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Festas e Rodeios

Pokémon GO: jogadores se reúnem em encontros anos após o lançamento e amizade vira grande motor do jogo

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Comunidade de jogadores do Ceará foi considerada mais engajada do Brasil em agosto pela empresa desenvolvedora do jogo. Pokémon GO: jogadores fortalecem amizades durante encontros para disputar batalhas
Em 1999, estourou nas paradas musicais um álbum que vendeu mais de 100 mil cópias e abriu espaço na televisão: o disco “Pokémon – Para ser um mestre”. O CD foi lançado no Brasil poucos meses após a estreia do anime de mesmo nome. Entre suas músicas, um trecho marcou a infância e adolescência de milhares de brasileiros: Pokémon, temos que pegar, eu sei! Pegá-los eu tentarei!
Desde 2016, o sonho de muitos fãs se tornou realidade: com o lançamento de Pokémon GO, um jogo de realidade aumentada feito para smartphones, milhões de pessoas têm saído nas ruas de todo o mundo para “capturar” Pokémons. Isso porque o game espalha os cobiçados monstrinhos em pontos diferentes da cidade, e os usuários precisam se locomover para capturá-los.
Sete anos depois do lançamento do jogo, a comunidade de jogadores segue ativa. Só que além do interesse em Pokémons, hoje, a comunidade se tornou um grupo com laços de amizade, que se reúne com frequência para compartilhar bons momentos e passear pela cidade – e jogar, claro.
“Eu jogo desde o primeiro dia, eu jogava todo dia e junto com essa paixão veio os amigos, né? A gente faz amizades mesmo que ficam para a vida toda com o jogo. E com isso surgiu a questão da organização, fomos juntando com outros amigos e fomos começando a organizar estrutura, ter eventos”, conta o engenheiro Duílio Queiroz, de 40 anos, ao g1.
Duílio é um dos principais nomes na organização de jogadores de Pokémon GO no Ceará. Neste mês, a comunidade cearense, de pouco mais de 1.500 jogadores, foi reconhecida como a mais engajada do Brasil no mês de agosto pela empresa produtora do jogo, a Niantic, embora existam comunidades maiores em outros estados.
À frente, Duílio Queiroz; ao fundo, grupo de jogadores de Pokémon GO reunidos no Parque do cocó, em Fortaleza
Arquivo pessoal
A comunidade cearense realiza diversos encontros mensais e possui uma estrutura de organização com redes sociais, grupos no Whatsapp e até um sistema de apoio, em que membros ajudam a financiar parte da estrutura dos encontros.
“Obviamente tem a questão da franquia Pokémon, que todos nós somos apaixonados, mas esse jogo traz um quesito diferente de todos os outros, que é a possibilidade de você estar ali se encontrando e passando um tempo de interação com seus amigos e também familiares. E eu acho que essa é a parte mais importante”, aponta Duílio.
Os encontros geralmente são em locais abertos, como o Parque do Cocó e Praça Luíza Távora, em Fortaleza. Os participantes levam comidas e têm uma programação que envolve, claro, jogar. Ao fim de todo evento, o grupo sorteia brindes temáticos.
Mas não só: o encontro é o momento de rever amigos, criar novos laços e participar de competições.
O contador Rodrigo Coutinho, de 35 anos, é um dos participantes frequentes da comunidade Pokémon GO Ceará. E ele não vai só aos eventos: Coutinho está sempre acompanhado do seu filho, Matheus, de cinco anos. Os dois são do Rio de Janeiro e vivem em Fortaleza desde 2022, e aqui encontraram no game um passatempo em comum.
“Aqui [Fortaleza] eu não sabia como jogar. Até o dia que eu fui para a praça e encontrei a galera com o celular na mão, e fiquei ‘não acredito, achei a galera pra jogar’. E nisso conheci o Duílio”, relembra Coutinho. “Nos eventos vou eu e meu filho sozinhos e é o tempo que eu tenho para ver algo que eu gosto e que ele gosta também.”
Rodrigo e seu filho Matheus jogam Pokémon GO juntos e vão a eventos do game para aproveitar o tempo ao ar livre
Arquivo pessoal
Do boom aos bons amigos
Quando Pokémon GO foi lançado, em julho de 2016, o biólogo Elton Alves, de 26 anos, estava de férias da Universidade Federal do Ceará (UFC). A febre foi tamanha que, mesmo no período de descanso, os estudantes lotaram a universidade para caçar Pokémons que apareciam no campus.
“Eu também comecei a jogar desde o primeiro dia. Eu lembro bem da época na universidade foi uma euforia, o pessoal correndo pra pegar Pokémon, a visão que tinha determinado Pokémon e as pessoas corriam pra lá”, relembra. “Isso ajudou bastante também na socialização entre os cursos na época”.
Elton, assim como Rodrigo Coutinho, é um dos frequentadores da comunidade de Pokémon GO Ceará. Ele, inclusive, é um dos ‘padrinhos’, como são chamados aqueles que contribuem financeiramente para a manutenção das atividades do grupo.
Para Elton, a atividade une o melhor dos dois mundos: a possibilidade de se tornar um ‘mestre Pokémon’, como ocorre nos mangás e animes da série, e poder se tornar um mestre Pokémon na companhia de amigos e familiares.
“Meu principal motivo para jogar é completar a Pokédex [lista de todos os Pokémons conhecidos]. E ao longo dos anos eles vão lançando Pokémons dentro do jogo, Pokémons novos para capturar, então tem uma movimentação muito grande dentro do jogo. Eu particularmente jogo com os meus primos e é sempre bom estar ao livre, no parque, fazendo as trilhas”, resume Elton.
Elton Alves (de óculos à frente) e grupo de amigos reunido para jogar Pokémon GO
Arquivo pessoal
Esta união entre a diversão, os amigos e a cidade é que busca Duílio Queiroz quando organiza os encontros da comunidade cearense. Quando o grupo começou a se reunir, era chamado de Pokémon GO Fortaleza. Com a chegada de mais membros de outras cidades, como Maracanaú, Aquiraz e Maranguape, passou a ser o Pokémon GO Ceará.
Duílio tem seguido desde 2016 na organização da comunidade e vivenciou a transformação de membros em amigos. “Essa questão da socialização, de você sair de casa com o propósito de jogar e muitas vezes acaba nem sendo o principal jogar, é mais você tá ali com seus amigos, eu acho que esse é o principal atrativo. É o que segura a gente no jogo por tantos anos”, avalia.
“Meus grandes amigos hoje são do Pokémon GO e a gente faz eventos e a sensação que eu tenho é que toda vez, eu tô organizando uma festa ou um aniversário para os meus amigos”, afirma.
Comunidade mais engajada do Brasil
Os jogadores de Pokémon GO do Ceará foram considerados pela Niantic como a mais fiel do país dentro das dinâmicas de interação disponíveis dentro do próprio jogo. Segundo a empresa, a comunidade cearense “realiza diversos encontros mensais e se destaca pelo nível de organização e dedicação de seu time”.
Membros da comunidade de Pokémon GO Ceará reunidos em um Dia Comunitário
Reprodução
O grupo cearense vai se reunir neste sábado (23), a partir das 14 horas, no Parque do Cocó, em Fortaleza, para o Dia Comunitário no Pokémon GO, celebrado em mais de 30 cidades do Brasil.
No caso de Fortaleza, por conta do reconhecimento da empresa desenvolvedora, o evento, que é organizado em parceria com a comunidade local, vai contar com gincanas, decoração e itens online exclusivos.
Para a ocasião especial, o biólogo Elton Alves preparou uma dress code especial: “Eu tô planejando fazer um cosplay, eu e meus amigos vamos de Professor Carvalho [personagem de Pokémon], tô muito animado para ganhar os brindes, para participar das dinâmicas”.
“Quando o Duílio não promete nada já é bom, e quando ele promete então… A expectativa tá lá em cima”, diz o contador Rodrigo Coutinho. No que depender do grupo, os Pokémons que aparecem, eles vão pegar.
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Raoni Ventapane, neto de Martinho da Vila, assina o samba-enredo da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025

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♫ NOTÍCIA
♪ É inevitável recorrer ao clichê de que “na casa de Martinho da Vila, todo mundo é bamba” quando chega a notícia de que um dos netos do compositor fluminense integra o time campeão dos compositores que assinam o samba-enredo escolhido pela Unidos de Vila Isabel na madrugada deste sábado, 28 de setembro, para o desfile das escolas de sambas do Rio de Janeiro no Carnaval de 2025.
Integrante da Ala de Compositores da agremiação azul-e-branca que Martinho da Vila carrega no sobrenome artístico, Raoni Ventapane assina com Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva o samba criado a partir do enredo Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece.
Filho de Analimar Ventapane, Raoni é cantor, compositor e ritmista da Swingueira de Noel, nome do grupo de bateristas da Unidos de Vila Isabel.
O samba-enredo de Raoni Ventapane venceu outros dois sambas na disputa realizada na quadra da escola, que será a última a desfilar na segunda-feira de Carnaval.
Raoni Ventapane (ao centro) celebra a vitória do samba-enredo ‘Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece’ na disputa encerrada na madrugada de hoje
Divulgação / Unidos de Vila Isabel
♪ Eis a letra do samba-enredo campeão da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025:
Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece
(Raoni Ventapane, Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva)
“Embarque nesse trem da ilusão
Não tenha medo de se entregar
Pois nosso maquinista é capitão
E comanda a multidão que vem lá do boulevard…
O breu e o susto em meio a floresta
Por entre os arbustos, quem se manifesta?…
Cara feia pra mim é fome
Vá de retro lobisomem, curupira sai pra lá.
No clarão da lua cheia
Margeando rio abaixo
Ouço um canto de sereia
Ê caboclo d’água
Da água que me assombra
A sombra da meia noite
Foi-se a noite de luar
Na tempestade, encantada é a gaiola
Chora viola, pra alma penada sambar
Nas redondezas credo em cruz ave maria
Quanto mais samba tocava, mais defunto aparecia
Silêncio…
Ao som do último suspiro vai chegar
A batucada suingada de vampiros
Quando o apito anunciar….
Eu aprendi que desde os tempos de criança
A minha vila sempre foi bicho papão
Por isso, me encantei com esse feitiço
Que hoje causa reboliço dentro desse caldeirão
Solta o bicho minha vila dá um baile de alegria
É o povo do samba virado na bruxaria
Quanto mais eu rezo, quanto mais eu faço prece
Mais assombração que aparece”

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‘Acabou vindo para cima de mim porque perdeu a cabeça’, diz ex de Ryan SP após foto em que funkeiro parece agredi-la

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Giovanna Roque reclamou de repercussão de imagem e disse que o músico está sendo alvo de ‘gente muito suja’ que deseja prejudicá-lo. MC Ryan SP e Giovanna Roque
Reprodução/Instagram
A influenciadora Giovanna Roque publicou no Instagram um vídeo em defesa de seu ex-namorado, MC Ryan SP. O post foi feito nesta sexta (27), horas após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes nela.
“O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou a influenciadora. “Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura pro inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
Roque reclamou da repercussão da imagem e também disse que o músico está sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. Os dois têm uma filha de nove meses.
“A gente realmente brigou”, afirmou ela. “Então, quer dizer que ele não pode errar uma vez?”
A assessoria do funkeiro disse que, por enquanto, não vai se pronunciar. Ryan é conhecido por hits como “Let’s Go 4”, “Filha do Deputado” e “Vai Vendo”.

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Quinteto Villa-Lobos irmana Caymmi, K-Ximbinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Jacob nos sopros do álbum ‘Sempre’

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Quinteto Villa-Lobos lança o álbum ‘Sempre’ em 1º de outubro
Daniel Erbendinger / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em cena desde 1962, o Quinteto Villa-Lobos sempre cruzou as fronteiras entre a música erudita e a canção popular brasileira ao longo dos 62 anos de atividade profissional.
Sempre – álbum que o grupo de sopros lançará na terça-feira, 1º de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino – investe nessa mistura de linguagens através dos registros fonográficos de temas de compositores brasileiros como Dorival Caymmi (1914 – 2008), Jacob do Bandolim (1918 – 1969), Joel Nascimento, K-Ximbinho (1917 – 1980), Noel Rosa (1910 – 1937) e Pixinguinha (1897 – 1973).
Formado atualmente por Aloysio Fagerlande (fagote), Cristiano Alves (clarinete), Philip Doyle (trompa), Rodrigo Herculano (oboé) e Rubem Schuenck (flauta), o Quinteto Villa-Lobos assina a direção musical e a produção do álbum em que irmana esses grandes compositores brasileiros nos sopros de Sempre.
Gravado no estúdio A casa, o álbum Sempre reproduz quatro arranjos de Paulo Sérgio Santos – como os do samba-canção Só louco (1955) e de Modinha para Gabriela (1975), temas de Caymmi – em tributo a este clarinetista que integrou o Quinteto Villa-Lobos por cerca de cinco décadas.
O repertório do disco inclui Ainda me recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1932), Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957), Teleguiado (K-Ximbinho, 1958) e O pássaro (Joel Nascimento, 1978), além de Visitando Noel, medley que agrega Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa, 1934), As pastorinhas (Braguinha e Noel Rosa, 1934), Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico, 1935) e Palpite infeliz (Noel Rosa, 1935).
Capa do álbum ‘Sempre’, do Quinteto Villa-Lobos
Divulgação

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