Connect with us

Festas e Rodeios

Kim Petras, 1ª cantora trans no topo das paradas, lança álbum: ‘É sobre fazer o que você tem medo’

Published

on

Ao g1, popstar alemã diz que adoraria cantar com Anitta e Pabllo Vittar. Ela é atração do festival The Town e conta que fãs brasileiros a incentivaram a continuar cantando quando ela tinha 14 anos. Mesmo com 16 anos dedicados ao pop dançante, o 2023 de Kim Petras promete ao menos duas estreias. A cantora estará no Brasil pela primeira vez, em setembro, para show no festival The Town.
A primeira novidade veio nesta sexta-feira (22): “Feed the Beast” é o álbum de estreia de Kim, a primeira cantora trans a chegar ao topo da principal parada da revista “Billboard”. “Unholy”, dueto com Sam Smith, a fez ganhar o Grammy de Melhor Performance de Duo ou Grupo Pop.
A popstar alemã canta 15 músicas em pouco mais de 40 minutos. Ela conta que o álbum “é sobre fazer o que você mais tem medo, mas você sabe que tem que fazer”. “Pra mim, isso é fazer as maiores e mais ridículas canções pop. Agora, eu posso fazer o que eu estava com um pouco de medo de fazer antes”, ela confessa ao g1, em entrevista por videoconferência.
Nesta estreia, a cantora de 30 anos trabalha com um time formado por alguns dos maiores produtores de música pop de hoje, incluindo Dr. Luke (Katy Perry), Cirkut (Maroon 5) e Max Martin, recordista de canções número um na parada americana.
A cantora alemã Kim Petras
Divulgação/Universal
Antes de confirmar a vinda ao Brasil, Kim Petras já havia notado a paixão dos fãs daqui. A frase “Please come to Brazil”, tão usada por fãs de música pop locais, era onipresente nos comentários das redes sociais dela. “Este costumava ser o único comentário que eu recebia quando tinha uns 14 anos e estava começando a carreira.”
O primeiro single do álbum, “Alone”, tem participação de Nicki Minaj e sample de “Better Off Alone”. A canção é construída a partir da batida deste megahit eurodance gravado pelo grupo holandês Alice Deejay, em 1999. Como sempre, Kim Petras quer dançar e fazer dançar.
“É uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos. Tenho muitas lembranças das boates na Alemanha, onde eu cresci. Eu estava completamente bêbada quando tocava essa música. É um momento do qual tenho certa vergonha, mas também é nessas horas que você se diverte de verdade.”
Veja abaixo a entrevista de Kim Petras ao g1:
g1 – Você já lançou singles, EPs, clipes, mas este é seu primeiro álbum? Como você está se sentindo, agora que finalmente tem um álbum oficial de estreia?
Kim Petras – Eu me sinto muito animada. Sinto que finalmente fiz um álbum por uma grande gravadora pela primeira vez na vida. Eu pude viajar até os estúdios que queria e trabalhar com pessoas diferentes na Suécia, em Londres. Tudo isso foi muito legal. Então, eu estou empolgada demais e acho que é o primeiro álbum oficial perfeito para mim.
“Feed the beast” é sobre fazer o que você mais tem medo, mas você sabe que tem que fazer. Pra mim, isso é fazer as maiores e mais ridículas canções pop. Agora, eu posso fazer o que eu estava com um pouco de medo de fazer antes. Estou tão empolgada com tudo isso!
g1 – Seus fãs também estão empolgados por que você vem ao Brasil. Você já deve ter lido muito a frase “Please, come to Brazil” nas suas redes sociais, né? Como é seu contato com os fãs brasileiros?
Kim Petras – Sim, já ouvi muito. [risos] Este costumava ser o único comentário que eu recebia quando tinha uns 14 anos e estava começando a carreira. Eu pensava: “Uau, eu tenho que ir para o Brasil o mais rápido possível”. O Brasil me incentivou muito a continuar cantando, principalmente quando eu era uma artista pequena. Eu já tinha alguns fãs no Brasil que estavam me implorando para ir e finalmente é hora de ir. O meu objetivo é conhecer o maior número possível desses fãs. Quero conhecer todos eles e tirar fotos. Honestamente, tenho implorado a todo mundo da minha equipe para ir ao Brasil. É emocionante demais e sou muito grata aos brasileiros. Não existe um fã-clube tão apaixonado como o brasileiro. É incrível.
Kim Petras e Nicki Minaj cantam juntas ‘Alone’
Divulgação/Universal Music
g1 – Sim, o fandom daqui costuma ser muito intenso [ela concorda]. Falando sobre o álbum: como você teve a ideia de criar uma música a partir de “Better Off Alone”?
Kim Petras – Hmmmm… é uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos. Tenho muitas lembranças das boates na Alemanha, onde eu cresci. Eu estava completamente bêbada quando tocava essa música. É um momento do qual tenho certa vergonha, mas também é nessas horas que você se diverte de verdade.
Essa música é um dos meus hits preferidos para dançar, tem uma das minhas batidas favoritas. Nós meio que crescemos ouvindo essa música, sabe? Escrevi o refrão baseado e o som ficou bom. Aconteceu muito naturalmente: essa ideia de fazer uma batida a partir de “Better Off Alone”. Ainda bem que o sample foi liberado para uso e a Nikki [Minaj] topou participar na hora.
g1 – Quem é mais jovem conhece essa música como a trilha de um meme, não como um hit dançante. Então, é como se você estivesse apresentando uma nova finalidade para essa música. Agora eles podem dançar, não só ficar dando risada do meme, né?
Kim Petras – Sim, sim, é totalmente isso que está acontecendo. Eu acho que esses memes são uma parte da cultura pop, sabe? Eu sou uma grande fã de memes e acho que a música pop tem essa função de capturar um momento. Eu com certeza ouço muita música que é usada em trilha de memes…
Kim Petras no tapete vermelho do MTV EMA 2021
Vianney Le Caer/Invision/AP
g1 – Não sei se isso é uma viagem da minha cabeça, se eu estou louco, ou se “Claws” tem um trecho do refrão de “Zombie”, do Cranberries?
Kim Petras – Não, que eu saiba não tem não. Mas você não é louco por ter notado isso. Talvez exista algo, mas definitivamente não é intencional… Hmmm… mas acho que entendi, sabe? É aquele “In my head, in my head, head, head”. Essa parte, né? Ai meu Deus! Sim, sim, entendi. É que tem um sintetizador alemão que a gente adora manipular e distorcer a voz. Tem alguma semelhança melódica, mas acho que não o suficiente para nos causar problemas. Então…
g1 – Espero que não mesmo! “King of Hearts” é uma das minhas favoritas. Eu imaginei amigas na balada se abraçando e gritando essa música, tipo a cena da série “Girls” com “I love it” [música do Icona Pop com Charli XCX]. Você concorda que tem essa pegada?
Kim Petras – Obrigado por dizer isso. E com certeza essa música tem uma das minhas vibes preferidas, levando em conta toda minha carreira. Eu andava muito obcecada com o Kaskade [DJ americano], sabe? Eu não sei se você conhece, porque toda vez que eu ouço tenho esse sentimento. Então, eu estava tentando fazer algo assim. Mas eu amo a Charli. Ela é uma das minhas popstars favoritas de todos os tempos, porque ela é tão ela mesma e espero que essa música seja tão boa quanto “I love it”. Eu amo essa música.
g1 – Voltando aos fãs. Imagino que você tenha muito contato com pessoas trans que te agradecem por toda a visibilidade que você dá para a comunidade trans. Afinal, é importante você ganhar um Grammy e ter uma música no topo das paradas. Como é esse contato?
Kim Petras – Eu tenho muitas pessoas das quais sou amiga que me mandam mensagens de fãs que se conectaram a mim e que eu adoro. Essas pessoas sempre fazem parte da minha vida e sou muito grata por todos e todas.
“É realmente importante deixar a comunidade trans orgulhosa de mim, porque como sou uma das pessoas mais visíveis. Sou grata por representar uma comunidade tão incrível. Então, sim, fico emocionada só de ouvir as histórias e lutas. Quero fazer tudo o que puder por eles.”
Sam Smith e Kim Petras lançaram juntos ‘Unholy’, primeiro hit com uma cantora trans a chegar ao topo das paradas
Divulgação/Universal
g1 – Às vezes, parece que as músicas dançantes estão sendo criadas para dançar no TikTok e não para as pistas de dança. Você concorda que isso tem acontecido e que talvez se devesse pensar mais em coreografias para dançar na vida com seus amigos… não essas coreografias meio contidas que caibam em uma tela?
Kim Petras – Sim, sim… entendi. Quero dizer, pensar assim funciona para algumas pessoas que realmente estão fazendo coreografias pensadas para o TikTok. Eu não quero julgar: pode ser incrível, se você gostar disso. Mas eu, definitivamente, ainda faço músicas que quero ouvir em boates que eu frequento na minha vida. Na real, eu não penso nas redes sociais na hora de escrever, mas claro que é bom quando as pessoas têm vontade naturalmente de criar vídeos dançando as suas músicas. Isso é incrível. Mas acho que, em geral, apenas faço a música que quero fazer e torço pelo melhor para ela.
O TikTok é um lugar incrível para encontrar novas músicas que você nunca ouviu. Eu já encontrei músicas lá que eu nunca teria achado. Então, tem essa questão cultural, sabe? Eu sempre fico feliz quando as pessoas usam minha música para memes, quando fãs fazem posts com minha música ou qualquer coisa assim. É a melhor forma de eu me conectar com cada vez mais gente. Eu só quero ouvir a minha música, onde quer que seja.
g1 – Para terminar, o que você sabe sobre as popstars brasileiras?
Kim Petras – Sou uma grande fã da Anitta e acho que “Envolver” é uma das minhas músicas favoritas. Hmmm… Eu me sentei do lado dela no Met Gala e ficamos conversando sobre fazer uma música juntas. Agora, ela assinou com a mesma gravadora que eu estou. Eu quero tanto fazer uma música com ela e eu já ouvi tanta coisa legal do funk brasileiro e tudo mais. Ah, e eu quero conhecer e a Pabllo Vittar. Ela é uma pessoa incrível e com quem gostaria muito de colaborar, mas nós duas estamos sempre ocupadas e é difícil de manter contato, mas nós vamos fazer isso acontecer. Tenho certeza disso. Eu adoro a Pabllo. Fico tão orgulhosa de como a Pabllo representa tantas coisas incríveis. Então, ambas são absolutamente icônicas e eu fico ouvindo as músicas delas o tempo todo.
Angélique Kidjo e Kim Petras se apresentam no The Town

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Após ter fiança negada, Sean ‘Diddy’ Combs entra com recurso e promete fazer testes de drogas caso seja solto

Published

on

By

Combs apresentou novo recurso após juízes considerarem que ele representaria um risco à segurança da comunidade e das testemunhas no caso. O rapper está detido sem fiança enquanto aguarda julgamento. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
O rapper Sean “Diddy” Combs, que está detido sem direito a fiança, apresentou um novo pedido para ser liberado enquanto aguarda julgamento.
Combs entrou com o recurso pela segunda vez, após ter seu pedido de liberação mediante fiança negado no último dia 17. Para os juízes, o rapper representaria um risco à segurança da comunidade e das testemunhas no caso.
LEIA MAIS: Relembre as outras acusações que marcaram trajetória do rapper
Quem são os famosos citados nas notícias do escândalo
A nova apelação, registrada na última segunda-feira (30), não especifica nenhum argumento para que Combs seja solto. A equipe do rapper propõe a fiança de US$ 50 milhões, garantida pelo patrimônio de sua residência em Miami e de sua mãe.
Além disso, a proposta inclui restringir os visitantes de suas casas, permitindo apenas “família, zeladores da propriedade e amigos que não fossem considerados co-conspiradores”, diz o documento. Especificamente, nenhuma mulher fora dos membros da família e as mães de seus filhos teriam permissão para visitar Combs.
O rapper também não poderia contatar testemunhas do grande júri e se comprometeria a fazer testes de drogas semanalmente.
Na carta divulgada no dia 17 de setembro, juízes e promotores alegaram que Combs havia contatado vítimas e testemunhas no caso, nos meses que antecederam sua prisão. Ele teria pedido por sua “amizade e apoio” e, às vezes, teria os convencido de que tudo não passava de “uma narrativa falsa”.
Combs está detido no Metropolitan Detention Center, em Nova York, prisão conhecida por ter “condições perigosas” e um histórico conturbado. A próxima audiência do rapper será no dia 9 de outubro.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Acusações
Após meses de investigação, o rapper e empresário Sean “Diddy” Combs foi preso acusado de tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição, segundo a Promotoria de Nova York. Entenda ponto a ponto das acusações.
Ele se declarou inocente em tribunal. Segundo a imprensa internacional, caso seja julgado culpado das três acusações, Diddy pode ser condenado a prisão perpétua.

Continue Reading

Festas e Rodeios

Sean Diddy Combs: relembre outras acusações e controvérsias que marcam trajetória do rapper

Published

on

By

Muito antes de ser preso em setembro deste ano, músico já colecionava denúncias, polêmicas e escândalos. Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York.
Lucas Jackson/Reuters
Ocorrida em 16 de setembro, a prisão de Sean Diddy Combs, também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, movimentou a indústria da música, levantou teorias nas redes sociais e fez explodir as buscas pelo nome do rapper na internet.
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, ele foi preso em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações. O rapper, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Muito antes disso tudo acontecer, no entanto, o músico já colecionava acusações e histórias controvérsias. Veja a seguir algumas delas.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Universidade de Nova York
Ainda sob o nome de Puff Daddy, o rapper foi um dos organizadores de um jogo de basquete caótico, ocorrido num ginásio da Universidade de Nova York, em dezembro de 1991. O evento terminou com 9 pessoas mortas e 29 feridas.
O caos aconteceu devido à quantidade de gente no espaço, que reuniu cerca de 5.000 pessoas, mas comportava somente 2.730.
Sem seguranças para controlar a multidão, o evento saiu de controle, e pessoas arrombaram as portas, causando um pisoteamento generalizado.
Foram abertos vários processos civis do caso. Em alguns deles, Combs atuou como testemunha contra o ginásio e, em outros, virou réu — sua defesa alegava que ele não era responsável pela segurança local.
‘Hate Me Now’
Dirigido por Hype Williams, o videoclipe “Hate Me Now” (1999) provocou uma briga entre Sean Combs e o executivo musical Steve Stoute.
Na versão original, havia uma cena em que o rapper aparecia crucificado. Incomodado, o músico exigiu que o trecho fosse cortado antes do clipe ir ao ar. A primeira versão que foi exibida ao público pela primeira vez, no entanto, foi a antiga.
Ao ter seu pedido ignorado, Sean se irritou e invadiu o escritório de Stoube. O executivo disse que o músico agrediu ele com uma garrafa de champanhe. “Ele me deu um soco no rosto, depois pegou o telefone e me bateu na cabeça com ele”, disse Stoube na época ao jornal americano “The Times”.
O caso foi parar na Justiça, e Sean chegou a ser detido, mas depois os dois fizeram um acordo, no qual o rapper pagou US$ 500 mil ao executivo.
Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Troca de tiros
Também em 1999, Sean foi acusado de posse ilícita de arma de fogo. Após se envolver em uma violenta briga no Club New York com troca de tiros, o músico foi encontrado pela polícia dentro de seu carro, onde havia duas pistolas.
Ele e a cantora Jennifer Lopez, que estava na ocasião e era sua namorada, foram detidos.
O músico, que sempre negou ter envolvimento com o tiroteio, foi absolvido.
Intimidação
Em 2003, o rapper foi processado por seu ex-colega de negócios Kirk Burrowes, que o acusou de intimidá-lo com um bastão de beisebol. Ele teria feito isso para forçá-lo a assinar documentos de transferência empresarial.
Sean negou. O caso foi a um tribunal de apelações três anos depois, mas foi rejeitado por expiração do prazo de prescrição.
Briga com treinador do filho
Em 2015, o artista foi detido após brigar com o treinador de futebol americano de seu filho, Justin Combs.
“Os vários relatos do incidente e as acusações sendo divulgadas são completamente imprecisos. O que podemos dizer agora é que qualquer ação tomada pelo Sr. Combs foi única e exclusivamente de natureza defensiva para se proteger e proteger seu filho”, afirmou um porta-voz do rapper ao site americano “TMZ” na época.
O caso gerou polêmica, mas não chegou a ir parar na Justiça.
Sean ‘Diddy’ Combs.
Jordan Strauss/Invision/AP
Primeiras alegações de abuso
Em 2019, a modelo Gina Huynh, ex-namorada de Sean, disse que ele havia abusado dela durante todo o relacionamento, que durou cinco anos. A declaração foi feita à youtuber Tasha K.
Com relatos fortes, ela afirmou que ele chegou a pisar na altura de seu estômago, o que “tirou o ar” de seus pulmões”. Também alegou que ele ofereceu dinheiro para ela fazer um aborto.
O rapper não comentou a acusação.
A relação com Cassie
A cantora Cassie, de “Me & U”, abriu um processo contra Sean em 2023. Ela o acusou de estupro, agressão e abuso físico.
Os dois se conheceram pela música e começaram a trabalhar juntos de 2005. Depois, engataram num namoro, que rompeu em 2018. Segundo a artista, o rapper sua posição de poder na indústria para levá-la a um “relacionamento romântico e sexual manipulador e coercitivo”.
Cassie afirmou que os crimes aconteceram por mais de uma década. Na ação, ela descreve que Sean “regularmente batia e chutava” seu corpo, “deixando olhos roxos, hematomas e sangue”.
Na época, ele negou as acusações. Em fevereiro deste ano, vazou um vídeo em que ele aparece agredindo Cassie. “Assumo total responsabilidade por minhas ações naquele vídeo. Fiquei enojado quando fiz isso. Estou enojado agora”, disse ele em um comunicado publicado nas redes sociais.
Várias ações civis de uma vez só
A acusação de Cassie serviu como pontapé para várias outras acusações contra o rapper. Denúncias de estupro e violência que, embora protocoladas no fim de 2023, mencionam mais de uma época.
Uma das ações movidas diz que Sean e outro homem forçaram uma mulher a fazer sexo com eles. Em outra, a vítima diz ter sido drogada e estuprada pelo rapper em 1991.
Uma terceira mulher afirmou que há mais de 30 anos havia sido estuprada junto de sua amiga, vítimas de Sean.
O músico negou as acusações.
Condenado a US$ 100 milhões
Em um dos casos que foram surgindo contra ele, Sean foi condenado a pagar US$ 100 milhões a um presidiário do Michigan que diz ter sido drogado e estuprado pelo rapper há mais de 30 anos. A condenação veio em setembro de 2024, dias antes de sua prisão.
Derrick Lee Smith, 51 anos, venceu a disputa judicial multimilionária à revelia no Tribunal do Condado de Lenawee durante uma audiência virtual na segunda-feira (9), após Combs, 54 anos, não comparecer.
Um advogado de Combs disse que o rapper vai pedir a anulação da sentença.
“Este homem [Smith] é um criminoso condenado e predador sexual, que foi sentenciado por 14 acusações de agressão sexual e sequestro nos últimos 26 anos,” disse o advogado Marc Agnifilo em nota, na época.

Continue Reading

Festas e Rodeios

De ‘Monstros: Irmãos Menendez’ a ‘Making a murderer’: Por que true crime faz tanto sucesso?

Published

on

By

‘Queremos saber o que é aquela coisa que nos faz surtar’, diz Javier Bardem em entrevista ao g1. Mais barato e ‘viciante’, gênero é queridinho de estúdios e público. Elenco de ‘Monstros: Irmãos Menendez’ fala sobre true crime
Desde que estreou, no dia 19, “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais” tem sido um bom exemplo do fascínio que o gênero de true crime exerce sobre o público.
Apesar do exagero do uso de dois pontos em um só título, a série foi a mais assistida na semana de seu lançamento na Netflix nos Estados Unidos – graças à sua versão estrelada por Javier Bardem (“Duna 2”) da história real de um dos assassinatos mais chocantes dos anos 1980.
“Por que gostamos tanto de assistir a coisas como essas?”, pergunta o ator, ganhador do Oscar por “Onde os fracos não têm vez” (2007). Ele mesmo responde.
“Queremos saber mais sobre nós mesmos. O que é aquela coisa que nos faz surtar. Como lidamos com nossos próprios medos e fantasmas e traumas e dor.”
Na série, o espanhol interpreta o pai de uma família rica e influente que foi assassinado, junto da mulher (Chloë Sevigny), pelos próprios filhos (Cooper Koch e Nicholas Alexander Chavez) em 1989.
O crime dominou o noticiário americano na época – pelo menos até o julgamento do ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson (1947-2024), suspeito de matar a ex-mulher.
Nicholas Alexander Chavez, Chloë Sevigny, Javier Bardem e Cooper Koch em cena de ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais’
Divulgação
Não há para onde fugir
“True crime existe há muito tempo. As pessoas se fascinam com por que essas coisas acontecem, e por que as pessoas cometem esses crimes”, lembra Nathan Lane, que dá vida a um jornalista que cobriu o caso.
O ator é um bom exemplo do grande momento do true crime. Além de integrar o elenco da temporada de “American Crime Story” que cobriu o caso O.J. (série também criada por Ryan Murphy, assim como “Monstros”), ele esteve nos primeiros anos de “Only murders in the building”, comédia que parodia o gênero.
“Em toda plataforma de streaming que você liga há pelo menos três ou quatro desse tipo de programa. (Como um) Documentário de true crime sobre seja lá o que aconteceu em uma pequena cidade em Ohio. Mas, é, parece que está aqui para ficar.”
Ele liga o auge recente ao sucesso de “Making a murderer”, série documental que em 2015 conquistou espectadores ao redor do mundo, mas é possível ir até um pouco antes.
Em 2014, o podcast “Serial” virou fenômeno ao contar a história de um jovem condenado pelo assassinato da namorada, apesar de diversas dúvidas sobre sua culpa.
O sucesso foi tanto que, em 2020, o jornal “New York Times” comprou a produtora responsável por US$ 25 milhões. Dois anos depois, uma juíza anulou a condenação do rapaz, Adnan Syed.
Chloë Sevigny, Javier Bardem, Nicholas Alexander Chavez e Cooper Koch em cena de ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais’
Divulgação
O mistério do mistério
Mas não é só a curiosidade pelo macabro que motiva o encanto pelo true crime. Um estudo de 2010 da Universidade de Illinois indica que mulheres são mais atraídas pelo gênero do que homens – interessadas por histórias que mostram como as vítimas (em especial, as femininas) fugiram e o que leva os assassinos a agirem dessa forma.
Há também nos mistérios um teor altamente viciante, que mantém o público engajado em uma época de séries “maratonáveis”. Até mesmo quando o criminoso já é conhecido, há o desafio de descobrir como, ou por que.
Além disso, produções do tipo tendem a ser consideravelmente mais baratas que as de outros gêneros – em especial, é claro, os documentários. E as produções ainda podem se basear nas investigações já realizadas nos julgamentos para economizar ainda mais.
Os estúdios ainda se aproveitam do interessado gerado por uma obra para lançar outra. Em 7 de outubro, a Netflix lança ainda o documentário “O Caso dos Irmãos Menendez”.
“Também é uma boa história. Te mantém viciado quando você está tentando descobrir algo e quer saber mais. Te mantém ligado, que é o porque, certamente, os estúdios sabem que as pessoas querem. Então, eles continuam fazendo”, fala Ari Graynor (“Lakers: Hora de vencer”).
Na série, ela interpreta a advogada de defesa que se encantou pelo mais novo dos irmãos acusados.
“É revelador das partes mais profundas da humanidade, sobre as quais temos a menor quantidade de entendimento.”
Nicholas Alexander Chavez, Ari Graynor e Cooper Koch em cena de ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais’
Divulgação
‘Todos somos cúmplices’
Assim como a temporada anterior, que retratava os assassinatos de Jeffrey Dahmer (1960-1994), “Irmãos Menendez” tem sido alvo de críticas. Erik Menendez, por exemplo, reclamou da forma como sua história foi retratada.
“Eu achava que as mentiras e as representações tendenciosas que recriavam Lyle eram coisa do passado, que tinham criado uma caricatura de Lyle baseada em mentiras horríveis e descaradas e que agora voltam a abundar na série”, afirmou ele em redes sociais.
Atualmente, ele cumpre uma pena perpétua sem direito a liberdade condicional pela morte dos pais.
“É triste para mim saber que a representação desonesta da Netflix das tragédias que cercam nosso crime fez com que as dolorosas verdades retrocedessem vários passos no tempo, para uma época em que a promotoria construiu uma narrativa baseada em um sistema de crenças segundo o qual homens não eram abusados sexualmente e que homens experienciavam o trauma da violação de maneira diferente das mulheres.”
O elenco, claro, defende a obra, que mostra diferentes pontos de vista do episódio. Entre eles, a defesa dos acusados, de que sofriam abuso sexual do pai desde a infância.
“Eu na verdade queria que no final de ‘Monstros’ tivesse um ponto de interrogação, porque esse é meio que o objetivo. Estamos pedindo que o público seja o júri”, diz Koch (“They/them: O acampamento”), intérprete do mais novo.
“Acho que a série quer apresentar muitas realidades diferentes. Muitas perspectivas diferentes sobre os assassinatos, os eventos que levaram a eles e às repercussões que vieram depois”, afirma Chavez (“General Hospital”), que dá vida ao mais velho.
Sevigny (indicada ao Oscar por “Meninos não choram”) é mais categórica sobre quem são os verdadeiros “monstros” da série – e o papel dos fãs do gênero.
“Eu acho que os pais são monstros. Os garotos são monstros. Os garotos são vítimas. Os pais são vítimas. A mídia é um monstro. É como se todos nós fôssemos cúmplices, de certa forma.”
Nicholas Alexander Chavez e Cooper Koch em cena de ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais’
Divulgação

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.