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Festas e Rodeios

‘Primeiros Erros’: como clássico de Kiko Zambianchi se tornou canção mais tocada do Capital Inicial?

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Ícone do pop rock nacional, música atravessa gerações e mobiliza multidões quase 40 anos desde a primeira versão. ‘Eu comparo a uma espécie de comunhão’, diz Dinho Ouro Preto. Primeiros Erros: Kiko Zambianchi e Dinho Ouro Preto falam sobre clássico do rock nacional
Algumas notas em Ré e Mi Maior no violão, uma letra universal, que fala sobre a possibilidade de corrigirmos os equívocos que cometemos no passado. Bastam alguns segundos para que os corações dos fãs fiquem repletos quando toca “Primeiros Erros”, canção escrita por Kiko Zambianchi há quase 40 anos e a mais tocada entre os sucessos do Capital Inicial, uma das atrações da edição de 20 anos do João Rock, em Ribeirão Preto (SP).
De tão presente que se fez, a composição de quatro minutos, lançada pela primeira vez em 1985 e prestigiada em proporções inesperadas com o lançamento do acústico MTV da banda brasiliense nos anos 2000, não só ajuda a explicar a amizade entre grandes nomes da música brasileira como atravessa gerações, ainda mobiliza multidões e outras versões – inclusive em outros idiomas – e facilmente entra na lista dos hits obrigatórios do pop rock nacional. Que o diga Dinho Ouro Preto.
“Durante os shows é o momento que eu comparo a uma espécie de comunhão, porque é algo que beira uma coisa semirreligiosa, é muito maluco”, afirma o vocalista do Capital Inicial.
Para recontar a história e as curiosidades da música, em entrevista ao g1, Kiko Zambianchi e Dinho Ouro Preto reviraram o passado e trouxeram memórias do celebrado rock nacional dos anos 1980.
A solidão em São Paulo e a canção
O hit subestimado no primeiro disco
Kiko Zambianchi e o Capital Inicial
A canção escolhida para o acústico
A mensagem que permanece por gerações
Kiko Zambianchi e Dinho Ouro Preto, amigos e parceiros de música, em Ribeirão Preto (SP)
Arquivo/ Cedoc EPTV
A solidão em São Paulo e a canção
Nascido em Ribeirão Preto, Kiko já era um compositor de mão cheia quando decidiu deixar interior de São Paulo e se mudar para São Paulo nos anos 1980 aos 23 anos em busca de mais oportunidades no mundo da música. Assim, ele gravaria o single “Rolam as Pedras”, um impulso para ser chamado a produzir um disco completo.
“Inclusive era uma música que eu fiquei meio em dúvida (…) porque era mais introspectiva, as minhas músicas são assim, mas ela era em particular uma música que tinha uma letra meio difícil, a gente tinha no mesmo cenário Titãs cantando ‘Sonífera Ilha’, que era uma coisa alegre, o Paralamas com ‘Eu uso óculos’, o Ultraje [A Rigor] com ‘Inútil’. Eram várias músicas mais engraçadas e ‘Rolam as Pedras’ não era isso. Na época falei ‘será que vai acontecer?’ e aconteceu. Ainda bem. E a partir disso as coisas rolaram, as pedras realmente rolaram”, afirma Kiko.
Apesar do sucesso, o início na capital paulista foi solitário, e o músico, com os primeiros sintomas do que descobriria mais tarde ser uma síndrome do pânico, encontrou no papel e no violão um caminho para expressar tudo aquilo que sentia nas produções que viria a fazer para o primeiro álbum “Choque”. Entre elas, lá estava “Primeiros Erros”.
“Primeiros Erros foi criada em uma época em que eu tinha síndrome do pânico e não tinha diagnóstico ainda. A doença não existia e eu fiquei sofrendo muito tempo com isso. Eu estava em São Paulo, era um período de muita solidão, eu vinha de Ribeirão, onde eu era um cara popular, conhecia todo mundo, tinha vários amigos, e eu cheguei a São Paulo, aquela coisa, ninguém conhece ninguém.
A canção, segundo ele, foi feita rapidamente, na casa em que vivia na Rua Fradique Coutinho, e já era pensada para ser algo mais rock do que costumava fazer.
“Eu fiz um trabalho de composição em São Paulo em cima desse estilo, dessas coisas, e aconteceu Primeiros Erros. Primeiros Erros foi feita com várias músicas nesse período que eu estava passando por esses apuros em São Paulo. Ela foi criada rapidamente, saiu já letra e música, tudo de uma vez.”
Kiko Zambianchi, nos primeiros anos de carreira
Arquivo/Cedoc EPTV
O hit subestimado no primeiro disco
“Primeiros Erros” foi a segunda música do disco “Choque”, lançado em 1985, mas, segundo o compositor, não era inicialmente uma aposta por parte da gravadora.
“Eu apostava muito na música, mas o pessoal trabalhou primeiro com ‘Rolam as Pedras’, depois ‘Choque’. E aí o diretor artístico falou ‘não, acabou o disco, vamos fazer outro’. Porque foi uma coisa que aconteceu muito nos anos 1980. As pessoas tinham essa visão de que tinha que fazer rápido outro disco, não queriam trabalhar mais músicas.”
Kiko, no entanto, conta que não se deu por satisfeito e decidiu, por iniciativa própria, divulgar nas rádios a música.
“Eu peguei o disco debaixo do braço e fui nas rádios mostrando a música sem a gravadora, falando que eu estava trabalhando aquela música, e pra minha alegria assim a coisa aconteceu.”
O esforço surtiu efeito com inserções em uma rádio líder de audiência do Grande ABC, depois espalhadas para outras emissoras até render clipe no Fantástico.
“As outras rádios viram que a rádio estava em primeiro lugar e foram ver o que estavam tocando e ‘Primeiros Erros’ estava ali entre as músicas, e eles começaram a tocar. Então foi a primeira vez que aconteceu, nos anos 1980, 1985, começo de 1986. A própria gravadora meio que foi obrigada a fazer um vídeo, a fazer um single para mandar para as rádios, porque começou a tocar muito”, lembra.
Tanto sucesso chamaria a atenção de outros artistas como Simony, que em 1995 abriria seu álbum com a canção, tema da novela global “Cara e Coroa”.
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Kiko Zambianchi e o Capital Inicial
A mesma São Paulo escolhida por Kiko Zambianchi para seguir com a música foi para onde os integrantes de uma iniciante mas promissora banda de Brasília (DF) também decidiram se mudar em meados dos anos 1980. O compositor de Ribeirão Preto (SP) já era uma referência para Dinho e companhia quando eles se conheceram, lembra o vocalista do Capital.
“O Kiko grava um pouco antes da gente. Ele estava mais inserido dentro da indústria do que nós, nós demoramos um pouco mais. Acho que ele já era um nome mais estabelecido quando viemos parar aqui [São Paulo], mas lembro de frequentar a casa do Kiko desde muitos anos atrás. (…) Eu lembro das festas que o Kiko promovia, que eram memoráveis, acontecimentos, e o Kiko sempre foi uma pessoa muito generosa, ele abria a casa dele, sempre alugava umas casas enormes, as casas sempre cheias de gente”, afirma Dinho.
Kiko, por sua vez, lembra dos primeiros contatos com a banda quando os músicos eram vizinhos de uma amiga dele. “O pessoal na época do rock era muito ligado, um ajudava o outro, tinha uma coisa comunitária muito bacana e foi nessa época que eu conheci o Capital antes de eles estourarem, e aí ficamos amigos.”
Capital Inicial em foto do Acústico MTV lançado em 2000
Divulgação
O vocalista do Capital conta que as canções de Kiko Zambianchi naturalmente surgiram na vida dele e dos integrantes da banda, porque estavam entre as que eles curtiam tocar nas rodinhas de violão.
“Eu lembro de episódios assim: de a gente se cruzar o tempo inteiro, de a gente ter muitos amigos em comum, de nós frequentarmos as mesmas pessoas, de circularmos no mesmo meio, de a música dele ser presente na nossa vida. Tanto que é assim que ‘Primeiros Erros’ entra na vida do Capital. Porque a gente pegava o violão e tocava, tocávamos as músicas do Kiko no ônibus, a gente gostava, ‘olha que legal’. Era parte da trilha sonora da gente a música dele”, lembra Dinho.
A canção escolhida para o acústico
Assim como outras bandas dos anos 1980, o Capital Inicial, que chegou a ficar separado por um tempo antes de retomar no final dos anos 1990, foi convidado a gravar um acústico pela MTV Brasil em 2000.
“Quando surge a confirmação de que a gente iria fazer o acústico um nome que era unanimidade dentro da banda era justamente o Kiko. Nós o convidamos para participar do processo integralmente, que ele tocasse do começo ao fim”, afirma Dinho.
Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial
Stephanie Rodrigues/g1
O convite surgiu para que o músico de Ribeirão Preto atuasse no violão e no backing vocal.
“Eles não queriam fazer um disco com muitos músicos, queriam fazer uma coisa mais enxuta, inclusive para viajar depois, facilitaria. E eu também faço vocais, então acabou que eu fazia o violão e fazia os vocais. Acabei fazendo alguns arranjos com o pessoal, isso foi muito bacana, pra mim foi um momento muito legal”, conta o compositor Kiko Zambianchi.
Além de ser parte do grupo, Kiko seria lembrado no planejamento do repertório, e dentre as 14 canções do especial, “Primeiros Erros” foi escolhida.
Os amigos não sabem explicar muito bem o porquê dessa decisão, mas, segundo o compositor, ela foi imediata mesmo depois de ele ponderar que ela tinha sido regravada recentemente pela Simony. “Eles estavam totalmente focados em ‘Primeiros Erros’ e acho que acertaram. Foi uma boa escolha, e pra mim foi ótimo, porque achei que tinha feito muito sucesso com a Simony, quando surgiu o Capital realmente foi um sucesso muito grande.”
Capital Inicial
Divulgação
Sucesso além do esperado
O que aconteceu depois do lançamento foi muito mais do que a banda esperava com a gravação do disco, em um único dia. Entre outras canções amplamente tocadas na época, como “Fogo”, “Natasha” e “Tudo Que Vai”, “Primeiros Erros” ajudou a alavancar as vendas do disco mais vendido na história do Capital Inicial. O álbum passou de 1 milhão de cópias vendidas, sem contabilizar as pirateadas.
“Não passou pela cabeça de ninguém, nem do Capital, nem do Kiko, nem da gravadora, nem da MTV que a coisa poderia vir a tomar a proporção que tomou. Nós todos fomos surpreendidos pelo vendaval que veio a seguir”, afirma Dinho Ouro Preto.
A dimensão do sucesso do disco e da música passou a ser percebida ao longo de shows memoráveis daquela turnê, como a apresentação no Rock in Rio em 2001, com uma multidão cantando tão alto a ponto de confundir os técnicos de som.
“Foi uma coisa tão grandiosa e foi tão alto que os técnicos que estavam no palco acharam que tinha desligado o PA de tanto som de voz do público. Eu não, porque estava com fone, estava ouvindo o que estava rolando, mas as pessoas do palco falaram ‘meu, desligou tudo’. E não era”, afirma Kiko.
Kiko Zambianchi
GERO RODRIGUES/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO
Segundo o compositor, todas as versões da música têm sua importância, mas a gravação do Capital Inicial teve algo de diferente.
“Eu fiquei três anos e meio tocando com eles. A gente fez mais de 500 apresentações, foi um negócio muito forte, e a partir dali realmente a música tomou uma proporção enorme, então tem o crédito desse acústico que foi muito bacana e que estourou realmente. Acho que é o disco que mais vendeu do Capital Inicial, então essa música, quando o Capital gravou, com a minha participação, acho que o foi o auge.”
A mensagem que permanece por gerações
Os anos se passaram e a permanência da música a colocou em um patamar de grandeza dentro do pop rock nacional, não só como obrigatória nas apresentações do compositor como também para o Capital Inicial, mesmo depois do lançamento de novos hits.
“É como se todos virassem um só, como se as pessoas passassem a agir como um só organismo, e é comovente, as pessoas se arrepiam, eu me arrepio”, confessa o vocalista do Capital Inicial.
Para ele, isso não só se deve à melodia, mas à mensagem universal que a letra transmite a quem escuta.
“O Kiko fez algo realmente ali, uma obra-prima, todo o mérito é dele. Mas eu procuro também explicações e a que me parece mais plausível é a letra. O que ele diz ali, que é algo universal, bate no fundo, no coração das pessoas, que é essa possibilidade de, em retrospecto, caso você pudesse, o que você mudaria. Se lhe fosse dada uma segunda chance na sua vida, nos seus relacionamentos, na sua profissão, se você pudesse ser uma pessoa melhor, se você pudesse corrigir os seus erros, o que você faria?”, avalia o vocalista.
A percepção de Dinho está alinhada com as intenções do criador. “Essa música fala da coisa do carma, da culpa que a gente carrega, das coisas que a gente não fez do jeito que a gente realmente gostaria de fazer. Ela diz que, se um dia a gente pudesse resolver essas coisas, que são impossíveis de resolver, que a gente conseguisse eliminar da cabeça as culpas, eu acho que a gente conseguiria uma iluminação, a gente conseguiria se livrar desse carma que a gente tem na vida”, afirma Kiko Zambianchi.
E os números não mentem. O vídeo publicado no canal do Capital Inicial no Youtube, em dez anos, alcançou 215 milhões de visualizações, a maior marca entre todas as canções postadas pela banda na plataforma. Outras versões mais recentes, da banda ou de outros artistas, passam da casa de 1 milhão de views. “De longe é a música mais ouvida que o Capital gravou.”
Artistas de outros segmentos e de outros países seguiram e seguem gravando. Segundo o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), a música tem ao menos 87 versões registradas e lista entre as 50 músicas mais tocadas ao vivo nos últimos dez anos.
Em 2021, o norte-americano Derick Thompson, ex-vocalista da banda Strive, gravou uma versão em inglês, “First Mistakes”, com quase 1 milhão de visualizações em oito meses de divulgação no Youtube.

Isso, sem contar a versão torcedora “Em Dezembro de 1981”, em homenagem ao Flamengo, que aproveitou a melodia conhecida para exaltar a boa fase alvinegra, sobretudo a partir de 2017, com a participação do time em competições internacionais.
“Ela é uma música do final de 1984, gravada em 1985 e até hoje, a cada momento, a cada tempo, tem uma novidade”, observa Kiko.
E a mensagem segue sendo passada adiante para as próximas gerações, como uma onda que não se esvai. Na turnê 4.0, por exemplo, o Capital gravou a canção ao lado de Vitor Kley.
“Eu imagino que transcende as nossas diferenças, não importa o tipo de música que você ouve, em quem você vota, como você se veste, é uma coisa da natureza humana, dos melhores anjos da natureza humana, da virtude que nós queremos”, afirma Dinho.
Vitor Kley com Dinho Ouro Preto na gravação do álbum ‘Capital Inicial 4.0’
Leo Aversa / Divulgação
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Primeiros Erros: Kiko Zambianchi e Dinho Ouro Preto falam sobre clássico do rock nacional

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Fritz Escovão, exímio ritmista fundador do Trio Mocotó, ‘Jimi Hendrix da cuíca’, morre em São Paulo aos 81 anos

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♫ OBITUÁRIO
♪ “O Jimi Hendrix da cuíca!”. O comentário do músico André Gurgel na publicação da rede social em que o Trio Mocotó informou a morte de Fritz Escovão traduz muito do pensamento geral de quem viu em ação este percussionista, pianista, violonista e cantor carioca que marcou época no Trio Mocotó, grupo de samba-rock do qual foi fundador.
Gigante da cuíca, instrumento que percutia com exuberância e incrível destreza, Luiz Carlos de Souza Muniz (13 de dezembro de 1942 – 1º de outubro de 2024) morre aos 81 anos, em São Paulo (SP), de causa não revelada, e sai de cena para ficar na galeria dos imortais do ritmo brasileiro, perpetuado com o nome artístico de Fritz Escovão. O enterro do corpo do artista está previsto para as 8h30m de amanhã, 2 de outubro, no cemitério de Vila Formosa, bairro paulistano.
Fritz Escovão era carioca, mas se radicou em São Paulo (SP), cidade em que fez história a partir de 1968, ano em que o Trio Mocotó foi formado na lendária boate Jogral por Fritz com o carioca Nereu de São José (o Nereu Gargalo) e com o ritmista paulistano João Carlos Fagundes Gomes (o João Parahyba).
Matriz do samba-rock, o grupo foi fundamental para a ressurreição artística de Jorge Ben Jor a partir de 1969. Foi com o toque do Trio Mocotó que Jorge Ben apresentou a visionária música Charles, anjo 45 em 1969 na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC).
A partir de 1970, ano em que gravou single com o samba-rock Coqueiro verde (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, continuando a fazer shows com o cantor, com quem gravou álbuns como Força bruta (1970) e o politizado Negro é lindo (1971).
A discografia solo do Trio Mocotó com Fritz Escovão destaca os referenciais álbuns Muita zorra (“…São coisas que glorificam a sensibilidade atual”) (1971), Trio Mocotó (1973) e Trio Mocotó (1977), discos de samba-rock que ganharam status de cult a partir da década de 1990 no Brasil e no exterior, sobretudo o álbum de 1973 em que o trio adicionou à cadência toques de jazz, soul e rock à cadência do samba.
Sempre com a maestria de Fritz Escovão. Em 1974, o Trio Mocotó gravou disco com Dizzy Gillespie (1917 – 1993), em estúdio de São Paulo (SP), mas o trompetista norte-americano de jazz nunca lançou o álbum (foi somente em 2010, 17 anos após a morte do jazzista, que o veio à tona o álbum Dizzie Gillespie no Brasil com Trio Mocotó, editado no Brasil em 2011 via Biscoito Fino).
Em 1975, o grupo saiu de cena. Retornou somente em 2001, após 26 anos, com o álbum intitulado Samba-rock. Um ano depois, em 2002, Fritz Escovão deixou amigavelmente o Trio Mocotó para tratar de problemas de saúde.
Foi substituído em 2003 por Skowa (13 de dezembro de 1955 – 13 de junho de 2024), músico morto há menos de quatro meses. Hoje quem parte é o próprio Fritz Escovão, para tristeza de quem testemunhou o virtuosismo do “Jimi Hendrix da cuíca”.

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Morre Fritz Escovão, do Trio Mocotó, grupo que fez brilhar o samba rock

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Ao lado de Jorge Ben Jor, grupo ficou famoso pelo suingue inebriante que dá vida ao samba rock. Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó
Reprodução
Morreu Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó. A morte do artista foi confirmada no Instagram do grupo, nesta terça-feira (1º). A causa não foi revelada.
“Cantor, violonista, pianista e percussionista, [ele] marcou a música brasileira pela sua voz inigualável à frente do Trio Mocotó até 2002, com seu clássico ‘Não Adianta’ e como um dos maiores, se não o maior, dos cuiqueiros que o Brasil já viu”, diz a publicação do grupo.
Conhecido como Fritz Escovão, Luiz Carlos Fritz fundou o Trio Mocotó em 1969: ele na cuíca, João Parahyba na bateria, e Nereu Gargalo no pandeiro.
Juntos, os três fizeram sucesso ao lado de Jorge Ben Jor, com um suingue inebriante que deu vida ao samba rock.
A partir de 1970, o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, fazendo shows com o cantor em um primeiro momento da carreira e gravando discos como “Negro é lindo”.
Escovão deixou o grupo em 2003. Atualmente, quem assume a cuíca é Skowa.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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