Connect with us

Festas e Rodeios

‘Resistência’: diretor fala sobre ‘sorte’ com críticas a inteligência artificial, filmagem de guerrilha e influências

Published

on

Ficção científica escrita e dirigida por Gareth Edwards, de ‘Rogue One’, estreia na quinta-feira (28) estrelada por John David Washington. Gareth Edwards, diretor de ‘Resistência’, fala sobre o filme
Quando o diretor britânico Gareth Edwards começou a escrever “Resistência”, sua nova ficção científica que estreia nesta quinta-feira (28) no Brasil, achava que teria problemas para convencer o público de que o planeta poderia um dia banir e perseguir inteligência artificial (IA).
Afinal, em 2018, “O Exterminador do Futuro” (1984) era uma memória mais anedótica e muitos se animavam com as possibilidades da tecnologia.
Cinco anos depois, com o filme prestes a ser lançado ao redor do mundo, o cenário mudou radicalmente. Na própria indústria cinematográfica, atores e roteiristas de Hollywood passaram meses em greve por – entre outros fatores – temerem os efeitos da IA em seu trabalho.
“Na época, era uma fantasia. Era como carros voadores e viver na lua, ou algo assim. O fato de que se tornou tão atual agora e é tão comum é algo estranho”, diz Edwards em entrevista ao g1. Assista ao vídeo acima.
Para o cineasta de 48 anos, mais conhecido por “Rogue One: Uma história Star Wars” (2016), a reviravolta foi um grande golpe de sorte.
“Quando eu escrevi o primeiro rascunho do roteiro, a grande observação — eu recebi muitas observações, é claro — era: ‘Por que alguém se livraria de IA?’. Então, eu tive de tentar muito preparar um mundo em que você não gostaria da ideia de IA”, conta ele.
“Agora, quando assistimos ao filme, é muito interessante, porque tem esse poder extra. Todo mundo chega no público já com esse desejo, já sentindo esse sentimento. Acho que todo mundo se joga no filme em concordância. Você não precisa se esforçar tanto. Tive muita sorte nesse sentido.”
Gareth Edwards na gravação de ‘Resistência’
Glen Milner/20th Century Studios
‘Uma mistura estranha’
“Resistência” conta a história de um futuro não tão distante, no qual os Estados Unidos declararam guerra a robôs e qualquer tipo de inteligência artificial (IA), um ex-agente americano (John David Washington) é recrutado para encontrar um cientista responsável pela criação da tecnologia.
De touchdowns a ‘Tenet’: John David Washington fala sobre passado como atleta e ascensão em Hollywood
Durante a missão atrás de linhas inimigas, ele precisa lidar com uma criança androide (Madeleine Yuna Voyles) que pode ser a grande arma do adversário.
O roteiro assinado pelo diretor e por Chris Weitz (um dos escritores de “Rogue One”) tem ecos de clássicos como “Star Wars” e “O Exterminador do Futuro”, mas Edwards cita outras influências.
Entre as ficções científicas, além do clássico estrelado por Arnold Schwarzenegger, ele lista “Blade Runner” (1982) e “Contatos imediatos do terceiro grau” (1977). No gênero de filmes de estrada, “Lua de Papel” (1973), “Um mundo perfeito” (1993) e “Rain Man” (1988). Até filmes de artes, como os de Terrence Malick e “Baraka” são lembrados.
“Não quero dizer que nosso filme é sequer perto de tão bom quanto eles, mas é meio que uma mistura estranha de todos esses filmes que eu amei. Pensei: ‘Talvez eu só tenha a chance de fazer mais um filme, então vou tentar’.”
John David Washington em cena de ‘Resistência’
Divulgação
Do Himalaia à Indonésia
Apesar de contar como um sucesso em seu currículo, “Rogue One” deve ter sido uma experiência difícil. Afinal, é notório que a megaprodução teve problemas durante as filmagens, e o estúdio, a Disney, decidiu contratar Tony Gilroy (“Conduta de risco”) para comandar regravações do desfecho.
Isso talvez tenha influenciado a decisão de voltar às próprias origens em seu primeiro filme depois do derivado – especificamente às táticas de guerrilha usadas para gravar o pequeno e independente “Monstros” (2010), sua estreia como diretor de longas que o colocou no radar de Hollywood.
“Havia muita tecnologia nova desde que fiz o filme de ‘Star Wars’, que permitia filmar um pouco mais como meu primeiro filme, no qual eu tinha muito pouco dinheiro. Isso criava a liberdade para fazer coisas que você não consegue fazer em um blockbuster gigante”, afirma ele.
Uma câmera nova, por exemplo, não exigia tanta luz quanto o padrão recente. Sem tantos equipamentos montados apenas para iluminar atores e ambientes, ele tinha mais liberdade para gravar as cenas.
Menos material também às vezes se traduzia em uma equipe menor, o que por sua vez permitia um deslocamento maior da produção. Tanto que “Resistência” passou por oito países. De “templos budistas no Himalaia” a “Regiões vulcânicas na Indonésia”.
Cena de ‘Resistência’
Divulgação
‘Eu não quero cair na água’
A exceção eram as grandes cenas de ação, com dublês correndo para todos os lados e inúmeras explosões.
“Mas todo mundo tinha de se esconder. A regra na gravação era que eu deveria poder virar a câmera 360 graus sem ver ninguém da equipe. Então, todo mundo aprendeu bem cedo que tinham de correr muito rápido ou então se esconderem”, diz Edwards, com um sorriso divertido no rosto.
“Houve alguns momentos bem engraçados, quando filmávamos em um barco.”
Ele havia avisado que seria difícil manter a regra em um ambiente tão pequeno e apertado. Mesmo assim, muita gente insistiu que precisava acompanhar na embarcação.
“Havia momentos em que fazíamos uma cena e eu puxava rápido a câmera e ouvia pessoas caindo pelas bordas. Dava para ouvir elas xingando e coisas assim. E eu só achava engraçado. Porque era tipo: ‘É sua culpa. Eu te falei para não vir pro barco’. A equipe foi ficando menor a cada dia. ‘Eu não quero cair na água.'”
Cena de ‘Resistência’
Divulgação

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Raoni Ventapane, neto de Martinho da Vila, assina o samba-enredo da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025

Published

on

By

♫ NOTÍCIA
♪ É inevitável recorrer ao clichê de que “na casa de Martinho da Vila, todo mundo é bamba” quando chega a notícia de que um dos netos do compositor fluminense integra o time campeão dos compositores que assinam o samba-enredo escolhido pela Unidos de Vila Isabel na madrugada deste sábado, 28 de setembro, para o desfile das escolas de sambas do Rio de Janeiro no Carnaval de 2025.
Integrante da Ala de Compositores da agremiação azul-e-branca que Martinho da Vila carrega no sobrenome artístico, Raoni Ventapane assina com Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva o samba criado a partir do enredo Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece.
Filho de Analimar Ventapane, Raoni é cantor, compositor e ritmista da Swingueira de Noel, nome do grupo de bateristas da Unidos de Vila Isabel.
O samba-enredo de Raoni Ventapane venceu outros dois sambas na disputa realizada na quadra da escola, que será a última a desfilar na segunda-feira de Carnaval.
Raoni Ventapane (ao centro) celebra a vitória do samba-enredo ‘Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece’ na disputa encerrada na madrugada de hoje
Divulgação / Unidos de Vila Isabel
♪ Eis a letra do samba-enredo campeão da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025:
Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece
(Raoni Ventapane, Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva)
“Embarque nesse trem da ilusão
Não tenha medo de se entregar
Pois nosso maquinista é capitão
E comanda a multidão que vem lá do boulevard…
O breu e o susto em meio a floresta
Por entre os arbustos, quem se manifesta?…
Cara feia pra mim é fome
Vá de retro lobisomem, curupira sai pra lá.
No clarão da lua cheia
Margeando rio abaixo
Ouço um canto de sereia
Ê caboclo d’água
Da água que me assombra
A sombra da meia noite
Foi-se a noite de luar
Na tempestade, encantada é a gaiola
Chora viola, pra alma penada sambar
Nas redondezas credo em cruz ave maria
Quanto mais samba tocava, mais defunto aparecia
Silêncio…
Ao som do último suspiro vai chegar
A batucada suingada de vampiros
Quando o apito anunciar….
Eu aprendi que desde os tempos de criança
A minha vila sempre foi bicho papão
Por isso, me encantei com esse feitiço
Que hoje causa reboliço dentro desse caldeirão
Solta o bicho minha vila dá um baile de alegria
É o povo do samba virado na bruxaria
Quanto mais eu rezo, quanto mais eu faço prece
Mais assombração que aparece”

Continue Reading

Festas e Rodeios

‘Acabou vindo para cima de mim porque perdeu a cabeça’, diz ex de Ryan SP após foto em que funkeiro parece agredi-la

Published

on

By

Giovanna Roque reclamou de repercussão de imagem e disse que o músico está sendo alvo de ‘gente muito suja’ que deseja prejudicá-lo. MC Ryan SP e Giovanna Roque
Reprodução/Instagram
A influenciadora Giovanna Roque publicou no Instagram um vídeo em defesa de seu ex-namorado, MC Ryan SP. O post foi feito nesta sexta (27), horas após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes nela.
“O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou a influenciadora. “Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura pro inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
Roque reclamou da repercussão da imagem e também disse que o músico está sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. Os dois têm uma filha de nove meses.
“A gente realmente brigou”, afirmou ela. “Então, quer dizer que ele não pode errar uma vez?”
A assessoria do funkeiro disse que, por enquanto, não vai se pronunciar. Ryan é conhecido por hits como “Let’s Go 4”, “Filha do Deputado” e “Vai Vendo”.

Continue Reading

Festas e Rodeios

Quinteto Villa-Lobos irmana Caymmi, K-Ximbinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Jacob nos sopros do álbum ‘Sempre’

Published

on

By

Quinteto Villa-Lobos lança o álbum ‘Sempre’ em 1º de outubro
Daniel Erbendinger / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em cena desde 1962, o Quinteto Villa-Lobos sempre cruzou as fronteiras entre a música erudita e a canção popular brasileira ao longo dos 62 anos de atividade profissional.
Sempre – álbum que o grupo de sopros lançará na terça-feira, 1º de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino – investe nessa mistura de linguagens através dos registros fonográficos de temas de compositores brasileiros como Dorival Caymmi (1914 – 2008), Jacob do Bandolim (1918 – 1969), Joel Nascimento, K-Ximbinho (1917 – 1980), Noel Rosa (1910 – 1937) e Pixinguinha (1897 – 1973).
Formado atualmente por Aloysio Fagerlande (fagote), Cristiano Alves (clarinete), Philip Doyle (trompa), Rodrigo Herculano (oboé) e Rubem Schuenck (flauta), o Quinteto Villa-Lobos assina a direção musical e a produção do álbum em que irmana esses grandes compositores brasileiros nos sopros de Sempre.
Gravado no estúdio A casa, o álbum Sempre reproduz quatro arranjos de Paulo Sérgio Santos – como os do samba-canção Só louco (1955) e de Modinha para Gabriela (1975), temas de Caymmi – em tributo a este clarinetista que integrou o Quinteto Villa-Lobos por cerca de cinco décadas.
O repertório do disco inclui Ainda me recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1932), Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957), Teleguiado (K-Ximbinho, 1958) e O pássaro (Joel Nascimento, 1978), além de Visitando Noel, medley que agrega Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa, 1934), As pastorinhas (Braguinha e Noel Rosa, 1934), Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico, 1935) e Palpite infeliz (Noel Rosa, 1935).
Capa do álbum ‘Sempre’, do Quinteto Villa-Lobos
Divulgação

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.