da esfera autoral, Sacramento apresenta seis músicas no disco Arco, compostas em parceria e/ou sozinho, casos de Para Frido e da composição-título Arco.
O 18º álbum de Marcos Sacramento tem o toque de músicos como Domenico Lancellotti (bateria eletrônica), Ivo Senra (sintetizador) e Luiz Flavio Alcofra (parceiro habitual do artista, no violão), além de trazer o produtor Elisio Freitas no baixo e na guitarra.

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