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Festas e Rodeios

Groove de Robson Jorge e Lincoln Olivetti ecoa forte em disco com músicas e gravações inéditas dos magos do pop dos anos 1980

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‘Batebca’ e ‘Suspira’ se impõem com as obras-primas de ‘Déjà vu’, EP que sai em 1º de setembro com cinco faixas feitas entre 1982 e 1986. Capa de ‘Déjà vu’, disco póstumo de Robson Jorge e Lincoln Olivetti
Arte de Colletivo Design
Resenha de EP
Título: Déjà vu
Artistas: Robson Jorge & Lincoln Olivetti
Edição: Selva Discos
Cotação: ★ ★ ★ ★ 1/2
♪ Um disco com músicas inéditas compostas e gravadas pelo pianista, arranjador, produtor musical e compositor fluminense Lincoln Olivetti (17 de abril de 1954 – 13 de janeiro de 2015) com o guitarrista, tecladista, arranjador e compositor carioca Robson Jorge (23 de abril de 1954 – 19 de dezembro de 1992) – magos do boogie-disco-pop e do groove funkeado dos anos 1980 – é sonho de consumo dos fervorosos admiradores do álbum Lincoln Olivetti & Robson Jorge (1982), título referencial da discografia da black music brasileira.
Pois esse disco existe, se chama Déjá vu e chega ao mundo em 1º de setembro, em edição digital e em LP, pelo selo fonográfico Selva Discos, em edição distribuída via Rush Hour.
O LP virá com encarte de oito páginas com fotos inéditas e textos em português e inglês que dimensionam o legado de Lincoln Olivetti e Robson Jorge na música do Brasil desde que ele se conheceram no estúdio carioca da gravadora CBS, entre 1976 e 1977, por ocasião da gravação do primeiro álbum da cantora Claudia Telles (1957 – 2020).
Caracterizado como “miniálbum” por Augusto Oliviani, diretor artístico do selo, mas a rigor um EP, Déjà vu apresenta cinco músicas inéditas compostas pela dupla e gravadas – de forma parcial ou total – entre 1982 e 1986, período em que Lincoln e Robson varavam madrugadas enfurnados nos estúdios Guerenguê e Floresta, ambos montados na casa de Lincoln.
As músicas foram feitas para uma possível continuação do álbum de 1982. A sequência do disco nunca saiu do plano das ideias. Mas o material inédito ficou guardado até ser garimpado e encontrado por Mary Olivetti, filha de Lincoln e DJ, ao vasculhar o vasto acervo deixado pelo pai em fitas de rolo e em HDs.
Em 2019, Augusto Oliviani já tinha sido informado por Kassin da existência de músicas inéditas feitas pela dupla para esse pretendido volume 2 do álbum de 1982. Mas foi somente em 2022 que o garimpo de Mary Olivetti começou a gerar o que se tornaria o EP Déjà vu a partir do envio para Oliviani de duas músicas inéditas, Dance baby e You, gravadas (parcialmente) em meados dos anos 1980 e encontradas numa mesma fita.
Na sequência, Mary descobriu uma música intitulada Ótima do rolo 1, usada como música incidental do filme Menino do Rio (1982) durante 15 segundos,, mas nunca registrada em disco. Essa música foi renomeada como Sem essa, expressão usada cotidianamente por Lincoln e Robson.
Depois, a filha de Lincoln achou Suspira, faixa praticamente finalizada. Apresentada previamente em single editado em 28 de junho, Suspira – música de Lincoln Olivetti e Robson Jorge com letra de Guto Graça Mello e Naíla Skorpio – abre o EP Déjà vu e vale por si só todo o garimpo de Mary Olivetti e o cuidadoso trabalho de recuperação orquestrado pelo produtor musical Alexandre Kassin.
Com arranjos de metais orquestrados conforme as indicações escritas por Lincoln na época, Suspira ecoa com brilho o groove característico da dupla, remetendo também ao boogie feito por Marcos Valle naquela década de 1980. Lincoln toca piano, bateria e pilota os synths da faixa. Robson toca guitarra e piano, além de cantar.
Robson Jorge (à esquerda) e Lincoln Olivetti no estúdio da gravadora CBS, em 1977
Divulgação / Selva Discos
Por fim, o disco Déjà vu apresenta Batebca, tema encontrado em dezembro de 2022 em HD, já na forma final com que é apresentada no EP após a masterização do fonograma.
Faixa final do EP, apresentada sem acréscimos, Batbeca é a obra-prima de Déjà vu ao lado de Suspira. Trate-se de tema instrumental sem letra – mas vocalizado – que flagra Lincoln Olivetti (piano e synths) e Robson Jorge (guitarra) em estado de graça em gravação feita pela dupla com a adesão de Leo Gandelman no saxofone barítono.
O groove de batida funkeada vai ficando mais envolvente à medida que avança a gravação de cinco minutos e 47 segundos.
Dance baby e You também têm encantos, mas, se tivessem sido encontradas em estágio mais avançado de gravação, as duas faixas provavelmente surtiriam mais efeito no disco viabilizado com produção executiva de Oliviani e Mary Olivetti em associação com Robson Jorge Jr., filho de Robson Jorge.
Contudo, a pós-produção das faixas foi feita com extrema fidelidade ao universo musical dos dois magos do pop. Ambas têm os vocais de Robson Jorge.
Sem essa – música que tem metais orquestrados por Kassin e Marlon Sette de acordo com indicações do arranjo concebido por Lincoln com Robson, além de solo do saxofonista José Carlos Bigorna, músico presente na faixa Aleluia do antológico disco de 1982 – agrega valor documental e música ao EP Déjà vu, fazendo supor que, se tivessem lançado a sequência do álbum editado há 41 anos, Robson Jorge & Lincoln Olivetti provavelmente teriam apresentado outro clássico da discografia black nacional.
Cria dos bailes do subúrbio da cidade do Rio de Janeiro (RJ), onde já era líder de banda desde a adolescência vivida nos anos 1960, Lincoln se afinou instantaneamente com Robson Jorge, virtuoso multi-instrumentista diplomado na escola da soul music à moda brasileira.
Juntos profissionalmente de 1976 a 1992, ano da morte precoce de Robson, os músicos ajudaram a dar forma como produtores e/ou arranjadores, à boa parte da música produzida no Brasil naquela época, sobretudo nos anos 1980, década áurea da dupla.
O disco póstumo Déjà vu corrobora o entrosamento singular dos artistas no estúdio enquanto atesta para a posteridade a magia do som de Lincoln Olivetti e Robson Jorge.

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MC Ryan SP posta vídeo e diz estar arrependido, após vazar foto em que funkeiro parece agredir ex

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Após dias fora das redes, funkeiro voltou ao Instagram e publicou um vídeo pedindo perdão à sua família. O funkeiro MC Ryan SP
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O funkeiro MC Ryan SP publicou um vídeo na madrugada deste domingo (29) e disse estar arrependido, após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes em sua ex-namorada, a influenciadora Giovanna Roque.
Na postagem, Ryan pede perdão à Giovanna e diz que não foi leal à sua família e ao seu relacionamento.
“Nada nunca vai justificar meus erros”, disse o funkeiro no vídeo. A publicação já tem mais de 1 milhão de visualizações.
A foto viralizou nas redes sociais na última semana. Com a repercussão negativa, Giovanna Roque chegou a publicar um vídeo em seu Instagram em defesa do ex-namorado na última sexta-feira (27).
Na postagem, a influenciadora disse que o cantor estava sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. “O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou.
“Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura para o inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
A imagem também fez com que o cantor tivesse alguns de seus shows cancelados.
O funkeiro se apresentaria em uma casa de shows de Sorocaba, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (27), junto de MC Hariel e MC Paiva, na UZNA, com o show especial “Funk You”, uma homenagem ao MC Marcinho – um dos principais responsáveis pelo crescimento do funk no Brasil – e ao ritmo do funk melody.
O cantor também teve um show cancelado em Maringá (PR) no sábado (28). MC Ryan SP fazia parte do line-up do Maringá Folia.

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21 kg de penas e esquisitice: você precisa conhecer Pesto, o bebê pinguim gigante

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Com apenas 9 meses, ave de 90 centímetros conquistou a internet com o seu jeito atrapalhado. Bebê pinguim de 9 meses e 21 kg é o novo ídolo da internet
O bebê pinguim Pesto é a prova que faltava para mostrar que estamos atravessando uma onda de fofura animalesca.
Assim como Moo Deng, a pequenina hipopótamo pigmeu que deixou a internet caída às suas patas, Pesto ganhou uma legião de adoradores na internet.
Levantamento do Google aponta que, na última semana, a busca pelo termo “Pesto Pinguim” superou em mais de 100% a procura pelo termo “Pesto Pasta”; o popular molho da culinária italiana foi a inspiração o nome do animalzinho.
O que chama atenção dos cuidadores e dos fãs é o grande tamanho da ave que, mesmo tendo apenas 9 meses de idade, possui 21 quilos e 90 centímetros de altura.
Além disso, Pesto conserva uma plumagem exuberante, própria de pinguins recém-nascidos e que o faz se destacar rapidamente entre os demais.
🐧 Muitos reconhecem os pinguins adultos por suas penas pretas e brancas, já os pinguins-rei nascem com plumagem marrom. Assim que aprendem a nadar, eles iniciam a troca dessas penas em um processo conhecido como muda.
Em suma, Pesto é um bebezão com um andar atabalhoado, e um grande apetite por peixes. Segundo suas cuidadoras, o pinguim-rei come nada menos do que 25 peixes por dia.
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É possível tanta fofura? Conheça Moo Deng, a bebê hipopótamo que está conquistando as redes
Chá de revelação e aulas de mergulho
Mas todo esse sucesso não veio de imediato. A vida de celebridade digital começou no início de setembro, quando os cuidadores de Pesto fizeram uma chá de revelação de gênero. O animal está visível para o público do Sea Life Aquarium (Melbourne, Austrália) desde abril.
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Como não é possível aos humanos identificar o sexo dos pinguins ao olho nu, a identificação do gênero da pequena ave ocorreu com o auxílio de um teste sanguíneo.
O próximo grande passo para o pinguim é aprender a nadar, o que deve ocorrer muito em breve. Para isso, o bebê contará com o empurrãozinho dos pinguins mais velhos que o tutelam, Tango e Hudson.
Nesse momento, Pesto trocará sua plumagem marrom escuro para o preto e branco convencional — um rito de passagem para a vida adulta.
Assim como Pesto, a maioria dos 60 pinguins do Sea Life Aquarium possuem nomes relacionados a alimentos, como Pudim, Whopper e Lamingtons.
Pinguim Pesto, com 21kg aos 9 meses.
SEA LIFE Melbourne/Divulgação

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Caetano Veloso e Maria Bethânia afagam o público paraense com canto de hit de Joelma em show em Belém

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“Eu vou tomar um tacacá / Dançar, curtir, ficar de boa / Pois quando chego no Pará / Me sinto bem, o tempo voa”
♫ COMENTÁRIO
♩ Ninguém imaginou que os versos de Voando pro Pará (Chrystian Lima, Isac Maraial, Nilk Oliveira e Valter Serraria, 2015) – música lançada pela cantora paraense Joelma há nove anos e revitalizada em 2023 – um dia fossem cantados por Caetano Veloso e Maria Bethânia. Juntos. No Pará.
Pois o improvável aconteceu na noite de ontem, 28 de setembro. Na passagem do show da turnê Caetano & Bethânia por Belém (PA), em apresentação no estádio popularmente conhecido como Mangueirão, os irmãos afagaram o público paraense com o canto de Voando pro Pará, música que exalta o estado do norte do Brasil.
Foi a primeira surpresa na estrada de um roteiro que, até então, tinha permanecido imutável desde a estreia nacional da turnê em 3 de agosto na cidade do Rio de Janeiro (RJ). E, verdade seja dita, a homenagem aos paraenses resultou simpática, vibrante, a julgar por vídeo postado no Instagram pelo perfil Caetano Veloso é foda.
Resta saber se os irmãos vão seguir com a tradição de homenagear públicos locais quando o show da turnê Caetano & Bethânia chegar em cidades como Recife (PE), Brasília (DF), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) – como fez Marisa Monte ao longo da turnê Portas (2022 / 2023) – ou se o canto de Voando pro Pará será somente um (oportuno) ponto fora da curva na rota da turnê.

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