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Festas e Rodeios

Filme expõe origens da lambada, no Pará dos anos 1970, em tom didático

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Documentário de Sonia Ferro e Félix Robatto é uma das atrações inéditas da 15ª edição do festival ‘In-Edit Brasil’, programada para acontecer em São Paulo de 14 a 25 de junho. PInduca, nome indissociável do carimbó, discorre sobre a origem da lambada no filme que estreia esta semana em festival em São Paulo
Divulgação / 15º ‘In-edit Brasil’
Resenha de documentário musical em cartaz no 15º In-Edit Brasil
Título: As origens da lambada
Direção: Sonia Ferro e Félix Robatto
Roteiro: Sonia Ferro
Cotação: ★ ★ ★ ½
♪ Filme exibido na programação da 15ª edição do In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical com sessões em São Paulo (SP) em 16 de junho, às 16h, na Cinemateca brasileira; 20 de junho, às 16h, na Sala Paulo Emilio do CCSP e 23 de junho, às 15h, no SPCine Olido
♪ Para brasileiros residentes fora das regiões norte e nordeste do país, a lambada virou febre nacional quando a música Adocica, composta e gravada por Beto Barbosa em 1988, estourou em todo o Brasil no ano seguinte e deu fama ao cantor paraense, impulsionando o ritmo ao qual Barbosa adicionou forte carga de sensualidade.
Tudo pareceu novidade aos etnocêntricos ouvidos cariocas e paulistas. Contudo, esse gênero musical de ascendência caribenha começara a ganhar forma no Pará ao longo da década de 1970. É o que mostra, em tom didático, o filme As origens da lambada, roteirizado por Sonia Ferro, cineasta que assina com Félix Robatto a direção do média-metragem de 52 minutos.
Uma das atrações inéditas da programação da 15ª edição do In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical, que acontece em São Paulo (SP) de 14 a 25 de junho, o filme As origens da lambada cumpre o que promete o título.
Mesmo sem o testemunho de Beto Barbosa, o documentário reconstitui a gênese do gênero através dos depoimentos de artistas do norte (como Pinduca – cantor e compositor associado ao carimbó, mas também pioneiro na lambada – e o guitarrista Mestre Solano), radialistas e produtores musicais.
Mestre Solano, guitarrista proeminente na música do Pará, em cena do filme ‘As origens da lambada’
Divulgação / 15º ‘In-Edit Brasil’
Através dos depoimentos, fica-se sabendo que o embrião da lambada foram os merengues que chegavam ao Pará pelas ondas das rádios do Caribe. O tempero brasileiro posto pelos músicos do Pará nos ritmos tropicalientes geraram a lambada. “Lambada na guitarra é guitarrada”, ensina verso de música do cantor e guitarrista Félix Robatto, cuja pesquisa sobre as origens da lambada norteou o filme.
Pioneiro, Pinduca – nome artístico do artista paraense Aurino Quirino Gonçalves – eletrificou o carimbó nos anos 1970, década em que gravou a primeira música intitulada lambada. A gravação de Lambada (Pinduca) foi lançada com o rótulo de “sambão” no selo de disco de 1976, mesmo ano em que Vieira e seu Conjunto gravaram o álbum Lambadas das quebradas, lançado somente em 1978.
Nesses primórdios, o gênero era prioritariamente instrumental. Foi somente a partir dos anos 1980 que a lambada foi se espraiando pelo norte e nordeste do Brasil com vocais – a ponto de a antenada cantora paraense Fafá de Belém ter incluído pot-pourris de lambadas nos álbuns que gravou em 1986 e 1987.
Desde que surgiu em 1975, Fafá sempre teve a visibilidade nacional nunca alcançada por Márcia Ferreira, cantora que, a despeito da origem mineira, ajudou a propagar a lambada no norte e nordeste na década de 1980.
Intérprete original de Chorando se foi (1986), Márcia é uma das personagens desse filme que fala muito de Beto Barbosa e de Loalwa Braz (1953 – 2017), cantora carioca alçada à fama mundial como vocalista grupo franco-brasileiro Kaoma de 1988 a 1999.
Loalwa foi a voz mais famosa de Chorando se foi, versão em português de Llorando se fue, canção de ritmo andino composta por Ulisses Hermosa com Gonzalo Hermosa e lançada em 1981 disco do grupo boliviano Los Kjarkas.
Chorando se foi virou lambada no toque do Kaoma e estourou na França em 1988. No ano seguinte, a lambada já era febre no Brasil, distanciada das origens relatadas com clareza didática no simpático filme de Sonia Ferro e Félix Robatto, ilustrado musicalmente com números de show apresentado por Robatto em outubro de 2019, em Belém (PA), no festival Lambateria.
Sim, a lambada nasceu antes da explosão nacional de Beto Barbosa.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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Frank Fitz, do ‘Caçadores de Relíquias’, morre aos 58 anos

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‘O que vocês viram na TV foi o que eu sempre vi, um sonhador tanto sensível quanto engraçado’, escreveu seu colega de trabalho Mike Wolfe. Frank Fritz, de ‘Caçador de Relíquias’
Reprodução
Morreu aos 58 anos Frank Fritz, que ficou conhecido por apresentar o reality “Caçadores de Relíquias”. Ocorrida nesta segunda-feira (30), a morte foi confirmada por seu colega de trabalho Mike Wolfe, num post no Instagram. A causa não foi revelada.
“É com o coração partido que compartilho com todos vocês que Frank se foi na noite passada. Eu conheço Frank por mais da metade da minha vida e o que vocês viram na TV foi o que eu sempre vi, um sonhador tanto sensível quanto engraçado”, escreveu Wolf.
Frank Fritz morreu dois anos após sofrer um derrame. Ele é conhecido por ter apresentado “Caçadores de Relíquias” entre os anos de 2010 e 2020. No reality, o público acompanhava suas buscas por itens raríssimos.

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Adriana Partimpim balança na volta ao disco entre o suingue do samba ‘Malala’ e o espírito lúdico de ‘O meu quarto’

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Faixas adiantam álbum que sai em 10 de outubro com produção de Pretinho da Serrinha e música que celebra Malala Yousafzai, ativista da luta pela paz. Adriana Partimpim canta samba composto em 2018 para peça sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’
Capa do single ‘O meu quarto / Malala’, de Adriana Partimpim
Divulgação / Sony Music
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: O meu quarto / Malala
Artista: Adriana Partimpim
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Vamos combinar que Adriana Partimpim sempre foi muito mais ouvida e venerada pelos admiradores adultos de Adriana Calcanhotto do que pelas crianças, em tese o público alvo desse heterônimo, espécie de alter ego criado pela artista para discos e shows direcionados a ouvintes e plateias infantis.
Por isso mesmo surpreende que uma das duas músicas que dão prévia do quarto álbum de estúdio de Partimpim – O quarto, gravado com produção musical do percussionista Pretinho da Serrinha e programado para 10 de outubro pela gravadora Sony Music – seja de fato uma canção de espírito lúdico vocacionada para as crianças.
De autoria de Calcanhotto, a canção se chama O meu quarto e surge em single – ao lado do samba Malala (O teu nome é música) – em gravação calcada no suingue do baixo acústico tocado por Guto Wirtti e embasada com o arsenal percussivo de Pretinho da Serrinha (cavaquinho, caixa, pandeirola, recobra e prato).
Em O meu quarto, Partimpim convoca a gurizada para adentrar o espaço da própria Partimpim – personagem personificada por boneca sapeca – para “inventar o mundo” e para “ser cor, música e poesia”.
O sopro do clarinete de Jorge Continentino contribui para a atmosfera de suingue jazzy do fonograma também formatado com os teclados e o piano de brinquedo de Rodrigo Tavares. O coro infantil realça o espírito lúdico da música O meu quarto.
Já Malala (O teu nome é música), embora também apareça no single com vozes de crianças no coro regido por Delia Fischer, é samba para gente grande que poderia figurar em qualquer álbum de Calcanhotto. O samba foi composto pela artista em 2018 para peça baseada em livro de Adriana Carranca sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz.
Hábil, Pretinho da Serrinha (cavaquinho, tamborins, cuíca, surdo e ganzá) arma cama refinada para Partimpim rolar com maciez no canto de versos como “O teu nome é música / O teu nome é liberdade e paz”. Versos carregados de sentido e urgência em um dia em que o mundo assiste ao agravamento da guerra no Oriente Médio com o disparo de mísseis pelo Irã para atingir Israel.
Enfim, Adriana Partimpim é de paz e está de volta. E esse single inicial – lançado simultaneamente com os clipes das duas músicas – sinaliza que O quarto será um bom álbum, embora em princípio sem munição para se igualar ao primeiro e ainda melhor disco de Adriana Partimpim.
Adriana Partimpim lança em 10 de outubro pela Sony Music o álbum ‘O quarto’, gravado com produção musical de Pretinho da Serrinha
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’

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