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Festas e Rodeios

Adesão de Alaíde Costa ao show que traz à bossa nova de volta ao Carnegie Hall corrige injustiça histórica

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Esnobada dentro do movimento, cantora se junta ao elenco heterogêneo do espetáculo que acontece em 8 de outubro em Nova York, no palco que difundiu a bossa nos EUA em 1962. Alaíde Costa entra para o elenco do show ‘A grande noite – Bossa nova’, programado para o próximo domingo, 8 de outubro, em Nova York (EUA)
Daryan Dornelles / Divulgação
♪ ANÁLISE – Bancado a peso de ouro por patrocinador e feito na semana passada, duas semanas antes do evento, o convite para Alaíde Costa aderir ao elenco do espetáculo A grande noite – Bossa nova – programado para o próximo domingo, 8 de outubro, no Carnegie Hall, em Nova York (EUA) – soa como acerto de contas tardio.
Perto dos 88 anos, a serem festejados em 8 de dezembro, a cantora carioca sempre acusou em entrevistas que foi vítima de racismo velado no universo da bossa nova.
Em bom português, o canto suave e refinado de Alaíde Costa também ajudou a propagar a bossa apresentada oficialmente em 1958 por João Gilberto (1931 – 2019). Mas Alaíde quase sempre foi ignorada quando se organizaram shows e eventos para celebrar o movimento em efemérides – fato que comprova a tese defendida pela artista.
Nesse sentido, o convite para que Alaíde faça parte do show A grande noite no Carnegie Hall – prestigiada casa de shows que há 61 anos, precisamente em 21 de novembro de 1962, foi palco de lendário espetáculo que abriu as portas dos Estados Unidos para a bossa nova – parece ser o reconhecimento da injustiça, do erro histórico.
Até porque, do elenco heterogêneo e inusitado do show A grande noite, somente Alaíde e Roberto Menescal – presente no evento de 1962 – fazem parte da história da bossa nova. Seu Jorge parece estar ali por conta do alcance planetário do nome do cantor, compositor e ator carioca.
A presença de Daniel Jobim como mestre-de-cerimônias do show até se justifica pelo fato de o pianista evocar musical e fisicamente a figura do avô, o soberano Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), cujo cancioneiro será o eixo do roteiro do show.
Em contrapartida, as presenças no elenco da cantora paranaense Carol Biazin e do tribalista baiano Carlinhos Brown soam no mínimo surpreendentes, assim como o fato de a direção artística ter sido confiada ao guitarrista Max Viana.
Sim, a bossa nova se tornou uma música universal pelos próprios méritos, mas nem todo o universo pop se alimenta da bossa carioca. Jovem cantora e compositora britânica mais ligada ao soul e ao R&B desde que entrou em cena em 2014, Celeste completa elenco pautado por critérios insondáveis.
Contudo, sim, há Alaíde Costa, voz da bossa nova que, embora nunca tenha se restringido ao universo musical dessa permanente onda de modernidade que se ergueu no mar da música brasileira, permanece associada à bossa, para júbilo de uns e para íntimo desgosto de outros.
Imensa cantora, Alaíde Costa legitima com a simples presença a noite que se pretende grande.

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Raoni Ventapane, neto de Martinho da Vila, assina o samba-enredo da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025

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♫ NOTÍCIA
♪ É inevitável recorrer ao clichê de que “na casa de Martinho da Vila, todo mundo é bamba” quando chega a notícia de que um dos netos do compositor fluminense integra o time campeão dos compositores que assinam o samba-enredo escolhido pela Unidos de Vila Isabel na madrugada deste sábado, 28 de setembro, para o desfile das escolas de sambas do Rio de Janeiro no Carnaval de 2025.
Integrante da Ala de Compositores da agremiação azul-e-branca que Martinho da Vila carrega no sobrenome artístico, Raoni Ventapane assina com Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva o samba criado a partir do enredo Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece.
Filho de Analimar Ventapane, Raoni é cantor, compositor e ritmista da Swingueira de Noel, nome do grupo de bateristas da Unidos de Vila Isabel.
O samba-enredo de Raoni Ventapane venceu outros dois sambas na disputa realizada na quadra da escola, que será a última a desfilar na segunda-feira de Carnaval.
Raoni Ventapane (ao centro) celebra a vitória do samba-enredo ‘Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece’ na disputa encerrada na madrugada de hoje
Divulgação / Unidos de Vila Isabel
♪ Eis a letra do samba-enredo campeão da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025:
Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece
(Raoni Ventapane, Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva)
“Embarque nesse trem da ilusão
Não tenha medo de se entregar
Pois nosso maquinista é capitão
E comanda a multidão que vem lá do boulevard…
O breu e o susto em meio a floresta
Por entre os arbustos, quem se manifesta?…
Cara feia pra mim é fome
Vá de retro lobisomem, curupira sai pra lá.
No clarão da lua cheia
Margeando rio abaixo
Ouço um canto de sereia
Ê caboclo d’água
Da água que me assombra
A sombra da meia noite
Foi-se a noite de luar
Na tempestade, encantada é a gaiola
Chora viola, pra alma penada sambar
Nas redondezas credo em cruz ave maria
Quanto mais samba tocava, mais defunto aparecia
Silêncio…
Ao som do último suspiro vai chegar
A batucada suingada de vampiros
Quando o apito anunciar….
Eu aprendi que desde os tempos de criança
A minha vila sempre foi bicho papão
Por isso, me encantei com esse feitiço
Que hoje causa reboliço dentro desse caldeirão
Solta o bicho minha vila dá um baile de alegria
É o povo do samba virado na bruxaria
Quanto mais eu rezo, quanto mais eu faço prece
Mais assombração que aparece”

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Festas e Rodeios

‘Acabou vindo para cima de mim porque perdeu a cabeça’, diz ex de Ryan SP após foto em que funkeiro parece agredi-la

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Giovanna Roque reclamou de repercussão de imagem e disse que o músico está sendo alvo de ‘gente muito suja’ que deseja prejudicá-lo. MC Ryan SP e Giovanna Roque
Reprodução/Instagram
A influenciadora Giovanna Roque publicou no Instagram um vídeo em defesa de seu ex-namorado, MC Ryan SP. O post foi feito nesta sexta (27), horas após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes nela.
“O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou a influenciadora. “Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura pro inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
Roque reclamou da repercussão da imagem e também disse que o músico está sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. Os dois têm uma filha de nove meses.
“A gente realmente brigou”, afirmou ela. “Então, quer dizer que ele não pode errar uma vez?”
A assessoria do funkeiro disse que, por enquanto, não vai se pronunciar. Ryan é conhecido por hits como “Let’s Go 4”, “Filha do Deputado” e “Vai Vendo”.

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Quinteto Villa-Lobos irmana Caymmi, K-Ximbinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Jacob nos sopros do álbum ‘Sempre’

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Quinteto Villa-Lobos lança o álbum ‘Sempre’ em 1º de outubro
Daniel Erbendinger / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em cena desde 1962, o Quinteto Villa-Lobos sempre cruzou as fronteiras entre a música erudita e a canção popular brasileira ao longo dos 62 anos de atividade profissional.
Sempre – álbum que o grupo de sopros lançará na terça-feira, 1º de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino – investe nessa mistura de linguagens através dos registros fonográficos de temas de compositores brasileiros como Dorival Caymmi (1914 – 2008), Jacob do Bandolim (1918 – 1969), Joel Nascimento, K-Ximbinho (1917 – 1980), Noel Rosa (1910 – 1937) e Pixinguinha (1897 – 1973).
Formado atualmente por Aloysio Fagerlande (fagote), Cristiano Alves (clarinete), Philip Doyle (trompa), Rodrigo Herculano (oboé) e Rubem Schuenck (flauta), o Quinteto Villa-Lobos assina a direção musical e a produção do álbum em que irmana esses grandes compositores brasileiros nos sopros de Sempre.
Gravado no estúdio A casa, o álbum Sempre reproduz quatro arranjos de Paulo Sérgio Santos – como os do samba-canção Só louco (1955) e de Modinha para Gabriela (1975), temas de Caymmi – em tributo a este clarinetista que integrou o Quinteto Villa-Lobos por cerca de cinco décadas.
O repertório do disco inclui Ainda me recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1932), Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957), Teleguiado (K-Ximbinho, 1958) e O pássaro (Joel Nascimento, 1978), além de Visitando Noel, medley que agrega Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa, 1934), As pastorinhas (Braguinha e Noel Rosa, 1934), Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico, 1935) e Palpite infeliz (Noel Rosa, 1935).
Capa do álbum ‘Sempre’, do Quinteto Villa-Lobos
Divulgação

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