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Festas e Rodeios

Tim Maia é o homenageado da 31ª edição do Prêmio da Música Brasileira

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Prevista para maio de 2024, celebração é merecida porque obra do artista, calcada na mistura de suingue com romantismo, é uma das matrizes do som nacional produzido a partir dos anos 1970. Tim Maia (1942 – 1998), que hoje faria 81 anos, será celebrado no Prêmio da Música Brasileira em cerimônia prevista para maio de 2024
Reprodução da capa do álbum ‘Tim Maia’, de 1971
♪ ANÁLISE – “Foi uma escolha unânime”, revela José Maurício Machline, a respeito da decisão de celebrar o legado de Tim Maia (28 de setembro de 1942 – 15 de março de 1998) na 31ª edição do Prêmio da Música Brasileira, prevista para acontecer em maio de 2024 na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
A notícia chega no dia em que Tim completaria 81 anos de vida louca vida. Mas a decisão de homenagear o cantor, compositor e músico carioca foi tomada na semana passada em reunião do conselho da premiação criada por Machline em 1987.
Fora de cena há 25 anos, Tim Maia permanece no imaginário nacional como a mais completa tradução brasileira da soul music e do funk norte-americanos – gêneros que ele misturou com baião, samba e xaxado.
A voz grave de baixo-barítono ecoa tanto nas declarações espirituosas – reflexos do temperamento tão forte quanto hilário do artista – quanto nas gravações de músicas como a balada Você (1969), que reverbera na trilha sonora da recém-estreada novela Elas por elas (Globo) no antológico registro fonográfico feito por Tim em 1971.
Por isso mesmo, a escolha de Tim para ser o homenageado do 31º Prêmio da Música Brasileira é, além de justa, merecida.
Como compositor, Tim Maia deixou músicas imortais como o funk Não vou ficar (1969), a balada Azul da cor do mar (1970), Réu confesso (1973), Sossego (1978), Do Leme ao Pontal (1981) e Vale tudo (1983).
Como intérprete, o cantor tomou para si músicas alheias – casos de Coroné Antonio Bento (João do Vale e Luiz Wanderley, 1970), Primavera (Vai chuva) (Cassiano e Silvio Roachel, 1970), Gostava tanto de você (Edson Trindade, 1973) e Me dê motivo (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1983), entre outras – desde que imprimiu a voz única e a personalidade nessas composições que muitos julgam equivocadamente serem de autoria de Tim Maia tamanha a simbiose entre música e intérprete.
Calcada em mix de suingue com romantismo, para ‘esquentar sovaco e melar cueca’, como ele dizia com a verve peculiar, a obra de Tim Maia é uma das matrizes da música brasileira produzida a partir dos anos 1970.
O repertório de Tim dialogou com a MPB, mas nunca se enquadrou no gênero. Caiu no samba, mas extrapolou a roda. Tim Maia embutia tanta personalidade e singularidade na voz que, no canto dele, até as baladas sentimentais da década de 1980 perdiam o excesso de açúcar sem deixarem de emocionar.
Tim Maia é inimitável. Foi um artista genial e genioso no que se propôs a fazer. Ao acender o farol para iluminar a obra de Tim Maia, o Prêmio da Música Brasileira faz jus a um artista que, a rigor, nunca saiu dos holofotes.

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Raoni Ventapane, neto de Martinho da Vila, assina o samba-enredo da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025

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♫ NOTÍCIA
♪ É inevitável recorrer ao clichê de que “na casa de Martinho da Vila, todo mundo é bamba” quando chega a notícia de que um dos netos do compositor fluminense integra o time campeão dos compositores que assinam o samba-enredo escolhido pela Unidos de Vila Isabel na madrugada deste sábado, 28 de setembro, para o desfile das escolas de sambas do Rio de Janeiro no Carnaval de 2025.
Integrante da Ala de Compositores da agremiação azul-e-branca que Martinho da Vila carrega no sobrenome artístico, Raoni Ventapane assina com Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva o samba criado a partir do enredo Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece.
Filho de Analimar Ventapane, Raoni é cantor, compositor e ritmista da Swingueira de Noel, nome do grupo de bateristas da Unidos de Vila Isabel.
O samba-enredo de Raoni Ventapane venceu outros dois sambas na disputa realizada na quadra da escola, que será a última a desfilar na segunda-feira de Carnaval.
Raoni Ventapane (ao centro) celebra a vitória do samba-enredo ‘Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece’ na disputa encerrada na madrugada de hoje
Divulgação / Unidos de Vila Isabel
♪ Eis a letra do samba-enredo campeão da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025:
Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece
(Raoni Ventapane, Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva)
“Embarque nesse trem da ilusão
Não tenha medo de se entregar
Pois nosso maquinista é capitão
E comanda a multidão que vem lá do boulevard…
O breu e o susto em meio a floresta
Por entre os arbustos, quem se manifesta?…
Cara feia pra mim é fome
Vá de retro lobisomem, curupira sai pra lá.
No clarão da lua cheia
Margeando rio abaixo
Ouço um canto de sereia
Ê caboclo d’água
Da água que me assombra
A sombra da meia noite
Foi-se a noite de luar
Na tempestade, encantada é a gaiola
Chora viola, pra alma penada sambar
Nas redondezas credo em cruz ave maria
Quanto mais samba tocava, mais defunto aparecia
Silêncio…
Ao som do último suspiro vai chegar
A batucada suingada de vampiros
Quando o apito anunciar….
Eu aprendi que desde os tempos de criança
A minha vila sempre foi bicho papão
Por isso, me encantei com esse feitiço
Que hoje causa reboliço dentro desse caldeirão
Solta o bicho minha vila dá um baile de alegria
É o povo do samba virado na bruxaria
Quanto mais eu rezo, quanto mais eu faço prece
Mais assombração que aparece”

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Festas e Rodeios

‘Acabou vindo para cima de mim porque perdeu a cabeça’, diz ex de Ryan SP após foto em que funkeiro parece agredi-la

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Giovanna Roque reclamou de repercussão de imagem e disse que o músico está sendo alvo de ‘gente muito suja’ que deseja prejudicá-lo. MC Ryan SP e Giovanna Roque
Reprodução/Instagram
A influenciadora Giovanna Roque publicou no Instagram um vídeo em defesa de seu ex-namorado, MC Ryan SP. O post foi feito nesta sexta (27), horas após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes nela.
“O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou a influenciadora. “Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura pro inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
Roque reclamou da repercussão da imagem e também disse que o músico está sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. Os dois têm uma filha de nove meses.
“A gente realmente brigou”, afirmou ela. “Então, quer dizer que ele não pode errar uma vez?”
A assessoria do funkeiro disse que, por enquanto, não vai se pronunciar. Ryan é conhecido por hits como “Let’s Go 4”, “Filha do Deputado” e “Vai Vendo”.

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Quinteto Villa-Lobos irmana Caymmi, K-Ximbinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Jacob nos sopros do álbum ‘Sempre’

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Quinteto Villa-Lobos lança o álbum ‘Sempre’ em 1º de outubro
Daniel Erbendinger / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em cena desde 1962, o Quinteto Villa-Lobos sempre cruzou as fronteiras entre a música erudita e a canção popular brasileira ao longo dos 62 anos de atividade profissional.
Sempre – álbum que o grupo de sopros lançará na terça-feira, 1º de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino – investe nessa mistura de linguagens através dos registros fonográficos de temas de compositores brasileiros como Dorival Caymmi (1914 – 2008), Jacob do Bandolim (1918 – 1969), Joel Nascimento, K-Ximbinho (1917 – 1980), Noel Rosa (1910 – 1937) e Pixinguinha (1897 – 1973).
Formado atualmente por Aloysio Fagerlande (fagote), Cristiano Alves (clarinete), Philip Doyle (trompa), Rodrigo Herculano (oboé) e Rubem Schuenck (flauta), o Quinteto Villa-Lobos assina a direção musical e a produção do álbum em que irmana esses grandes compositores brasileiros nos sopros de Sempre.
Gravado no estúdio A casa, o álbum Sempre reproduz quatro arranjos de Paulo Sérgio Santos – como os do samba-canção Só louco (1955) e de Modinha para Gabriela (1975), temas de Caymmi – em tributo a este clarinetista que integrou o Quinteto Villa-Lobos por cerca de cinco décadas.
O repertório do disco inclui Ainda me recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1932), Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957), Teleguiado (K-Ximbinho, 1958) e O pássaro (Joel Nascimento, 1978), além de Visitando Noel, medley que agrega Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa, 1934), As pastorinhas (Braguinha e Noel Rosa, 1934), Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico, 1935) e Palpite infeliz (Noel Rosa, 1935).
Capa do álbum ‘Sempre’, do Quinteto Villa-Lobos
Divulgação

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