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Festas e Rodeios

9 fones de ouvido e headsets para trabalhar, estudar e jogar

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Logitech, Razer, Microsoft: opções com ou sem fio para aproveitar o máximo reuniões, aulas ou diversão no PC, smartphone ou console. g1 traz guia sobre fones de ouvido e headsets
g1
Trabalhar e estudar em casa se tornou uma necessidade na pandemia e continua sendo opção para algumas pessoas. Para isso, é fundamental ter boa qualidade de som, isolado do resto do ambiente.
O g1 selecionou nove fones de ouvido e headsets com microfone integrado, dos básicos, que se ligam ao computador, aos modelos mais avançados voltados a gamers – incluindo alguns sem fio.
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TREINO: 9 produtos para se exercitar em casa ou ao ar livre
Veja abaixo os produtos e, ao fim da reportagem, leia um guia para escolher o fone ideal para trabalhar e jogar.
Headsets de uso geral
g1
Anker Soundcore Life Q10
Anker Soundcore Q10
Divulgação
Os fones de ouvido da Anker vêm com microfone integrado e uma bateria com duração estimada de até 60 horas de reprodução de música – com recursos que reforçam os graves, segundo a fabricante.
Com drivers de 40 mm, funcionam integrados ao computador ou smartphones usando conexão Bluetooth ou um cabo padrão 3,5 mm, e a Anker diz que cinco minutos de carregamento permitem até cinco horas de uso. Driver é a parte do fone que converte o sinal elétrico em som e, quanto maiores os drivers, mais sons graves se destacam – fones gamers têm drivers maiores, de 50mm ou mais.
Na primeira quinzena de novembro, seu preço era de cerca de R$ 500 nas grandes lojas on-line.
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JBL Free WFH
JBL Free WFH
Divulgação
O headset da JBL segue o design clássico de fones grandes que cobrem os ouvidos e tem um microfone que pode ser removido para quando a função principal for apenas ouvir música.
Também conta com drivers de 40 mm, que tende a ser padrão nesse tamanho de fone, é compatível com os principais apps de reunião no trabalho, como Zoom e Microsoft Teams, e conta com cancelamento de ruídos no microfone. Seu preço era de R$ 250 no início de novembro, em média.
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Logitech Zone Wired USB
Logitech Zone Wired USB
Divulgação
Com múltiplas certificações de aplicativos (Microsoft Teams, com botão dedicado para chamadas, e ainda Zoom e WebEx, entre outros), esse headset corporativo (com software para ajustes no Windows e drivers também de 40mm) também traz um diferencial na conexão: pode ser ligado ao PC em portas USB-A e também USB-C (em computadores mais novos).
Seu microfone também traz cancelamento de ruídos ao redor. Saia, em média, por R$ 1.000 na primeira quinzena de novembro.
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Microsoft LifeChat LX-3000
Microsoft LifeChat LX-3000
Divulgação
O LifeChat LX-3000, encontrado por cerca de R$ 250 na segunda semana de novembro, é um headset com conexão USB-A, para uso no computador.
Seu microfone tem cancelamento de ruído, que detecta a voz durante o uso e a a Microsoft promete ligações com som claro e nítido. Tem controle de volume no cabo.
Uma curiosidade sobre o LifeChat LX-3000: ele foi lançado pela Microsoft em 2006 e, na época, era indicado para uso em conjunto com o comunicador Windows Live Messenger.
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Headsets para games
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HyperX Cloud II Wireless
HyperX Cloud II Wireless
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O headset sem fios da HyperX promete até 30 horas de duração de bateria em um produto com som surround 7.1 e conexão wireless 2,4GHz para maior estabilidade (funciona até 20 metros de distância da tela, segundo a fabricante).
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Sua estrutura em alumínio e acabamento em couro sintético promete deixar o produto mais confortável de usar.
Na parte técnica, tem drivers maiores (53 mm), cancelamento de ruído ambiente no microfone (que é removível) e é compatível com várias plataformas de game. Na primeira quinzena de novembro, seu preço no varejo era de R$ 1.200, em média.
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JBL Quantum One
JBL Quantum One
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O modelo para competições da JBL é otimizado para conexão com cabo no PC, mas pode ser usado em outras plataformas.
Tem recursos de configuração e ajuste do microfone, som 3D imersivo, design com almofadas ventiladas para uso intenso e cancelamento ativo de ruído externo, isolando o jogador na partida.
Vem com drivers de 50 mm e o software para Windows permite ajustar efeitos do som surround. Seu preço nas lojas on-line era de R$ 2.000, em média, no início de novembro.
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Razer BlackShark V2
Razer BlackShark V2
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Leve (240 gramas, contra mais de 300g na média dos concorrentes), o headset da Razer é uma opção econômica com conexão por cabo 3,5 mm (compatível com múltiplas plataformas), drivers também de 50 mm e som surround 7.1.
Tem acabamento acolchoado na cabeça e almofadas que prometem conforto máximo durante os jogos.
O microfone é removível e, no PC, o software opcional THX Spatial Audio complementa os efeitos de som. Seu preço era de R$ 400, em média, na segunda semana de novembro.
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Headsets para consoles
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Microsoft Headset sem fio Xbox
Microsoft Headset sem fio Xbox
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Modelo sem fios para Xbox e PCs, o headset da Microsoft promete até 15 horas de uso, com preço de R$ 1.200, em geral, no varejo on-line, no começo de novembro.
Vem com drivers de 40 mm, microfone com modo silencioso automático durante os jogos (silencia quando o jogador não fala) e tecnologias de som Windows Sonic, Dolby Atmos e DTS:X. Tem conexão Bluetooth também para uso com smartphones e tablets, para ouvir música.
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Sony Pulse 3D
Sony Pulse 3D
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O modelo da Sony, com preço médio de R$ 600 na primeira quinzena de novembro, é voltado a donos de PlayStation 5, com design que segue o do console e tecnologia de som adaptada para áudio 3D dos games da plataforma.
Com adaptador sem fios e conector 3,5mm, funciona também em PC, Mac e dispositivos móveis.
Segundo a fabricante, a bateria tem autonomia de 12 horas de uso e o headset conta com dois microfones com cancelamento de ruído.
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Como escolher o melhor fone
Escolher o fone de ouvido ideal para trabalhar, estudar ou jogar envolve muitos fatores: do preço ao formato, do uso com fio ao uso sem fio, conforto e também a qualidade do microfone.
“Para mim, a primeira coisa para analisar é checar as funcionalidades do fone e como elas se encaixam na sua necessidade”, diz Leonardo Drummond, youtuber especialista em áudio.
Se é apenas para ouvir música, um fone Bluetooth é o suficiente para conectar ao celular sem usar fios.
Para reuniões e aulas on-line, um bom microfone, com redução de ruídos externos, garante uma melhor experiência. “Se precisar usar em um lugar barulhento, cheio de gente, é algo que faz a diferença”, afirma o especialista.
Modelos da Logitech, JBL e Microsoft têm uma vantagem para usar em reuniões: alguns modelos de headsets têm certificações das principais plataformas de videoconferência (Zoom, Microsoft Teams, Cisco WebEx, Skype For Business), o que pode garantir um melhor desempenho de áudio desses dispositivos nas vídeo conferências do escritório doméstico.
E os modelos gamers acabam servindo de coringa, já que reúnem o melhor das outras duas categorias e têm recursos adicionais, como som surround e luzes RGB (o que não influencia em nada a qualidade de som, vale notar), mas podem ser mais caros.
Já parte das funcionalidades significa checar se o fone tem uma conexão tradicional P2 (3,5 mm) por cabo ou uma conexão USB ao computador.
“Conexões P2 têm a vantagem da universalidade, quase todo computador tem. Já os fones USB têm uma placa de som integrada, o que garante uma melhor qualidade”, afirma Drummond, especialista em áudio.
E, no caso dos modelos sem fio, como é feita a conexão: por Bluetooth ou por frequência 2,4 GHz.
A opção por Bluetooth é mais universal: funciona no computador, no tablet e no smartphone, mas é bom checar se os fones usam a versão 5.0 do padrão, que reduz o atraso no áudio.
Versões mais antigas do Bluetooth são mais lentas e, principalmente nos games, podem ser a diferença entre acertar o inimigo ou ser alvo dele.
Já fones com 2,4 GHz têm a vantagem de terem uma conexão mais estável e sem atrasos, assim como a facilidade de instalação – basta conectar o transmissor a uma porta USB livre no computador e ligar os fones (é a mesma tecnologia de mouses e teclados sem fio).
Mas sua desvantagem é não poder usar com smartphones e tablets, ficando preso (de certa forma, por causa do transmissor) ao PC/notebook.
O formato do fone é outra questão importante a verificar na hora da compra. Para trabalhar ou jogar, fones do tipo circunaurais – que cobrem todo o ouvido – são mais indicados por conta do conforto, com materiais leves e macios que podem ser usados por um longo período de tempo, seja jogando com os amigos ou na aula on-line.
Mas vale lembrar que também existem fones supra-auriculares (ou supra-aurais) – que ficam em cima do ouvido do usuário -, mas podem ser um pouco inconvenientes na questão do tempo de uso, e os fones auriculares e intra-auriculares, aqueles aparelhos menores que entram no canal auditivo.
Um adicional importante para verificar na hora da compra é se os fones têm algum software extra para usar no computador e controlar equalização e efeitos.
Drummond comenta que é melhor comprar um fone estéreo com bom software do que um modelo com efeitos surround (que simulam 5.1 ou 7.1 canais) sem possibilidade de controle.
“É fisicamente impossível colocar tantos alto-falantes dentro da concha do fone”, afirma o youtuber.
Sistemas de som surround em home theaters, por exemplo, usam diversos alto-falantes – um sistema 5.1 tem três alto-falantes frontais e dois traseiros, além do subwoofer.
Sistemas 7.1 têm três canais frontais, dois laterais e dois traseiros, mais o subwoofer.
O próprio sistema operacional Windows 10/11, usado com fones que tenham drivers atualizados, permite ajustar a equalização do som e até gerar som surround virtual. Mas os aplicativos dedicados dos fabricantes oferecem mais recursos – seja para ajustar a qualidade de som no Microsoft Teams ou a virtualização em fones com surround 7.1.
Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.

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Chay Suede e Laura Neiva mostram primeiras fotos de Ana, a terceira filha do casal

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Os pais escolheram descobrir o sexo da criança apenas durante o parto. Laura Neiva e Chay Suede
Webert Belicio/ Agnews
A terceira filha de Chay Suede e Laura Neiva nasceu na última sexta-feira (8), e neste domingo (10) os pais aproveitaram para postar as primeiras fotos com a bebê, que se chama Ana.
Eles usaram o Instagram para anunciar a chegada da filha, veja as fotos abaixo:
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Chay e Laura são pais de outras duas crianças: Maria, de 4 anos, e José, com 2 anos. A chegada da terceira filha veio em meio a um mistério já que o casal não quis saber o sexo da criança até o dia do parto.
Em participação no gshow, Chay explicou a decisão: “Foi a Laurinha, foi uma ideia dela. Nos outros a gente não soube no parto, a gente soube antes, assim que deu para saber. E nesse ela falou: ‘Vamos saber na hora? Será que a gente aguenta?’. E a gente aguentou! Faltam dez semanas.”
Ao comentar sobre como faz para equilibrar as gravações no Rio de Janeiro com a vida familiar em São Paulo, Chay falou em ‘malabarismo’:
“É um malabarismo, né? Eu venho para cá, eles vão para lá. No período de férias a gente fica junto. Eles vão para lá quando eu estou trabalhando direto… E quando nascer o nenenzinho, licença-paterninade da dona Globo.”
Veja também:
Em entrevista a Eliana, Chay Suede fala sobre vilão que irá interpretar em ‘Mania de Você’: ‘Ele tem uma mente doente’

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O brilho de Quincy Jones em 10 músicas

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O músico, que morreu aos 91 anos, foi um dos produtores mais importantes do jazz e do pop. Quincy Jones morreu aos 91 anos no último domingo (3/11)
Getty Images via BBC
“A música é sagrada para mim”, disse Quincy Jones, certa vez. “A melodia é a voz de Deus.”
Ele certamente tinha um toque divino.
Jones, que morreu aos 91 anos, foi o braço direito de Frank Sinatra e Michael Jackson, e ajudou a definir o som do jazz e do pop ao longo de mais de 60 anos.
Suas gravações revolucionaram a música ao misturar gêneros, promover colaborações improváveis e formular técnicas modernas de produção.
A seguir, estão 10 músicas que mostram a versatilidade e brilhantismo de Jones no estúdio, além de sua capacidade de extrair o melhor dos músicos com quem trabalhou.
1) Michael Jackson – Billie Jean
Quincy Jones e Michael Jackson na cerimônia de premiação do Grammy de 1984
Getty Images via BBC
Michael Jackson conheceu Quincy Jones no set de filmagem de O Mágico Inesquecível, de 1978, e pediu a ele para produzir seu próximo álbum. Este disco foi Off The Wall – um álbum espetacular que consagrou Jackson como um astro solo.
Eles se juntaram novamente para o álbum Thriller, de 1982, que, sem dúvida, reformulou o mercado pop. Não só produziu sete singles entre os top 10, como também rompeu barreiras raciais, atraindo igualmente o público negro e branco.
O segredo para o sucesso foi Billie Jean, uma história sombria sobre as tietes que Jackson conheceu quando estava em turnê com seus irmãos. Como produtor, Jones não gostou muito da faixa no início, discutindo com Jackson sobre a longa abertura instrumental.
“Eu disse: ‘Michael, precisamos cortar essa introdução'”, lembrou ele mais tarde.
“Ele disse: ‘Mas é isso que me faz querer dançar.’ E quando Michael Jackson diz: ‘É isso que me faz querer dançar’, então, o resto de nós apenas tem que calar a boca.”
Com essas palavras ressoando em seus ouvidos, Jones manteve o arranjo enxuto e moderno. Ele até instruiu o engenheiro de som Bruce Swedien a criar uma bateria com uma “personalidade sonora” que ninguém havia ouvido antes. O resultado é uma das introduções mais reconhecidas da história do pop.
2) Frank Sinatra – Come Fly With Me (Sinatra at the Sands)
Jones trabalhou em parceria com Frank Sinatra desde o início de sua carreira
Getty Images via BBC
“A amizade era muito forte. Não dá para descrever”, disse Jones sobre sua parceria com Frank Sinatra — que ia muito além do estúdio de gravação.
“Sete Jack Daniels duplos em uma hora… [Sinatra] inventou a festa.”
Depois de terem estabelecido um relacionamento no álbum It Might As Well Be Swing, de 1964, Jones ajudou Sinatra a preparar novos arranjos para suas músicas para uma temporada de quatro semanas no Copa Room do Hotel The Sands, em Las Vegas.
“Foi provavelmente o engajamento mais emocionante que já tive na minha vida, desde que comecei a me apresentar”, lembrou Sinatra mais tarde.
Acompanhado pela Count Basie Orchestra, o astro soa perfeitamente à vontade, cantando clássicos como I’ve Got You Under My Skin, Fly Me To The Moon e You Make Me Feel So Young.
Mas é Come Fly With Me que captura com mais perfeição a vitalidade dos novos arranjos de Jones, especialmente na interação carismática entre Sinatra e os instrumentos de sopro da orquestra.
Não é de se admirar que a música tenha sido escolhida para abrir o show — conforme capturado no premiado álbum ao vivo, Sinatra At The Sands.
3) Lesley Gore – It’s My Party
It’s My Party, na voz de Lesley Gore, chegou ao topo das paradas de sucesso dos Estados Unidos
Getty Images via BBC
Lesley Gore era apenas uma adolescente quando suas demos vocais chegaram às mãos de Quincy Jones no início da década de 1960. Naquele momento, ele estava trabalhando com cantores de jazz como Sinatra e Sarah Vaughan — mas ouviu algo que lhe agradou na fita de Gore.
“Ela tinha uma voz suave, característica e cantava afinada, o que muitos cantores de rock ‘n’ roll não conseguiam fazer, então eu a contratei”, escreveu ele em sua autobiografia.
Para a primeira sessão, Jones escolheu It’s My Party entre uma pilha de 200 demos, e começou a trabalhar. Ele fez uma gravação dupla da voz de Gore, acrescentando pequenos floreios de instrumentos de sopro e mudanças inesperadas de acordes que evocam perfeitamente a angústia adolescente da música.
Ele lançou o single às pressas, após descobrir que Phil Spector tinha planos de gravar a mesma música com a banda The Crystals. A música chegou ao topo das paradas de sucesso dos Estados Unidos e alcançou o nono lugar no Reino Unido.
4) Quincy Jones – Summer In The City
Summer In The City se tornou uma das músicas mais influentes de Jones
Getty Images via BBC
Gravado pela banda The Lovin’ Spoonful, Summer In The City é um clássico do rock dos anos 1960, repleto de acordes sinistros de órgão e batidas potentes de bateria que capturam a sensação pegajosa de uma onda de calor opressiva.
A versão de Quincy Jones, gravada para seu álbum de 1973, You’ve Got It Bad Girl, é quase irreconhecível. De forma indolentemente descontraída, o órgão Hammond é tocado com leveza, assim como a bateria.
A maior parte da letra é suprimida e, quando chega aos 2’30”, é cantada com uma serenidade quase celestial por Valerie Simpson (da dupla Ashford & Simpson).
Originalmente lançada como lado B, ela se tornou uma das músicas mais influentes de Jones. De acordo com o site WhoSampled.com, ela foi sampleada em 87 outras músicas, incluindo faixas de Massive Attack, Eminem, Nightmares on Wax e The Roots.
5) Dinah Washington – Mad About The Boy
Mad About The Boy ganhou nova versão na voz de Dinah Washington
Getty Images via BBC
Este é outro exemplo de como a habilidade de Jones como arranjador pode mudar completamente uma música.
Mad About The Boy foi escrita por Noël Coward para o musical Words and Music, de 1932. Na versão original, era cantada por quatro mulheres diferentes, cada uma expressando seu amor por um astro de cinema não identificado (supostamente Douglas Fairbanks Jr.) enquanto esperavam na fila para assistir a um de seus filmes.
É engraçada, peculiar e inteligente, mas quando Dinah Washington regravou a música em 1961, Jones a desacelerou e mudou o compasso de 4/4 para 6/8, permitindo que a cantora percorresse a letra com uma carnalidade recém-descoberta.
Embora tenha passado despercebida na época, a música ganhou fôlego novo em 1992, quando foi usada como trilha sonora de um anúncio da Levis, e entrou nas paradas de sucesso do Reino Unido pela primeira vez
6) Quincy Jones – Soul Bossa Nova
Jones compôs a música Soul Bossa Nova em 20 minutos
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Escrita em apenas 20 minutos, Soul Bossa Nova foi inspirada no gênero musical brasileiro do início dos anos 1960.
Jones está em seu elemento aqui — com flautas e trombones que capturam a alegria de viver do carnaval. Ele também faz uso proeminente da cuíca, instrumento musical semelhante a um tambor, que soa como um macaco feliz nos compassos iniciais.
Assim como a Bossa Nova foi imortalizada, a música de Jones perdurou, de forma mais memorável na sequência de dança de abertura do filme Austin Powers: Um Agente Nada Discreto.
7) Michael Jackson – Beat It
Michael Jackson no clipe de sucesso de Beat it
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Desde o início, Jones e Jackson planejaram fazer de Thriller um álbum pop de grande sucesso.
“Passamos por 800 músicas para chegar a nove”, disse Jones. “Isso não é casual.”
O trabalho era exaustivo. Em um determinado momento, eles estavam trabalhando em três estúdios simultaneamente… até que os alto-falantes pegaram fogo.
Beat It foi crucial para o projeto — porque foi concebida para que Jackson fosse tocado nas rádios de rock dos EUA, uma perspectiva inédita na indústria musical altamente segregada da década de 1980.
Jones havia dito a Jackson para escrever “uma versão negra” de My Sharona, da banda The Knack — sucesso de 1979 que vendeu mais de 10 milhões de cópias. Mas Jackson estava um passo à frente. Ele tinha uma demo que se encaixava no projeto, embora sem refrão ou letra.
Enquanto Jackson trabalhava nisso, Jones chamou Eddie Van Halen para fazer o solo de guitarra.
“Ele entrou e empilhou suas guitarras Gibson”, lembrou Jones mais tarde.
“Eu disse: ‘Não vou me sentar aqui e tentar te dizer o que tocar… Vamos tentar fazer três ou quatro tomadas. Algumas delas serão superanimadas, outras serão longas, e nós as esculpiremos.”
“E ele tocou para caramba.”
A música, com seu clipe inspirado em West Side Story, foi lançada no momento em que a MTV decolava, fazendo com que Jackson se tornasse uma presença permanente nas salas de casa dos Estados Unidos.
Mas apesar de todo o foco comercial do projeto Thriller, Jones sempre afirmou que a música vinha em primeiro lugar.
“Nunca, jamais, na minha vida, fiz música por dinheiro ou fama — porque é quando Deus sai da sala”, ele disse.
8) The Brothers Johnson – Strawberry Letter #23
Da esquerda para a direita: Louis Johnson, Quincy Jones e George Johnson
Getty Images via BBC
Jones descobriu o guitarrista George Johnson e o baixista Louis Johnson quando os ouviu tocando em uma demo da irmã de Chaka Khan, Taka Boom.
Ele os contratou para tocar na trilha sonora da célebre série de televisão Raízes, colocou-os em sua banda de turnê e dirigiu seu álbum de estreia Look Out For #1, de 1976 (que inclui uma gravação sublime de Come Together, dos Beatles).
Mas os irmãos só ficaram famosos no mainstream em 1977, com o lançamento de Strawberry Letter #23.
Originalmente gravada por Shuggie Otis, a versão de Jones torna a produção mais robusta, com uma linha de baixo marcante e backing vocals crescentes — mas George Johnson teve dificuldades para recriar o solo de guitarra original de Shuggie, que era repleto de tercinas complicadas.
Frustrado, Jones pediu ajuda ao músico Lee Ritenour.
“Quincy estava andando pelo corredor, arrancando os cabelos”, lembrou Ritenour mais tarde. “Ele disse: ‘Estou indo almoçar, Ritenour. Faça isso’.”
Lançada em meio ao boom do punk e da discoteca, a psicodelia romântica da música ainda encontrou um público, alcançando o 13º lugar nas paradas. Mais tarde, ela foi popularizada novamente por Quentin Tarantino no filme Jackie Brown.
9) Sarah Vaughan – Misty
Jones gravou um álbum inteiro com Sarah Vaughan em Paris
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No início de sua carreira, Jones foi um dos arranjadores mais requisitados do jazz, trabalhando com artistas como Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e Peggy Lee.
Em 1958, ele gravou um álbum inteiro com Sarah Vaughan em Paris, acompanhado por uma orquestra de 55 integrantes. Entre os destaques, está a balada Misty —, originalmente gravada pelo pianista Erroll Garner e que ficou famosa por Johnny Mathis.
Diferentemente de suas versões melosas e sentimentais, Vaughan e Jones (junto com o produtor Jack Tracy) dão à letra um pouco de compaixão. Ela pode estar “tão desamparada quanto um gatinho em cima de uma árvore” (“as helpless as a kitten up a tree”), mas você nunca fica totalmente convencido de que ela está feliz com a situação.
Jones acrescenta toques sedutores — desde as cordas em cascata quando Vaughan canta “mil violinos começam a tocar” (“a thousand violins begin to play”), até a linha de saxofone lindamente silenciada, tocada por Zoot Sims.
Vaughan morreu de câncer de pulmão em 1990. Em 2019, no dia em que ela completaria 95 anos, Jones publicou um tributo à cantora, usando um apelido carinhoso para ela: Sassy.
“A querida e doce Sassy era toda sofisticação e mudanças de acordes e, cara, estou dizendo a vocês que ela pensava como uma trompa e cantava como uma trompa!”, escreveu ele no Facebook.
“Tivemos uma grande jornada juntos e nunca esquecerei cada momento que passamos, porque cada momento foi especial.”
10) USA For Africa – We Are The World
Dionne Warwick, Stevie Wonder, Quincy Jones, Michael Jackson e Lionel Richie comemorando depois que We Are The World ganhou quatro Grammys em 1986
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“Deixem seus egos na porta”, dizia a placa escrita à mão que Quincy Jones fixou na porta de seu estúdio de gravação em 1985.
A ocasião foi a gravação de We Are The World — um single beneficente repleto de estrelas que tinha como objetivo arrecadar dinheiro para o combate à fome na Etiópia.
Escrita por Lionel Richie e Michael Jackson, a música contou com vocais de Stevie Wonder, Paul Simon, Cyndi Lauper, Bruce Springsteen, Dionne Warwick e Bob Dylan, todos gravados em uma única noite.
Reunir os cantores foi uma enorme dor de cabeça, como revelou o recente documentário da Netflix, A Noite que Mudou o Pop.
Em determinado momento, Stevie Wonder insistiu que algumas das letras deveriam ser reescritas em suaíli, apesar do fato de que a população da Etiópia, que seria a principal beneficiária da campanha de arrecadação de fundos para o combate à fome, fala em grande parte outros idiomas.
Jones supervisionou toda a sessão com a paciência e a sabedoria de um produtor que já havia visto de tudo.
O resultado não é particularmente bom — a música pode ser considerada longa demais —, mas o fato de ser coerente é uma prova de sua habilidade como produtor, arranjador, mentor e árbitro.
No final, a música arrecadou mais de US$ 63 milhões (US$ 227 milhões hoje, valor reajustado pela inflação); e Jones considerou esta uma de suas realizações de maior orgulho.
“Nunca antes ou depois vivenciei a alegria que senti naquela noite trabalhando com este rico e complexo mosaico humano de amor, talento e graça”, escreveu ele em sua autobiografia de 2002.
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Quarteto da flautista Andrea Ernest Dias irmana Claudio Santoro, Letieres Leite, Ivone Lara e Moacir Santos em álbum

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Andrea Ernest Dias Quarteto lança álbum em 21 de novembro
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Capa do álbum ‘Andrea Ernest Dias Quarteto’
Andrea Ernest Dias com arte de Caco Chagas
♫ NOTÍCIA
♪ Uma das obras-primas do cancioneiro de Dona Ivone Lara (1918 – 2022), compositora que abriu alas femininas no terreirão do samba, Nasci para sonhar e cantar surgiu na voz de Ivone em álbum lançado pela artista carioca em 1982.
Decorridos 42 anos, a música reaparece – transitando entre o choro-canção e o samba-canção, sem a letra de Delcio Carvalho (1939 – 2013) – em gravação de quase seis minutos e meio que sobressai entre as sete faixas do álbum Andrea Ernest Dias Quarteto.
Andrea Ernest Dias é a exímia flautista que se junta ao filho baixista Miguel Dias, ao pianista Pedro Carneiro Silva e ao baterista Felipe Larrosa Moura nesse quarteto carioca de músicas instrumental cujas origens remontam ao ano de 2018.
No mundo a partir de 21 de novembro, com capa criada por Caco Chagas a partir de foto do Mar de Marselha tirada por Andrea durante passeio de barco pela cidade francesa, o disco do quarteto abre com Coisa nº 5 – Nanã (Moacir Santos e Mário Telles, 1963) e Mãe Iracema (Moacir Santos, 2001), ouros negros da obra do compositor, saxofonista, arranjador e maestro pernambucano Moacir Santos (1926 – 2006).
De outro gênio da música afro-brasileira, Letieres Leite (1959 – 2021), o quarteto joga luz sobre Professor luminoso (2017), tema lançado pelo maestro baiano em álbum com a Orkestra Rumpilezz.
Completam o álbum Acalanto da rosa (1958), Amor que partiu (1957) e Em algum lugar (1957 / 1958), três temas do compositor Claudio Santoro (1919 – 1989), originalmente prelúdios para piano que ganharam letras posteriores de Vinicius de Moraes (1913 – 1980) e se transformaram em canções de amor.
O repertório do álbum foi selecionado por Andrea Ernest Dias com Miguel Dias. Ambos também assinam a direção musical do quarteto.

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