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Festas e Rodeios

‘Tick, tick… Boom!’ é homenagem sincera entre criadores de clássicos musicais da Broadway; g1 já viu

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Lin-Manuel Miranda, de ‘Hamilton’, adapta obra autobiográfica de outro ícone dos palcos americanos com bela atuação de Andrew Garfield, mas não aprofunda temas mais universais. Como uma homenagem sincera de um dos principais criadores de musicais da Broadway nos últimos anos a uma de suas maiores inspirações, “Tick, tick… Boom!” é um filme bonito, sensível e angustiante sobre processo criativo, que tira mais uma grande atuação de Andrew Garfield (“Até o último homem”).
O resultado era de certa forma previsto, assim como seu status de provável indicado ao próximo Oscar. Afinal, além de se tratar da adaptação da obra autobiográfica de mesmo nome de Jonathan Larson (1960-1996), autor do aclamado “Rent”, esta é a estreia na direção de Lin-Manuel Miranda.
Aos 41 anos, o americano de família porto-riquenha traz a sensibilidade de quem se inspirou no compositor para construir a própria carreira e o peso de ser o responsável por “Hamilton”, o maior fenômeno pop dos palcos americanos da década.
Tamanha proximidade com a história retratada oferece um olhar muito pessoal e ajuda a conectar o público. No entanto, o mesmo carinho oferecido talvez explique a falta de interesse por temas e situações um pouco mais universais que enriqueceriam o enredo e os personagens.
O filme estreia nesta sexta-feira (19) na Netflix depois de um breve período nos cinemas.
Assista ao trailer de ‘Tick, tick… Boom!’
Musical à enésima
Explicar “Tick, tick… Boom!” pode ser complexo. O filme, um musical, adapta o musical autobiográfico escrito e interpretado por Larson sobre sua batalha criativa e pessoal para escrever e montar um outro musical.
Tudo isso ainda antes de ele finalmente lançar um outro musical, “Rent”, que influenciaria a Broadway até hoje.
Apesar de um desfecho trágico – Larson morreu aos 35 anos de um aneurisma da aorta na manhã de uma das primeiras apresentações da peça –, a trama foca em suas angústias na época em que era apenas um aspirante.
Prestes a completar 30 anos de idade, ele tenta equilibrar o namoro, amizades vulneráveis durante o crescimento da epidemia de Aids nos EUA, seus esforços para pagar as contas do pequeno apartamento em Nova York e as frustrações de não conseguir completar sua primeira obra.
Mais do que a identificação clara do diretor com o material, seu maior mérito é a construção da urgência que marca toda a trama – acompanhando assim o ritmo de bomba-relógio do próprio título.
Andrew Garfield e Alexandra Shipp em cena de ‘Tick, tick… Boom!’
Macall Polay/Netflix
Gênio humano
A inevitável referência um tanto exagerada oferecida pelo olhar do cineasta estreante encontra equilíbrio na atuação de Garfield.
O ator de 38 anos, que tem grandes chances de ganhar sua segunda indicação a um Oscar com uma atuação que oferece um pouco de doçura ao protagonista obcecado, preenche o reverenciado Larson com falhas humanas e mais relacionáveis ao público.
Quem também pode receber atenção da Academia é Robin de Jesús (“Os Rapazes da Banda”), que recebe poucos mas poderosos momentos como um ex-ator que “se vendeu” a uma carreira em escritório.
Robin de Jesús, Michaela Jaé Rodriguez e Ben Ross em cena de ‘Tick, tick… Boom!’
Macall Polay/Netflix
Melhor amigo do protagonista, ele serve quase exclusivamente para mostrar a tentação de uma vida careta – apesar do potencial por trás de suas próprias angústias.
Do lado feminino, o roteiro de Steven Levenson (“Querido Evan Hansen”) não sabe bem o que fazer com a namorada dançarina interpretada por Alexandra Shipp (“X-Men: Fênix Negra”).
Sem grandes momentos musicais, ela acaba ofuscada por Vanessa Hudgens (“A Princesa e a Plebeia”), que dá vida à atriz que a interpreta no musical dentro do musical. Com uma longa carreira como cantora, ela traz tanto carisma a sua interpretação que também parece quase um desperdício a um papel tão pequeno.
Vanessa Hudgens em cena de ‘Tick, tick… Boom!’
Macall Polay/Netflix
Um musical de músicas
Nada disso funcionaria sem o poder das canções escritas por Larson e produzidas para o filme por, entre outros, Alex Lacamoire, diretor musical de “Hamilton”.
As misturas entre rock e ritmos mais convencionais do gênero construídas pelo compositor formam uma lista que deve agradar até àqueles que não acompanham tanto musicais.
Já os mais aficionados podem se frustrar pela escassez de sequências de dança, outra parte fundamental do gênero, mas certamente vão se deliciar com o grande espetáculo na execução de “Sunday”, que reúne nomes de peso das mais variadas gerações da Broadway.
No fim, “Tick, tick… Boom!” consegue tudo a que se propõe. É uma homenagem tocante e sincera de um ícone a um ídolo. Um pouco deslumbrada às vezes, é verdade, e que se beneficiaria de um olhar um pouco mais universal. Mas com a sensibilidade de seu diretor e a doçura imperfeita de seu protagonista formam ainda assim um grande filme – um excelente musical.
Andrew Garfield em cena de ‘Tick, tick… Boom!’
Macall Polay/Netflix

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De Baby do Brasil a Iza… as grávidas que cantaram no Rock in Rio

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Ela sobe ao palco gestando Nala, sua filha com o jogador Yuri Lima. Em 1985, Rock in Rio teve Baby do Brasil (na época, Consuelo), que cantou com o barrigão à mostra. Iza e outras grávidas que passaram pelo Rock in Rio
Grávida de praticamente oito meses. É assim que Iza se apresenta no Rock in Rio nesta sexta (20), no palco Sunset.
A cantora leva ao festival um show que terá músicas do álbum “Afrodhit” — e sucessos de outros artistas, assim como fez no The Town (2023), quando homenageou Beyoncé e Kevin o Chris. Essa será sua quarta apresentação no Rock in Rio. E desta vez, ela sobe ao palco gestando Nala, sua filha com o jogador Yuri Lima.
Mas Iza não é a primeira cantora a se apresentar grávida no festival.
Kriptus Rá
Grávida, Baby do Brasil balança a barriga ao estilo Seu Boneco no Rock in Rio 1985
Reprodução / TV Globo
Logo em sua estreia, em 1985, o Rock in Rio teve um show com gravidez. Baby do Brasil — na época, Consuelo — cantou com o barrigão à mostra, ao lado do então marido Pepeu Gomes, pai do neném. O filho do casal, Kriptus Rá, estava no oitavo mês da gestão.
O show foi memorável — e muito disso graças à gravidez, que tornou o momento uma festa de homenagem aos papais, ao bebê e ao público.
Trinta anos depois, Baby e Pepeu voltaram ao Rock in Rio e fizeram uma referência ao passado. A cantora apareceu com uma barriga falsa, na qual escreveu “Jesus Forever”.
Marina e Helena
Ivete Sangalo canta e dança durante sua apresentação no Palco Mundo do Rock in Rio 2017
Alexandre Durão/G1
Em 2017, Ivete Sangalo revelou ao público que ela e o marido Daniel Cady seriam pais de não uma, mas duas meninas. Sua gravidez era de gêmeas, Marina e Helena.
“Se não bastasse uma mulher [em casa], agora vão ser três”, disse ela, que também brincou com o tamanho dos seios. “Não estão cabendo em lugar nenhum, só na mão do papai.”
Ivete disse ainda que pediu à figurinista para “brilhar tanto por fora quanto por dentro”.
Ela começou o show com um vestido largo, estampado com o nome de Marcelo, seu primeiro filho. Depois, apareceu com um macacão justo, já deixando à mostra a barriga.
“Eu poderia mudar meu nome para a alegria. Hoje eu estou cheia, literalmente, de alegria.”
Gravidez no palco é arriscado?
Iza canta com Melly e Rachel Reis no Prêmio da Música Brasileira 2024. A cantora venceu a categoria Melhor Intérprete de Música Urbana
Jorge/Divulgação
Atividades físicas podem ser feitas em qualquer momento da gravidez, e isso também vale para a realização de shows, explica ao g1 a ginecologista obstetra Carolina Dalboni.
“No show, temos o excesso de iluminação, de fios, o aumento da frequência cardíaca… Então, algumas adaptações são necessárias”, diz ela. “Aumentar bastante a hidratação durante a apresentação, evitar artefatos de palco que possam causar a queda da cantora, evitar movimentos de impacto e, se possível, ter um médico à disposição, assim como uma pausa durante as músicas.”
Embora seja possível fazer apresentações em qualquer momento da gestação, a especialista recomenda o segundo trimestre, já que esse é o período de menor risco de abortamento.
Ela também enfatiza que manter em dia o acompanhamento obstétrico da artista é essencial para garantir a segurança dela e do bebê.

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Quem é Sevdaliza, cantora do hit ‘Alibi’, que participou do show da Karol G com Pabllo Vittar

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Cantora criada na Holanda conta ao g1 como fez a música e fala sobre a influência brasileira na sua carreira. Sevdaliza conta como chegou ao hit ‘Alibi’, com Pabllo Vittar e Yseult
Sevdaliza é a responsável pelo hit “Alibi”, que reúne também Pabllo Vittar e a francesa Yseult. O trio subiu ao palco no show da Karol G, nesta sexta-feira (20), no Rock in Rio, para justamente apresentar o grande sucesso.
Em entrevista ao g1, ela falou sobre a produção da faixa, que levou mais de dois anos, e teve entre 40 e 50 versões. ASSISTA AO VÍDEO.
“Foi, de fato, um processo muito longo, porque comecei a criar a música no meu computador. E, enquanto trabalhava nela, senti que ela tinha uma energia especial”, diz.
As cantoras Yseult, Sevdaliza e Pabllo Vittar no clipe de ‘Alibi’
Reprodução/YouTube
“Em algum momento tive a ideia de convidar a Pabllo para participar. Não tinha certeza se ia terminar. Eu estava constantemente lutando para finalizá-la. Em alguns momentos no final, acho que apenas tomei uma decisão sobre os instrumentos finais, a maneira como a música foi arranjada, e então decidi: ‘ok, esta é a versão final’.”
“No total levou dois anos, e definitivamente teve mais de 40 a 50 versões.”
Ainda durante a conversa, ela falou sobre a sua relação com a língua portuguesa e com o Brasil. Segundo a cantora, sua carreira começou 15 anos atrás, em solo brasileiro.
“Estava fazendo trabalho voluntário com uma ONG na Rocinha e foi quando eu estava trabalhando aqui, que descobri que queria criar música”, diz.
“Foi por causa da cultura brasileira e da música, que estava presente por toda parte, nas ruas. Fiquei no Rio por quatro a cinco meses. Morei na Tijuca. Depois voltei para a Holanda e comecei a criar música”, conta.
“Esta é a primeira vez que visito o Rio desde aquele momento. Então, é como um momento de ciclo completo.”
Yseult, Sevdaliza e Pabllo Vittar participam do show de Karol G no Rock in Rio
Reprodução/Globo

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Karol G convida Pabllo e faz até chover para mostrar que reggaeton tem chance no Rock in Rio

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Colombiana chamou Pabllo Vittar, Sevdaliza e Yseult para 1ª performance ao vivo do hit ‘Alibi’. Em show mais simples do que de costume, ela levou ritmo latino pela 1ª vez ao Palco Mundo. Pabllo Vittar, Sevdaliza e Yseult cantam ‘Alibi’ no show de Karol G
Pela segunda vez no Brasil neste ano, Karol G levou ao Rock in Rio nesta sexta-feira (20) um show dedicado, com mimos ao público do país. Não foi como qualquer outra apresentação: ela está obstinada a conquistar os brasileiros.
“Esperei por essa noite horas, dias, semanas, meses. Sei que vocês vão fazer a grande noite da minha vida”, disse em inglês, logo depois de abrir o setlist com a dobradinha de “Bichotag” e “Oki Doki”.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Primeira artista de reggaeton a pisar no Palco Mundo, escalada para preparar o terreno para Katy Perry, a cantora seria a atração principal da noite se o festival acontecesse em qualquer outro país da América Latina.
Ela enfileira recordes e domina paradas no restante do continente, mas ainda pena para emplacar suas músicas no maior mercado da América do Sul, um país com baixa aderência a ritmos latinos.
Para tentar mudar esse quadro, Karol contou com a ajuda de uma amiga brasileira. No momento mais empolgante do show, convidou Pabllo Vittar para a primeira performance ao vivo de “Alibi”, com a cantora iraniana de pop experimental Sevdaliza e a francesa Yseult, que também apareceram.
Karol G se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Feita com base na referência de uma canção tradicional colombiana do início do século 20, a música se tornou um hit global improvável, e chegou a ser a 12ª mais ouvida do mundo no Spotify, em julho deste ano.
Pabllo já tinha cantado ao lado de Karol G em São Paulo, em maio de 2024, numa apresentação que reuniu cerca de 13 mil pessoas no Centro Esportivo Tietê, no Centro da capital. “São 13 mil pessoas aqui esta noite, mas eu acho que no futuro vão ser muito mais”, disse a colombiana na ocasião.
No Rock in Rio, com capacidade para 100 mil pessoas, ela mostrou uma estrutura bem mais simples, sem um tubarão gigante no palco, nem pulseirinhas de luzes coloridas na plateia.
Ainda assim, por cerca de uma hora e quinze minutos, segurou um público com olhos vidrados em seus movimentos, especialmente quando fez chover no palco para dançar sobre a água. Jatos também foram jogados no público.
‘Mañana Será Bonito’
Nascida em Medellín, Karol lançou seu álbum de estreia, “Unstoppable”, em 2017. Dois anos depois, viralizou com o hit “Tusa”, parceria com a rapper Nicki Minaj — cantada em coro por um público animado, logo no início do show no Rock in Rio.
Mas foi no quarto trabalho de estúdio, “Mañana Será Bonito” (2023), que a cantora mudou de patamar na carreira. O disco foi o primeiro em espanhol, feito por uma mulher, a chegar ao topo da parada americana e, em 2024, ganhou um Grammy de música urbana, inédito na carreira da artista.
Karol G recebe Yseult, Sevdaliza e Pabllo Vittar em show no Rock in Rio 2024
Reprodução/Globoplay
A turnê global do álbum foi a primeira de uma artista latina com a maior parte das apresentações acontecendo em estádios. Em 2023, Karol foi a campeã latina de bilheteria, ao arrecadar US$ 155,3 milhões em ingressos.
Ela encerrou a série de mais de 60 shows em julho, com um mega espetáculo para 65 mil pessoas em Madri, na Espanha. Transmitida ao vivo, a performance foi assistida por mais 1 milhão de pessoas on-line.
Em suas músicas, Karol mescla mensagens de empoderamento com letras de sofrência, como “Amargura”, que poderia muito bem ser um feminejo, mas é um reggaeton. Ela grita “papiiii” de um jeito angustiado antes do refrão, e todo mundo entende que dá para sofrer por amor em qualquer idioma.
No palco, a artista é acompanhada por dançarinos e uma banda formada só por mulheres. Ela canta sobre as bases pré-gravadas, que são comuns em shows de pop, onde é preciso coordenar música, performance e dança. Mas sua voz potente se sobressai, especialmente nas músicas mais lentas, como “Mi Ex Tenia Razon”, do “Mañana”.
Antes dessa, Karol celebrou as bandeiras de outros países da América Latina na plateia e segurou, ela mesma, uma bandeira do Brasil. A essa altura, já havia aparecido no setlist o remix do funk “Tá Ok”, uma versão gravada pela artista em parceria com o conterrâneo Maluma e os brasileiros Kevin O Chris e Dennis DJ.
Karol G se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Nas canções mais dançantes, como um remix do sucesso “Provenza”, movimentos de câmera criativos criaram imagens hipnotizantes de Karol e seus dançarinos no telão, embora o cenário escuro e a iluminação baixa tenham atrapalhado um pouco a visão.
No fim, com o megahit latino “Si Antes te Hubiera Conocido” (nem tão conhecido assim no Brasil), Karol chamou fãs para cantar no palco e fazer brincadeiras para a câmera do telão.
“Eu lembro que, uma vez, estava assistindo ao Rock in Rio pela TV e falei para mim mesma que gostaria muito de estar nesse palco e trazer o melhor de mim para minha galera no Brasil”, havia dito antes, dessa vez em bom português.
Ainda não dá para saber se o show no festival será o suficiente para fazer a carreira dela finalmente decolar no país, mas Karol deixou uma boa impressão. Mostrou que o reggaeton tem chance por aqui.
Yseult, Sevdaliza, Pabllo Vittar e Karol G antes de show no Rock in Rio 2024
Gabriel Renné/Divulgação

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