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Festas e Rodeios

Mita São Paulo tem bons shows de Florence + the Machine e Lana Del Rey, mas estrutura decepciona

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Festival levou 30 mil pessoas ao Vale do Anhangabaú, no sábado; e 25 mil, no domingo. Pista premium enorme, telões obstruídos e dificuldade de locomoção foram pontos fracos. A edição de São Paulo do festival Mita, que aconteceu no sábado (3) e domingo, teve bons shows das atrações principais, mas a estrutura do evento no Vale do Anhangabaú decepcionou os fãs: foram 30 mil pessoas no primeiro dia; e 25 mil, no segundo.
No sábado, Lana Del Rey fez uma apresentação com simpatia e concessões para seus intensos seguidores. No domingo, Florence + The Machine mostrou estar em ótima fase.
A banda da inglesa Florence Welch tocou 20 músicas, passeando pelos cinco álbuns lançados desde 2009. A performance não é tão diferente da feita em outros festivais brasileiros. Florence voltou a flutuar com voz poderosamente doce, roupa esvoaçante e pose de “deusa, louca e feiticeira” (rótulo aprovado por ela em entrevista ao g1), como havia feito no Lollapalooza 2016 e no Rock in Rio 2013.
O show ganha fôlego e peso com as novidades do álbum “Dance Fever”, de 2022. “King”, a melhor da nova safra, está em uma sequência inicial que impressiona, com as também agitadas “Ship to Wreck” e “Dog Days are Over”.
Cantar o maior hit ainda no primeiro quarto de show deixa claro que Florence não é uma popstar das mais convencionais. Ela se impõe por meio das letras inteligentes e da sonoridade que vai do progressivo intrincado ao pop de academia facinho. Seria bom se o mundo pop tivesse mais cantoras assim.
O trio Haim se apresenta na edição paulistana do festival Mita 2023
Divulgação
O domingo de Mita teve ainda a nostalgia emo do NX Zero, que tocou para vários fãs ostentando camisas da banda. O grupo paulista está em turnê após uma pausa de seis anos.
Outro destaque do dia foi o trio de irmãs Haim, em apresentação com muita falação e a homenagem para Xuxa que já havia rolado na edição carioca do Mita, quando citam a apresentadora e cantam trecho de “Ilariê”.
Lá pelo meio do show, antes de tocar “3 AM”, Este Haim (a integrante mais espalhafatosa e verborrágica) perguntou onde elas deveriam passar a noite, após o show. “Augusta ou D-Edge?”, perguntou, citando a rua boêmia e a boate de eletrônica. Após ouvir a reação da plateia, constatou que a escolha certa era a primeira opção.
Problemas de estrutura
Fãs que foram ao Mita e ficaram na pista normal tiveram vários problemas para assistir ao show de Lana Del Rey no sábado. A pista premium impressionou pelo tamanho: certamente, é uma das mais amplas já vistas em shows ou festivais no Brasil.
Apesar de cheia, era possível transitar na área mais nobre do evento, mas a dificuldade de locomoção na pista normal fez muita gente desistir e ir embora. Outros optaram por assistir ao show de Lana no telão do palco secundário, de costas para o lugar onde estava acontecendo o show.
Quem se espremeu na grade que separa as pistas vips e normal sofreu com o empurra-empurra e com a dificuldade de ver o palco ou os telões. Eram vários os obstáculos para acompanhar o show, como postes do Anhangabaú, torres de iluminação e espaços dedicados a marcas. O som também pareceria muito menos potente do que o ouvido no domingo.
Se o Mita ou qualquer outro evento quiser voltar a ocupar esse espaço, é imprescindível que o mapa do festival e a localização de palcos sejam repensadas.
Lana Del Rey
Lana Del Rey durante apresentação no primeiro dia do Festival Mita, em São Paulo
Ariel Martini/Divulgação
No sábado, Lana Del Rey se mostrou à vontade e guiou a plateia em um espetáculo que teve momentos de absoluto silêncio para ouvi-la, coros altíssimos de deixar qualquer artista de olhos arregalados (e sorriso no rosto), interação com fãs e pedidos de músicas atendidos. “Cinnamon girl” e “Get Free” foram incluídas no setlist a pedidos dos fãs.
A apresentação da cantora atrasou cerca de 40 minutos, tempo que fez a plateia se acomodar, baixar a adrenalina e até criticar o festival com um ou outro grito de insatisfação. De vestido preto com um longo tecido preso à cintura, Lana abriu o show com “A&W”, do seu último álbum “Did you know that there’s a tunnel under Ocean Blvd”, lançado em março. Na apresentação de São Paulo, ela dispensou a peruca loira à la Marilyn Monroe, usada no show do Rio.
LEIA MAIS: Veja review do show de Lana Del Rey

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Fritz Escovão, exímio ritmista fundador do Trio Mocotó, ‘Jimi Hendrix da cuíca’, morre em São Paulo aos 81 anos

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♫ OBITUÁRIO
♪ “O Jimi Hendrix da cuíca!”. O comentário do músico André Gurgel na publicação da rede social em que o Trio Mocotó informou a morte de Fritz Escovão traduz muito do pensamento geral de quem viu em ação este percussionista, pianista, violonista e cantor carioca que marcou época no Trio Mocotó, grupo de samba-rock do qual foi fundador.
Gigante da cuíca, instrumento que percutia com exuberância e incrível destreza, Luiz Carlos de Souza Muniz (13 de dezembro de 1942 – 1º de outubro de 2024) morre aos 81 anos, em São Paulo (SP), de causa não revelada, e sai de cena para ficar na galeria dos imortais do ritmo brasileiro, perpetuado com o nome artístico de Fritz Escovão. O enterro do corpo do artista está previsto para as 8h30m de amanhã, 2 de outubro, no cemitério de Vila Formosa, bairro paulistano.
Fritz Escovão era carioca, mas se radicou em São Paulo (SP), cidade em que fez história a partir de 1968, ano em que o Trio Mocotó foi formado na lendária boate Jogral por Fritz com o carioca Nereu de São José (o Nereu Gargalo) e com o ritmista paulistano João Carlos Fagundes Gomes (o João Parahyba).
Matriz do samba-rock, o grupo foi fundamental para a ressurreição artística de Jorge Ben Jor a partir de 1969. Foi com o toque do Trio Mocotó que Jorge Ben apresentou a visionária música Charles, anjo 45 em 1969 na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC).
A partir de 1970, ano em que gravou single com o samba-rock Coqueiro verde (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, continuando a fazer shows com o cantor, com quem gravou álbuns como Força bruta (1970) e o politizado Negro é lindo (1971).
A discografia solo do Trio Mocotó com Fritz Escovão destaca os referenciais álbuns Muita zorra (“…São coisas que glorificam a sensibilidade atual”) (1971), Trio Mocotó (1973) e Trio Mocotó (1977), discos de samba-rock que ganharam status de cult a partir da década de 1990 no Brasil e no exterior, sobretudo o álbum de 1973 em que o trio adicionou à cadência toques de jazz, soul e rock à cadência do samba.
Sempre com a maestria de Fritz Escovão. Em 1974, o Trio Mocotó gravou disco com Dizzy Gillespie (1917 – 1993), em estúdio de São Paulo (SP), mas o trompetista norte-americano de jazz nunca lançou o álbum (foi somente em 2010, 17 anos após a morte do jazzista, que o veio à tona o álbum Dizzie Gillespie no Brasil com Trio Mocotó, editado no Brasil em 2011 via Biscoito Fino).
Em 1975, o grupo saiu de cena. Retornou somente em 2001, após 26 anos, com o álbum intitulado Samba-rock. Um ano depois, em 2002, Fritz Escovão deixou amigavelmente o Trio Mocotó para tratar de problemas de saúde.
Foi substituído em 2003 por Skowa (13 de dezembro de 1955 – 13 de junho de 2024), músico morto há menos de quatro meses. Hoje quem parte é o próprio Fritz Escovão, para tristeza de quem testemunhou o virtuosismo do “Jimi Hendrix da cuíca”.

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Morre Fritz Escovão, do Trio Mocotó, grupo que fez brilhar o samba rock

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Ao lado de Jorge Ben Jor, grupo ficou famoso pelo suingue inebriante que dá vida ao samba rock. Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó
Reprodução
Morreu Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó. A morte do artista foi confirmada no Instagram do grupo, nesta terça-feira (1º). A causa não foi revelada.
“Cantor, violonista, pianista e percussionista, [ele] marcou a música brasileira pela sua voz inigualável à frente do Trio Mocotó até 2002, com seu clássico ‘Não Adianta’ e como um dos maiores, se não o maior, dos cuiqueiros que o Brasil já viu”, diz a publicação do grupo.
Conhecido como Fritz Escovão, Luiz Carlos Fritz fundou o Trio Mocotó em 1969: ele na cuíca, João Parahyba na bateria, e Nereu Gargalo no pandeiro.
Juntos, os três fizeram sucesso ao lado de Jorge Ben Jor, com um suingue inebriante que deu vida ao samba rock.
A partir de 1970, o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, fazendo shows com o cantor em um primeiro momento da carreira e gravando discos como “Negro é lindo”.
Escovão deixou o grupo em 2003. Atualmente, quem assume a cuíca é Skowa.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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