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Festas e Rodeios

Maria Bethânia é a número 1 de ‘Vol. 2’, álbum em que ritmista Marcelo Costa se escora em vozes da MPB

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Cantora reina no elenco estelar de disco que agrega Marisa Monte, Ney Matogrosso, Teresa Cristina, Roberta Sá e Mar’nália para festejar 50 anos de carreira do baterista e percussionista. Marcelo Costa lança o segundo álbum, ‘Vol. 2’, na terça-feira, 24 de outubro, com onze gravações feitas com elenco quase inteiramente feminino
Nando Chagas / Divulgação
Capa do álbum ‘Vol. 2’, de Marcelo Costa
Nando Chagas
Resenha de álbum
Título: Vol. 2
Artista: Marcelo Costa
Edição: Biscoito Fino
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Na história da música brasileira, são bem poucos os discos que agregam estrelado time de cantoras como Maria Bethânia, Marisa Monte, Mart’nália, Roberta Sá, Teresa Cristina, Jussara Silveira e Paula Morelenbaum. O segundo álbum do ritmista carioca Marcelo Costa, Vol. 2, se escora nessa proeza e, de quebra, ainda traz Ney Matogrosso, bendito fruto nesse elenco feminino.
No mundo a partir de terça-feira, 24 de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino, o álbum Vol. 2 é a sequência do álbum de 2019 em que o baterista e percussionista – músico requisitado pelos maiores nomes da MPB – reuniu ícones como Adriana Calcanhotto, Caetano Veloso, Gal Costa (1945 – 2022) e Lulu Santos, revitalizando gravações feitas em 1999.
Em cena desde 1974, ano em que ingressou no grupo carioca A Barca do Sol, Marcelo Costa toca obviamente em todas as 11 faixas de Vol. 2, mas, pelo fato de o álbum ser inteiramente cantado, a maestria do ritmista acaba naturalmente eclipsada pela beleza e/ou força das vozes.
Maria Bethânia reina duplamente em Vol. 2. Intérprete sempre precisa, a artista baiana abre o disco com a récita de versos da canção Meu bom (Marcelo Costa Santos, 1987), ouvidos sobre o berimbau e o baticum afro-brasileiro percutidos por Marcelo Costa.
Na oitava faixa, Bethânia reaparece para, altiva, expor a desilusão, a mágoa e o orgulho entranhados nos versos da valsa Número um (Benedito Lacerda e Mário Lago, 1939), sucesso do cantor carioca Orlando Silva (1915 – 1978) em gravação adornada com cordas orquestradas pelo violonista Pedro Mibielli.
Sobra em Bethânia o que falta em Marisa Monte na interpretação do samba-canção Tão só (Dorival Caymmi e Carlos Guinle, 1953): a habilidade de transmitir o sentimento da música. Em que pesem toda a beleza e elegância da voz de Marisa, nítidas na gravação, a cantora carioca jamais exprime a melancolia deste tema menos conhecido do cancioneiro de Dorival Caymmi (1914 – 2008).
Já Mart’nália faz o que sabe, caindo marota no samba Psiquiatra (Zé Kétti e Elton Medeiros, 1967) e dando leveza pop à outra música pouco badalada do repertório de Vol. 2, enquanto Roberta Sá imprime bossa contemporânea em Deixei recado (João Donato e Gilberto Gil, 1975) em gravação em que Marcelo Costa se une a Alberto Continentino (baixo), Danilo Andrade (piano e trompete) e Pedro Sá (guitarra).
Se Ney Matogrosso reaviva Mulher sem razão (Bebel Gilberto, Cazuza e Dé Palmeira, 1989) com a corriqueira exuberância vocal, Jussara Silveira põe a voz cristalina em Nervos de aço (Lupicínio Rodrigues, 1947) em registro turbinado com efeitos eletrônicos de João Thiré, mixados com o toque elétrico do piano de Sacha Amback e com a fricção da caixa e do bumbo percutidos por Marcelo Costa. A faixa resultou moderna.
Já Teresa Cristina pisa com propriedade no terreirão do samba portelense para destilar o desprezo que impulsiona os versos do samba Você me abandonou (Alberto Lonato, 1996), cantado por Teresa com o bamba Mauro Diniz e os vocais de Andrea Dutra, Cacala Carvalho e Elisa Queiroz.
Com canto límpido, Paula Morelenbaum encara Esse cara (Caetano Veloso, 1972) em gravação de classe, impulsionada pela pulsação larga do baixo de Guto Wirtti e bafejada pelo sopro do trompete de Jessé Sadoc.
Completando o time feminino de intérpretes do disco, Mariana de Moraes reapresenta com eficácia Se você disser que sim (1963), samba composto pelo avô da artista, Vinicius de Moraes (1913 – 1980), com Moacir Santos (1926 – 2006) e lançado há 60 anos na voz da cantora Elizeth Cardoso (1920 – 1990).
Por fim, na única incursão como cantor ao longo do álbum Vol. 2, Marcelo Costa põe a voz sem viço no samba Odete (Herivelto Martins e Valdemar de Abreu, 1944) em gravação que marca o reencontro do ritmista com o irmão Muri Costa, com quem entrou em cena há 50 anos no grupo A Barca do Sol.
Disco valorizado pelas vozes, Vol. 2 cumpre a missão de celebrar o trabalho cotidiano de Marcelo Costa com grandes nomes da música brasileira e, de quebra, deixa para a posteridade gravação antológica de Maria Bethânia, rainha desse elenco estelar, a número um de Vol. 2.

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‘Acabou vindo para cima de mim porque perdeu a cabeça’, diz ex de Ryan SP após foto em que funkeiro parece agredi-la

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Giovanna Roque reclamou de repercussão de imagem e disse que o músico está sendo alvo de ‘gente muito suja’ que deseja prejudicá-lo. MC Ryan SP e Giovanna Roque
Reprodução/Instagram
A influenciadora Giovanna Roque publicou no Instagram um vídeo em defesa de seu ex-namorado, MC Ryan SP. O post foi feito nesta sexta (27), horas após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes nela.
“O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou a influenciadora. “Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura pro inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
Roque reclamou da repercussão da imagem e também disse que o músico está sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. Os dois têm uma filha de nove meses.
“A gente realmente brigou”, afirmou ela. “Então, quer dizer que ele não pode errar uma vez?”
A assessoria do funkeiro disse que, por enquanto, não vai se pronunciar. Ryan é conhecido por hits como “Let’s Go 4”, “Filha do Deputado” e “Vai Vendo”.

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Quinteto Villa-Lobos irmana Caymmi, K-Ximbinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Jacob nos sopros do álbum ‘Sempre’

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Quinteto Villa-Lobos lança o álbum ‘Sempre’ em 1º de outubro
Daniel Erbendinger / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em cena desde 1962, o Quinteto Villa-Lobos sempre cruzou as fronteiras entre a música erudita e a canção popular brasileira ao longo dos 62 anos de atividade profissional.
Sempre – álbum que o grupo de sopros lançará na terça-feira, 1º de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino – investe nessa mistura de linguagens através dos registros fonográficos de temas de compositores brasileiros como Dorival Caymmi (1914 – 2008), Jacob do Bandolim (1918 – 1969), Joel Nascimento, K-Ximbinho (1917 – 1980), Noel Rosa (1910 – 1937) e Pixinguinha (1897 – 1973).
Formado atualmente por Aloysio Fagerlande (fagote), Cristiano Alves (clarinete), Philip Doyle (trompa), Rodrigo Herculano (oboé) e Rubem Schuenck (flauta), o Quinteto Villa-Lobos assina a direção musical e a produção do álbum em que irmana esses grandes compositores brasileiros nos sopros de Sempre.
Gravado no estúdio A casa, o álbum Sempre reproduz quatro arranjos de Paulo Sérgio Santos – como os do samba-canção Só louco (1955) e de Modinha para Gabriela (1975), temas de Caymmi – em tributo a este clarinetista que integrou o Quinteto Villa-Lobos por cerca de cinco décadas.
O repertório do disco inclui Ainda me recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1932), Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957), Teleguiado (K-Ximbinho, 1958) e O pássaro (Joel Nascimento, 1978), além de Visitando Noel, medley que agrega Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa, 1934), As pastorinhas (Braguinha e Noel Rosa, 1934), Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico, 1935) e Palpite infeliz (Noel Rosa, 1935).
Capa do álbum ‘Sempre’, do Quinteto Villa-Lobos
Divulgação

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Lana Del Rey se casa com guia turístico em cerimônia reservada

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Em seu perfil no Facebook, Jeremy Dufrene aparece ao lado de Lana desde 2019. Mesmo assim, o namoro dos dois nunca foi anunciado. Jeremy Dufrene e Lana Del Rey
Reprodução/Facebook
Lana Del Rey se casou nesta quinta-feira (26) em Luisiana, nos Estados Unidos, segundo o site americano “People”. A cantora selou os laços com Jeremy Dufrene, guia turístico com quem ela já tinha sido vista, apesar de nunca terem assumido o namoro.
Fotos e vídeos publicados pelo site “Daily Mail” mostram Lana trajada com um vestido branco e de mãos dadas com Dufrene.
O casal registrou sua certidão de casamento na segunda (23). A cerimônia foi reservada a famílias e amigos.
Dufrene é capitão de uma empresa de aerobarco, a Arthur’s Airboat Tours, que oferece passeios por pântanos repletos de jacarés e pássaros. Em seu perfil no Facebook, Dufrene aparece ao lado de Lana desde 2019.
A última vez que a cantora esteve no Brasil foi em junho de 2023, quando ela se apresentou no festival Mita.

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