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Festas e Rodeios

Crises de ansiedade são acolhidas em sala sensorial no The Town: ‘Muita gente é demais pra ela’, diz acompanhante de autista atendida

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Espaço foi colocado no Centro de Acessibilidade e ajuda autistas a diminuir ansiedade para conseguirem ver shows lotados. Festival inédito ocorreu sábado (2) e domingo (3) no Autódromo de Interlagos e acontece também nos dias 7, 9 e 10 de setembro. Sala de regulação sensorial no The Town
Paola Patriarca/g1
Foi com o objetivo de auxiliar pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) durante o festival The Town que uma equipe de uma clínica de terapia ocupacional montou uma sala de regulação sensorial em parceria com uma empresa de equipamentos sensoriais para funcionar todos os dias do evento, que começou no sábado (2) no Autódromo de Interlagos.
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Com ambiente climatizado, silencioso e bastante colorido, a sensação é de aconchego e de ambiente seguro quando se entra no local. Segundo a terapeuta ocupacional Sanged Portella, cada detalhe na sala foi pensado justamente para que ajude a diminuir a crise de ansiedade.
“Eu sou terapeuta há mais de 30 anos e sempre vem paciente falar que tem o sonho de participar de festival, mas que não conseguiria ficar até o final. O autista, pelo nível de ansiedade, acaba desregulando as funções sensoriais. Eles não conseguem voltar para o nível estável. Entram em crise de ansiedade, começam a andar de um lado para o outro e querem ir embora. Foi, então, que surgiu a oportunidade de estarmos aqui no The Town”, explica a terapeuta
“No sábado [dia 2], a gente teve uma jovem que ficou paralisada devido à ansiedade. E a sala é justamente para isso. É uma luz regulada, amarela, com equipamentos que promovem essa regulação sensorial, o que gente chama de sistema vestibular, que é o sistema de equilíbrio. Sabe quando a gente dá um abraço e sente aconchegado? Eles precisam de muito dessa sensação”, ressalta.
Sala ajuda pessoas Transtorno do Espectro Autista (TEA) no The Town
Cíntia Acayaba/g1
Ainda conforme a terapeuta, há cobertores pesados para ajudar na sensação de ‘ninho’ e almofadas espalhadas.
“Eles dão a sensação de ninho, segurança. E com esse conforto, diminui o nível de ansiedade e aí eles conseguem se controlar sensorialmente e aproveitar o show. Eles precisam participar de eventos assim, eles gostam”.
Luciana ainda conta que nos dois primeiros dias do festival, foram até a sala pessoas entre 12 e 30 anos. “Tem de todas as idades. Teve gente que voltou cinco vezes por conta das crises, mas conseguiu ficar até o final do show”.
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Almofada de guitarra desenvolvida exclusivamente para a sala sensorial do The Town
Cíntia Acayaba/g1
Enquanto a reportagem do g1 conhecia a sala, uma adolescente entrou acompanhada de uma parente em momento de crise de ansiedade. Em poucos minutos, ao se cobrir com cobertor e ficar no espaço, ela foi se acalmando. “Muita gente é demais pra ela”, disse a acompanhante.
“É um ambiente que gera ansiedade e as questões sensoriais ficam literalmente a flor da pele. Eles não gostam de fila, porque pensam ‘ o que vai acontecer comigo?’. Então isso gera um nível de ansiedade para eles que acaba entrando em crise mesmo. Esse espaço é um sonho da gente, de proporcionar que todos possam curtir eventos assim”, ressalta Luciana.
O Festival The Town também disponibilizou kits sensoriais com abafadores de ruído e óculos especiais, que ajudam a atenuar estímulos sensoriais excessivos.
Além de pessoas que buscam ajuda, os responsáveis pela sala identificam pessoas com autismo na fila pela postura e também pelos cordões de girassol, usados por autistas e outros neurodivergentes.
Detalhes de sala sensorial no The Town
Cíntia Acayaba/g1
Acessibilidade para cadeirantes
Ana Barbosa é cadeirante desde que nasceu
Paola Patriarca/g1
Cadeirante desde que nasceu, a jovem Ana Barbosa comemora que pôde sair sábado (2) de Vinhedo, interior de São Paulo, para ir até o festival The Town no Autódromo de Interlagos, Zona Sul de São Paulo.
Acompanhada do namorado Matheus Silva, Ana contou ao g1 que saber que teria um espaço com acessibilidade durante o festival foi o que motivou a comprar ingressos para aproveitar os shows do MC Hariel com MC Ryan SP e MC Cabelinho, além de Post Malone.
“É muito importante ter esse espaço para a gente aproveitar. A gente pode curtir igual todo mundo. Pela primeira vez estou vendo o palco assim, de um lugar alto, de frente, já que o espaço para nós está numa plataforma com altura boa. É muito bom isso, de verdade”.
“Viemos tranquilamente e vamos poder curtir muito. Estamos felizes por isso. Até chegarmos ao espaço foi tranquilo também para a cadeira de rodas”, complementou o namorado de Ana, Matheus Silva.
Ana Barbosa com o namorado Matheus Silva
Paola Patriarca/g1
O espaço acessibilidade vai poder ser encontrado perto de todos os palcos durante o festival. Sofia Spers, de 17 anos, também é cadeirante e foi com a tia, irmão e uma amiga para aproveitar o primeiro dia do The Town.
“Sou de Piracicaba e vim para ver para todos os shows. Não tenho um artista preferido hoje. Quero ver todo mundo e ter esse espaço é ótimo”, afirmou ao g1 enquanto aproveitava o show de MC Hariel com MC Ryan SP e MC Cabelinho.
Pedro Mamone, de 21 anos, é de São Paulo e sofreu uma queda faltando um mês para o The Town. Com um dos pés imobilizado devido a uma entorse, o jovem diz que só não deixou de ir ao evento porque soube que conseguiria ficar no espaço acessibilidade.
“Eu até achei que não ia conseguir vir, mas aí me informaram que com a cadeira de rodas poderia ter acesso às plataformas e, nossa, fiquei feliz demais. Comprei ingresso em abril e estava ansioso. Mesmo imobilizado, vai dar pra aproveitar”, contou.
Pedro Mamone
Paola Patriarca/g1
Próximo à entrada do festival foi instalado um Centro de Acessibilidade onde podem ser retirados, gratuitamente, propulsores elétricos para cadeiras de rodas, segundo divulgou a prefeitura.
Ainda conforme a prefeitura, para facilitar a comunicação, 10 duplas de intérpretes de libras estarão a postos e a “Paraoficina Móvel”, van adaptada que oferece serviços gratuitos de manutenção e reparos, estará posicionada ao lado do Centro de Acessibilidade.
Espaço acessibilidade perto do palco Skyline no The Town
Paola Patriarca/g1
Transporte
Como as vias serão interditadas para carros comuns, a prefeitura informou que vans acessíveis sairão do Shopping SP Market com destino ao Autódromo. Outros veículos ficarão à disposição durante o evento, conduzindo as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, ao lado de acompanhantes.
Além da plataforma elevada próxima aos palcos, o The Town disponibilizou um grande mapa tátil para as pessoas com deficiência visual, além de um espaço especial para as gestantes.
Quem é deficiente visual ou cego poderá retirar um kit de fones de ouvido para acompanhar a equipe de audiodescrição, que irá narrar as estruturas dos shows e as performances dos artistas.
Como chegar ao Autódromo de Interlagos?
O Autódromo de Interlagos fica na região sul da capital paulista, no bairro de Interlagos. Veja a seguir as opções para acessar ao evento.
Trem/metrô: A estação mais próxima é a Autódromo, da Linha 9 – Esmeralda, que fica a cerca de 700 metros da entrada do festival, ou seja, são aproximadamente 8 minutos de caminhada.
Expresso e semiexpresso: As linhas 8 e 9 terão um serviço especial de trens expresso e semiexpresso, com ida e volta para estações específicas em horários pré-determinados, com tempo de viagem reduzido. Os bilhetes custam de R$15 a R$40 e podem ser adquiridos antecipadamente no site da ViaMobilidade.
Táxi ou carros de aplicativo: O embarque e desembarque acontecerão em áreas sinalizadas, nas estações próximas ao festival. Algumas ruas, porém, estarão bloqueadas para automóveis.
PCDs: Pessoas com deficiência (PCDs) tem direito a um serviço especial de transporte operado pelo The Town. O trajeto sai do Shopping SP Market até o festival, onde terão catracas preferenciais.
O metrô vai funcionar 24 horas?
Todas as linhas do metrô e trem funcionarão 24 horas. A partir da meia-noite, a estação Autódromo estará aberta para embarque do público, e as demais funcionarão para desembarque.
Como vai funcionar o serviço de expresso e semiexpresso?
Expresso
Estações: Barueri (Linha 8) – Pinheiros (Linha 9) – Autódromo (Linha 9)
Tempo previsto até Interlagos: 48min de Barueri e 20min de Pinheiros
Partidas a cada 60min, das 12h às 20h
Semiexpresso
Estações: (Linha 8) Barueri – (L8) Carapicuíba – Osasco (Linhas 8 e 9) – Pinheiros (Linha 9) – Vila Olímpia (Linha 9) – Berrini (Linha 9) – Morumbi (Linha 9) – Santo Amaro (Linhas 9-5) – Autódromo (Linha 9)
Tempo previsto até Interlagos: 52min de Barueri e 23min de Pinheiros
Idas a cada 60min, das 11h30 às 19h30
Voltas a cada 60min, das 00h às 4h
Haverá estacionamento?
Haverá uma rede de estacionamentos integrados (próximos às estações) para ônibus fretados, vans e automóveis, cuja reserva antecipada de vagas poderá ser feita com antecedência, por meio da Coopark.
Que horas começa o festival?
Os portões do festival serão abertos às 14h. A entrada estará liberada até à meia-noite. As apresentações começam a partir das 15h.
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Festival Global Citizen e Coldplay são confirmados para 2025 em Belém

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Festival foi confirmado por Helder Barbalho (MDB), e o show do Coldplay pelo ministro do turismo Celso Sabino, que disse que a banda se apresentará no estádio Mangueirão, o maior da capital paraense. Coldplay é confirmado em Belém.
Celso Tavares / G1
Belém deve receber em 2025 um show do Coldplay, ano que a cidade vai receber a 30ª Conferência das Partes (COP). A confirmação ocorreu neste final de semana em que o governador Helder Barbalho (MDB) está no festival beneficente Global Citizen, que, neste ano, ocorre em Nova York.
Segundo Helder, também em 2025, o próprio Global Citizen será realizado na capital paraense. O comunicado sobre o festival foi compartilhado pelo governador em seu perfil nas redes sociais.
“Ano que vem o festival será em Belém, destacando a nossa Amazônia para o mundo”, disse.
Também nas redes sociais, o ministro do turismo, Celso Sabino, afirmou que haverá show do Coldplay e que ele ocorrerá no estádio Mangueirão, o maior de Belém.
Ministro do turismo, Celso Sabino, confirma Coldplay em Belém e diz que show vai ocorrer no estádio Mangueirão.
Reprodução / Redes sociais
Largada para COP-30: show gratuito de Alok em Belém já tem data marcada e com direito a megaestrutura; confira
Governador Helder Barbalho e o DJ Alok, durante o festival Global Citizen. Alok fará um show gratuito em Belém, em novembro, marcando o início dos eventos da COP-30.
Reprodução/Redes sociais
Na noite desta sexta (27), o governador postou em suas redes sociais um vídeo no Central Park, onde ocorrem as apresentações, com a trilha de um dos hits do Coldplay.
“Escuta quem tá tocando aqui. Ano que vem será na Amazônia”, disse Helder Barbalho. No entanto, o governo do Pará não confirmou o show de Coldplay durante o festival em Nova York.
Em 2023, Helder também esteve presente no palco do evento, ao lado da secretária dos Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, e da ministra Sônia Guajajara.
Festival Amazônia para Sempre
Em uma cerimônia realizada no último sábado (21), durante o Rock In Rio, Roberta Medina anunciou a criação do Festival Amazônia Para Sempre, em Belém.
O festival será realizado em setembro de 2025, em parceria com o Rock In Rio e o The Town. Na ocasião, foi dito que o evento teria uma atração internacional, mas nenhum nome foi confirmado.
Rock in Rio anuncia ação em prol da Amazônia
Segundo a organização, a apresentação acontecerá em palco flutuante, em formato de vitória-régia, com cenografia e iluminação criadas para promover um encontro entre a música e a natureza.
De acordo com os organizadores, a festa será transmitida para todo o país, com um conteúdo especial que vai mostrar o espetáculo e a música local.
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Convite de Janja
Em visita ao Pará em junho de 2023, na presença do presidente Lula, a primeira-dama Janja da Silva usou as redes sociais para convidar a banda Coldplay para a COP. Até a publicação de Celso Sabino, nenhuma outra autoridade tinha confirmado a vinda da banda a Belém.
“Hi, Chris, tudo bem? Você lembra que a gente teve junto com o presidente Lula lá no Rio de Janeiro e você disse que se a COP-30 fosse confirmada no Brasil, iria estar conosco”, disse.
Lula se encontra com Chris Martin, vocalista do Coldplay
Twitter/Reprodução
Em agosto daquele mesmo ano, uma equipe do Global Citzen visitou o estádio Mangueirão, em Belém. No estádio, a equipe do Global Citzen conheceu várias áreas do Mangueirão.
VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará
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Uma justa medalha para Fausto Nilo, compositor octogenário da MPB que cimentou o chão da praça com poesia

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Parceiro de Moraes Moreira, Dominguinhos e Fagner em músicas pautadas por lírica geralmente festiva, letrista ganha homenagem da UBC em outubro. Fausto Nilo é o primeiro compositor laureado com a Medalha UBC pelo conjunto de obra que inclui os hits ‘Bloco do prazer’, ‘Pedras que cantam’ e ‘Zanzibar’
Reprodução / Facebook Fausto Nilo
♫ ANÁLISE
♪ Na terça-feira, 1º de outubro, Fausto Nilo será o primeiro compositor agraciado com a Medalha UBC – láurea concedida pela União Brasileira de Compositores – em cerimônia que acontecerá em Fortaleza (CE). No caso deste poeta e letrista cearense, a medalha celebra tanto o conjunto da obra do compositor quanto os 80 anos de Fausto Nilo Costa Júnior, artista nascido em 5 de abril de 1944 em Quixeramobim, município do interior do Ceará.
Embora ligado ao Pessoal do Ceará, coletivo que movimentou a cena cultural de Fortaleza (CE) no início dos anos 1970, Fausto Nilo iniciou a trajetória como letrista de música em Brasília (DF), a convite de Fagner, cantor e compositor cearense de quem se tornou parceiro em 1972 em conexão iniciada com a música Fim do mundo, lançada naquele mesmo em EP de Fagner.
Em parceria com Moraes Moreira (1947 – 2020), Fausto Nilo teve letras cantadas em todo o Brasil, com destaque para Bloco do prazer (1979), Chão da praça (1979), Coisa acesa (1982), Eu também quero beijar (1981, com Pepeu Gomes na coautoria), Pão e poesia (1981) e Santa fé (1985).
Fausto Nilo também escreveu versos para músicas de Armandinho (Zanzibar, 1981), Caio Silvio (Pequenino cão, sucesso de Simone em 1981), Dominguinhos (1941 – 2013), Geraldo Azevedo (Chorando e cantando, 1986, hit na voz de Elba Ramalho) e Robertinho de Recife (Flor da paisagem – música-título do álbum lançado por Amelinha em 1977 – e O elefante, sucesso de 1982).
Compositor que animou muitos Carnavais com a poética festiva de letras cantadas em todo o Brasil, Fausto Nilo sempre cimentou o chão da praça com lirismo.
Contudo, a alegria dos versos deste parceiro letrista de Dominguinhos em Pedras que cantam (1981) – sucesso na voz de Fagner – extrapolou a folia, ecoando em todas as épocas. Por isso, a Medalha UBC merece o peito de Fausto Nilo.

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90 anos de Brigitte Bardot: como a visita da atriz francesa ainda impulsiona o turismo em Búzios seis décadas depois

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A visita dela ocorreu em duas ocasiões diferentes, ambas no ano de 1964. Existe uma orla em seu nome e um estátua da francesa, que completa 90 anos neste sábado (28), no local. Brigitte Bardot vistou Búzios e deixou o balneário famoso
Divulgação / Prefeitura
Coincidência ou não, no mesmo ano em que Brigitte Bardot completa 90 anos, também completa 60 anos que ela visitou Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio.
A atriz francesa, que faz aniversário neste sábado (28), esteve em Búzios, que ainda era distrito de Cabo Frio, em duas situações e ambas no ano de 1964. Ela chegou pela primeira vez em janeiro daquele ano e ficou quatro meses na cidade.
De acordo com José Wilson Barbosa, empresário e pesquisador, Brigitte Bardot veio ao Brasil por estar muito estressada e desejar passar um tempo em um lugar mais calmo e tranquilo.
Ela desembarcou no Rio de Janeiro, mas se assustou com a quantidade de fotógrafos e jornalistas que a aguardavam. A atriz chegou a ameaçar voltar para Paris.
“Ela queria anonimato, ela queria descansar. Já que era muito perseguida por paparazzis nos Estados Unidos e na Europa. Ela faz um acordo com os jornalistas no Rio de Janeiro, vai para o Copacabana Palace, faz uma sessão de fotos, dá entrevistas e depois disso ganha liberdade no Rio de Janeiro. Ela pega um iate de um empresário, faz um passeio, volta para o Rio de Janeiro e no Rio, ela pega um furgão. Ela pega vários mantimentos e vai para Búzios”, diz o pesquisador.
Brigitte Bardot durante visita ao Rio de Janeiro em janeiro de 1964
Arquivo Nacional/Fundo Correio da Manhã
De acordo com o pesquisador, ela foi vista pela primeira vez em Búzios no dia 13 de janeiro de 1964 e ficou hospedada em Manguinhos.
“Durante sua permanência em Búzios, ela acabou criando uma situação inovadora na cidade, um fenômeno turístico. Naquela época só existia quatro estabelecimentos comerciais, não tinha nenhuma estrutura. Era uma aldeia de pescadores e a imprensa daquela época diz que Brigitte Bardot está em um paraíso secreto”, conta.
A secretária de turismo de Búzios, Patrícia Burlamaqui Chaves, fala que na época o então distrito era um local selvagem e pacato, sem comércio, hotelaria e gastronomia.
“Nesse período de quatro meses, que ela ficou aqui, ela passou realmente despercebida e pode estar no meio dos nativos vivendo de forma simples e despojada. Caminhando e visitando praias”, conta Patrícia.
Durante os meses em Búzios, a francesa tinha o hábito de passear em um fusca vermelho e caminhar pela praia de Manguinhos. Ela também esteve em bairros de Cabo Frio, como a Ogiva.
Brigitte Bardot durante visita ao Brasil em 1964
Estadão Conteúdo/Arquivo
Antigamente, como era uma pequena vila, era difícil o acesso a Búzios. O acesso ficou melhor com a construção da ponte Rio-Niterói, dez anos depois, em 1974. Após a visita da atriz, o local passou a ser mundialmente conhecido.
Brigitte Bardot foi embora da cidade em abril de 1964 e retornou em dezembro do mesmo ano. Ela ficou hospedada na casa de um amigo, que ficava na atual Rua das Pedras, mas a experiência que teve foi diferente da anterior.
“Ela nunca mais voltou a Búzios, até porque depois da permanência nela, ela se sentiu um midas. Assim como ela tirou Saint-Tropez do anonimato, ela fez o mesmo com Búzios e isso chateou muito ela. Porque Búzios mudou muito depois da permanência dela”, conta José.
A atriz chegou a ganhar o título de cidadã honorária e a Companhia Aldeão deu a ela um terreno em João Fernandes, mas ela nunca buscou nenhum dos dois.
Brigitte Bardot em 1963 e 2001
Jack Guez/AFP e Screen prod./Photononstop/AFP
Turismo impulsionado
Bastou duas visitas de Brigitte para que Búzios entrasse no circuito do turismo nacional e mundial.
José Wilson Barbosa conta que a presença dela fez surgir as primeiras pousadas da cidade, pois diversos jornalistas e fotógrafos foram descobrir onde era o paraíso secreto da francesa.
“A economia da cidade começou a gerar graças a presença da Brigitte Bardot, nesse período de quatro meses que esteve em Búzios”, conta.
Estátua de Brigitte Bardot é um dos principais pontos turísticos de Búzios
Tássia Thum/G1
A visita de Bardot foi tão importante para a cidade que em 1999, foi inaugurado a Orla Bardot e uma estatua da atriz foi colocada no local.
Atualmente, é um dos pontos mais visitados e diariamente diversas pessoas param para tirar foto com a estátua feita pela escultora Christina Motta.
Estátua é alvo das fotos de turistas e moradores.
Divulgação / Ascom Armação de Búzios
“Após as duas visitas de BB [Brigitte Bardot] a península, Búzios nunca mais foi a mesma. Os visitantes atraídos pelos relatos da época, vieram provenientes de vários países entre eles Argentina, Chile, França, Alemanha, Suíça, Espanha e tantos outros. Além de visitarem, se encantaram com e estilo de vida simples e ao mesmo tempo sofisticado dessa linda cidade que ainda então era bem rústica com suas casinhas de pescadores e com belas e selvagens praias”, explica Patrícia.
Ela diz que até hoje, seis décadas após a visita, o turismo ainda é impulsionado por Brigitte Bardot, devido a orla e a estátua em sua homenagem. “Esse fato sempre vai ter importância e relevância para o turismo”, concluí.
Bigitte Bardot
Sergio Quissak/Prefeitura de Búzios

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