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Festas e Rodeios

‘Favela 3D’: projeto do The Town em comunidade em SP prevê ações de regularização fundiária, revitalização e capacitação

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A principal premissa é a de transformar a Favela do Haiti em “modelo” para a cidade. Evento com representantes do festival de música foi realizado nesta terça-feira (2). Favela do Haiti, na Zona Leste de SP
Ana Flávia Paula/g1
A Favela do Haiti, localizada na Zona Leste de São Paulo, será a primeira da cidade a receber o projeto “Favela 3D”. A iniciativa liderada pelo festival The Town prevê ações do terceiro setor, instituições privadas e entes públicos municipais para fomentar o desenvolvimento social na comunidade.
A principal premissa é a de transformar a Favela do Haiti em “modelo” para a cidade e para o país. Dentre as melhorias previstas estão regularização fundiária, revitalização de praças, cursos de capacitação e criação de empregos.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi ao evento realizado nesta terça-feira (2) para anunciar o projeto no local e falou quais serão as ações da gestão municipal na região baseadas nas demandas levantadas com os moradores pela organização à frente da iniciativa.
Uma das carências, segundo destacou Nunes, está relacionada à regularização das moradias, por se tratar de uma ocupação em um terreno da prefeitura.
Outra problema levantado diz respeito ao desemprego, uma vez que mais de 30% da comunidade está desempregada (saiba mais abaixo). O índice, conforme destacou Nunes, é maior do que o da cidade de São Paulo, que tem 8%.
Festival The Town faz parceria para trazer transformação social para a Favela do Haiti
Projeto “Favela 3D”
A “Favela 3D” faz parte de um projeto da rede Gerando Falcões para transformar as favelas em ambientes 3D (Dignos, Digitais e Desenvolvidos). Nas palavras dos idealizadores, a meta é transformar a pobreza em peça de museu.
O projeto prevê trabalhos, principalmente, para geração de emprego, melhores condições de moradia, além de acesso à educação e à saúde.
Projeto pioneiro quer transformar a realidade das favelas no Brasil
“A gente constrói trilhas para elas saírem da extrema pobreza e pobreza e vir para a dignidade”, disse o idealizador e CEO do Gerando Falcões, Edu Lyra.
Festival The Town diz que investirá em projetos de desenvolvimento social da favela do Haiti
Ana Flávia Paula/g1
Comunidade do Haiti: alto índice de desemprego e analfabetismo são alguns dos principais problemas
A “Favela do Haiti” será a quinta Favela 3D do Brasil e a primeira do projeto na cidade de São Paulo. A proposta tem como objetivo arrecadar fundos para investir em melhorias na comunidade.
Na comunidade na Zona Leste da capital, ele deve impactar a vida de 290 famílias, cerca de mil pessoas que vivem no local.
Os organizadores à frente da iniciativa estipulam que as entregas dos trabalhos serão concluídas em até dois anos, mas ressaltam que algumas ações já começaram ser feitas desde 2022. Segundo eles, a primeira etapa já realizada foi uma análise do local, que identificou as demandas prioritárias da região.
Veja alguns dos principais problemas da comunidade:
32% da pessoas não são alfabetizadas;
1 a cada 5 crianças não estão na escola ou creche;
38% da população está em situação de desemprego;
97% das casas não possuem acesso regular a água;
78% das casas possuem problema de ventilação/mofo e ligações elétricas com perigo de incêndio;
66% das casas são feitas de tijolo com revestimento. Enquanto 22% são feitas de tijolo sem revestimento e 8% são de madeira aproveitada. Além disso, 9% das casas não possuem banheiro exclusivo.
Moradores da comunidade se mostram otimista com a chegada do projeto, principalmente quanto às promessas para emprego e geração de renda.
O casal de nordestinos Eliana Coutinho e Ronaldo Silva é dono de uma fábrica de produção de biscoitos de polvilho que funciona dentro da comunidade desde 2020. Ao g1, eles ressaltam que já foram procurados já realiza algumas discussões inicias com o projeto, mas, até o momento, nenhuma ação formal foi feita.
“A voz da favela não é ouvida pelo poder público. Então, acredito que com esse projeto da Favela 3D, a favela terá voz”, ressaltou o microempreendor Ronaldo Silva.
Casal de nordestino, moradores da comunidade do Haiti, são donos de fábrica de alimentos no local
Ana Flávia Paula/g1
Também moradora da comunidade Haiti, Monalisa destaca que está desempregada e ressalta que a iniciativas para capacitações e empreendedorismo devem ajudá-la em seu objetivo de trabalhar com maquiagem e outros cuidados de beleza. “Acredito que os cursos que vão ser oferecidos ajudarão muito a gente que quer trabalhar. Nós estamos felizes e animados com a chegada do projeto aqui na comunidade”, disse.
Moradoras e trabalhadoras de fábrica de biscoitos em Favela Haiti, na Zona Leste de SP
Ana Flávia Paula/g1
Necessidade de expandir ações para outras comunidades de SP
Ainda segundo o líder comunitário Cesar Gouveia, foi o fato de ser uma “comunidade engajada” que foi considerado na escolha do local para ser o pioneiro do projeto na cidade.
Cesar é fundador do Instituto Vozes da Periferia, que atua para democratizar oportunidades em favelas da Zona Leste da cidade. Ele ainda ressalta a necessidade de expandir ações como essa para outras comunidades.
“Eu espero, senhor prefeito, que hoje com a sua assinatura, a gente leve isso daqui como modelo para ser replicado em munícipio, estado e a nível federal para a gente chegar lá e zerar a pobreza dessa país, de fato” , ressaltou Cesar Gouveia, líder do Instituto Vozes da Periferia.
Questão fundiária
Durante participação na cerimônia que buscou firmar o acordo da Prefeitura e os demais parceiros na efetuação do projeto, o prefeito Ricardo Nunes destacou a questão fundiária, envolvendo a Favela do Haiti.
O local faz uma ocupação em um espaço que pertence à prefeitura. Segundo Nunes, gestão municipal atua para que essa situação possa ser regularizada.
“A questão fundiária, foi uma área que foi invadida em 2015. A gente vai proceder com a regularização fundiária. Terão que ser feitas algumas obras aqui em relação à acessibilidade e a regularização fundiária. Serão feitas uma série de ações do poder público, junto com o Gerando Falcões”, ressaltou Nunes.
O g1 questionou a prefeitura sobre a situação do processo para a regularização e se há previsão de quando será concluído, mas, não obteve retorno, até a última atualização desta reportagem.
Festival The Town em evento na favela do Haiti, na Zona Sul de SP
Divulgação/The Town

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Lucca é o vencedor da primeira edição do ‘Estrela da Casa’; saiba quem é o sertanejo

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Cantor levou a melhor na disputa, recebendo 41,13% dos votos na grande final contra Leidy Murilho, Matheus Torres e Unna X. Lucca vence primeira edição de “Estrela da Casa”
Globo/ Manoella Mello
Lucca é o vencedor da primeira edição do Estrela da Casa. O goiano de 26 anos levou a melhor na disputa, recebendo 41,13% dos votos na grande final contra Leidy Murilho, Matheus Torres e Unna X.
Com a vitória, Lucca faturou R$ 1 milhão, um contrato com a Universal Music, gerenciamento de sua carreira e uma turnê pelo país.
Na grande final, Lucca cantou os hits “Quando a Bad Bater”, de Luan Santana, e “Erro Gostoso”, de Simone Mendes.
Após a vitória, ele repetiu a música “Cuida Bem Dela”, que deu a ele o título de Hitmaker na primeira semana do reality.
“Estou muito feliz, me faltam palavras. Mas na verdade a palavra é gratidão. Sonhe, que é possível”, comemorou Lucca.
Quem é Lucca?
Aos 26 anos, Lucca é cantor e compositor de música sertaneja. Inspirado musicalmente pelo pai e o avô, conta que começou a cantar na adolescência:
“Gravei uns vídeos, postei na internet e a galera gostou. Fiquei conhecido na minha escola. Comecei a compor, aprendi a tocar violão e me apaixonei pela música.”
Ele já foi a primeira voz de uma dupla com o irmão mais velho, Juann, com o qual lançou um DVD de músicas autorais. A dupla foi formada em 2013 e chegou a dividir o palco com Wesley Safadão.
O goiano se considera uma pessoa tranquila, de fácil convivência, amoroso, sincero e piadista. Ele namora há três anos a a modelo Isabella Venâncio.
Antes de entrar no programa, Lucca afirmou que achava que o seu jeito perfeccionista poderia atrapalhar um pouco a convivência no programa e disse ser uma pessoa que não consegue disfarçar quando pega ranço de alguém.
Lucca vence primeira edição de “Estrela da Casa”
Globo/ Manoella Mello
Semana Pop: cantores que surgiram em reality shows musicais e talvez você não saiba

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Daniel Day-Lewis sai da aposentadoria para atuar em filme dirigido por seu filho

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Ator volta para ‘Anemone’, filme que escreveu ao lado de seu filho Ronan. O último papel dele foi em ‘Trama Fantasma’, de 2017, quando Daniel anunciou que estava parando de atuar. Daniel Day-Lewis em 2023.
Evan Agostini/Invision/AP
Daniel Day-Lewis está saindo da aposentadoria, sete anos após seu último papel, para um filme dirigido por seu filho Ronan Day-Lewis.
O projeto foi anunciado na terça-feira (1º) pela Focus Features e Plan B, que estão em parceria em “Anemone”. O filme, a estreia de Ronan Day-Lewis na direção, será estrelado por seu pai junto com Sean Bean e Samantha Morton. O filme foi coescrito pelos dois Day-Lewis, pai e filho.
Na terça-feira anterior, Daniel Day-Lewis e Bean foram vistos dirigindo uma motocicleta por Manchester, Inglaterra, alimentando a especulação sobre seu iminente retorno à atuação. Depois de fazer o filme de Paul Thomas Anderson de 2017, “Phantom Thread”, o ator de 67 anos disse que estava parando de atuar.
“Durante toda a minha vida, eu falei sobre como eu deveria parar de atuar, e não sei por que foi diferente dessa vez, mas o impulso de parar criou raízes em mim, e isso se tornou uma compulsão”, ele disse à W Magazine em 2017. “Era algo que eu tinha que fazer.”
Desde então, suas aparições em público têm sido pouco frequentes. Em janeiro, porém, ele fez uma aparição surpresa no National Board of Review Awards para entregar um prêmio a Martin Scorsese, que o dirigiu em “Gangs of New York” (2002) e “The Age of Innocence” (1993).
“Anemone”, atualmente em produção, é descrito como uma exploração dos “relacionamentos intrincados entre pais, filhos e irmãos, e a dinâmica dos laços familiares.”
Lena Christakis, Ronan Day-Lewis, Daniel Day-Lewis e a mulher Rebecca Miller.
Evan Agostini/Invision/AP
Ronan Day-Lewis, 26, é um pintor que já expôs suas obras em Nova York. Sua primeira exposição solo internacional estreia terça-feira em Hong Kong.
“Não poderíamos estar mais animados em fazer parceria com um artista visual brilhante como Ronan Day-Lewis em seu primeiro longa-metragem, ao lado de Daniel Day-Lewis como seu colaborador criativo”, disse Peter Kujawski, presidente da Focus Features. “Eles escreveram um roteiro realmente excepcional, e estamos ansiosos para levar sua visão compartilhada ao público junto com a equipe da Plan B.”
Daniel Day-Lewis diz que deve se dedicar à família com aposentadoria: ‘Precisam de mim’

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Marcos Sacramento vai de samba do Salgueiro a standard venezuelano no arco de álbum que sai em novembro

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No disco, o cantor e compositor fluminense celebra o duo queer Les Étoiles com gravação de música da parceria de Baden Powell e Paulo César Pinheiro. ♫ NOTÍCIA
♪ Dois anos após disco inteiramente autoral, Caminho para o samba (2022), Marcos Sacramento deixa pulsar a veia do intérprete em cinco das 11 músicas do 18º álbum do artista, Arco, previsto para ser lançado em 1º de novembro.
Em Arco, disco gravado por Sacramento com produção musical de Elisio Freitas sob direção artística de Phil Baptiste, o cantor e compositor fluminense, nascido há 64 anos em Niterói (RJ), vai de samba-enredo da escola carioca Salgueiro – Xangô (Dema Chagas, Francisco Aquino, Fred Camacho, Getúlio Coelho, Guinga do Salgueiro, Leonardo Gallo, Marcelo Mota, Renato Galante, Ricardo Fernandes e Vanderlei Sena), apresentado pela agremiação no Carnaval de 2019 – a um standard do cancioneiro venezuelano, Tonada de luna llena (Simón Díaz, 1973), tema reavivado por Caetano Veloso há 30 anos no álbum Fina estampa (1994).
Entre as regravações, há ainda Voltei (1986), samba de Baden Powell (1937 – 2000) e Paulo César Pinheiro apresentado em gravação da cantora Elizeth Cardoso (1920 – 1990) no álbum Luz e esplendor (1986).
Contudo, a gravação que norteou Marcos Sacramento na abordagem de Voltei no álbum Arco é a feita pelo duo queer Les Étoiles, criado pelos cantores brasileiros Luiz Antônio e Rolando Faria em 1974, em Barcelona, na Espanha.
Formado por dois negros LGBTQIA+ que se apresentavam maquiados, com figurinos e trejeitos femininos, o duo fez sucesso na Europa (sobretudo na França) nas décadas de 1970 e 1980.
“Minha gravação é um tributo a esses dois artistas e às suas interpretações / performances cheias de suingue, que fizeram os europeus rebolarem sem cerimônia. Les Étoiles é uma enorme referência para mim, na música e na vida”, ressalta Marcos Sacramento, justificando a escolha existencial e política da gravação de Voltei para ser o single que anuncia o álbum Arco amanhã, 3 de outubro.
Dentro da esfera autoral, Sacramento apresenta seis músicas no disco Arco, compostas em parceria e/ou sozinho, casos de Para Frido e da composição-título Arco.
O 18º álbum de Marcos Sacramento tem o toque de músicos como Domenico Lancellotti (bateria eletrônica), Ivo Senra (sintetizador) e Luiz Flavio Alcofra (parceiro habitual do artista, no violão), além de trazer o produtor Elisio Freitas no baixo e na guitarra.

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