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Festas e Rodeios

Maratona ‘Tartarugas Ninja’: relembre versões diferentes de origens e os 7 filmes, do pior para o melhor

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G1 assiste aos 5 filmes com atores e às 2 animações dos heróis, que transitam entre tons mais leves ou sério e oferecem dinâmicas diferentes entre personagens. Por mais que gerações jovens talvez não estejam tão familiarizadas com os heróis de “As Tartarugas Ninja: Caos Mutante”, quem cresceu nos anos 1990 não conseguia evitar a relevância dos quatro irmãos cascudos dentro da cultura pop.
Tanto que, desde sua criação nos quadrinhos de Kevin Eastman e Peter Laird em 1984, o quarteto já foi adaptado para diversos desenhos animados, games e brinquedos.
Só nos cinemas, foram sete filmes – cinco com atores e duas animações. Então, é compreensível a confusão de fãs entre diferentes versões de histórias de origens, vilões mostrados e mudanças nas dinâmicas familiares.
Com a estreia de “Caos Mutante” nesta quinta-feira (31), o g1 reviu toda a obra cinematográfica dos tartarugas para ajudar admiradores e um novo público a entender todas as variantes da franquia ao longo dos anos – além de listar todos eles, do pior para o melhor.
Troca de cascos
Michelangelo, Donatello, Leonardo e Rafael em ‘As Tartarugas Ninja: Caos Mutante’
Divulgação
Se o tom dos filmes sempre sofreu de uma instabilidade crônica entre leveza adolescente e sobriedade sombria, a relação entre os protagonistas variou incrivelmente pouco.
Leonardo sempre foi o líder. Michelangelo, o alívio cômico. Donatello, o gênio. E Rafael, o turrão.
Mesmo com personalidades distintas e picuinhas fraternais, em especial entre Leonardo e Rafael, a base do quarteto sempre foi a união quase incondicional. Com atritos, sim, mas nada mais do que uma discussão ou outra.
A grande exceção nesse paradigma é “As Tartarugas Ninja: O Retorno” (2007). Na animação em (tosca) computação gráfica, Leonardo começa a trama isolado na selva incerto de seu papel.
Depois de voltar, ele ainda chega às vias de fato com o irmão mais esquentadinho. A dupla faz as pazes no final, mas uma briga tão séria dentro da equipe é única na série cinematográfica.
Rafael e Leonardo lutam em ‘As Tartarugas Ninja: O Retorno’
Divulgação
Diferentes origens
A mudança que mais deve confundir os fãs está nas versões apresentadas para o passado dos jovens. Todas as tramas envolvem a gosma chamada de Ooze (menos a dos filmes de 2014 e 2016, que mostravam as tartarugas e o rato Splinter com mutagênicos injetados).
A grande diferença está mesmo na origem das habilidades da figura paterna e, consequentemente, de seus filhos adotivos.
Na trilogia, Splinter era o rato de um guerreiro japonês e aprendeu artes marciais ao observá-lo (há até um belíssimo momento em que o boneco de um pequeno roedor dá golpes em uma gaiola).
Depois da mutação, ele iniciou as tartarugas no ninjutsu por medo do antigo rival de seu mestre – algo bem parecido ao que é contado nos quadrinhos.
Splinter descobre a arte milenar de ler livros em ‘As Tartarugas Ninja’ (2014)
Divulgação
Já nos filmes de 2014 e 2016, e na nova animação, o treinamento de Splinter é mais, bem, tosco.
Com medo dos humanos na superfície, e em uma tentativa de dar um pouco de distração para as crianças, o rato primeiro desenvolve suas habilidades a partir de um manual de artes marciais (???) ou filmes e depois passa adiante.
Uma versão reducionista que até pode funcionar para a linguagem mais infantil e simplista de um desenho animado, mas que dificilmente se traduz nos cinemas.
Destruidor e April
James Saito como o Destruidor em ‘As Tartarugas Ninja’ (1990) e April O’Neil de ‘As Tartarugas Ninja: Caos Mutante’ (2023)
Divulgação
Depois das tartarugas e de seu mestre/pai, é inegável que a jornalista e aliada April O’Neil e o vilão Destruidor são os personagens mais importantes e presentes na franquia. Mas, até por serem secundários, são alguns que passam por mais mudanças.
O nêmesis dos heróis aparece como um humano normal, rival do mestre de Splinter no primeiro filme, de 1990. Ele volta um pouco machucado em “As Tartarugas Ninja 2: O Segredo de Ooze” (1991), mas ainda é apenas um homem.
Isso até o final, quando, contaminado pela gosma mutagênica, vira um monstrengo gigante – sua armadura, por algum motivo, também se transforma. Ah, os anos 1990.
Kevin Nash como o Super Destruidor de ‘As Tartarugas Ninja 2: O Segredo do Ooze’
Divulgação
Depois de férias em “As Tartarugas Ninja 3” (1993) e em “O Retorno”, de 2007, o vilão foi reapresentado em toda a sua glória no recomeço de 2014. Com uma armadura robótica com lâminas parecidas a de um canivete suíço, careca e cheio de cicatrizes, a versão de Tohoru Masamune (“Eu nunca…”), então com 54 anos, não deve ter feito muito sucesso.
Tanto que, na continuação de dois anos depois, ele passou a ser interpretado por Brian Tee (“Velozes e furiosos: Desafio em Tóquio”), que na época tinha 39 anos. Sem armadura tecnológica, um corte de cabelo moderno e até barbicha, ele era quase a antítese da persona anterior.
Destruidor é o vilão de ‘As Tartarugas Ninja’
Divulgação/Paramount
A repórter April também passou por mutações parecidas (no sentido figurado), apesar de sempre manter seu status de crush platônico dos heróis. Depois de ser interpretada por Judith Hoag (“Nashville”), a personagem foi assumida por Paige Turco (“The 100”) nos dois filmes seguintes, mas a personalidade continuou a mesma.
Em “O Retorno” (2007), ela ganhou sua versão mais diferente. Na computação gráfica, ela não é mais uma jornalista, e na verdade vai até a América do Sul para encontrar uma estátua para um bilionário. A jovem também demonstra bom conhecimento de combate com espada e luta ao lado dos heróis no final.
Paige Turco em ‘As Tartarugas Ninja 2: O Segredo do Ooze’ (1991) e Megan Fox em ‘As Tartarugas Ninja’ (2014)
Divulgação
A April dos filmes de 2014 e 2016 é também a mais lamentável. Não tanto por culpa direta de Megan Fox (“Transformers”), mas pela sexualização constante da personagem – seja por enquadramentos toscos em seu corpo ou por comentários dos outros personagens (“estou sentindo meu casco mais apertado”, diz um, ao vê-la).
Em “Caos Mutante”, April passa por um rejuvenescimento intenso e aparece como uma colegial. Com desejo de se tornar uma jornalista, sim, mas ainda socialmente desconfortável – a ponto de não conseguir segurar o almoço na frente das câmeras.
Cena de ‘As Tartarugas Ninja: Caos Mutante’
Divulgação
Veja abaixo o ranking, do pior para o melhor:
7º – ‘As Tartarugas Ninja’ (2014)
Confira o trailer do filme ‘As Tartarugas Ninja’
O primeiro dos dois filmes produzidos por Michael Bay (“Transformers”) é histriônico e se leva muito mais a sério do que deveria – do jeito que o cineasta gosta. Além da sexualização bizarra de April, a armadura canivete suíço robótica do Destruidor é de longe a versão mais lamentável do grande vilão.
6º – ‘As Tartarugas Ninja: O Retorno’ (2007)
Cena de ‘As Tartarugas Ninja: O Retorno’
Divulgação
Com uma trama que seria uma adição decente à série animada, “O Retorno” sofre principalmente com sua computação gráfica datada e horrorosa de feia. O retrato dos heróis também não ajuda. Com lutas internas e grandes dilemas existenciais, os irmãos no filme perdem seu lado mais adolescente.
5º – ‘As Tartarugas Ninja’ (1990)
Cena de ‘As Tartarugas Ninja’ (1990)
Divulgação
Os piores filmes dos personagens têm em comum a tentativa de deixá-los mais sombrios (ironicamente, mais parecidos às suas origens, um tanto violentas, nos quadrinhos). Por mais que a trama do clã do Pé e seus recrutas infantis seja absurda e mais leve, falta à introdução dos heróis nos cinemas um pouco mais de cor. Mesmo assim, é absolutamente necessário reconhecer a realização técnica das roupas que recriam o quarteto em “carne e ossso”.
4º – ‘As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras’ (2016)
Assista ao trailer de ‘As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras’
“Fora das Sombras” supera o antecessor ao adotar maior leveza, um dos grandes motivos do sucesso dos tartarugas. Há ainda problemas com a April de Fox e com o clichê do gênero de super-heróis com feixes gigantes que abrem portais nos céus, mas a continuação se aproveita do design digno dado protagonistas – e ainda apresenta os capangas abobados Bebop e Rocksteady.
3º – ‘As Tartarugas Ninja 3’ (1993)
Cena de ‘As Tartarugas Ninja 3’
Divulgação
Muita gente odeia a conclusão da trilogia dos anos 1990, na qual os irmãos e April viajam no tempo até o Japão feudal. Não há vilões clássicos e as roupas dos tartarugas têm buracos impossíveis de ignorar na parte de baixo das máscaras. Por outro lado, o filme deixa os personagens mais à vontade sob o sol, abraçados por uma sociedade que não os vê como monstros. Tudo isso, e é difícil salientar o suficiente, no Japão feudal, com samurais e essas coisas.
2º – ‘As Tartarugas Ninja 2: O Segredo de Ooze’ (1991)
Cena de ‘As Tartarugas Ninja 2: O Segredo do Ooze’
Divulgação
O filme tem provavelmente as piores roupas de tartaruga de todos. Feito às pressas após o sucesso do primeiro, as divisas entre cabeças e pescoços dos heróis em “O Segredo de Ooze” são gritantes. São bizarras. São quase engraçadas. Tanto que a sequência entrega algumas das versões que mais marcaram os personagens ao longo dos anos – além da melhor piada de toda a franquia (“Está muito silencioso.” “Silencioso demais.” / “Está muito fácil.” “Fácil demais.” / “Ali está o Rafa.” “Rafa demais.” = ouro).
1º – ‘As Tartarugas Ninja: Caos Mutante’ (2023)
Assista ao trailer de ‘As Tartarugas Ninja: Caos Mutante’
A melhor obra dos heróis dos gibis nos cinemas é perfeita para apresentá-los a uma nova geração. Com o estilo inovador e o ritmo frenético inspirados pelo sucesso de “Homem-Aranha no Aranhaverso” (2018) e sua continuação, a história simples conquista um público mais jovem. Já os visuais belíssimos, em que cada quadro renderia um pôster na parede, empolgam até os fãs da trilogia dos anos 1990.

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Festival Global Citizen e Coldplay são confirmados para 2025 em Belém

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Festival foi confirmado por Helder Barbalho (MDB), e o show do Coldplay pelo ministro do turismo Celso Sabino, que disse que a banda se apresentará no estádio Mangueirão, o maior da capital paraense. Coldplay é confirmado em Belém.
Celso Tavares / G1
Belém deve receber em 2025 um show do Coldplay, ano que a cidade vai receber a 30ª Conferência das Partes (COP). A confirmação ocorreu neste final de semana em que o governador Helder Barbalho (MDB) está no festival beneficente Global Citizen, que, neste ano, ocorre em Nova York.
Segundo Helder, também em 2025, o próprio Global Citizen será realizado na capital paraense. O comunicado sobre o festival foi compartilhado pelo governador em seu perfil nas redes sociais.
“Ano que vem o festival será em Belém, destacando a nossa Amazônia para o mundo”, disse.
Também nas redes sociais, o ministro do turismo, Celso Sabino, afirmou que haverá show do Coldplay e que ele ocorrerá no estádio Mangueirão, o maior de Belém.
Ministro do turismo, Celso Sabino, confirma Coldplay em Belém e diz que show vai ocorrer no estádio Mangueirão.
Reprodução / Redes sociais
Largada para COP-30: show gratuito de Alok em Belém já tem data marcada e com direito a megaestrutura; confira
Governador Helder Barbalho e o DJ Alok, durante o festival Global Citizen. Alok fará um show gratuito em Belém, em novembro, marcando o início dos eventos da COP-30.
Reprodução/Redes sociais
Na noite desta sexta (27), o governador postou em suas redes sociais um vídeo no Central Park, onde ocorrem as apresentações, com a trilha de um dos hits do Coldplay.
“Escuta quem tá tocando aqui. Ano que vem será na Amazônia”, disse Helder Barbalho. No entanto, o governo do Pará não confirmou o show de Coldplay durante o festival em Nova York.
Em 2023, Helder também esteve presente no palco do evento, ao lado da secretária dos Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, e da ministra Sônia Guajajara.
Festival Amazônia para Sempre
Em uma cerimônia realizada no último sábado (21), durante o Rock In Rio, Roberta Medina anunciou a criação do Festival Amazônia Para Sempre, em Belém.
O festival será realizado em setembro de 2025, em parceria com o Rock In Rio e o The Town. Na ocasião, foi dito que o evento teria uma atração internacional, mas nenhum nome foi confirmado.
Rock in Rio anuncia ação em prol da Amazônia
Segundo a organização, a apresentação acontecerá em palco flutuante, em formato de vitória-régia, com cenografia e iluminação criadas para promover um encontro entre a música e a natureza.
De acordo com os organizadores, a festa será transmitida para todo o país, com um conteúdo especial que vai mostrar o espetáculo e a música local.
📲 Acesse o canal do g1 Pará no WhatsApp
Convite de Janja
Em visita ao Pará em junho de 2023, na presença do presidente Lula, a primeira-dama Janja da Silva usou as redes sociais para convidar a banda Coldplay para a COP. Até a publicação de Celso Sabino, nenhuma outra autoridade tinha confirmado a vinda da banda a Belém.
“Hi, Chris, tudo bem? Você lembra que a gente teve junto com o presidente Lula lá no Rio de Janeiro e você disse que se a COP-30 fosse confirmada no Brasil, iria estar conosco”, disse.
Lula se encontra com Chris Martin, vocalista do Coldplay
Twitter/Reprodução
Em agosto daquele mesmo ano, uma equipe do Global Citzen visitou o estádio Mangueirão, em Belém. No estádio, a equipe do Global Citzen conheceu várias áreas do Mangueirão.
VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará
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Uma justa medalha para Fausto Nilo, compositor octogenário da MPB que cimentou o chão da praça com poesia

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Parceiro de Moraes Moreira, Dominguinhos e Fagner em músicas pautadas por lírica geralmente festiva, letrista ganha homenagem da UBC em outubro. Fausto Nilo é o primeiro compositor laureado com a Medalha UBC pelo conjunto de obra que inclui os hits ‘Bloco do prazer’, ‘Pedras que cantam’ e ‘Zanzibar’
Reprodução / Facebook Fausto Nilo
♫ ANÁLISE
♪ Na terça-feira, 1º de outubro, Fausto Nilo será o primeiro compositor agraciado com a Medalha UBC – láurea concedida pela União Brasileira de Compositores – em cerimônia que acontecerá em Fortaleza (CE). No caso deste poeta e letrista cearense, a medalha celebra tanto o conjunto da obra do compositor quanto os 80 anos de Fausto Nilo Costa Júnior, artista nascido em 5 de abril de 1944 em Quixeramobim, município do interior do Ceará.
Embora ligado ao Pessoal do Ceará, coletivo que movimentou a cena cultural de Fortaleza (CE) no início dos anos 1970, Fausto Nilo iniciou a trajetória como letrista de música em Brasília (DF), a convite de Fagner, cantor e compositor cearense de quem se tornou parceiro em 1972 em conexão iniciada com a música Fim do mundo, lançada naquele mesmo em EP de Fagner.
Em parceria com Moraes Moreira (1947 – 2020), Fausto Nilo teve letras cantadas em todo o Brasil, com destaque para Bloco do prazer (1979), Chão da praça (1979), Coisa acesa (1982), Eu também quero beijar (1981, com Pepeu Gomes na coautoria), Pão e poesia (1981) e Santa fé (1985).
Fausto Nilo também escreveu versos para músicas de Armandinho (Zanzibar, 1981), Caio Silvio (Pequenino cão, sucesso de Simone em 1981), Dominguinhos (1941 – 2013), Geraldo Azevedo (Chorando e cantando, 1986, hit na voz de Elba Ramalho) e Robertinho de Recife (Flor da paisagem – música-título do álbum lançado por Amelinha em 1977 – e O elefante, sucesso de 1982).
Compositor que animou muitos Carnavais com a poética festiva de letras cantadas em todo o Brasil, Fausto Nilo sempre cimentou o chão da praça com lirismo.
Contudo, a alegria dos versos deste parceiro letrista de Dominguinhos em Pedras que cantam (1981) – sucesso na voz de Fagner – extrapolou a folia, ecoando em todas as épocas. Por isso, a Medalha UBC merece o peito de Fausto Nilo.

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90 anos de Brigitte Bardot: como a visita da atriz francesa ainda impulsiona o turismo em Búzios seis décadas depois

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A visita dela ocorreu em duas ocasiões diferentes, ambas no ano de 1964. Existe uma orla em seu nome e um estátua da francesa, que completa 90 anos neste sábado (28), no local. Brigitte Bardot vistou Búzios e deixou o balneário famoso
Divulgação / Prefeitura
Coincidência ou não, no mesmo ano em que Brigitte Bardot completa 90 anos, também completa 60 anos que ela visitou Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio.
A atriz francesa, que faz aniversário neste sábado (28), esteve em Búzios, que ainda era distrito de Cabo Frio, em duas situações e ambas no ano de 1964. Ela chegou pela primeira vez em janeiro daquele ano e ficou quatro meses na cidade.
De acordo com José Wilson Barbosa, empresário e pesquisador, Brigitte Bardot veio ao Brasil por estar muito estressada e desejar passar um tempo em um lugar mais calmo e tranquilo.
Ela desembarcou no Rio de Janeiro, mas se assustou com a quantidade de fotógrafos e jornalistas que a aguardavam. A atriz chegou a ameaçar voltar para Paris.
“Ela queria anonimato, ela queria descansar. Já que era muito perseguida por paparazzis nos Estados Unidos e na Europa. Ela faz um acordo com os jornalistas no Rio de Janeiro, vai para o Copacabana Palace, faz uma sessão de fotos, dá entrevistas e depois disso ganha liberdade no Rio de Janeiro. Ela pega um iate de um empresário, faz um passeio, volta para o Rio de Janeiro e no Rio, ela pega um furgão. Ela pega vários mantimentos e vai para Búzios”, diz o pesquisador.
Brigitte Bardot durante visita ao Rio de Janeiro em janeiro de 1964
Arquivo Nacional/Fundo Correio da Manhã
De acordo com o pesquisador, ela foi vista pela primeira vez em Búzios no dia 13 de janeiro de 1964 e ficou hospedada em Manguinhos.
“Durante sua permanência em Búzios, ela acabou criando uma situação inovadora na cidade, um fenômeno turístico. Naquela época só existia quatro estabelecimentos comerciais, não tinha nenhuma estrutura. Era uma aldeia de pescadores e a imprensa daquela época diz que Brigitte Bardot está em um paraíso secreto”, conta.
A secretária de turismo de Búzios, Patrícia Burlamaqui Chaves, fala que na época o então distrito era um local selvagem e pacato, sem comércio, hotelaria e gastronomia.
“Nesse período de quatro meses, que ela ficou aqui, ela passou realmente despercebida e pode estar no meio dos nativos vivendo de forma simples e despojada. Caminhando e visitando praias”, conta Patrícia.
Durante os meses em Búzios, a francesa tinha o hábito de passear em um fusca vermelho e caminhar pela praia de Manguinhos. Ela também esteve em bairros de Cabo Frio, como a Ogiva.
Brigitte Bardot durante visita ao Brasil em 1964
Estadão Conteúdo/Arquivo
Antigamente, como era uma pequena vila, era difícil o acesso a Búzios. O acesso ficou melhor com a construção da ponte Rio-Niterói, dez anos depois, em 1974. Após a visita da atriz, o local passou a ser mundialmente conhecido.
Brigitte Bardot foi embora da cidade em abril de 1964 e retornou em dezembro do mesmo ano. Ela ficou hospedada na casa de um amigo, que ficava na atual Rua das Pedras, mas a experiência que teve foi diferente da anterior.
“Ela nunca mais voltou a Búzios, até porque depois da permanência nela, ela se sentiu um midas. Assim como ela tirou Saint-Tropez do anonimato, ela fez o mesmo com Búzios e isso chateou muito ela. Porque Búzios mudou muito depois da permanência dela”, conta José.
A atriz chegou a ganhar o título de cidadã honorária e a Companhia Aldeão deu a ela um terreno em João Fernandes, mas ela nunca buscou nenhum dos dois.
Brigitte Bardot em 1963 e 2001
Jack Guez/AFP e Screen prod./Photononstop/AFP
Turismo impulsionado
Bastou duas visitas de Brigitte para que Búzios entrasse no circuito do turismo nacional e mundial.
José Wilson Barbosa conta que a presença dela fez surgir as primeiras pousadas da cidade, pois diversos jornalistas e fotógrafos foram descobrir onde era o paraíso secreto da francesa.
“A economia da cidade começou a gerar graças a presença da Brigitte Bardot, nesse período de quatro meses que esteve em Búzios”, conta.
Estátua de Brigitte Bardot é um dos principais pontos turísticos de Búzios
Tássia Thum/G1
A visita de Bardot foi tão importante para a cidade que em 1999, foi inaugurado a Orla Bardot e uma estatua da atriz foi colocada no local.
Atualmente, é um dos pontos mais visitados e diariamente diversas pessoas param para tirar foto com a estátua feita pela escultora Christina Motta.
Estátua é alvo das fotos de turistas e moradores.
Divulgação / Ascom Armação de Búzios
“Após as duas visitas de BB [Brigitte Bardot] a península, Búzios nunca mais foi a mesma. Os visitantes atraídos pelos relatos da época, vieram provenientes de vários países entre eles Argentina, Chile, França, Alemanha, Suíça, Espanha e tantos outros. Além de visitarem, se encantaram com e estilo de vida simples e ao mesmo tempo sofisticado dessa linda cidade que ainda então era bem rústica com suas casinhas de pescadores e com belas e selvagens praias”, explica Patrícia.
Ela diz que até hoje, seis décadas após a visita, o turismo ainda é impulsionado por Brigitte Bardot, devido a orla e a estátua em sua homenagem. “Esse fato sempre vai ter importância e relevância para o turismo”, concluí.
Bigitte Bardot
Sergio Quissak/Prefeitura de Búzios

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