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Festas e Rodeios

Estilista russo Slava Zaitsev, conhecido como ‘Dior vermelho’, morre aos 85 anos

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Artista morreu no domingo (30), após uma ‘doença prolongada’, segundo a agência de notícias AFP. Zaitsev era conhecido pelas estampas dos vestidos similares aos tradicionais xales russos. Vyacheslav ‘Slava’ Zaitsev, em 2018, depois de um desfile na semana de moda de Moscou
Pavel Golovkin/via AP
O estilista russo Viacheslav “Slava” Zaitsev, apelidado pela imprensa francesa de “Dior vermelho” e de “czar da moda soviética”, morreu no domingo (30) aos 85 anos, após uma prolongada doença, informou sua casa de moda à AFP.
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Zaitsev, que criou mais de mil modelos durante sua carreira, ficou conhecido pelas estampas de seus vestidos, similares ao dos tradicionais xales coloridos de seu país.
“Posso fazer todo um desfile na Praça Vermelha com meus vestidos”, disse Zaitsev durante uma entrevista à AFP em 2017.
No início de março, quando o estilista “reuniu seus amigos por ocasião de seu aniversário, já parecia muito fraco”, informou à AFP a porta-voz de sua casa de moda em Moscou, Kira Burenina, que confirmou a informação da morte divulgada pela imprensa russa.
Vyacheslav ‘Slava’ Zaitsev com as modelos do desfile da semana de moda de Moscou, em 2022
Evgenia Novozhenina/Reuters/Arquivo
“O estilista Viacheslav Zaitsev faleceu. Neste ano, comemorou seus 85 anos”, informou a TV pública russa Pervy Kanal, rendendo homenagem a quem “ditou a moda soviética e russa durante décadas, um inovador que não temeu experimentos ousados”.
“É uma grande perda para o mundo da moda mundial”, declarou o estilista russo Sergey Zverev, citado pela agência pública Ria Novisti, ao lamentar a morte daquele a quem chamou de “lenda”.
Segundo seus colegas da Academia Russa de Belas Artes, da qual era membro, o estilista, também conhecido como “Slava” (diminutivo de seu nome, Viacheslav), morreu após uma prolongada doença.
Em 1963, a revista francesa Paris Match o apelidou de “Christian Dior” soviético. Vinte e cinco anos depois, em 1988, a revista Vogue se referiu a ele como o “czar da moda soviética”.
Trajetória
Zaitsev nasceu em 2 de março de 1938, em uma família de classe trabalhadora e modesta, na cidade de Ivanovo, de 400 mil habitantes ao nordeste de Moscou.
Estudou em uma escola técnica especializada em química e a seguir ingressou no Instituto Têxtil de Moscou, que era encarregado de formar os técnicos das fábricas de tecidos.
As universidades mais renomadas lhe fecharam as portas porque seu pai, capturado pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, foi considerado pelo regime stalinista ao fim do conflito um traidor e o condenou a dez anos em um campo de trabalhos forçados.
Desfile de Slava Zaitsev na semana de moda em Moscou em junho de 2022
Associated Press
“Quando era criança, minha mãe me ensinou a bordar para que não andasse pelas ruas sem rumo. À noite, colhia flores com umas amigas na avenida Lênin para desenhá-las e reproduzir esses desenhos nos bordados. Foi assim que me iniciei na arte”, contou o estilista à AFP.
Zaitsev teve seu primeiro reconhecimento internacional em 1963, quando a revista francesa “Paris Match” escreveu sobre sua coleção de macacões para trabalhadoras, de acordo com uma nota publicada no site de sua grife.
As jaquetas e saias brilhantes e floridas da coleção foram rejeitadas pela Fábrica Experimental de Roupas para a qual Zaitsev trabalhava, informou a agência de notícias RIA.
Em 1965, ele começou a trabalhar como diretor artístico da experimental All-Union House of Fashion Models em Moscou, e alguns de seus desenhos, que muitas vezes implementavam padrões floridos tradicionais russos, foram exibidos no Ocidente.
Quatro anos depois, o Museu de Arte Moderna de Nova York organizou uma mostra de vestidos femininos baseados em esboços de Zaitsev, entre outros. Após a apresentação, Zaitsev recebeu ofertas para abrir lojas no Ocidente, o que as autoridades soviéticas negaram.
Em 1979, Zaitsev trocou a All-Union House of Models por um pequeno ateliê, que em 1982 ele transformou na Slava Zaitsev Moscow Fashion House, tornando-se o primeiro estilista soviético com permissão para rotular suas roupas.
Entre os clientes russos de Zaitsev estavam estrelas da música, atores, socialites e políticos.

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Lucca é o vencedor da primeira edição do ‘Estrela da Casa’; saiba quem é o sertanejo

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Cantor levou a melhor na disputa, recebendo 41,13% dos votos na grande final contra Leidy Murilho, Matheus Torres e Unna X. Lucca vence primeira edição de “Estrela da Casa”
Globo/ Manoella Mello
Lucca é o vencedor da primeira edição do Estrela da Casa. O goiano de 26 anos levou a melhor na disputa, recebendo 41,13% dos votos na grande final contra Leidy Murilho, Matheus Torres e Unna X.
Com a vitória, Lucca faturou R$ 1 milhão, um contrato com a Universal Music, gerenciamento de sua carreira e uma turnê pelo país.
Na grande final, Lucca cantou os hits “Quando a Bad Bater”, de Luan Santana, e “Erro Gostoso”, de Simone Mendes.
Após a vitória, ele repetiu a música “Cuida Bem Dela”, que deu a ele o título de Hitmaker na primeira semana do reality.
“Estou muito feliz, me faltam palavras. Mas na verdade a palavra é gratidão. Sonhe, que é possível”, comemorou Lucca.
Quem é Lucca?
Aos 26 anos, Lucca é cantor e compositor de música sertaneja. Inspirado musicalmente pelo pai e o avô, conta que começou a cantar na adolescência:
“Gravei uns vídeos, postei na internet e a galera gostou. Fiquei conhecido na minha escola. Comecei a compor, aprendi a tocar violão e me apaixonei pela música.”
Ele já foi a primeira voz de uma dupla com o irmão mais velho, Juann, com o qual lançou um DVD de músicas autorais. A dupla foi formada em 2013 e chegou a dividir o palco com Wesley Safadão.
O goiano se considera uma pessoa tranquila, de fácil convivência, amoroso, sincero e piadista. Ele namora há três anos a a modelo Isabella Venâncio.
Antes de entrar no programa, Lucca afirmou que achava que o seu jeito perfeccionista poderia atrapalhar um pouco a convivência no programa e disse ser uma pessoa que não consegue disfarçar quando pega ranço de alguém.
Lucca vence primeira edição de “Estrela da Casa”
Globo/ Manoella Mello
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Daniel Day-Lewis sai da aposentadoria para atuar em filme dirigido por seu filho

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Ator volta para ‘Anemone’, filme que escreveu ao lado de seu filho Ronan. O último papel dele foi em ‘Trama Fantasma’, de 2017, quando Daniel anunciou que estava parando de atuar. Daniel Day-Lewis em 2023.
Evan Agostini/Invision/AP
Daniel Day-Lewis está saindo da aposentadoria, sete anos após seu último papel, para um filme dirigido por seu filho Ronan Day-Lewis.
O projeto foi anunciado na terça-feira (1º) pela Focus Features e Plan B, que estão em parceria em “Anemone”. O filme, a estreia de Ronan Day-Lewis na direção, será estrelado por seu pai junto com Sean Bean e Samantha Morton. O filme foi coescrito pelos dois Day-Lewis, pai e filho.
Na terça-feira anterior, Daniel Day-Lewis e Bean foram vistos dirigindo uma motocicleta por Manchester, Inglaterra, alimentando a especulação sobre seu iminente retorno à atuação. Depois de fazer o filme de Paul Thomas Anderson de 2017, “Phantom Thread”, o ator de 67 anos disse que estava parando de atuar.
“Durante toda a minha vida, eu falei sobre como eu deveria parar de atuar, e não sei por que foi diferente dessa vez, mas o impulso de parar criou raízes em mim, e isso se tornou uma compulsão”, ele disse à W Magazine em 2017. “Era algo que eu tinha que fazer.”
Desde então, suas aparições em público têm sido pouco frequentes. Em janeiro, porém, ele fez uma aparição surpresa no National Board of Review Awards para entregar um prêmio a Martin Scorsese, que o dirigiu em “Gangs of New York” (2002) e “The Age of Innocence” (1993).
“Anemone”, atualmente em produção, é descrito como uma exploração dos “relacionamentos intrincados entre pais, filhos e irmãos, e a dinâmica dos laços familiares.”
Lena Christakis, Ronan Day-Lewis, Daniel Day-Lewis e a mulher Rebecca Miller.
Evan Agostini/Invision/AP
Ronan Day-Lewis, 26, é um pintor que já expôs suas obras em Nova York. Sua primeira exposição solo internacional estreia terça-feira em Hong Kong.
“Não poderíamos estar mais animados em fazer parceria com um artista visual brilhante como Ronan Day-Lewis em seu primeiro longa-metragem, ao lado de Daniel Day-Lewis como seu colaborador criativo”, disse Peter Kujawski, presidente da Focus Features. “Eles escreveram um roteiro realmente excepcional, e estamos ansiosos para levar sua visão compartilhada ao público junto com a equipe da Plan B.”
Daniel Day-Lewis diz que deve se dedicar à família com aposentadoria: ‘Precisam de mim’

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Marcos Sacramento vai de samba do Salgueiro a standard venezuelano no arco de álbum que sai em novembro

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No disco, o cantor e compositor fluminense celebra o duo queer Les Étoiles com gravação de música da parceria de Baden Powell e Paulo César Pinheiro. ♫ NOTÍCIA
♪ Dois anos após disco inteiramente autoral, Caminho para o samba (2022), Marcos Sacramento deixa pulsar a veia do intérprete em cinco das 11 músicas do 18º álbum do artista, Arco, previsto para ser lançado em 1º de novembro.
Em Arco, disco gravado por Sacramento com produção musical de Elisio Freitas sob direção artística de Phil Baptiste, o cantor e compositor fluminense, nascido há 64 anos em Niterói (RJ), vai de samba-enredo da escola carioca Salgueiro – Xangô (Dema Chagas, Francisco Aquino, Fred Camacho, Getúlio Coelho, Guinga do Salgueiro, Leonardo Gallo, Marcelo Mota, Renato Galante, Ricardo Fernandes e Vanderlei Sena), apresentado pela agremiação no Carnaval de 2019 – a um standard do cancioneiro venezuelano, Tonada de luna llena (Simón Díaz, 1973), tema reavivado por Caetano Veloso há 30 anos no álbum Fina estampa (1994).
Entre as regravações, há ainda Voltei (1986), samba de Baden Powell (1937 – 2000) e Paulo César Pinheiro apresentado em gravação da cantora Elizeth Cardoso (1920 – 1990) no álbum Luz e esplendor (1986).
Contudo, a gravação que norteou Marcos Sacramento na abordagem de Voltei no álbum Arco é a feita pelo duo queer Les Étoiles, criado pelos cantores brasileiros Luiz Antônio e Rolando Faria em 1974, em Barcelona, na Espanha.
Formado por dois negros LGBTQIA+ que se apresentavam maquiados, com figurinos e trejeitos femininos, o duo fez sucesso na Europa (sobretudo na França) nas décadas de 1970 e 1980.
“Minha gravação é um tributo a esses dois artistas e às suas interpretações / performances cheias de suingue, que fizeram os europeus rebolarem sem cerimônia. Les Étoiles é uma enorme referência para mim, na música e na vida”, ressalta Marcos Sacramento, justificando a escolha existencial e política da gravação de Voltei para ser o single que anuncia o álbum Arco amanhã, 3 de outubro.
Dentro da esfera autoral, Sacramento apresenta seis músicas no disco Arco, compostas em parceria e/ou sozinho, casos de Para Frido e da composição-título Arco.
O 18º álbum de Marcos Sacramento tem o toque de músicos como Domenico Lancellotti (bateria eletrônica), Ivo Senra (sintetizador) e Luiz Flavio Alcofra (parceiro habitual do artista, no violão), além de trazer o produtor Elisio Freitas no baixo e na guitarra.

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