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Canais de funk são ‘tudo hétero’, diz MC Dricka sobre desejo de lançar músicas de sexo lésbico

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Atração do festival The Town afirma que deseja lançar canções sobre relações entre mulheres, mas não quer ser imposta a isso: ‘Primeiro, quero que as pessoas parem de preconceito’. MC Dricka
Divulgação
Quem desconhece MC Dricka e dá play em “Mega da Rainha”, seu álbum lançado na semana passada, pode pensar que as letras são inspiradas na vida sexual e afetiva da cantora. Afinal, são vários os artistas que usam experiências pessoais para compor sobre o tema. Mas não é o caso.
Presentes no disco, versos bastante diretos sobre sexo bem diretos como “vou te mamar pra tu gozar na minha cara” —cantados a partir de um eu lírico feminino— não traduzem bem a sexualidade da funkeira, que se define como lésbica.
Atração do festival The Town e um dos principais nomes do funk paulistano, a MC tem várias canções atreladas ao sexo heterossexual, mas somente uma à troca de prazer feminino.
A funkeira paulistana Mc Dricka
Divulgação/Wyss Brazil
Lançado em 2020, o trap “Beijo no Pescoço” tem uma letra repleta de dedadas vaginais, linguadas em vulva e “as mina na área”. Apesar de explícita, a música está nos shows de Dricka, que dispensam pudores.
Para a MC, a faixa não fisgou o público funkeiro, porque, na época de lançamento ela “já era conhecida por cantar putaria hétero”.
“Eu comecei a carreira cantando esse tipo de música”, afirma ela. “Lésbica é a Fernanda [nome oficial da artista]. A Dricka é um personagem.”
Da composição à divulgação
Apelidada de rainha dos fluxos, a cantora bombou em 2019, aos 20 anos, com “Empurra Empurra”. Desde então, lançou hits como “De 38 Carregado”, “E Nós Tem Um Charme Que é da Hora” e “Como Se Tá Maravilhosa”.
“Nada impede que eu faça músicas lésbicas, mas, primeiro, quero que as pessoas parem de preconceito. Elas falam: ‘você é sapatão, tem que cantar para mulher’. Os héteros falam: ‘se é sapatão, por que canta para homem?’. É muita pressão’.”
A cantora diz ainda que, mesmo se lançasse funks lésbicos em canais como o da produtora GR6, uma das maiores do gênero no país, provavelmente não arrancaria elogios do público. “Não teria nem comentário bom nem divulgação para quem é LGBT.”
“A gente quer fazer música ‘sapatão’, mas os canais de lançamento são tudo hétero.”
A solução, segundo a MC, é a criação de plataformas de distribuição musical voltadas a artistas LGBTQIA+.
“Acho que eu mesma vou montar”, diz ela, se propondo a elaborar dois canais no YouTube: um para videoclipes e outro para faixas em áudio. Repentina, a ideia é mencionada pela cantora sem grandes detalhes.
O visual caminhoneira
Se por um lado Dricka vai na mesma direção da maioria dos artistas do gênero, por outro, também vai na contramão. Em vez de reboladas sensuais, maquiagens carregadas e exibição de um corpo violão, comuns entre funkeiras de sucesso, ela adere a uma estética “despojadona”. Veste calças largas, blusões confortáveis e acessórios de ouro.
É um estilo próximo ao que ela chama de “caminhoneira” —apelido para lésbicas que adotam um visual atrelado ao masculino.
Dricka conta que, no começo da carreira, a aparência causou estranhamento em parte do público. “Mas graças a Deus, sempre tive mais gente me apoiando. Não é à toa que sou a rainha dos fluxos.”
O novo baile de Dricka
Com 12 faixas, “Mega da Rainha” marca o primeiro DVD da cantora, que reuniu nomes como MC L da Vinte, Gaab e DJ Deivão, num show cheio de referências aos bailes funk da capital paulista.
As imagens mostram guarda-chuvas erguidos ao ritmo das batidas, paredões luminosos e rodinhas de passinhos sincronizados.
Terceiro disco de Dricka, o álbum chega após “Rainha”, no qual a funkeira se debruçou num trap arrastado e lançou músicas como “Princesa”, “Poxa Vida” e “Me Chamou Para Dar Uma Volta na Marina”.
Veja vídeo da participação de MC Dricka no ‘Profissão Repórter’:
MC Dricka: ‘O funk é o herói da favela’

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Ex-Skank Henrique Portugal tenta se firmar como cantor, com parceria com Zélia Duncan, após EP com big band

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Capa do single ‘No meu paraíso’, de Henrique Portugal
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♫ ANÁLISE
♪ Em março de 2023, o Skank saiu de cena na cidade natal de Belo Horizonte (MG) com show apoteótico no estádio conhecido como Mineirão. Dois anos antes dessa derradeira apresentação do Skank, Henrique Portugal – tecladista do quarteto mineiro projetado no início dos anos 1990 – já lançou o primeiro single sem a banda, Razão pra te amar, em parceria com Leoni.
Desde então, o músico vem tentando se firmar como cantor em carreira solo com série de singles que, diferentemente do que foi anunciado em 2021, ainda não viraram um álbum ou mesmo EP solo.
Após sucessivas gravações individuais e duetos com nomes como Frejat e Marcos Valle, Henrique Portugal faz mais uma tentativa com a edição do inédito single No meu paraíso, programado para 18 de outubro. Trata-se da primeira parceria do artista com Zélia Duncan, conexão alinhavada por Leoni há mais de quatro anos.
“Já conhecia Zélia, mas a parceria foi incentivada pelo Leoni. Eu conversei com ela sobre alguns temas, mandei a música e Zélia me devolveu a letra em 15 minutos”, conta Henrique.
O single com registro da canção No meu paraíso sai quatro meses após o EP Henrique Portugal & Solar Big Band (2024), lançado em 7 de junho com o tecladista no posto de vocalista da big band nas abordagens de músicas de Beatles e Roberto Carlos, entre outros nomes.
A rigor, o single No meu paraíso e sobressai mais pelo som pop vintage dos teclados do músico do que pelo canto de Henrique Portugal.
“No meu paraíso / Te quero a princípio / Se nada é perfeito / Me arrisco e me ajeito / Quem dirá que é amor? / Qual olhar começou? / Nesse ‘não’ mora um ‘sim’? / O que eu sei mora em mim”, canta Henrique Portugal, dando voz aos versos da letra escrita por Zélia Duncan em 15 minutos.

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Juiz nega pedido de novo julgamento para armeira de ‘Rust’ condenada por morte de diretora de fotografia

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Hannah Gutierrez-Reed foi considerada culpada pela morte de Halyna Hutchins, atingida por um tiro disparado por uma arma segurada pelo ator Alec Baldwin, em outubro de 2021. Alec Baldwin chora após Justiça anular acusações de homicídio culposo
Um juiz do Novo México negou nesta segunda-feira (30) o pedido da armeira Hannah Gutierrez Reed do filme “Rust” para um novo julgamento e manteve sua condenação por homicídio culposo pela morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins em 2021. Gutierrez Reed vai permanecer sob custódia para cumprir o restante de sua sentença de 18 meses.
Hannah Gutierrez-Reed havia carregado o revólver com o qual Baldwin estava ensaiando, em outubro de 2021, durante a filmagem em um rancho do Novo México. Além da morte da diretora de fotografia, o incidente deixou o diretor Joel Souza ferido. A arma estava carregada com munição real e não cenográfica. Além de estrelar “Rust”, o Baldwin também era produtor do filme.
Em seu julgamento, os promotores argumentaram que Hannah violou repetidamente o protocolo de segurança e foi negligente. O advogado de defesa argumentou que ela era o bode expiatório pelas falhas de segurança da administração do set de filmagem e de outros membros da equipe.
Hannah Gutierrez-Reed, ex-armeira de ‘Rust’, comparece a julgamento em 27 de fevereiro pela morte de Halyna Hutchins
Luis Sánchez Saturno/Pool/AFP
Juíza anula acusação de Baldwin
No dia 12 de julho, o ator Alec Baldwin chorou após a Justiça dos Estados Unidos anular as acusações de homicídio culposo. A juíza entendeu que houve má conduta da polícia e dos promotores ao ocultar as provas da defesa.
À Justiça, os advogados do ator afirmaram que as autoridades “enterraram” evidências sobre a origem da bala que matou a diretora. Segundo a defesa, munições reais foram apreendidas como parte das evidências, mas não foram listadas no arquivo das investigações.
Vídeo com Alec Baldwin na gravação de ‘Rust’ é divulgado

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Linkin Park anuncia show extra em São Paulo após 1º esgotar em horas

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Grupo se apresenta no Allianz Parque nos dias 15 e 16 de novembro. Venda geral do novo show começa quinta-feira (3). Emily Armstrong é a nova cantora do Linkin Park
James Minchin III/Divulgação
A banda Linkin Park anunciou um novo show no Brasil, no dia 16 de novembro, após os ingressos da primeira apresentação que estava marcada se esgotarem em poucas horas nesta segunda-feira (30).
Os shows do grupo acontecem no Allianz Parque, em São Paulo. O outro vai ser realizado em 15 de novembro, mesma data de lançamento do álbum “From Zero”.
A venda geral da nova apresentação tem início nesta quinta (3), pela Ticketmaster. Os preços dos ingressos variam entre R$ 240 (cadeira superior, meia) e R$ 890 (pista premium, inteira).
A pré-venda para membros do fã-clube e clientes Santander começa nesta terça (1º).
Sete anos após a morte de Chester Bennington, o Linkin Park anunciou seu retorno com uma nova formação. O grupo agora conta com uma nova cantora, Emily Armstrong, e um novo baterista, Colin Brittain.
LEIA MAIS: Quem é Emily Armstrong
Filho de Chester Bennington diz que retorno da banda ‘apagou o legado’ de seu pai
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Linkin Park: ‘Numb’ e ‘In the end’ são favoritas dos fãs para recordar Chester Bennington

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