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Festas e Rodeios

Acordo após greve de atores de Hollywood põe limites à Inteligência Artificial de filmes e séries

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‘Se você usar o sorriso do Brad Pitt e os olhos da Jennifer Aniston, ambos têm o direito de dar seu consentimento’, afirmou Duncan Crabtree-Ireland, negociador do Sindicato dos Atores de Hollywood. Protesto de atores e roteiristas de Hollywood em frente aos estúdios da Paramount, em agosto
Reuters
Desde figurantes gerados por computador até “zumbis virtuais”: o sindicato americano dos atores estabeleceu novas restrições contra o uso da Inteligência Artificial (IA) em Hollywood.
O Sindicato dos Atores de Hollywood (SAG-AFTRA, na sigla em inglês) chegou nesta semana a um acordo com estúdios como Disney e Netflix para encerrar sua greve de quase quatro meses. Cerca de 86% dos membros de sua junta diretora votou a favor da ratificação do acordo. 
Além de um aumento salarial mínimo de 7% e de um novo fundo de US$ 40 milhões anuais (cerca de R$ 196,8 milhões) para transferir uma parte da receita das séries de sucesso dos estúdios para os atores, um elemento-chave das negociações foram as barreiras ao uso da IA. 
O acordo “permite à indústria seguir adiante, não bloquear a IA”, declarou Duncan Crabtree-Ireland, negociador do SAG-AFTRA, em entrevista coletiva.
Vanessa Hudgens participa de piquete do Sindicato dos Atores em Los Angeles durante a greve
Chris Pizzello/Reuters
“Mas garante a proteção dos artistas. Seus direitos ao consentimento estão protegidos. Seus direitos a uma compensação justa e seus direitos trabalhistas estão protegidos”, afirmou. 
Os estúdios vêm experimentando a IA nos últimos anos, seja trazendo de volta estrelas de cinema falecidas, com o uso de “réplicas digitais” realistas, seja criando figurantes gerados por computador para reduzir o número de atores necessários para as cenas de batalha.
Muitos produtores que reduzem os custos querem que a IA desempenhe um papel cada vez mais importante e começaram a exigir que alguns atores participem de “escaneamentos corporais” 3D de alta tecnologia no “set”, muitas vezes sem explicar como, ou quando, as imagens serão usadas.
Agora, qualquer réplica digital de um ator garante ao artista a mesma remuneração que ele receberia se fizesse a mesma “quantidade de trabalho” na vida real, disse Crabtree-Ireland. 
Ante o temor de que os figurantes sejam os primeiros a perderem seu trabalho devido à IA, restrições rigorosas foram impostas. 
“Uma réplica digital não pode ser usada para burlar a contratação e o pagamento de um ator coadjuvante sob este contrato”, acrescentou Crabtree-Ireland. 
Os estúdios devem obter o consentimento de um ator — ou de seus herdeiros — sempre que usarem sua réplica digital num filme, ou num episódio de televisão. Tampouco poderão apresentar contratos que os autorize a usar uma réplica indefinidamente, devendo, em vez disso, fornecer uma “descrição razoavelmente específica” de como ela será usada.
Cineastas Edgar Wright e Larry Karaszewski participam de piquete dos sindicatos dos roteiristas e dos atores de Hollywood durante a greve
Chris Pizzello/AP
‘Zumbis’
A tecnologia de IA avança a um ritmo vertiginoso, mas nunca havia feito parte das discussões de renegociação de contratos do SAG-AFTRA com os estúdios que acontecem a cada três anos, aproximadamente.
A presidente do SAG-AFTRA, Fran Drescher, disse que era vital instituir as normas desta vez, porque, “no mundo da IA, três meses equivalem a um ano”.
“Então, se não conseguíssemos essas barricadas, o que seria daqui a três anos? Estaria tão fora do nosso alcance, que sempre estaríamos perseguindo algo, mas nunca acabaríamos conseguindo”, afirmou ele. 
O último e polêmico detalhe a ser discutido com os estúdios na noite de terça-feira dizia respeito ao uso de IA para criar ‘falsos atores sintéticos”. Chamados pela revista americana Variety de “zumbis”, ou “Frankensteins digitais”, eles são construídos de diferentes partes do corpo de atores reais. 
“Se você usar o sorriso do Brad Pitt e os olhos da Jennifer Aniston, ambos têm o direito de dar seu consentimento”, explicou Crabtree-Ireland à revista.
Na sexta, ele disse que os estúdios agora são obrigados a obter permissão de todos os atores cujos traços sejam utilizados. Também deverão informar o SAG-AFTRA sempre que um “falso ator sintético” for criado. O sindicato terá o direito de negociar uma compensação em nome dos atores envolvidos.
Produções no exterior, como as filmagens da sequência de Gladiador, da Paramount, em Marrocos e Malta, também devem ser afetadas
Reuters
‘Fator decisivo’
Drescher disse que a IA foi um “fator decisivo” nas negociações e as proteções não ajudarão apenas os atores, mas também muitas outras profissões na indústria do entretenimento. 
“Em um mundo sintético, você não precisa de cabeleireiros, ou de maquiadores. Não precisa de motoristas. Não precisa de cenógrafos”, explicou. 
“Por isso, para nós, continuar esperando o melhor pacote de IA possível também teria impacto no futuro deles”, completou.
Crabtree-Ireland instou os políticos a fazerem mais para “tornar a proteção da IA uma prioridade”. 
“Nossos membros defenderão os esforços legislativos e continuarão participando ativamente do movimento para proteger os direitos de todas as pessoas sobre sua imagem”, frisou.

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Lana Del Rey se casa com guia turístico em cerimônia reservada

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Em seu perfil no Facebook, Jeremy Dufrene aparece ao lado de Lana desde 2019. Mesmo assim, o namoro dos dois nunca foi anunciado. Jeremy Dufrene e Lana Del Rey
Reprodução/Facebook
Lana Del Rey se casou nesta quinta-feira (26) em Luisiana, nos Estados Unidos, segundo o site americano “People”. A cantora selou os laços com Jeremy Dufrene, guia turístico com quem ela já tinha sido vista, apesar de nunca terem assumido o namoro.
Fotos e vídeos publicados pelo site “Daily Mail” mostram Lana trajada com um vestido branco e de mãos dadas com Dufrene.
O casal registrou sua certidão de casamento na segunda (23). A cerimônia foi reservada a famílias e amigos.
Dufrene é capitão de uma empresa de aerobarco, a Arthur’s Airboat Tours, que oferece passeios por pântanos repletos de jacarés e pássaros. Em seu perfil no Facebook, Dufrene aparece ao lado de Lana desde 2019.
A última vez que a cantora esteve no Brasil foi em junho de 2023, quando ela se apresentou no festival Mita.

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Caso Diddy vai virar série produzida por 50 Cent; episódios falam de acusações contra o rapper

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Músico foi preso no dia 16 por acusações de tráfico sexual e agressão. Ele é é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um ‘predador sexual violento’. Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York.
Lucas Jackson/Reuters
O rapper 50 Cent está produzindo uma série documental sobre o caso Sean “Diddy” Combs, músico preso no dia 16 por acusações de tráfico sexual e agressão. Foi o que o próprio 50 Cent disse à revista americana “Variety”.
Dirigida por Alexandria Stapleton, a série está sendo desenvolvida pela Netflix e ainda não tem previsão de lançamento. 50 Cent diz que os episódios se debruçam em “uma narrativa complexa que abrange décadas, não apenas as manchetes ou clipes vistos até agora”.
Combs é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um “predador sexual violento”. Ele é acusado de usar álcool e drogas para submeter as vítimas aos abusos. Suas residências foram alvo de buscas por agentes federais neste ano.
“Continuamos firmes em nosso compromisso de dar voz aos sem voz e apresentar perspectivas autênticas e diferenciadas. Embora as alegações sejam perturbadoras, pedimos a todos que se lembrem de que a história de Sean Combs não é a história completa do hip-hop e sua cultura. Nosso objetivo é garantir que ações individuais não ofusquem as contribuições mais amplas da cultura.”
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
O caso
A prisão de Sean Diddy Combs em 16 de setembro movimentou a indústria da música, levantou teorias nas redes sociais e fez explodir as buscas pelo nome do rapper na internet.
Ele foi preso em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações. No meio disso, houve a divulgação de um vídeo que mostra Diddy arrastando e chutando, sua então namorada, no corredor de um hotel.
Após meses de investigação, o rapper e empresário Sean “Diddy” Combs foi preso acusado de, segundo a Promotoria de Nova York:
tráfico sexual;
associação ilícita;
promoção da prostituição.
Durante “décadas”, Sean Combs “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações”, segundo o documento da acusação, que afirma que ele usava seu “império” musical para atingir seus objetivos.
Ele se declarou inocente em tribunal. O pagamento de fiança foi negado e ele segue preso, aguardando julgamento. Segundo a imprensa internacional, caso seja julgado culpado das três acusações, Diddy pode ser condenado a prisão perpétua.
Leia também:
Entenda acusações de tráfico sexual e associação ilícita contra o rapper
A famosa prisão onde rapper Diddy está detido: ‘O caos reina’
Caso Diddy: advogado explica quantidade de óleo de bebê encontrada na casa do rapper

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Megaexposição reúne obras raras de Van Gogh; veja imagens

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Exibição do artista comemora 200 anos da National Gallery, em Londres. Megaexposição reúne obras raras de Van Gogh
Uma megaexposição na National Gallery, em Londres, reuniu algumas das principais pinturas de Vincent Van Gogh — algumas delas vistas poucas vezes em público. Intitulada de “Poetas e Amantes”, a exibição faz parte das comemorações dos 200 anos do museu. Veja no vídeo acima.
O National Gallery já contava com uma dúzia de pinturas de Van Gogh. Para a ocasião, foram selecionadas 60 obras, vindas de diversos países, como Estados Unidos, França e Holanda. Algumas delas nunca haviam saído dos países para os quais foram vendidos, como, por exemplo, “Noite Estrelada sobre o Ródano”.
Megaexposição reúne obras raras de Van Gogh
Reprodução/TV Globo
Foco nos últimos anos de vida do artista
A megaexposição se concentra em dois anos decisivos da vida de Van Gogh, entre 1888 e 1890, ano em que ele morreu aos 37 anos. Nesse período, Van Gogh viveu em Arles e Saint-Rémy, na Provença.
Durante essa fase, o artista produziu uma série de trabalhos marcados pelas cores vibrantes do sul da França e os tons de amarelo pelos quais é conhecido. Os curadores reuniram quadros e desenhos desse período para ilustrar esse momento da vida do pintor.
Megaexposição reúne obras raras de Van Gogh
Reprodução/TV Globo
Exibição inédita de ‘Girassóis’
Uma das séries mais conhecidas de Van Gogh, “Girassóis”, ganha destaque na exposição. Pela primeira vez, as obras estão sendo apresentadas conforme a visão original do pintor.
A National Gallery, que já possuía um dos quadros, trouxe outro emprestado dos Estados Unidos e incluiu a pintura “Canção de Ninar”, após descobrirem, por meio de cartas do artista ao irmão, Theo, que Van Gogh havia planejado compor os girassóis — um com fundo amarelo e outro com fundo azul — como moldura para a figura de uma mulher.
Megaexposição reúne obras raras de Van Gogh
Reprodução/TV Globo
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