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‘BlackBerry’ entra na onda de filmes sobre produtos: ‘tão marcantes para a cultura quanto a 2ª Guerra’, diz diretor

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Produção que conta história de ascensão e queda dos precursores dos smartphones estreia nesta quinta-feira (12) nos cinemas brasileiros e se junta a ‘Tetris’, ‘Barbie’ e ‘Air’. Matt Johnson fala sobre ‘Blackberry’ e filmes sobre produtos
Em ano com filmes sobre bonecas, tênis, um sabor de salgadinhos e até um video game icônico (sobre ele, não uma adaptação), “BlackBerry” se junta a essa espécie de subgênero um tanto específico ao estrear nesta quinta-feira (12) nos cinemas brasileiros.
g1 já viu: ‘BlackBerry’ subverte clichês dos filmes sobre marcas e tecnologia com deboche sincero
A produção, que recebeu elogios depois de ser exibida em fevereiro no Festival de Berlim, conta a história de ascensão e queda dos precursores dos smartphones, aqueles celulares com teclados que infernizaram a vida de muita gente nos anos 2000.
Com isso, entra para uma lista que só em 2023 já conta com “Barbie”, “Tetris”, “Air: A história por trás do logo”, “The Beanie Bubble – O Fenômeno das pelúcias” e “Flamin’ Hot – O sabor que mudou a história” – isso para ficar só nos principais.
Parece até que os executivos de Hollywood se juntaram em uma sala em algum momento dos últimos anos – afinal, projetos como esses levam um bom tempo para ficarem prontos – para combinar qual seria a grande nova onda.
Mas, pelo menos de acordo com o cineasta por trás de “BlackBerry”, a coisa não é bem assim.
“É muito difícil dar respostas definitivas sobre o zeitgeist. Como disse (o fundador da psicologia analítica) Carl Jung (1875-1961): ‘O zeitgeist é o espírito do tempo’. Ele representa o inconsciente coletivo de toda a nossa cultura”, filosofa em entrevista ao g1 o diretor e corroteirista do filme, Matt Johnson. Assista ao vídeo acima.
Jay Baruchel e Matt Johnson em cena de ‘BlackBerry’
Divulgação
Sem dinheiro de grandes estúdios, a produção foi financiada principalmente pelo governo canadense (a Research In Motion, empresa criadora dos aparelhos retratados, é do país).
“Não há uma origem em Hollywood ou até em um estúdio na história dessa narrativa. Posso dizer só que parece que agora o público está extremamente interessado em refletir e entender a cultura hipercapitalista corporativa na qual vivemos atualmente”, diz ele.
“Para ser justo, a boneca Barbie, o smartphone, os tênis Nike – essas são imagens e produtos que são tão marcantes para a cultura e poderosos quanto a Guerra do Vietnã para os cineastas e contadores de histórias que surgiram nos anos 1970. Ou a Segunda Guerra Mundial para os cineastas do final dos anos 1940 e dos anos 1950.”
Os três Matts da BlackBerry
Com um currículo mais focado na comédia (e professor de cinema na Universidade de Toronto), Johnson é particularmente conhecido no Canadá pela série de humor “Nirvanna the band the show”, exibida entre 2017 e 2018.
Para escrever o roteiro com seu antigo parceiro criativo Matthew Miller, ele se baseou no livro “Losing the Signal: The untold story behind the extraordinary rise and spectacular fall of BlackBerry” (“Perdendo o sinal: A história não contada por trás da extraordinária ascensão e a espetacular queda do BlackBerry”, em tradução livre), de Jacquie McNish e Sean Silcoff.
O filme contrapõe os dois ex-presidentes-executivos da RIM. De um lado, o inventor gênio e desajustado Mike Lazaridis (Jay Baruchel). Do outro, o executivo inescrupuloso tubarão de Wall Street Jim Balsillie (Glenn Howerton).
No meio, o personagem interpretado pelo próprio Johnson, o cofundador da empresa Doug Fregin.
Cary Elwes, Jay Baruchel e Glenn Howerton em cena de ‘BlackBerry’
Divulgação
“Li essa história e pensei: ‘ah, eu sou igualzinho ao Jim. Mas também sou igualzinho ao Mike. E também sou igualzinho ao Doug’. Eu consigo ter conversas comigo mesmo ao escrevê-los da forma mais honesta que posso e colocá-los para brigar na tela”, se autoanalisa o diretor.
“Eu acredito que os três estão 100% certos. Cada um quer o que é certo para eles. Então, colocá-los para brigar e vencer ou perder é uma forma para eu lidar com essas questões de uma forma quase terapêutica.”
Apesar do apego, ele não se sentiu tão atraído desde o começo pela ideia de contar essa história.
“Há uma repulsa universal em relação a essa noção de fazer um filme sobre um produto. Da mesma forma como eu me senti quando fiquei sabendo de filmes sobre beanie babies ou a Barbie. Você sente como se uma lâmina cega corporativa estivesse cortando o coração da sociedade em geral.”
Mesmo assim, ele acredita que a tendência não é passageira.
“Nós vamos continuar a ver filmes sobre corporações e marcas e titãs da indústria e produtos fracassados pelos próximos 20, 30 anos, porque, bem, porque nós sempre estamos olhando pro nosso umbigo, tentando analisar nossa própria cultura, quer queiramos admitir isso ou não.”

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‘Acabou vindo para cima de mim porque perdeu a cabeça’, diz ex de Ryan SP após foto em que funkeiro parece agredi-la

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Giovanna Roque reclamou de repercussão de imagem e disse que o músico está sendo alvo de ‘gente muito suja’ que deseja prejudicá-lo. MC Ryan SP e Giovanna Roque
Reprodução/Instagram
A influenciadora Giovanna Roque publicou no Instagram um vídeo em defesa de seu ex-namorado, MC Ryan SP. O post foi feito nesta sexta (27), horas após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes nela.
“O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou a influenciadora. “Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura pro inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
Roque reclamou da repercussão da imagem e também disse que o músico está sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. Os dois têm uma filha de nove meses.
“A gente realmente brigou”, afirmou ela. “Então, quer dizer que ele não pode errar uma vez?”
A assessoria do funkeiro disse que, por enquanto, não vai se pronunciar. Ryan é conhecido por hits como “Let’s Go 4”, “Filha do Deputado” e “Vai Vendo”.

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Quinteto Villa-Lobos irmana Caymmi, K-Ximbinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Jacob nos sopros do álbum ‘Sempre’

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Quinteto Villa-Lobos lança o álbum ‘Sempre’ em 1º de outubro
Daniel Erbendinger / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em cena desde 1962, o Quinteto Villa-Lobos sempre cruzou as fronteiras entre a música erudita e a canção popular brasileira ao longo dos 62 anos de atividade profissional.
Sempre – álbum que o grupo de sopros lançará na terça-feira, 1º de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino – investe nessa mistura de linguagens através dos registros fonográficos de temas de compositores brasileiros como Dorival Caymmi (1914 – 2008), Jacob do Bandolim (1918 – 1969), Joel Nascimento, K-Ximbinho (1917 – 1980), Noel Rosa (1910 – 1937) e Pixinguinha (1897 – 1973).
Formado atualmente por Aloysio Fagerlande (fagote), Cristiano Alves (clarinete), Philip Doyle (trompa), Rodrigo Herculano (oboé) e Rubem Schuenck (flauta), o Quinteto Villa-Lobos assina a direção musical e a produção do álbum em que irmana esses grandes compositores brasileiros nos sopros de Sempre.
Gravado no estúdio A casa, o álbum Sempre reproduz quatro arranjos de Paulo Sérgio Santos – como os do samba-canção Só louco (1955) e de Modinha para Gabriela (1975), temas de Caymmi – em tributo a este clarinetista que integrou o Quinteto Villa-Lobos por cerca de cinco décadas.
O repertório do disco inclui Ainda me recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1932), Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957), Teleguiado (K-Ximbinho, 1958) e O pássaro (Joel Nascimento, 1978), além de Visitando Noel, medley que agrega Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa, 1934), As pastorinhas (Braguinha e Noel Rosa, 1934), Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico, 1935) e Palpite infeliz (Noel Rosa, 1935).
Capa do álbum ‘Sempre’, do Quinteto Villa-Lobos
Divulgação

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Lana Del Rey se casa com guia turístico em cerimônia reservada

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Em seu perfil no Facebook, Jeremy Dufrene aparece ao lado de Lana desde 2019. Mesmo assim, o namoro dos dois nunca foi anunciado. Jeremy Dufrene e Lana Del Rey
Reprodução/Facebook
Lana Del Rey se casou nesta quinta-feira (26) em Luisiana, nos Estados Unidos, segundo o site americano “People”. A cantora selou os laços com Jeremy Dufrene, guia turístico com quem ela já tinha sido vista, apesar de nunca terem assumido o namoro.
Fotos e vídeos publicados pelo site “Daily Mail” mostram Lana trajada com um vestido branco e de mãos dadas com Dufrene.
O casal registrou sua certidão de casamento na segunda (23). A cerimônia foi reservada a famílias e amigos.
Dufrene é capitão de uma empresa de aerobarco, a Arthur’s Airboat Tours, que oferece passeios por pântanos repletos de jacarés e pássaros. Em seu perfil no Facebook, Dufrene aparece ao lado de Lana desde 2019.
A última vez que a cantora esteve no Brasil foi em junho de 2023, quando ela se apresentou no festival Mita.

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