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Festas e Rodeios

Chico Buarque retrata o tempo do artista e do Brasil no álbum ‘Que tal um samba? Ao vivo’

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Cantor lança o registro integral do show feito com Mônica Salmaso e gravado em fevereiro no Rio de Janeiro. Capa do álbum ‘Que tal um samba? Ao vivo’, de Chico Buarque com Mônica Salmaso como convidada
Leo Aversa
Resenha de álbum
Título: Que tal um samba? Ao vivo
Artista: Chico Buarque
Artista convidada: Mônica Salmaso
Edição: Biscoito Fino
Cotação: ★ ★ ★ ★ 1/2
♪ Cada registro de show de Chico Buarque molda retrato nítido do tempo do artista e do tempo do Brasil. Que tal um samba? Ao vivo – álbum lançado hoje, 24 de novembro – espoca flash de um país em turbulência. Quando o show chegou à cena, em setembro de 2022, o roteiro expunha o desalento do povo mais antenado de nação desgovernada que saía dos trilhos a cada dia.
Quando a turnê entrou em 2023, o show foi bafejado pela boa brisa que soprou no Brasil a partir de janeiro para (tentar) virar página infeliz da história do país. É nesse momento mais arejado que o show Que tal um samba? foi captado, em 3 e 4 de fevereiro, em apresentações feitas na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ), diante de público aglomerado na pista, e não nas tradicionais cadeiras que acomodaram a plateia das apresentações anteriores.
A experiência sensorial completa poderá ser degustada quando a gravadora Biscoito Fino pôr no mercado o DVD do show, ressuscitando formato já anacrônico na indústria do disco. Por ora, o álbum – que também será lançado futuramente em CD duplo – já permite sentir a atmosfera de congraçamento que uniu público e artistas.
Ao lado da convidada Mônica Salmaso, partner do cantor ao longo do show, Chico Buarque seguiu roteiro que ofereceu bom recorte do cancioneiro da artista em 31 números encadeados sem a intenção de fazer retrospectiva de obra monumental construída há 60 anos.
Aos 78 anos quando o show foi gravado ao vivo (atualmente o artista já tem 79 anos, festejados em 19 de junho), Chico Buarque se porta em cena com a voz maturada. Como Chico nunca foi conhecido pelo alcance ou potência dessa voz, os efeitos do tempo no canto do artista soam diluídos, insignificantes, no conjunto da obra deste disco ao vivo – o primeiro álbum de Chico em cinco anos. Será o último? Somente o tempo poderá dizer.
No momento, o que se tem à disposição é grande disco em que Mônica Salmaso expõe a já notória maestria vocal ao interpretar canções como Mar e lua (1980) e a valsa Beatriz (Edu Lobo e Chico Buarque, 1983), destaques do set solo da cantora.
Juntos, anfitrião e convidada caem no samba Biscate (1983) para celebrar a voz de Gal Costa (1945 – 2022) – número que virou tributo com a morte da cantora no meio da turnê – e, com ou sem intenção, evocam Maria Bethânia quanto cantam Sem fantasia (1968), música emblemática do roteiro do show que uniu Chico e Bethânia em 1975.
Sozinho, Chico tira sarro ao dar outro sentido político a Bancarrota blues (Edu Lobo e Chico Buarque), reconta a tragédia de O meu guri (1981) – música bissexta na voz do autor – e expia a saudade da irmã Miúcha (1937 – 2018) com o canto de Maninha (1977).
Senhor compositor, Chico Buarque reina em cena com o conforto proporcionado pelo toque da banda regida pelo diretor musical Luiz Cláudio Ramos (violão) e formada por Bia Paes Leme (teclados e vocais), Chico Batera (percussão), João Rebouças (piano e cavaquinho), Jorge Helder (baixo e bandolim), Jurim Moreira (bateria) e Marcelo Bernardes (saxofone, flauta e clarinete), além do próprio Chico ao violão.
Nada surpreende. Tudo pode até soar déjà vu. Mas quem se importa? Chico Buarque é o porta-voz do Brasil tanto no tempo sombrio da maldade quanto na era solar da boa brisa.
Mônica Salmaso e Chico Buarque cantam juntos ‘Biscate’ em número do show ‘Que tal um samba?’ que saúda Gal Costa (1945 – 2022)
Leo Aversa / Divulgação

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Maggie Smith morre aos 89 anos; veja FOTOS da carreira da atriz

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Atriz de “Harry Potter” e “Downton Abbey” morreu ‘pacificamente no hospital’ e a causa não foi informada. Ela ganhou dois Oscars, quatro Emmys, três Globos de Ouro, um Tony e sete Baftas. Maggie Smith
AP Photo/Kirsty Wigglesworth, File
Maggie Smith com Rupert Grint durante o tapete vermelho do lançamento de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”
REUTERS/Luke MacGregor/Arquivo
Maggie Smith com Penelope Wilton em “Downton Abbey II: Uma Nova Era”
Divulgação
Maggie Smith e Michelle Dockery em ‘Downton Abbey’
Divulgação
Maggie Smith nos bastidores de ‘Hot Millions’, de 1968
AP Photo/Bob Dear, File
Maggie Smith ganhou o Oscar na categoria melhor atriz coadjuvante por “California Suite”, em 1979
AP Photo/Reed Saxon, File
Maggie Smith em “Harry Potter e a Pedra Filosofal”
Divulgação
Maggie Smith recebe o BAFTA por sua atuação em ‘Tea with Mussolini’, em 2000
Reuters/File Photo
Maggie Smith durante a premiere de ‘O Exótico Hotel Marigold 2’, em Londres, em 2015.
REUTERS/Peter Nicholls/File Photo
Maggie Smith no lançamento do filme “O quarteto” no Festival de Cinema de Londres, em 2012
ANDREW COWIE / AFP
Maggie Smith com Dustin Hoffman no lançamento do filme “O quarteto” no Festival de Cinema de Londres, em 2012
ANDREW COWIE / AFP

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Pit Passarell, baixista e fundador da Viper, também reinou nos anos 1990 como cantor da banda de heavy metal

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Morto hoje, aos 56 anos, artista foi o vocalista de álbuns do grupo como ‘Evolution’ e ‘Coma rage’. ♫ OBITUÁRIO
♪ Na certidão de nascimento, expedida em Buenos Aires, constava o nome de Pedro Sérgio Murad Passarell (11 de abril de 1968 – 27 de setembro de 2024). Mas é como Pit Passarell que o baixista, cantor e compositor argentino fica imortalizado na cena brasileira de heavy metal.
Baixista e vocalista da banda paulistana Viper, Pit Passarell morreu na madrugada desta sexta-feira, aos 56 anos, em decorrência de câncer no pâncreas. A morte foi anunciada hoje no perfil oficial do grupo paulistano no Instagram. Pit estava internado em hospital de São Paulo (SP), cidade onde o corpo do artista será velado e enterrado no início da tarde.
Um dos fundadores da banda Viper, surgida em 1985, Pit acumulou as funções de baixista e vocalista quando o cantor André Mattos (1971 – 2019) deixou o grupo em 1990. Álbuns como Evolution (1992), Coma rage (1995) e Tem pra todo mundo (1996) foram gravados em estúdio pela Viper com Pit Passarell como baixista e vocalista principal da banda.
Como vocalista, o reinado do artista foi de 1991 a 2004. Já o posto de baixista foi de Pit Passarell da criação da banda até a precoce saída de cena nesta sexta-feira, 27 de setembro.
Irmão de Yves Passarell, guitarrista da banda Capital Inicial, Pit compôs e pôs voz em músicas como Coma rage (1995), Blast! (1995) e Somebody told me you’re dead (1995).
Como solista, o artista lançou somente um álbum, Praticamente nada, editado em 2000, mas gravado muito antes, entre 2008 e 2009.

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Maggie Smith, atriz de ‘Harry Potter’ e ‘Downton Abbey’, morre aos 89 anos

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Informação foi confirmada pelos filhos da atriz. Em comunicado, eles informaram que a atriz morreu ‘pacificamente em um hospital na manhã desta sexta-feira’. Causa não foi informada. Maggie Smith
AP Photo/Kirsty Wigglesworth, File
Maggie Smith, atriz de “Harry Potter” e “Downton Abbey”, morreu aos 89 anos. Informação foi confirmada pelos filhos da atriz, Toby Stephens e Chris Larkin. “É com grande tristeza que informamos a morte de Maggie Smith”, informou o comunicado. A causa da morte não foi informada.
“Ela morreu pacificamente, no hospital, na manhã desta sexta-feira (27). Uma pessoa intensamente reservada, esteve com seus familiares e amigos até o fim. Ela deixa dois filhos e cinco amados netos que estão devastados com a enorme perda de sua extraordinária mãe e avó.”
A família ainda agradeceu a toda a equipe médica que cuidou da atriz e as mensagens carinhosas e ainda pediu privacidade neste momento.
Nascida em 28 de dezembro de 1934 em Ilford, Essex (sudeste da Inglaterra), Margaret Smith debutou nos palcos da Oxford Playhouse no início dos anos 1950. Em seguida, ingressou na trupe teatral londrina de Old Vic, depois na do Royal National Theatre, onde teve muito sucesso ao lado de seu marido, o ator Robert Stephens.
Sua carreira no cinema decolou na década de 1960 e ela ganhou, em 1969, o Oscar de melhor atriz por “Primavera de uma Solteirona”.
A atriz é vencedora de dois prêmios Oscar, quatro Emmys, três Globos de Ouro, um Tony e sete Baftas.
Ícone do teatro e do cinema britânicos, Maggie Smith conquistou o carinho de um vasto público internacional no papel da rabugenta, mas terrivelmente cativante condessa Lady Violet na série de televisão “Downton Abbey”.
Durante sua longa carreira, “Dame Maggie” assumiu papéis diversos, de madre superiora ao lado de Whoopi Goldberg em “Mudança de Hábito” (1992), de professora de “transfiguração” nos filmes da saga “Harry Potter”, acompanhante neurótica em “Uma Janela para o Amor” (1986) ou velha sem-teto em “A Senhora da Van” (2015).
Maggie Smith no BAFTA em Londres em 2016
REUTERS/Toby Melville/File Photo
Mas é o personagem da condessa de Grantham, Lady Violet, com seus comentários ácidos e mimetismo hilariante que a tornaram uma celebridade ainda mais global.
“Eu vivia uma vida perfeitamente normal antes de Downton Abbey”, série vendida em mais de 150 países, reconheceu a atriz em abril de 2017 no British Film Institute (BFI). “Ia ao teatro, galerias de arte, coisas assim, sozinha. Agora já não posso mais”, lamentou.
A atriz interpretou a exigente aristocrata por seis temporadas da série de televisão (2010-2015).
Depois de inicialmente se recusar a participar da adaptação da série para o cinema, finalmente concordou em encarnar novamente a aristocrata inglesa.
Richard Gere e Maggie Smith em cena de ‘O exótico Hotel Marigold 2’
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Vida pessoal
No plano pessoal, seu casamento com Robert Stephens, alcoólatra, infiel e depressivo, afundou em 1973.
Com ele, ela teve dois filhos, Chris Larkin e Toby Stephens.
Maggie e Stephens se divorciaram em 1975 e se casou pouco depois com o dramaturgo Beverley Cross, com quem partiu para viver e trabalhar no Canadá.
Uma das artistas britânicas mais famosas e célebres, Maggie Smith foi nomeada Comandante da Ordem do Império Britânico em 1990 e Companheira de Honra em 2014, uma recompensa pelos serviços prestados ao país no campo das artes.
Maggie Smith no Standard British Film Awards em Londres, em 2016
REUTERS/Neil Hall/File Photo
Preocupação com a perfeição
A atriz era bastante conhecida por seu humor e sua preocupação com a perfeição.
“É verdade que eu não tolero imbecis e, portanto, eles não me toleram. Por isso eu me irrito. Talvez seja por isso que sou boa o suficiente para interpretar velhas tolas”, confessou ao jornal The Guardian em 2014.
Histórico de câncer
Maggie Smith sobreviveu ao diagnóstico de câncer de mama em 2007 e participou das filmagens de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” (2009) enquanto estava no meio da quimioterapia. “Eu estava careca como um ovo”, disse ao Times a atriz, que precisou usar peruca.
Ela também sofre da doença de Graves, uma doença autoimune da tireoide que causa o movimento do olho para fora de sua órbita.
Maggie Smith ganhou o Oscar na categoria melhor atriz coadjuvante por “California Suite”, em 1979
AP Photo/Reed Saxon, File

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