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Festas e Rodeios

Álbum em que o trio Os Paralamas do Sucesso mostrou a cara do Brasil tem impacto analisado em ‘Livro do disco’

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Lançado em 1986, ‘Selvagem?’ é contextualizado de forma política e musical no 26º título da série, escrito pelo sociólogo e jornalista Mario Luis Grangeia. Capa do livro ‘O livro do disco – Os Paralamas do Sucesso – Selvagem?’
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Resenha de livro
Título: O livro do disco – Os Paralamas do Sucesso – Selvagem?
Autor: Mario Luis Grangeia
Editora: Cobogó
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Gilberto Gil foi lapidar quando sentenciou que o rock deu uma blitz na então hegemônica MPB. Com a abertura do mercado fonográfico brasileiro para grupos de rock, a partir de 1982, toda uma geração pop se impôs ao longo da década de 1980, sendo alçada ao topo das paradas.
Sempre antenado, Caetano Veloso captou os sinais no álbum Velô, de 1984. Gil, pela própria natureza também tropicalista, já vivia fase pop e se conectou com Os Paralamas do Sucesso em duas das dez faixas do terceiro álbum do trio carioca, Selvagem?, lançado com impacto em 1986, ano de outros títulos emblemáticos da discografia do rock brasileiro – como Dois (segundo álbum da banda Legião Urbana) e Cabeça dinossauro (terceiro e definidor álbum do grupo Titãs).
Em Selvagem?, Gil fez vocais em Alagados – música em que Herbert Vianna, João Barone e Bi Ribeiro expuseram as agonias e fraturas sociais que ligam periferias de Rio de Janeiro, Bahia e Jamaica – e foi o parceiro letrista do trio em A novidade.
Álbum em que Os Paralamas do Sucesso começou a quebrar o muro erguido entre a MPB e o rock, com a banda incursionando pelo reggae e deixando de ser percebida como versão acariocada do grupo inglês The Police, Selvagem? é objeto de análise do 26º título da série O livro do disco, da editora Cobogó.
Autor do texto, o jornalista e sociólogo Mario Luis Grangeia situa o disco no contexto musical, social e político do Brasil de 1986 enquanto descortina os bastidores da criação e gravação do álbum em que o grupo carioca surfou no sucesso radiofônico da Melô do marinheiro (Bi Ribeiro e João Barone) – música mais leve de repertório pautado por temas densos como o do reggae Teerã (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone) – e trouxe para a praia do reggae Você, baladão soul de Tim Maia (1942 – 1998) que havia sido lançado por Eduardo Araújo em 1969, dois anos antes de ser projetado na gravação feita pelo autor em 1971.
Em texto escrito com clareza, sem procurar mostrar erudição, Granjeia mostra como a criação de Selvagem? – disco gestado após período de recesso forçado para o baterista João Barone se recuperar de acidente de carro em que quebrou a perna – fez o trio superar o que o próprio Barone já caracterizou como “depressão pós-parto” após o sucesso do segundo álbum dos Paralamas, O passo do Lui, lançado em 1984 com sucessos como Óculos e Meu erro, e após a precoce consagração do trio em janeiro de 1985 no palco do festival Rock in Rio.
Sem dar muitas voltas para chegar no disco, Granjeia revela detalhes da gênese das músicas, como a desconfiança inicial de Herbert Vianna em relação à pertinência de Alagados no álbum – resistência quebrada quando o compositor, vocalista e guitarrista do trio apresentou a música aos companheiros de banda. Entusiasmados com o que ouviram, Bi e Barone logo deram a Alagados a forma definitiva da música, o que os levou a serem creditados como parceiros de Herbert na composição.
Das 168 páginas do livro, saltam curiosidades como o fato de que alguns executivos da gravadora EMI-Odeon terem defendido que o primeiro single promocional do álbum Selvagem? fosse A dama e o vagabundo (Herbert Vianna e João Barone), canção eclipsada pela força de outras faixas.
De toda forma, a ideia foi vencida e a música que chegou às rádios foi Alagados, provocando impacto que mudou a história dos Paralamas do Sucesso e ajudou a redirecionar o curso do próprio rock brasileiro, a partir de então menos refratário a conexões com a MPB.
Disco que abordou temas como desigualdade social, racismo e violência policial, mostrando a verdadeira cara do Brasil, Selvagem? merecia mesmo um livro que documentasse a força atemporal do álbum de 1986.
Capa do álbum ‘Selvagem?’, da banda Os Paralamas do Sucesso
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MC Ryan SP posta vídeo e diz estar arrependido, após vazar foto em que funkeiro parece agredir ex

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Após dias fora das redes, funkeiro voltou ao Instagram e publicou um vídeo pedindo perdão à sua família. O funkeiro MC Ryan SP
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O funkeiro MC Ryan SP publicou um vídeo na madrugada deste domingo (29) e disse estar arrependido, após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes em sua ex-namorada, a influenciadora Giovanna Roque.
Na postagem, Ryan pede perdão à Giovanna e diz que não foi leal à sua família e ao seu relacionamento.
“Nada nunca vai justificar meus erros”, disse o funkeiro no vídeo. A publicação já tem mais de 1 milhão de visualizações.
A foto viralizou nas redes sociais na última semana. Com a repercussão negativa, Giovanna Roque chegou a publicar um vídeo em seu Instagram em defesa do ex-namorado na última sexta-feira (27).
Na postagem, a influenciadora disse que o cantor estava sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. “O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou.
“Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura para o inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
A imagem também fez com que o cantor tivesse alguns de seus shows cancelados.
O funkeiro se apresentaria em uma casa de shows de Sorocaba, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (27), junto de MC Hariel e MC Paiva, na UZNA, com o show especial “Funk You”, uma homenagem ao MC Marcinho – um dos principais responsáveis pelo crescimento do funk no Brasil – e ao ritmo do funk melody.
O cantor também teve um show cancelado em Maringá (PR) no sábado (28). MC Ryan SP fazia parte do line-up do Maringá Folia.

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21 kg de penas e esquisitice: você precisa conhecer Pesto, o bebê pinguim gigante

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Com apenas 9 meses, ave de 90 centímetros conquistou a internet com o seu jeito atrapalhado. Bebê pinguim de 9 meses e 21 kg é o novo ídolo da internet
O bebê pinguim Pesto é a prova que faltava para mostrar que estamos atravessando uma onda de fofura animalesca.
Assim como Moo Deng, a pequenina hipopótamo pigmeu que deixou a internet caída às suas patas, Pesto ganhou uma legião de adoradores na internet.
Levantamento do Google aponta que, na última semana, a busca pelo termo “Pesto Pinguim” superou em mais de 100% a procura pelo termo “Pesto Pasta”; o popular molho da culinária italiana foi a inspiração o nome do animalzinho.
O que chama atenção dos cuidadores e dos fãs é o grande tamanho da ave que, mesmo tendo apenas 9 meses de idade, possui 21 quilos e 90 centímetros de altura.
Além disso, Pesto conserva uma plumagem exuberante, própria de pinguins recém-nascidos e que o faz se destacar rapidamente entre os demais.
🐧 Muitos reconhecem os pinguins adultos por suas penas pretas e brancas, já os pinguins-rei nascem com plumagem marrom. Assim que aprendem a nadar, eles iniciam a troca dessas penas em um processo conhecido como muda.
Em suma, Pesto é um bebezão com um andar atabalhoado, e um grande apetite por peixes. Segundo suas cuidadoras, o pinguim-rei come nada menos do que 25 peixes por dia.
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É possível tanta fofura? Conheça Moo Deng, a bebê hipopótamo que está conquistando as redes
Chá de revelação e aulas de mergulho
Mas todo esse sucesso não veio de imediato. A vida de celebridade digital começou no início de setembro, quando os cuidadores de Pesto fizeram uma chá de revelação de gênero. O animal está visível para o público do Sea Life Aquarium (Melbourne, Austrália) desde abril.
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Como não é possível aos humanos identificar o sexo dos pinguins ao olho nu, a identificação do gênero da pequena ave ocorreu com o auxílio de um teste sanguíneo.
O próximo grande passo para o pinguim é aprender a nadar, o que deve ocorrer muito em breve. Para isso, o bebê contará com o empurrãozinho dos pinguins mais velhos que o tutelam, Tango e Hudson.
Nesse momento, Pesto trocará sua plumagem marrom escuro para o preto e branco convencional — um rito de passagem para a vida adulta.
Assim como Pesto, a maioria dos 60 pinguins do Sea Life Aquarium possuem nomes relacionados a alimentos, como Pudim, Whopper e Lamingtons.
Pinguim Pesto, com 21kg aos 9 meses.
SEA LIFE Melbourne/Divulgação

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Caetano Veloso e Maria Bethânia afagam o público paraense com canto de hit de Joelma em show em Belém

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“Eu vou tomar um tacacá / Dançar, curtir, ficar de boa / Pois quando chego no Pará / Me sinto bem, o tempo voa”
♫ COMENTÁRIO
♩ Ninguém imaginou que os versos de Voando pro Pará (Chrystian Lima, Isac Maraial, Nilk Oliveira e Valter Serraria, 2015) – música lançada pela cantora paraense Joelma há nove anos e revitalizada em 2023 – um dia fossem cantados por Caetano Veloso e Maria Bethânia. Juntos. No Pará.
Pois o improvável aconteceu na noite de ontem, 28 de setembro. Na passagem do show da turnê Caetano & Bethânia por Belém (PA), em apresentação no estádio popularmente conhecido como Mangueirão, os irmãos afagaram o público paraense com o canto de Voando pro Pará, música que exalta o estado do norte do Brasil.
Foi a primeira surpresa na estrada de um roteiro que, até então, tinha permanecido imutável desde a estreia nacional da turnê em 3 de agosto na cidade do Rio de Janeiro (RJ). E, verdade seja dita, a homenagem aos paraenses resultou simpática, vibrante, a julgar por vídeo postado no Instagram pelo perfil Caetano Veloso é foda.
Resta saber se os irmãos vão seguir com a tradição de homenagear públicos locais quando o show da turnê Caetano & Bethânia chegar em cidades como Recife (PE), Brasília (DF), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) – como fez Marisa Monte ao longo da turnê Portas (2022 / 2023) – ou se o canto de Voando pro Pará será somente um (oportuno) ponto fora da curva na rota da turnê.

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