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Festas e Rodeios

Trilha de ‘Elas por elas’ acerta ao apostar na força atemporal de sucessos de Rita Lee, Sidney Magal, Tim Maia e Gretchen

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Seleção musical da novela das 18h também inclui gravações antigas de Secos & Molhados e Mart’nália. ♪ ANÁLISE – Estreada pela Globo na segunda-feira, 25 de setembro, no horário das 18h, a novela Elas por elas tem ganhado elogios do público e da crítica, inclusive em relação à trilha sonora da história escrita e atualizada por Alessandro Marson e Thereza Falcão a partir do texto original de Cassiano Gabus Mendes (1929 – 1993), exibido em 1982 no horário das 19h.
Há gravações recentes, como a de Meu pedaço de pecado (João Gomes, Daniel Mendes e Washington Jr., 2021), lançada em 12 de junho por Mãeana e propagada na novela como tema do casal jovem formado por Giovanni (Filipe Bragança) e Ísis (Rayssa Bratillieri).
Contudo, a base da trilha sonora dessa releitura de Elas por elas – produzida sob direção artística de Amora Mautner – vem dos anos 1970 e 1980, precisamente do período que vai de 1973 a 1982. Nisso, reside o acerto da trilha predominantemente vintage da trama, que rebobina duas músicas da novela original de 1982.
Se Melô do piripipi (Je suis la femme) (Mister Sam, 1982) ressurge na gravação original de Gretchen, novamente como tema do detetive Mário Fofoca (Lázaro Ramos), o tema de abertura Elas por elas (Coisas da vida) – composto por Augusto César com letra de Nelson Motta e gravado originalmente pelo grupo The Fevers em 1982 – ganhou as vozes das cantoras Duda Beat, Ivete Sangalo e Preta Gil em gravação produzida por Ariel Donato que se afina com o protagonismo feminino da novela.
Além desses dois hits, outras músicas reforçam o tom clássico da trilha, seduzindo o público pela força atemporal de músicas como Sangue latino (João Ricardo e Paulo Mendonça, 1973), cuja poesia jorra no registro original feito há 50 anos pelo grupo Secos & Molhados. Sangue latino é o tema de Natália (Mariana Santos), uma das sete amigas de curso de inglês que se reencontram após 25 anos, dando início à trama.
Outra amiga, Késia (Kesia), sofre ao som de Você, uma das grandes músicas da fase inicial da discografia de Tim Maia (1942 – 1998). Composta pelo próprio Tim, a balada soul Você foi lançada em 1969 por Eduardo Araújo, mas reaparece em Elas por elas na imbatível gravação feita por Tim em 1971.
É um registro que, em 2023, ainda soa tão aliciante quanto a gravação original de Saúde (1981) na voz de Rita Lee (1947 – 2023). Música-título do terceiro álbum de Rita com Roberto de Carvalho, parceiro da artista na composição, Saúde é o tema de Carol (Karine Teles).
Para os seguidores da novela, Saúde tem tanto apelo quanto Meu sangue ferve por você (Melody lady / Mélancolie, 1973, Freddie Neyer e Jack Arel em adaptação de Claude Carrère e Katherine Pancol e em versão em português de Serafim Costa Almeida, 1977), sucesso de Sidney Magal rebobinado em Elas por elas como outro tema do personagem Mário Fofoca.
Sem falar na descontraída abordagem de Don’t worry, be happy (Bobby McFerrin, 1988) feita por Mart’nalia em 2008 e utilizada em Elas por elas para realçar o tom leve da releitura do texto de 1982.
De certa forma, a trilha sonora da novela está em sintonia com a trama. Se o passado assombra as sete amigas de juventude, as músicas mais antigas da seleção musical de Elas por elas são tão irresistíveis que intimidam a produção fonográfica brasileira mais recente, ainda que, em qualquer época, haja música boa e música ruim.

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Raoni Ventapane, neto de Martinho da Vila, assina o samba-enredo da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025

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♫ NOTÍCIA
♪ É inevitável recorrer ao clichê de que “na casa de Martinho da Vila, todo mundo é bamba” quando chega a notícia de que um dos netos do compositor fluminense integra o time campeão dos compositores que assinam o samba-enredo escolhido pela Unidos de Vila Isabel na madrugada deste sábado, 28 de setembro, para o desfile das escolas de sambas do Rio de Janeiro no Carnaval de 2025.
Integrante da Ala de Compositores da agremiação azul-e-branca que Martinho da Vila carrega no sobrenome artístico, Raoni Ventapane assina com Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva o samba criado a partir do enredo Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece.
Filho de Analimar Ventapane, Raoni é cantor, compositor e ritmista da Swingueira de Noel, nome do grupo de bateristas da Unidos de Vila Isabel.
O samba-enredo de Raoni Ventapane venceu outros dois sambas na disputa realizada na quadra da escola, que será a última a desfilar na segunda-feira de Carnaval.
Raoni Ventapane (ao centro) celebra a vitória do samba-enredo ‘Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece’ na disputa encerrada na madrugada de hoje
Divulgação / Unidos de Vila Isabel
♪ Eis a letra do samba-enredo campeão da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025:
Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece
(Raoni Ventapane, Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva)
“Embarque nesse trem da ilusão
Não tenha medo de se entregar
Pois nosso maquinista é capitão
E comanda a multidão que vem lá do boulevard…
O breu e o susto em meio a floresta
Por entre os arbustos, quem se manifesta?…
Cara feia pra mim é fome
Vá de retro lobisomem, curupira sai pra lá.
No clarão da lua cheia
Margeando rio abaixo
Ouço um canto de sereia
Ê caboclo d’água
Da água que me assombra
A sombra da meia noite
Foi-se a noite de luar
Na tempestade, encantada é a gaiola
Chora viola, pra alma penada sambar
Nas redondezas credo em cruz ave maria
Quanto mais samba tocava, mais defunto aparecia
Silêncio…
Ao som do último suspiro vai chegar
A batucada suingada de vampiros
Quando o apito anunciar….
Eu aprendi que desde os tempos de criança
A minha vila sempre foi bicho papão
Por isso, me encantei com esse feitiço
Que hoje causa reboliço dentro desse caldeirão
Solta o bicho minha vila dá um baile de alegria
É o povo do samba virado na bruxaria
Quanto mais eu rezo, quanto mais eu faço prece
Mais assombração que aparece”

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Festas e Rodeios

‘Acabou vindo para cima de mim porque perdeu a cabeça’, diz ex de Ryan SP após foto em que funkeiro parece agredi-la

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Giovanna Roque reclamou de repercussão de imagem e disse que o músico está sendo alvo de ‘gente muito suja’ que deseja prejudicá-lo. MC Ryan SP e Giovanna Roque
Reprodução/Instagram
A influenciadora Giovanna Roque publicou no Instagram um vídeo em defesa de seu ex-namorado, MC Ryan SP. O post foi feito nesta sexta (27), horas após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes nela.
“O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou a influenciadora. “Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura pro inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
Roque reclamou da repercussão da imagem e também disse que o músico está sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. Os dois têm uma filha de nove meses.
“A gente realmente brigou”, afirmou ela. “Então, quer dizer que ele não pode errar uma vez?”
A assessoria do funkeiro disse que, por enquanto, não vai se pronunciar. Ryan é conhecido por hits como “Let’s Go 4”, “Filha do Deputado” e “Vai Vendo”.

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Quinteto Villa-Lobos irmana Caymmi, K-Ximbinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Jacob nos sopros do álbum ‘Sempre’

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Quinteto Villa-Lobos lança o álbum ‘Sempre’ em 1º de outubro
Daniel Erbendinger / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em cena desde 1962, o Quinteto Villa-Lobos sempre cruzou as fronteiras entre a música erudita e a canção popular brasileira ao longo dos 62 anos de atividade profissional.
Sempre – álbum que o grupo de sopros lançará na terça-feira, 1º de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino – investe nessa mistura de linguagens através dos registros fonográficos de temas de compositores brasileiros como Dorival Caymmi (1914 – 2008), Jacob do Bandolim (1918 – 1969), Joel Nascimento, K-Ximbinho (1917 – 1980), Noel Rosa (1910 – 1937) e Pixinguinha (1897 – 1973).
Formado atualmente por Aloysio Fagerlande (fagote), Cristiano Alves (clarinete), Philip Doyle (trompa), Rodrigo Herculano (oboé) e Rubem Schuenck (flauta), o Quinteto Villa-Lobos assina a direção musical e a produção do álbum em que irmana esses grandes compositores brasileiros nos sopros de Sempre.
Gravado no estúdio A casa, o álbum Sempre reproduz quatro arranjos de Paulo Sérgio Santos – como os do samba-canção Só louco (1955) e de Modinha para Gabriela (1975), temas de Caymmi – em tributo a este clarinetista que integrou o Quinteto Villa-Lobos por cerca de cinco décadas.
O repertório do disco inclui Ainda me recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1932), Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957), Teleguiado (K-Ximbinho, 1958) e O pássaro (Joel Nascimento, 1978), além de Visitando Noel, medley que agrega Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa, 1934), As pastorinhas (Braguinha e Noel Rosa, 1934), Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico, 1935) e Palpite infeliz (Noel Rosa, 1935).
Capa do álbum ‘Sempre’, do Quinteto Villa-Lobos
Divulgação

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