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Agroplay: escritório nasceu para agenciar Ana Castela e mira hits misturando agronejo e pop latino

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Empresários explicam ao g1 como produtora funciona e como criam músicas como ‘Nosso Quadro’. Empresa foi criada há 2 anos, tem 250 funcionários e 280 milhões de views no YouTube. Ana Castela entre os sócios da Agroplay (Raphael Soares, Rodolfo Alessi e Everton Albertoni) e o pai, Rodrigo Castela
Divulgação
Rodolfo Alessi e Raphael Soares querem refazer suas trajetórias na música desviando das dificuldades que enfrentaram como cantores. Desta vez, o papel deles é outro: eles viraram empresários e juntos criaram a Agroplay.
Rodolfo era da dupla Fabinho & Rodolfo. Raphael ainda mantém na ativa o projeto Léo & Raphael. No final de 2021, os dois artistas de 34 anos se uniram para empresariar Ana Castela e criaram a empresa. O diretor de marketing Everton Albertoni, de 33 anos, completa o time de sócios.
A “boiadeira”, como é conhecida a cantora de 18 anos, tinha um vídeo circulando na internet no qual aparecia “em cima de um cavalo numa fazenda lá no Paraguai com um chapéu de palha Karandá velho na cabeça, uma camisona larga e cantando uma música bonita”, relembra Raphael ao g1.
O cantor e compositor assina o atual hit da cantora, “Nosso Quadro”. A Agroplay aparece nos créditos como intérprete com Ana Castela.
“Nosso Quadro” liderou o ranking do Spotify em 71 dos 143 dias desde a estreia, até 27 de junho. O clipe soma 168 milhões de views no YouTube.
Ana Castela canta ‘Nosso Quadro’
“Além da voz, do talento, da estrela natural que a Ana já tinha, ela tinha muito dessa verdade” da vida rural, explica Raphael. “A gente sabe a representatividade que isso faria no mercado, no Brasil inclusive. Porque são tantas as meninas desse interior que vivem essa realidade.”
Ana está no time de artistas do agronejo, estilo que retorna à raiz da música sertaneja e canta a vida do campo, com bota e chapéu, mas com influências do funk, do rap e da música eletrônica.
LEIA MAIS: Quem são os novos artistas do sertanejo ‘agro’, que misturam modão com funk, rap e eletrônica
Para cuidar da carreira de Ana, Raphael e Rodolfo tentam driblar obstáculos que já enfrentaram como artistas. “Muito do que a gente aprendeu com nossas carreiras, aplicamos tentando fugir dos caminhos errados”, afirma Raphael.
Ana Castela sobre seu som: ‘Eu nunca falei que é sertanejo’
Negócio ampliado
Com o escritório e toda a estrutura criada, foram atrás de mais estrelas do agronejo. Em menos de dois anos de criação e com cerca de 250 funcionários, além de agenciar Ana Castela, os empresários comandam outras carreiras:
Luan Pereira
DJ Chris no Beat
Francisco
Julya e Maryana
Fazendinha Sessions
Rodolfo explica como escolhe os projetos: “Não é que nem antigamente que a gente via uma pessoa que cantava bem e falava: ‘vem pro escritório que a gente vai administrar’. A gente prefere criar mesmo, criar o artista, criar o conceito.”
“A gente não fica como um caça talentos, vamos sentindo o mercado… o que está faltando e que ninguém está fazendo? E na hora que achamos esse tipo de brecha, a gente se aprofunda e começa a elaborar uma estratégia antes de existir o artista.”
A gestão da carreira tem a ver também com escolha de feats e do repertório. “95% das músicas da Ana Castela são de composições autorias nossas ou de parceiros da Agroplay Hits”, contabiliza Raphael, citando a editora da empresa, responsável por registrar as músicas.
Mais do que um escritório?
Julya e Maryana, DJ Chris no Beat, Ana Castela, Francisco e Luan Pereira: artistas da Agroplay
Reprodução/Instagram
Os escritórios do mercado musical, especialmente o sertanejo, são cada vez mais comuns. Eles são responsáveis por cuidar da gestão de toda a carreira do artista, que vai desde a escolha de repertório, composições e figurinos até a comercialização de shows. Alguns assumem o papel das gravadoras. O contrato entre as partes costuma envolver muitas cifras. E a quebra de contratos pode vir com multas milionárias, como o g1 já explicou.
No Instagram, a Agroplay se define como “mais do que um escritório”. Raphael explica que é porque a empresa “acaba saindo dessa alçada de ser só uma casa comercial”. “A gente vive a Agroplay quase 24 horas por dia porque ela faz parte de nós. Então, a gente vira tudo uma família”.
Mas além deste lado “familiar”, há uma questão estratégica, é claro. A empresa de agenciamento de artistas tem outras frentes:
A gravadora Agroplay Records;
A Agroplay Hits, uma editora musical no segmento agronejo;
O projeto Agroplay Verão, para testar lançamentos, uma espécie de “laboratório de estudos da empresa”, nas palavras deles.
Foi por meio desse projeto que o hit “Nosso Quadro” foi lançado, em fevereiro de 2023. Os dois principais canais do Agroplay no YouTube têm 280 milhões de visualizações totais.
“Esse projeto é nossa válvula de escape”, explica Rodolfo. O empresário é um dos compositores da música, com levada de reggaeton. É nele que o time costuma se arriscar em novos ritmos e fazer apostas, sem que as tentativas fujam do restante da linha de carreira de cada artista. Se der errado e não for aceito, fica apenas como um “plano de verão”.
A influência da música pop latina em “Nosso Quadro” deve seguir no próximo projeto da Agroplay Verão, a ser gravado em setembro. “Agora será de uma maneira um pouquinho mais agressiva. A gente marcou o território primeiro, agora vamos colocar o pezinho um pouco mais lá”, afirma Albertoni.
A iniciativa de investir ainda mais no reggaeton e no pop latino é mais uma estratégia visando o mercado internacional para Ana Castela.
Fazendinha Session
Artistas que fazem parte do Fazendinha Session 3
Reprodução/Instagram/Fazendinha Session
Além dos agenciados do escritório, a Agroplay criou o projeto Fazendinha Session. Se você já assistiu a algum set do Poesia Acústica, vale dizer que a semelhança com o projeto de rap acústico não é coincidência.
LEIA MAIS: Poesia acústica, como série de vídeos virou referência na onda de rap com violão no Brasil
Raphael explica que o Fazendinha “foi idealizado em cima do Poesia Acústica”. “A gente via aquilo lá e falava: ‘nossa, imagina a gente juntar a nossa galera do agro, a galera do interior, e fazer uma proposta dessa moderna com batida. Será que o pessoal vai gostar?’ E tá aí o resultado.”
O projeto já tem três edições lançadas e soma mais de 80 milhões de views. Além dos artistas do escritório, as gravações contam com convidados especiais.
A última delas trouxe nomes como o de Hungria Hip Hop e o de João Carreiro, antigo parceiro de Capataz. A dupla foi uma das precursoras dessa safra do agronejo, estourando na década passada com o chamado sertanejo “bruto”. Eles se separaram em 2014.
As referências: de Luan a Kondzilla
Ana Castela com Raphael e com Rodolfo
Reprodução/Instagram
O Poesia Acústica não é a única fonte de inspiração fora do sertanejo para os empresários. A GR6 e a Kondzilla, duas das maiores produtoras de funk do Brasil, também estão na lista de influências. “São inspirações boas que a gente vê no mercado. O Kondzilla foi um grande divisor de águas com aquela maneira dele monetizar o canal. Ele ensinou muita gente a trabalhar com o mercado.”
“A gente tem um formato bem diferente desses outros grupos na questão mais administrativa. Mas nessa questão de visão deles, acredito que a nossa foi bem espelhada nisso também”, explica Rafael.
Apesar de serem novatos como empresários, os sócios da AgroPlay estão bem amparados por grandes nomes do mercado musical e sertanejo. Um dos parceiros do time é Marcos Mioto, empresário de destaque na comercialização de shows no país. Ele também é pai do cantor Gustavo Mioto, namorado de Ana Castela.
Outro nome na lista de influenciadores e conselheiros informais do escritório é Luan Santana. Ao responder se fazia sentido comparar Ana Castela a Luan Santana por causa das tentativas de inovações em suas carreiras, Rodolfo confidenciou que é amigo do cantor e de outros membros do time do sertanejo.
“O Luan é referência para gente”, diz o empresário. “A gente ouve muitos conselhos deles. Eles falam para gente: ‘a Ana tá seguindo um caminho muito parecido com o do Luan, então faz isso, porque aqui a gente errou’. Ou ‘não faça isso’… a gente está começando, temos vontade de aprender, e vontade de fazer coisas novas no mercado. Então, está todo mundo ajudando a gente.”

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Sean Diddy Combs: relembre outras acusações e controvérsias que marcam trajetória do rapper

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Muito antes de ser preso em setembro deste ano, músico já colecionava denúncias, polêmicas e escândalos. Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York.
Lucas Jackson/Reuters
Ocorrida em 16 de setembro, a prisão de Sean Diddy Combs, também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, movimentou a indústria da música, levantou teorias nas redes sociais e fez explodir as buscas pelo nome do rapper na internet.
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, ele foi preso em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações. O rapper, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Muito antes disso tudo acontecer, no entanto, o músico já colecionava acusações e histórias controvérsias. Veja a seguir algumas delas.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Universidade de Nova York
Ainda sob o nome de Puff Daddy, o rapper foi um dos organizadores de um jogo de basquete caótico, ocorrido num ginásio da Universidade de Nova York, em dezembro de 1991. O evento terminou com 9 pessoas mortas e 29 feridas.
O caos aconteceu devido à quantidade de gente no espaço, que reuniu cerca de 5.000 pessoas, mas comportava somente 2.730.
Sem seguranças para controlar a multidão, o evento saiu de controle, e pessoas arrombaram as portas, causando um pisoteamento generalizado.
Foram abertos vários processos civis do caso. Em alguns deles, Combs atuou como testemunha contra o ginásio e, em outros, virou réu — sua defesa alegava que ele não era responsável pela segurança local.
‘Hate Me Now’
Dirigido por Hype Williams, o videoclipe “Hate Me Now” (1999) provocou uma briga entre Sean Combs e o executivo musical Steve Stoute.
Na versão original, havia uma cena em que o rapper aparecia crucificado. Incomodado, o músico exigiu que o trecho fosse cortado antes do clipe ir ao ar. A primeira versão que foi exibida ao público pela primeira vez, no entanto, foi a antiga.
Ao ter seu pedido ignorado, Sean se irritou e invadiu o escritório de Stoube. O executivo disse que o músico agrediu ele com uma garrafa de champanhe. “Ele me deu um soco no rosto, depois pegou o telefone e me bateu na cabeça com ele”, disse Stoube na época ao jornal americano “The Times”.
O caso foi parar na Justiça, e Sean chegou a ser detido, mas depois os dois fizeram um acordo, no qual o rapper pagou US$ 500 mil ao executivo.
Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Troca de tiros
Também em 1999, Sean foi acusado de posse ilícita de arma de fogo. Após se envolver em uma violenta briga no Club New York com troca de tiros, o músico foi encontrado pela polícia dentro de seu carro, onde havia duas pistolas.
Ele e a cantora Jennifer Lopez, que estava na ocasião e era sua namorada, foram detidos.
O músico, que sempre negou ter envolvimento com o tiroteio, foi absolvido.
Intimidação
Em 2003, o rapper foi processado por seu ex-colega de negócios Kirk Burrowes, que o acusou de intimidá-lo com um bastão de beisebol. Ele teria feito isso para forçá-lo a assinar documentos de transferência empresarial.
Sean negou. O caso foi a um tribunal de apelações três anos depois, mas foi rejeitado por expiração do prazo de prescrição.
Briga com treinador do filho
Em 2015, o artista foi detido após brigar com o treinador de futebol americano de seu filho, Justin Combs.
“Os vários relatos do incidente e as acusações sendo divulgadas são completamente imprecisos. O que podemos dizer agora é que qualquer ação tomada pelo Sr. Combs foi única e exclusivamente de natureza defensiva para se proteger e proteger seu filho”, afirmou um porta-voz do rapper ao site americano “TMZ” na época.
O caso gerou polêmica, mas não chegou a ir parar na Justiça.
Sean ‘Diddy’ Combs.
Jordan Strauss/Invision/AP
Primeiras alegações de abuso
Em 2019, a modelo Gina Huynh, ex-namorada de Sean, disse que ele havia abusado dela durante todo o relacionamento, que durou cinco anos. A declaração foi feita à youtuber Tasha K.
Com relatos fortes, ela afirmou que ele chegou a pisar na altura de seu estômago, o que “tirou o ar” de seus pulmões”. Também alegou que ele ofereceu dinheiro para ela fazer um aborto.
O rapper não comentou a acusação.
A relação com Cassie
A cantora Cassie, de “Me & U”, abriu um processo contra Sean em 2023. Ela o acusou de estupro, agressão e abuso físico.
Os dois se conheceram pela música e começaram a trabalhar juntos de 2005. Depois, engataram num namoro, que rompeu em 2018. Segundo a artista, o rapper sua posição de poder na indústria para levá-la a um “relacionamento romântico e sexual manipulador e coercitivo”.
Cassie afirmou que os crimes aconteceram por mais de uma década. Na ação, ela descreve que Sean “regularmente batia e chutava” seu corpo, “deixando olhos roxos, hematomas e sangue”.
Na época, ele negou as acusações. Em fevereiro deste ano, vazou um vídeo em que ele aparece agredindo Cassie. “Assumo total responsabilidade por minhas ações naquele vídeo. Fiquei enojado quando fiz isso. Estou enojado agora”, disse ele em um comunicado publicado nas redes sociais.
Várias ações civis de uma vez só
A acusação de Cassie serviu como pontapé para várias outras acusações contra o rapper. Denúncias de estupro e violência que, embora protocoladas no fim de 2023, mencionam mais de uma época.
Uma das ações movidas diz que Sean e outro homem forçaram uma mulher a fazer sexo com eles. Em outra, a vítima diz ter sido drogada e estuprada pelo rapper em 1991.
Uma terceira mulher afirmou que há mais de 30 anos havia sido estuprada junto de sua amiga, vítimas de Sean.
O músico negou as acusações.
Condenado a US$ 100 milhões
Em um dos casos que foram surgindo contra ele, Sean foi condenado a pagar US$ 100 milhões a um presidiário do Michigan que diz ter sido drogado e estuprado pelo rapper há mais de 30 anos. A condenação veio em setembro de 2024, dias antes de sua prisão.
Derrick Lee Smith, 51 anos, venceu a disputa judicial multimilionária à revelia no Tribunal do Condado de Lenawee durante uma audiência virtual na segunda-feira (9), após Combs, 54 anos, não comparecer.
Um advogado de Combs disse que o rapper vai pedir a anulação da sentença.
“Este homem [Smith] é um criminoso condenado e predador sexual, que foi sentenciado por 14 acusações de agressão sexual e sequestro nos últimos 26 anos,” disse o advogado Marc Agnifilo em nota, na época.

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De ‘Monstros: Irmãos Menendez’ a ‘Making a murderer’: Por que true crime faz tanto sucesso?

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‘Queremos saber o que é aquela coisa que nos faz surtar’, diz Javier Bardem em entrevista ao g1. Mais barato e ‘viciante’, gênero é queridinho de estúdios e público. Elenco de ‘Monstros: Irmãos Menendez’ fala sobre true crime
Desde que estreou, no dia 19, “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais” tem sido um bom exemplo do fascínio que o gênero de true crime exerce sobre o público.
Apesar do exagero do uso de dois pontos em um só título, a série foi a mais assistida na semana de seu lançamento na Netflix nos Estados Unidos – graças à sua versão estrelada por Javier Bardem (“Duna 2”) da história real de um dos assassinatos mais chocantes dos anos 1980.
“Por que gostamos tanto de assistir a coisas como essas?”, pergunta o ator, ganhador do Oscar por “Onde os fracos não têm vez” (2007). Ele mesmo responde.
“Queremos saber mais sobre nós mesmos. O que é aquela coisa que nos faz surtar. Como lidamos com nossos próprios medos e fantasmas e traumas e dor.”
Na série, o espanhol interpreta o pai de uma família rica e influente que foi assassinado, junto da mulher (Chloë Sevigny), pelos próprios filhos (Cooper Koch e Nicholas Alexander Chavez) em 1989.
O crime dominou o noticiário americano na época – pelo menos até o julgamento do ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson (1947-2024), suspeito de matar a ex-mulher.
Nicholas Alexander Chavez, Chloë Sevigny, Javier Bardem e Cooper Koch em cena de ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais’
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Não há para onde fugir
“True crime existe há muito tempo. As pessoas se fascinam com por que essas coisas acontecem, e por que as pessoas cometem esses crimes”, lembra Nathan Lane, que dá vida a um jornalista que cobriu o caso.
O ator é um bom exemplo do grande momento do true crime. Além de integrar o elenco da temporada de “American Crime Story” que cobriu o caso O.J. (série também criada por Ryan Murphy, assim como “Monstros”), ele esteve nos primeiros anos de “Only murders in the building”, comédia que parodia o gênero.
“Em toda plataforma de streaming que você liga há pelo menos três ou quatro desse tipo de programa. (Como um) Documentário de true crime sobre seja lá o que aconteceu em uma pequena cidade em Ohio. Mas, é, parece que está aqui para ficar.”
Ele liga o auge recente ao sucesso de “Making a murderer”, série documental que em 2015 conquistou espectadores ao redor do mundo, mas é possível ir até um pouco antes.
Em 2014, o podcast “Serial” virou fenômeno ao contar a história de um jovem condenado pelo assassinato da namorada, apesar de diversas dúvidas sobre sua culpa.
O sucesso foi tanto que, em 2020, o jornal “New York Times” comprou a produtora responsável por US$ 25 milhões. Dois anos depois, uma juíza anulou a condenação do rapaz, Adnan Syed.
Chloë Sevigny, Javier Bardem, Nicholas Alexander Chavez e Cooper Koch em cena de ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais’
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O mistério do mistério
Mas não é só a curiosidade pelo macabro que motiva o encanto pelo true crime. Um estudo de 2010 da Universidade de Illinois indica que mulheres são mais atraídas pelo gênero do que homens – interessadas por histórias que mostram como as vítimas (em especial, as femininas) fugiram e o que leva os assassinos a agirem dessa forma.
Há também nos mistérios um teor altamente viciante, que mantém o público engajado em uma época de séries “maratonáveis”. Até mesmo quando o criminoso já é conhecido, há o desafio de descobrir como, ou por que.
Além disso, produções do tipo tendem a ser consideravelmente mais baratas que as de outros gêneros – em especial, é claro, os documentários. E as produções ainda podem se basear nas investigações já realizadas nos julgamentos para economizar ainda mais.
Os estúdios ainda se aproveitam do interessado gerado por uma obra para lançar outra. Em 7 de outubro, a Netflix lança ainda o documentário “O Caso dos Irmãos Menendez”.
“Também é uma boa história. Te mantém viciado quando você está tentando descobrir algo e quer saber mais. Te mantém ligado, que é o porque, certamente, os estúdios sabem que as pessoas querem. Então, eles continuam fazendo”, fala Ari Graynor (“Lakers: Hora de vencer”).
Na série, ela interpreta a advogada de defesa que se encantou pelo mais novo dos irmãos acusados.
“É revelador das partes mais profundas da humanidade, sobre as quais temos a menor quantidade de entendimento.”
Nicholas Alexander Chavez, Ari Graynor e Cooper Koch em cena de ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais’
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‘Todos somos cúmplices’
Assim como a temporada anterior, que retratava os assassinatos de Jeffrey Dahmer (1960-1994), “Irmãos Menendez” tem sido alvo de críticas. Erik Menendez, por exemplo, reclamou da forma como sua história foi retratada.
“Eu achava que as mentiras e as representações tendenciosas que recriavam Lyle eram coisa do passado, que tinham criado uma caricatura de Lyle baseada em mentiras horríveis e descaradas e que agora voltam a abundar na série”, afirmou ele em redes sociais.
Atualmente, ele cumpre uma pena perpétua sem direito a liberdade condicional pela morte dos pais.
“É triste para mim saber que a representação desonesta da Netflix das tragédias que cercam nosso crime fez com que as dolorosas verdades retrocedessem vários passos no tempo, para uma época em que a promotoria construiu uma narrativa baseada em um sistema de crenças segundo o qual homens não eram abusados sexualmente e que homens experienciavam o trauma da violação de maneira diferente das mulheres.”
O elenco, claro, defende a obra, que mostra diferentes pontos de vista do episódio. Entre eles, a defesa dos acusados, de que sofriam abuso sexual do pai desde a infância.
“Eu na verdade queria que no final de ‘Monstros’ tivesse um ponto de interrogação, porque esse é meio que o objetivo. Estamos pedindo que o público seja o júri”, diz Koch (“They/them: O acampamento”), intérprete do mais novo.
“Acho que a série quer apresentar muitas realidades diferentes. Muitas perspectivas diferentes sobre os assassinatos, os eventos que levaram a eles e às repercussões que vieram depois”, afirma Chavez (“General Hospital”), que dá vida ao mais velho.
Sevigny (indicada ao Oscar por “Meninos não choram”) é mais categórica sobre quem são os verdadeiros “monstros” da série – e o papel dos fãs do gênero.
“Eu acho que os pais são monstros. Os garotos são monstros. Os garotos são vítimas. Os pais são vítimas. A mídia é um monstro. É como se todos nós fôssemos cúmplices, de certa forma.”
Nicholas Alexander Chavez e Cooper Koch em cena de ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos pais’
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Gavin Creel, ator de ‘Hair’ e ‘Alô, Dolly!’, morre dois meses após receber diagnóstico de câncer

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Além da Broadway, artista trabalhou em filmes e séries de TV como ‘Eloise no Plaza’, ‘As Enroladas Aventuras da Rapunzel’ e ‘American Horror Story’.
Gavin Creel apresenta ‘Hair’, na Broadway, em 2009
Peter Kramer/AP
O ator americano Gavin Creel morreu nesta segunda-feira (30), aos 48 anos. Sua morte acontece dois meses depois de ele receber o diagnóstico de um câncer raro no nervo periférico.
Creel estrelou musicais da Boradway como “Caminhos da Floresta”, “Hair”, “Alô, Dolly!”, além de peças da West End – a clássica rua dos teatros de Londres –, como “Mary Poppins” e “Waitress”.
Ele também trabalhou em filmes e séries de TV, atuando em produções como “Eloise no Plaza”, “O Natal de Eloise”, “As Enroladas Aventuras da Rapunzel” e “American Horror Story.”
Em 2002, ele recebeu sua primeira indicação ao prêmio Tony (o principal troféu do teatro), por “Positivamente Millie”. Oito anos depois, voltou a ser indicado, por “Hair”, e em 2017, levou o Tony de melhor ator coadjuvante, por “Alô, Dolly!”.
Gavin Creel ganha Tony por ‘Alô, Dolly!’, em 2017
Michael Zorn/Invision/AP
“O Tony foi como receber um abraço da comunidade que participo há 20 anos”, disse ele ao jornal americano “The San Francisco Chronicle”, em 2018. “Isso é bom. Eu literalmente não consigo fazer mais nada na minha vida e ainda sou vencedor do Tony. Nunca deixarei de fazer isso.”
Além de trabalhar nos palcos e em frente às câmeras, Creel também chegou a gravar música e apresentar concertos. Inclusive, em “She Loves Me”, ele estrelou o primeiro musical da Broadway transmitido ao vivo.

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