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Festas e Rodeios

Caetano Veloso refaz ‘Transa’ com Jards Macalé em show que uniu banda do disco de 1972 com músicos da turnê ‘Meu coco’

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Atraso de quatro horas e meia deixou gosto amargo em parte do público que teve que ir embora do ‘Doce maravilha’ sem ver a atração principal do último dia do festival carioca. Caetano Veloso revisita o repertório do álbum ‘Transa’ (1972) em show apresentado na madrugada de hoje no festival ‘Doce maravilha’
Alex Woloch / Divulgação ‘Doce maravilha’
♪ DOCE MARAVILHA – Eram precisamente meia-noite e 57 minutos da madrugada desta segunda-feira, 14 de agosto, quando Caetano Veloso apareceu no Palco Farm Mangolab do festival Doce maravilha.
Já tinham passado quatro horas e meia após o horário previsto, 20h30, para o início do inédito show em que o cantor revisitou o repertório do álbum Transa (1972) com Áureo de Souza (percussão), Jards Macalé (violão e guitarra) – diretor musical do disco – e Tutty Moreno (bateria), além de músicos da banda da corrente turnê Meu coco (2022 / 2023).
Àquela altura, por conta da chuva que gerou o atraso (e a mudança para um palco menor) do show mais esperado do segundo e último disco do festival orquestrado com curadoria de Nelson Motta, centenas de pessoas já tinham deixado a Marina da Glória com o gosto amargo de não poder esperar pela atração principal da derradeira noite do festival Doce maravilha.
Quem esperou viu show azeitado em que Caetano abordou o repertório de Transa em roteiro que abarcou músicas feitas antes ou (logo) depois do disco, caso de Araçá azul (1973), canção-título do álbum enjeitado que faz 50 anos em 2023.
Aberto com a música que abre Transa, You don’t know me (1972), o roteiro seguiu por músicas situadas por Caetano na “pré-história” do cultuado disco. No início somente com os músicos do show Meu coco, Caetano reverberou a risada de Irene (1969), canção que compôs na prisão.
“Transa não existiria se não tivéssemos passados pelos horrores que passamos”, contextualizou o artista, situando o álbum gravado em 1971 em Londres, Inglaterra, no exílio forçado do cantor.
Vestido com figurino que aludia às cores vermelho e preto da capa do disco lançado no Brasil em maio de 1972, o cantor reviveu Maria Bethânia (1971) com a vibração percussiva da banda de Meu coco, ruminou a triste solidão de Asa branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1947), voltou às paisagens melancólicas de London London (1970) e encheu The empty boat (1969) de significados políticos. “Fiz essa música no Brasil antes de ser preso e de sequer sonhar que seria exilado”, ressaltou o cantor.
Ao voltar para o repertório de Transa, o cantor emendou Triste Bahia (Caetano Veloso sobre poema barroco de Gregório de Mattos, 1972) – entoada com as devidas citações rítmicas de afoxé e do samba de roda do Recôncavo – com a experimental Neolithic man (1972), pretexto para o artista lembrar a ausência para sempre sentida de Gal Costa (1945 – 2022).
Caetano Veloso (à direita) veste figurino alusivo às cores da capa do álbum ‘Transa’, revisitado com Jards Macalé (ao violão) em show em festival
Felipe Gomes / Divulgação ‘Doce maravilha’
É que, no álbum de 1972, a cantora gravou vocais nesta música e em You don’t know me, número repetido por Caetano quando, após seguir os caminhos de It’s a long way (1972), o cantor chamou ao palco Macalé, Áureo e Tutty Moreno, músicos do disco também gravado com o toque do baixo de Moacyr Albuquerque (1945 – 2000).
A partir daí, o show foi feito com mais fidelidade ao conceito alardeado. E, como o som de Transa é um estado de espírito, coube perfeitamente o solo de Macalé em Mal secreto (Jards Macalé e Waly Salomão, 1971) com a citação da bossa carioca de Corcovado (Antonio Carlos Jobim, 1960).
Na sequência, Macalé e Caetano cantaram Sem samba não dá (2021), música do álbum Meu coco (2021) regravada por Macalé com Criolo no álbum Biscoito fino (2023).
E por falar em samba, nenhum número foi tão fiel ao espírito do disco quanto Mora na filosofia (Monsueto Menezes e Arnaldo Passos, 1955), samba revivido com Macalé ao violão, com inusitadas viradas rítmicas e com alternância de andamentos. Foi momento de banda que fez jus a um disco de banda.
No fim, com Macalé na guitarra, Caetano encerrou o show com Nine out of ten (1972), arrematando a apresentação no bis com Nostalgia (That’s what rock’n roll is all about) (1972), música que também fecha o álbum Transa.
Em que pesem todas as tensões da noite e os prejuízos de quem não pôde esperar pela apresentação, Caetano Veloso compensou o público que permaneceu na Marina da Glória com show coeso que, talvez, nunca mais se repita.
Caetano Veloso contextualiza o repertório essencialmente autoral que cantou em show inédito no festival ‘Doce maravilha’
Alex Woloch / Divulgação ‘Doce maravilha’

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Gaby Amarantos volta ao passado e canta em comunidade onde pais se conheceram em Belém: ‘muito orgulho de começar aqui’, diz

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Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus foi onde a paraense começou na música. Artista é destaque internacional, possui um Grammy Latino e já teve a música reconhecida como patrimônio cultural. Gaby Amarantos volta ao passado e canta em comunidade onde pais se conheceram em Belém
Reprodução/Redes Sociais
A cantora Gaby Amarantos compartilhou nas redes sociais neste domingo (29) um momento especial de “volta ao passado” durante visita a comunidade onde iniciou a carreira, no bairro do Jurunas, em Belém, no Pará.
A artista deu os primeiros passos rumo a fama quando participava do coral da Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus.
O local também carrega a história de amor dos pais de Gaby que se conheceram e começaram a namorar na escola que integra a igreja.
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O retorno contou com um show mega animado e com a participação de moradores e fãs da conterrânea paraense. A artista apresentou hits autorais que são sucesso e o público cantou junto.
“De volta as raízes, queria muito vir aqui e agradecer. Eu tenho muito orgulho de ter começado aqui nessa igreja, vivi grandes momentos da minha trajetória e poder voltar pra receber todo esse carinho faz tudo sempre valer a pena. Sou Jurunense com muito orgulho!”, disse em apresentação na Paróquia.
Veja um trecho da apresentação:
Gaby Amarantos volta ao passado e canta em comunidade onde pais se conheceram em Belém
Nas redes sociais, a cantora disse que o local é muito especial, pois foi onde realizou a primeira eucaristia e também foi batizada.
Gaby vem conquistando cada vez mais público e tendo seu trabalho reconhecido mundialmente. Em 2023, venceu o Grammy Latino de 2023 na categoria de ‘Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa.
E neste ano, teve sua obra reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará, aprovada pela Assembleia Legislativa do Pará
Viu isso?
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Sempre volta as raízes
No aniversário de 45 anos, celebrado em agosto de 2024, Gaby também comemorou na cidade onde nasceu com uma grande festa, na beira de um rio, em Belém.
“Xarque da Gaby” festa expõe looks icônicos e referência à flor tropical da Amazônia
Reprodução/Redes Sociais
Batizada de “Xarque da Gaby”, a festa contou com agito da aparelhagem Crocodilo, festa onde por muitos anos foi palco dos próprios shows da artista.
Além da participação de diversos artistas da cena musical do Norte do país, como comediantes, músicos, cantoras e influencers de Santarém, Manaus, Amapá e Belém.
Destaque do Pará
Uma das maiores representantes do tecnobrega, a cantora é considerada a percursora do ritmo e levou ao Brasil e ao mundo a música que mistura beats eletrônicos, riffs de guitarra e muita composição regional.
Durante toda sua carreira, Gaby Amarantos se tornou um dos maiores ícones fashions do país pela ousadia e inventividade de seus looks.
Exemplos que se tornaram símbolos dessa moda cabocla-futurista são as roupas de led, figurino de disco voador, adereço de cabeça que reproduz o rosto de Gaby, e o vestido de samaumeira usado por ela na cerimônia do Grammy Latino. Além disso, sua postura empoderada também sempre foi destaque.
Gaby Amarantos em look “Nave Mãe” para Festa da Vogue
Rodolfo Magalhães
A artista ficou conhecida nacionalmente após lançar a música “Hoje Eu Tô Solteira”, uma versão de “Single Ladies”, da cantora americana Beyoncé.
O sucesso da música rendeu à Gaby a alcunha de “Beyoncé do Pará”, e em 2012, ela lançou seu primeiro disco solo, “Treme”, com hits como “Ex Mai Love” e “Xirley”.
Gaby Amarantos vence Grammy Latino 2023
Reprodução/Redes Sociais
Como apresentadora, Gaby foi destaque na TV como técnica do programa The Voice Kids, na TV Globo e integrou o time de apresentadoras do Saia Justa, no canal GNT. Como atriz, recentemente atuou no elenco da novela “Além da Ilusão”, da TV Globo.
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MC Ryan SP posta vídeo e diz estar arrependido, após vazar foto em que funkeiro parece agredir ex

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Após dias fora das redes, funkeiro voltou ao Instagram e publicou um vídeo pedindo perdão à sua família. O funkeiro MC Ryan SP
Divulgação
O funkeiro MC Ryan SP publicou um vídeo na madrugada deste domingo (29) e disse estar arrependido, após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes em sua ex-namorada, a influenciadora Giovanna Roque.
Na postagem, Ryan pede perdão à Giovanna e diz que não foi leal à sua família e ao seu relacionamento.
“Nada nunca vai justificar meus erros”, disse o funkeiro no vídeo. A publicação já tem mais de 1 milhão de visualizações.
A foto viralizou nas redes sociais na última semana. Com a repercussão negativa, Giovanna Roque chegou a publicar um vídeo em seu Instagram em defesa do ex-namorado na última sexta-feira (27).
Na postagem, a influenciadora disse que o cantor estava sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. “O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou.
“Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura para o inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
A imagem também fez com que o cantor tivesse alguns de seus shows cancelados.
O funkeiro se apresentaria em uma casa de shows de Sorocaba, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (27), junto de MC Hariel e MC Paiva, na UZNA, com o show especial “Funk You”, uma homenagem ao MC Marcinho – um dos principais responsáveis pelo crescimento do funk no Brasil – e ao ritmo do funk melody.
O cantor também teve um show cancelado em Maringá (PR) no sábado (28). MC Ryan SP fazia parte do line-up do Maringá Folia.

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21 kg de penas e esquisitice: você precisa conhecer Pesto, o bebê pinguim gigante

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Com apenas 9 meses, ave de 90 centímetros conquistou a internet com o seu jeito atrapalhado. Bebê pinguim de 9 meses e 21 kg é o novo ídolo da internet
O bebê pinguim Pesto é a prova que faltava para mostrar que estamos atravessando uma onda de fofura animalesca.
Assim como Moo Deng, a pequenina hipopótamo pigmeu que deixou a internet caída às suas patas, Pesto ganhou uma legião de adoradores na internet.
Levantamento do Google aponta que, na última semana, a busca pelo termo “Pesto Pinguim” superou em mais de 100% a procura pelo termo “Pesto Pasta”; o popular molho da culinária italiana foi a inspiração o nome do animalzinho.
O que chama atenção dos cuidadores e dos fãs é o grande tamanho da ave que, mesmo tendo apenas 9 meses de idade, possui 21 quilos e 90 centímetros de altura.
Além disso, Pesto conserva uma plumagem exuberante, própria de pinguins recém-nascidos e que o faz se destacar rapidamente entre os demais.
🐧 Muitos reconhecem os pinguins adultos por suas penas pretas e brancas, já os pinguins-rei nascem com plumagem marrom. Assim que aprendem a nadar, eles iniciam a troca dessas penas em um processo conhecido como muda.
Em suma, Pesto é um bebezão com um andar atabalhoado, e um grande apetite por peixes. Segundo suas cuidadoras, o pinguim-rei come nada menos do que 25 peixes por dia.
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É possível tanta fofura? Conheça Moo Deng, a bebê hipopótamo que está conquistando as redes
Chá de revelação e aulas de mergulho
Mas todo esse sucesso não veio de imediato. A vida de celebridade digital começou no início de setembro, quando os cuidadores de Pesto fizeram uma chá de revelação de gênero. O animal está visível para o público do Sea Life Aquarium (Melbourne, Austrália) desde abril.
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Como não é possível aos humanos identificar o sexo dos pinguins ao olho nu, a identificação do gênero da pequena ave ocorreu com o auxílio de um teste sanguíneo.
O próximo grande passo para o pinguim é aprender a nadar, o que deve ocorrer muito em breve. Para isso, o bebê contará com o empurrãozinho dos pinguins mais velhos que o tutelam, Tango e Hudson.
Nesse momento, Pesto trocará sua plumagem marrom escuro para o preto e branco convencional — um rito de passagem para a vida adulta.
Assim como Pesto, a maioria dos 60 pinguins do Sea Life Aquarium possuem nomes relacionados a alimentos, como Pudim, Whopper e Lamingtons.
Pinguim Pesto, com 21kg aos 9 meses.
SEA LIFE Melbourne/Divulgação

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