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Festas e Rodeios

Willian e Thiago: ‘Casamento é amor, cumplicidade e respeito; a diferença é que somos dois homens’

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‘Quando você enxerga que não é hétero e não quer ficar com uma mulher não é fácil. A única coisa que eu queria naquele momento era que a minha família me abraçasse’, conta Willian. Amor, respeito, cumplicidade: casais homoafetivos contam ao g1 sobre os seus amores
Um encontro improvável em uma festa com raros homens em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, mudou a vida de Willian e Thiago. Eles eram fãs da ex-BBB 14 Vanessa e deram lá o primeiro beijo. O casal conta que passou por apertos, como o desemprego, mas que um sempre ajudou o outro a se levantar e retomar a vida.
Na adolescência, a resistência inicial das famílias, ambas evangélicas, também não foi fácil. Agora, terminam uma mudança para uma casa na Zona Leste, onde foram criados, e planejam o casamento para 2022, quando completam 8 anos de namoro.
Leia os relatos abaixo:
Willian Alsan, 31 anos, analista de marketplace
“Quando a gente se conheceu foi uma conexão muito forte. A gente não conseguiu mais se largar. Foram 20 dias seguidos sem eu ir para a minha casa. Eu ia para casa só para buscar um pouco de roupa, dar notícia para a minha mãe e já voltava para a casa dele de novo. Foi bem intenso. Agora estamos juntos há oito anos.
No começo, a gente passou bastante aperto. Eu não trabalhava. Quem trabalhava era ele. A gente começou do zero. Nosso armário eram três caixotes. Isso faz parte da nossa história. A gente teve uma sintonia muito forte.
E a gente se conheceu em uma festa. Teve uma campeã do Big Brother, a Vanessa. E uma amiga me chamou. Era uma balada de meninas. Cheguei na balada, 300 mil mulheres e cinco homens no rolê. E ele era um dos cinco.
A gente não se viu no início porque eu cheguei bem cedo, por volta de 23h, meia-noite. Ele entrou depois das 2h. A gente se conheceu no finalzinho da balada. Ficamos e de lá não nos largamos mais.
Willian Alsan e Thiago Alsan vão completar 8 anos juntos em abril de 2022
Celso Tavares/g1
Em abril de 2022 nós completamos oito anos. Inicialmente íamos casar no ano passado, mas a pandemia veio, mudou os planos de todas as pessoas, inclusive os nossos. Ano que vem a gente vai oficializar com certeza. Queremos ter filhos, comprar casa, buscar os nossos direitos que foram muito difíceis de conquistar.
A gente não tem hábito de se beijar na frente das pessoas, de ficar se acariciando, é uma coisa do nosso relacionamento. Mas às vezes a gente quer andar de mãos dadas, passar a mão no rosto, quer se abraçar, coisas que qualquer casal normal faz. E infelizmente em determinados bairros a gente não consegue.
E lá no centro não. A gente era totalmente livre. As pessoas não estão preocupadas com a forma como você se veste, com o jeito que você fala, com quem você anda. Elas são livres. É uma das coisas que a gente vai sentir mais falta na Zona Leste, dessa liberdade de estar no nosso meio.
Infelizmente, dependendo das pessoas com quem a gente está ou do lugar, a gente precisa cortar as nossas asas. E isso é muito ruim porque por muitos anos a gente já se podou, já se escondeu. E hoje, aos 31 anos, eu quero ser livre mesmo.
Perceber que eu era gay não foi fácil. Eu era da igreja evangélica, cantava em uma igreja. Eu tinha 15 anos. Eu fiquei uma semana chorando e dizendo para Deus me levar. Por eu estar lá e ser filho de pastor, a situação foi bem difícil e eu não aceitei mesmo e achava que tinha uma doença.
Eu ia para a igreja e via as pessoas pedindo casa, carro, bens materiais. Eu pedia para Deus uma cura. Dos 15 aos 18 anos não foi fácil. Depois que eu entendi quem eu sou e a importância disso eu não sofri mais. Não foi fácil no início, mas valeu muito a pena porque formou o meu caráter, eu não me perdi, eu não me revoltei. Simplesmente olhei para dentro de mim e disse que sou eu. Foi difícil, mas hoje eu me sinto mais leve.
Quando você tem um filho, você cria uma expectativa sobre ele. É muito difícil, mas é mais difícil para quem está assumindo. Você cresce em uma sociedade que te impõe e que você é hétero e tem que ficar com uma mulher. E quando você enxerga que não é hétero e não quer ficar com uma mulher não é fácil.
A única coisa que eu queria naquele momento era que a minha família me abraçasse. Que eles olhassem para mim e falassem: ‘Vai dar tudo certo, vai ser difícil, a sociedade não é fácil, mas a gente está aqui’. Apoiem seus filhos. Não é questão de aceitar.
A questão é respeitar mesmo. O aceitar é difícil porque você idealiza uma coisa. Mas respeitar é muito fácil. Eu sempre falei para a minha família que eu não ia tirar o espaço de ninguém, mas eu também não queria que eles tirassem o mesmo espaço, que já era um espaço muito pequeno. Apoie, abrace, converse, diga que ama, que a pessoa não está só. E isso vai ser muito mais fácil.”
Lembranças do relacionamento de Willian e Thiago Alsan, como fotos e os ursinhos que simboliza a união deles
Celso Tavares/g1
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Thiago Alsan, 36 anos, autônomo
“Will foi uma das melhores conquistas da minha vida. Quando eu o conheci, ele estava desiludido, não queria mais saber de relacionamento porque já tinha sofrido. Mas foi amor à primeira vista.
Nos conhecemos em um dia, no outro dia ele veio pra minha casa e nunca mais foi embora. Ele só voltava para a casa dele para buscar as roupas. Passou um mês, ele veio morar comigo e [a gente] nunca mais se largou.
Nós cancelamos [o casamento] devido à pandemia, que acabou frustrando todos os nossos planos. A gente vai se casar em 2022. É o nosso objetivo. A gente vai casar porque a gente se ama, se respeita, preserva os nossos direitos. Foi muito difícil chegar até aqui. A gente quer constituir uma família, ter filhos e ficar junto a vida toda.
Fomos a uma festa. Eu sou um pouco mais romântico. Levei as alianças, paguei um mico e perguntei se ele queria casar comigo. Nós estamos bem ansiosos. Os preparativos estão acontecendo na medida do possível, mas não queremos uma festa muito grande. A gente quer só os nossos amigos mais íntimos e a nossa família, que são quem estiveram ao nosso lado desde o começo.
No início foi muito difícil porque eu trabalhava na Polícia Militar e namorava uma menina há quase cinco anos. Eu comecei a ir a algumas baladas, tinha curiosidade, mas eu não tinha coragem de ficar com meninos. Eu gostava muito do som.
Mas eu comecei a fazer amizade com homossexuais, e os meus vizinhos e alguns primos começaram a falar que eu era homossexual, que eu estava ficando com meninos. Mas eu não estava ainda.
E aí eu falei: quer saber? Eu já estou com a fama, eu não fiz nada, eu estou curioso, então eu vou testar para ver se é isso mesmo que eu gosto. Eu fiquei a primeira vez com menino, foi incrível a sensação e nunca mais quis saber de meninas.
Willian e Thiago Alsan moravam juntos no Centro de SP e se mudaram para a Zona Leste; eles já sentem as diferenças no tratamento ainda que na mesma cidade
Celso Tavares/g1
Minha família, além de ser de policiais, são de evangélicos. Então eu costumo dizer sempre que eu soube quem eu era, o que eu gostava. Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria me assumido muito antes. Dos 15 aos 19 eu não vivi o que queria viver. Eu vivi o que eles queriam que eu vivesse.
Eu seria muito mais feliz e também não teria feito infelizes meninas com quem eu fiquei se eu tivesse me aceitado e respeitado a minha orientação sexual e seguido o que eu sou realmente.
A vida é uma só e passa muito rápido. Independente da sua família, de qualquer pessoa, vá atrás dos seus sonhos, da sua felicidade, do que realmente você gosta. A vida é uma só. E se a gente for viver o que as pessoas querem que a gente viva, a gente nunca vai ser feliz. E hoje eu sou muito feliz graças a Deus.
É o mesmo amor, a cumplicidade, o respeito. A base de um relacionamento, seja homossexual, seja heterossexual, é o respeito. A diferença é que somos dois homens. O casal hétero tem um homem e uma mulher. A base do amor é a mesma. O que mais importa é o respeito.
Eu conheço vários relacionamentos heterossexuais em que o homem sai e deixa a mulher sozinha, trai. A gente é cúmplice. A gente está junto. Ele é o meu companheiro.
Um dos nossos maiores sonhos é ter ao menos um filho. A gente quer ter um filho pretinho e, se futuramente tivermos condições, serão três filhos. Um de cada e um adotado. Esse é o nosso sonho.
As pessoas precisam saber que não estão sozinhas e que existem outras pessoas iguais a elas. O importante é ser feliz. Independente de ser gay, lésbica, bissexual etc. O importante é saber que não está sozinho no mundo e que há outros iguais a você.”

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Iza faz ‘chá de bebê’ animado com Ivete Sangalo no palco do Rock in Rio

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Cantora, que está grávida de 8 meses, se apresentou no Palco Sunset nesta sexta-feira (20). Iza canta ‘Meu Talismã’ com Ivete Sangalo no Rock in Rio
Existia uma expectativa dos fãs para que Iza trouxesse para seu show no Rock in Rio 2024, nesta sexta-feira (20), um pouco mais de seu último trabalho, “Afrohit”.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
O álbum saiu em agosto de 2023 e, mesmo tendo feito show no The Town, em São Paulo, muito pouco foi mostrado dele. Não houve uma grande turnê, como era esperado, e a cantora, agora, está prestes a dar as boas-vindas a sua primeira filha, Nala.
E se no festival na capital paulista o disco ficou quase de fora, para o Rock in Rio, ela incluiu mais algumas músicas do álbum em um bom mix com singles e faixas seu primeiro disco, “Dona de mim”.
Para o espetáculo, com troca de figurinos e projeções belíssimas no telão, ela ainda contou com Ivete Sangalo, só para arrebatar de vez os fãs.
Ivete Sangalo participa de show de Iza no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
A plateia saiu correndo do show da Karol G direto para o Palco Sunset. Ainda rolou um atraso, tempo suficiente para todo mundo se acomodar.
Um nascer do sol brilhou no telão ao fundo. Iza surgiu com uma capa e um vestido com um corselet imitando uma armadura prateada.
A abertura foi com a música “Fé”, que logo de cara arrancou um lindo momento com a plateia, que celebrava a entrada da cantora.
Ela segue com seu grande sucesso, “Dona de mim”. As projeções de raios e tempestades deram um clima ainda mais poderoso para a cena.
Iza canta ‘Dona de Mim’ em show no Rock in Rio
Veio então a primeira do trabalho mais recente, “Uma vida é pouco pra te amar”.
“Eu nunca imaginei ter um chá de bebê assim. Hoje eu completo 8 meses e três semanas”, disse para a plateia. “Em 2022, eu trouxe minha mãe e agora a mãe sou eu. Minha barriga está uma bola de boliche, mas tá tudo bem, né Rock in Rio?”
Veio a primeira troca de figurino, com um top de paetês e o barrigão à mostra. “Mó paz” foi a música que ela engatou.
Ivete Sangalo surpreende Iza com jaqueta em homenagem à Nala
O show tem uma cadência mais suave, com uma ou outro passinho feitos com bailarinos. Isso só deixa o clima mais gostosinho do show.
Ela convidou, então, Ivete Sangalo para o palco, que apareceu com uma jaqueta jeans e o nome de Nala estampado nas costas. “É só para ela lembrar que a tia aqui já ama muito ela”, disse Ivete. Juntas, cantaram “Meu talismã”.
Ivete Sangalo participa de show de Iza no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
Houve também espaço para uma parte só com covers, em que ela selecionou faixas de artistas que considera importantes para ela.
Rolou um meddley de “Ready or not”, dos Fugees, “Here comes the hotstepper”, de Ini Kamoze, “Come together”, dos Beatles, e “Respect”, da Aretha Franklin.
E ainda lembrou Lauryn Hill, com uma versão completa de “Doo wop”, e “Say my name”, de Destiny’s Child, grupo de Beyoncé, constantemente homenageada em suas apresentações.
Iza canta ‘Doo Wop’ de Lauryn Hill no Rock in Rio
Iza retomou o repertório com outra faixa de “Afrohit”, “Fé nas malucas”. O set ainda teve “Ginga”, “Gueto”, “Mega da virada”, também da nova safra.
“Brisa” levou a outro momento bom do público que dançava de um lado para o outro, na levada do som.
A turma que estava se movimentando para ir ao Palco Mundo segurou o passo para ouvir o finalzinho com “Pesadão”. Agora, Nala, pode chegar que está todo mundo esperando.

Iza se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1

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Setlist de Katy Perry no Rock in Rio: o que se sabe sobre o último ‘show desse tipo’ da cantora

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Veja o que a headliner desta sexta-feira (20) pode tocar em sua apresentação no festival. Katy Perry: ‘Nunca mais farei esse tipo de show’
Katy Perry fará um show especial para o Rock in Rio, nesta sexta-feira (20). Veja abaixo o que se sabe sobre a apresentação. A cantora sobe ao Palco Mundo no mesmo dia em que lança seu sexto álbum, “143”.
“Nunca mais farei esse tipo de show novamente. Será apenas para o Brasil e para meus fãs brasileiros. É como uma forma de retribuir todo o amor e momentos em que eles estiveram lá por mim”, disse ela ao g1, em entrevista gravada no estúdio musical do reality “Estrela da Casa”, da TV Globo.
O Rock in Rio será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Na entrevista, Katy explica como a apresentação no Rock in Rio representa uma nova era de seu trabalho. O show acontece em meio a uma crise da cantora — em termos artísticos, de sucesso e de reputação — e deve reunir diferentes fases de sua carreira, de seu primeiro disco (“One of the Boys”) ao último (“143”).
A cantora fala ainda sobre como ela quer ser vista pela geração Z (os nascidos entre 1995 e 2010), como lida com a acirrada competição na era do streaming e os desafios para tentar se manter no topo. Também comenta sobre suas performances sensuais e seu hit “I Kissed a Girl”, canção que hoje ela enxerga como estereotipada.
Katy Perry comenta desafios para se manter no topo
Leia a seguir a entrevista completa.
g1- Katy, você foi a primeira popstar de quem me tornei fã, músicas como “I Kissed a Girl” e “Hot N Cold’ marcaram parte da minha vida. Só que não são todos os jovens da geração Z que conhecem suas canções. Então, como é para você alcançar esses jovens e como acha que eles te veem?
Katy Perry – Bem, alguns deles conhecem as músicas, mas não sabem quem as canta, especialmente porque eu não estive em turnê [nos últimos anos] devido à Covid e por causa da minha filha. Faz seis anos desde que estive aqui, no Brasil. É muito tempo, sabe? Você podia ter 10 anos naquela época e, agora, 16. É um clima completamente diferente porque, a essa altura, você já é praticamente um jovem adulto.
“Então, eu estou aqui e vou fazer o meu favorito, maior e mais personalizado show para o Brasil. Nunca mais farei esse tipo de show novamente. Será apenas para o Brasil e para meus fãs brasileiros.”
É uma forma de retribuir todo o amor e momentos em que eles estiveram lá por mim. Eles literalmente estiveram comigo por toda a minha vida. Então, é para isso que estou aqui. E acho que, sabe, haverá novos fãs ao longo do caminho, talvez alguém que conheça, um amigo, me apresente a eles e, assim, eles vejam do que se trata. Então, também se conectarão com as músicas com quem eu sou.
Mas, sim, hoje em dia há muito mais opções, muito mais coisas para absorver e muito mais demanda pela atenção de todos. Então, estou fazendo isso em grande estilo, e acho que ninguém vai esquecer essa performance.
g1 – Recentemente, você disse que o “143” é o álbum dance que você sempre quis fazer. Em termos musicais, qual é a maior diferença entre o pop do “143” e o pop de seus outros álbuns?
Katy Perry – Acredito que, talvez, este seja um pouco mais… Ele te teletransporta para um espaço, tem muitos ritmos, e algumas músicas são mais simples. É para que você possa se perder ali, sair de si mesmo e voltar ao seu corpo, apenas sentir e ser a energia. Este álbum é simplesmente um disco cheio de luz, amor e alegria. Há ali uma energia feminina divina, com um toque de sensualidade e um pouco de narrativa sobre todo o amor que recebi após o nascimento da minha filha. Então, ele passa por tudo isso.
Talvez, no passado, a minha música tivesse uma narrativa mais profunda, algo que eu vou voltar a fazer e sempre farei, mas ‘143’ foi feito para ser algo experimental.
g1 – Você gosta de acompanhar as paradas musicais? Quando você lança uma música, fica ansiosa conferindo os números de streaming, olhando como está sendo a audiência nas plataformas?
Katy Perry – Eu acho que eu realmente entrava no jogo. Isso mudou depois que lancei o álbum “Witness”, que foi como uma limpeza do paladar para tudo, e foi meu desejo de evoluir como artista, fazer algo novo, mudar, tipo um extremo oposto, porque não queria continuar me repetindo, me repetindo, me repetindo. Acho que foi algo em que naturalmente evoluí naquele período, e foi um processo, às vezes instável, mas tem sido lindo. Tudo isso é lindo.
Para mim, sou apenas criativa, uma artista. Tenho dentro de mim essas ideias, músicas e mensagens que quero colocar para fora. Tenho outro álbum em mente há mais de cinco anos, que sei que está aqui, pronto para sair. Está tudo certo, está aqui, pronto para aterrissar, sabe? Está pronto. Este é apenas o meu processo. Se as pessoas o amarem, é incrível. Se não for para elas, há muito para ouvir e absorver hoje em dia, como disse, elas podem escolher o que quiserem.
g1 – Muitas pessoas criticam performances sensuais de cantoras pop, porque, a indústria musical sempre sexualizou as mulheres. E você faz performances sensuais. Alguma vez você já se sentiu pressionada para ser sexy no palco, ou então, pressionada a não ser sexy no palco?
Katy Perry – Não, eu sempre fiz isso por vontade própria e também para ser brincalhona com isso. Usar essa energia, feminilidade divina com a qual agora estou definitivamente conectada. Me sinto muito conectada, ancorada, uma mulher. Sinto como se estivesse passado por essa metamorfose. É quase como se eu tivesse me tornado uma mulher quando tive minha filha. Finalmente, entendi o que tudo significava e o poder que nós temos.
g1 – Em 2018, você disse que, se pudesse, reescreveria “I Kissed a Girl”, porque, ao longo dos anos, você começou a perceber alguns estereótipos nas letras. Como você se sente sobre isso hoje em dia?
Katy Perry – Acho que sempre vamos olhar para trás na história e ver… É tão necessário crescer. Coisas que aconteceram cinco anos atrás já mudaram. Dez, quinze anos atrás… Estamos todos em constante evolução, em uma jornada de crescimento constante. A diferença é que, como artista, minha jornada é feita sob os holofotes. Então, quando eu erro, ou não entendo algo, todos estão lá para ver, o que é ok, porque todo mundo passa por isso.
Sou grata por ter uma equipe incrível ao meu redor que pode falar comigo de forma franca e direta. Eu aprendo ao longo do caminho, e algumas coisas que fiz há dez anos, não faria hoje. Mas acho que isso vale para qualquer um que queira evoluir com a mente e o coração. Evoluir como ser humano.

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De Baby do Brasil a Iza… as grávidas que cantaram no Rock in Rio

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Ela sobe ao palco gestando Nala, sua filha com o jogador Yuri Lima. Em 1985, Rock in Rio teve Baby do Brasil (na época, Consuelo), que cantou com o barrigão à mostra. Iza e outras grávidas que passaram pelo Rock in Rio
Grávida de praticamente oito meses. É assim que Iza se apresenta no Rock in Rio nesta sexta (20), no palco Sunset.
A cantora leva ao festival um show que terá músicas do álbum “Afrodhit” — e sucessos de outros artistas, assim como fez no The Town (2023), quando homenageou Beyoncé e Kevin o Chris. Essa será sua quarta apresentação no Rock in Rio. E desta vez, ela sobe ao palco gestando Nala, sua filha com o jogador Yuri Lima.
Mas Iza não é a primeira cantora a se apresentar grávida no festival.
Kriptus Rá
Grávida, Baby do Brasil balança a barriga ao estilo Seu Boneco no Rock in Rio 1985
Reprodução / TV Globo
Logo em sua estreia, em 1985, o Rock in Rio teve um show com gravidez. Baby do Brasil — na época, Consuelo — cantou com o barrigão à mostra, ao lado do então marido Pepeu Gomes, pai do neném. O filho do casal, Kriptus Rá, estava no oitavo mês da gestão.
O show foi memorável — e muito disso graças à gravidez, que tornou o momento uma festa de homenagem aos papais, ao bebê e ao público.
Trinta anos depois, Baby e Pepeu voltaram ao Rock in Rio e fizeram uma referência ao passado. A cantora apareceu com uma barriga falsa, na qual escreveu “Jesus Forever”.
Marina e Helena
Ivete Sangalo canta e dança durante sua apresentação no Palco Mundo do Rock in Rio 2017
Alexandre Durão/G1
Em 2017, Ivete Sangalo revelou ao público que ela e o marido Daniel Cady seriam pais de não uma, mas duas meninas. Sua gravidez era de gêmeas, Marina e Helena.
“Se não bastasse uma mulher [em casa], agora vão ser três”, disse ela, que também brincou com o tamanho dos seios. “Não estão cabendo em lugar nenhum, só na mão do papai.”
Ivete disse ainda que pediu à figurinista para “brilhar tanto por fora quanto por dentro”.
Ela começou o show com um vestido largo, estampado com o nome de Marcelo, seu primeiro filho. Depois, apareceu com um macacão justo, já deixando à mostra a barriga.
“Eu poderia mudar meu nome para a alegria. Hoje eu estou cheia, literalmente, de alegria.”
Gravidez no palco é arriscado?
Iza canta com Melly e Rachel Reis no Prêmio da Música Brasileira 2024. A cantora venceu a categoria Melhor Intérprete de Música Urbana
Jorge/Divulgação
Atividades físicas podem ser feitas em qualquer momento da gravidez, e isso também vale para a realização de shows, explica ao g1 a ginecologista obstetra Carolina Dalboni.
“No show, temos o excesso de iluminação, de fios, o aumento da frequência cardíaca… Então, algumas adaptações são necessárias”, diz ela. “Aumentar bastante a hidratação durante a apresentação, evitar artefatos de palco que possam causar a queda da cantora, evitar movimentos de impacto e, se possível, ter um médico à disposição, assim como uma pausa durante as músicas.”
Embora seja possível fazer apresentações em qualquer momento da gestação, a especialista recomenda o segundo trimestre, já que esse é o período de menor risco de abortamento.
Ela também enfatiza que manter em dia o acompanhamento obstétrico da artista é essencial para garantir a segurança dela e do bebê.

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