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Festas e Rodeios

Como Mickey Mouse salvou Walt Disney da ruína e mudou o cinema para sempre

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Mickey Mouse fez sua primeira aparição no curta de animação ‘Steamboat Willie’, lançado em 18 de novembro de 1928. Na época, Walt Disney estava enfrentando um período difícil. Estreia de Mickey nas telas ocorreu em 1928 com ‘O Vapor Willie’
BBC
Em 2024, um pedaço da história do cinema irá entrar em domínio público.
A Disney irá perder os direitos autorais sobre o seu curta-metragem de animação de 1928, “Steamboat Willie” (“O Vapor Willie”, em português), que marcou a primeira aparição do seu personagem mais emblemático, o camundongo chamado Mickey.
O curta de animação não marcou apenas a estreia de um ícone cultural global.
Ele abriu o caminho que levaria Walt Disney (1901-1966) a construir o seu império – e foi um momento fundamental do desenvolvimento do cinema, ao acrescentar o som sincronizado aos desenhos animados.
Na época da estreia, Disney estava perto da falência. Ele havia acabado de perder os direitos da sua primeira criação popular, Oswaldo, o Coelho Sortudo, e a maior parte dos seus funcionários havia sido contratada por um concorrente.
Desapontado e quase sem dinheiro, Disney fez com que seus animadores Ub Iwerks (1901-1971) e Les Clark (1907-1979) trabalhassem em uma ideia que ele tinha na manga – um camundongo simpático que passa por uma série de desventuras cômicas.
O camundongo foi inicialmente batizado de Mortimer, até que a esposa de Disney o convenceu a mudar o seu nome para algo menos pomposo: Mickey.
Disney já era fascinado por animais há muito tempo. Ele chegaria ao ponto de organizar um curso de anatomia animal para seus artistas antes da produção de Bambi (1942). Disney descreveu a iniciativa em entrevista exclusiva à BBC em 1959.
“As escolas de arte não ensinam corretamente a anatomia dos animais e, por isso, criei um curso específico”, ele conta.
“Trouxe animais para o estúdio nas nossas aulas de arte. Em vez de modelos humanos, tínhamos modelos animais.”
Disney não conseguiu convencer os distribuidores a lançar seus dois primeiros desenhos mudos de Mickey Mouse, até que ele teve uma ideia inovadora.
Inspirado pelo filme com diálogos sincronizados que surpreendeu os Estados Unidos em 1927 – “O Cantor de Jazz” –, Disney decidiu criar um desenho com a ação na tela detalhadamente sincronizada com uma trilha musical e efeitos sonoros.
“O Vapor Willie” estreou em Nova York, nos Estados Unidos. Seu casamento inseparável entre o som e as imagens foi um sucesso instantâneo.
Críticas elogiosas começaram a surgir rapidamente na imprensa e as pessoas se aglomeravam para ver o desenho.
Sua forma inovadora de contar histórias em desenho animado entusiasmou o público, que muitas vezes pedia ao técnico de projeção que atrasasse o início do filme principal, para poder assistir ao curta novamente.
Disney capitalizou rapidamente a popularidade do personagem com novas aventuras. O próprio cineasta passou a interpretar a voz de Mickey Mouse.
O personagem Mickey representou a recuperação econômica do seu criador, Walt Disney, que estava à beira da falência
Getty Images/BBC
Uma nova era
O sucesso de “O Vapor Willie” trouxe consigo uma nova era para os desenhos animados.
Ele traçou o caminho que levaria Walt Disney a dominar o setor em 1937, com a criação do longa-metragem vencedor do Oscar, “Branca de Neve e os Sete Anões”.
Para a produção de “Bambi,” cinco anos mais tarde, além de trazer animais vivos para o estúdio, Disney também queria ver os animais no seu próprio ambiente selvagem.
“Percebi que os animais em cativeiro não são eles próprios”, declarou ele à BBC em 1959. “Quando você vê um animal no zoológico não é o animal real, como quando ele está na natureza.”
“Por isso, enviei equipes de filmagem para o ambiente selvagem, para capturar o que um animal realmente faz no local onde ele vive. E, no filme que trouxe para os artistas estudarem, percebi que havia ali uma grande história que nunca havia sido contada.”
Disney usou sua inspiração para lançar um projeto ambicioso, chamado “True-Life Adventures” – uma série de documentários que oferece uma visão fascinante da vida dos animais na selva.
Da mesma forma que na animação, a equipe de cinegrafistas de Walt Disney fez avançar os limites da tecnologia e da inovação.
O estúdio foi pioneiro no uso de lentes de longo alcance e câmeras subaquáticas.
Estas técnicas permitiram ao público observar o comportamento dos animais selvagens e a complexa interação entre os diferentes ecossistemas com detalhes sem precedentes.
Com seu cuidadoso equilíbrio entre os propósitos educativos e suas envolventes histórias, a série ganhou diversos Oscars, incluindo o primeiro Oscar de melhor documentário para “O Drama do Deserto”, em 1954.
“Nos últimos anos, nós nos aventuramos em muitos campos diferentes”, declarou Disney, sobre seu império em expansão.
“Só espero nunca perder de vista uma coisa: que tudo começou com um rato.”
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Culture.

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Maggie Smith morre aos 89 anos; veja FOTOS da carreira da atriz

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Atriz de “Harry Potter” e “Downton Abbey” morreu ‘pacificamente no hospital’ e a causa não foi informada. Ela ganhou dois Oscars, quatro Emmys, três Globos de Ouro, um Tony e sete Baftas. Maggie Smith
AP Photo/Kirsty Wigglesworth, File
Maggie Smith com Rupert Grint durante o tapete vermelho do lançamento de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”
REUTERS/Luke MacGregor/Arquivo
Maggie Smith com Penelope Wilton em “Downton Abbey II: Uma Nova Era”
Divulgação
Maggie Smith e Michelle Dockery em ‘Downton Abbey’
Divulgação
Maggie Smith nos bastidores de ‘Hot Millions’, de 1968
AP Photo/Bob Dear, File
Maggie Smith ganhou o Oscar na categoria melhor atriz coadjuvante por “California Suite”, em 1979
AP Photo/Reed Saxon, File
Maggie Smith em “Harry Potter e a Pedra Filosofal”
Divulgação
Maggie Smith recebe o BAFTA por sua atuação em ‘Tea with Mussolini’, em 2000
Reuters/File Photo
Maggie Smith durante a premiere de ‘O Exótico Hotel Marigold 2’, em Londres, em 2015.
REUTERS/Peter Nicholls/File Photo
Maggie Smith no lançamento do filme “O quarteto” no Festival de Cinema de Londres, em 2012
ANDREW COWIE / AFP
Maggie Smith com Dustin Hoffman no lançamento do filme “O quarteto” no Festival de Cinema de Londres, em 2012
ANDREW COWIE / AFP

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Pit Passarell, baixista e fundador da Viper, também reinou nos anos 1990 como cantor da banda de heavy metal

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Morto hoje, aos 56 anos, artista foi o vocalista de álbuns do grupo como ‘Evolution’ e ‘Coma rage’. ♫ OBITUÁRIO
♪ Na certidão de nascimento, expedida em Buenos Aires, constava o nome de Pedro Sérgio Murad Passarell (11 de abril de 1968 – 27 de setembro de 2024). Mas é como Pit Passarell que o baixista, cantor e compositor argentino fica imortalizado na cena brasileira de heavy metal.
Baixista e vocalista da banda paulistana Viper, Pit Passarell morreu na madrugada desta sexta-feira, aos 56 anos, em decorrência de câncer no pâncreas. A morte foi anunciada hoje no perfil oficial do grupo paulistano no Instagram. Pit estava internado em hospital de São Paulo (SP), cidade onde o corpo do artista será velado e enterrado no início da tarde.
Um dos fundadores da banda Viper, surgida em 1985, Pit acumulou as funções de baixista e vocalista quando o cantor André Mattos (1971 – 2019) deixou o grupo em 1990. Álbuns como Evolution (1992), Coma rage (1995) e Tem pra todo mundo (1996) foram gravados em estúdio pela Viper com Pit Passarell como baixista e vocalista principal da banda.
Como vocalista, o reinado do artista foi de 1991 a 2004. Já o posto de baixista foi de Pit Passarell da criação da banda até a precoce saída de cena nesta sexta-feira, 27 de setembro.
Irmão de Yves Passarell, guitarrista da banda Capital Inicial, Pit compôs e pôs voz em músicas como Coma rage (1995), Blast! (1995) e Somebody told me you’re dead (1995).
Como solista, o artista lançou somente um álbum, Praticamente nada, editado em 2000, mas gravado muito antes, entre 2008 e 2009.

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Maggie Smith, atriz de ‘Harry Potter’ e ‘Downton Abbey’, morre aos 89 anos

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Informação foi confirmada pelos filhos da atriz. Em comunicado, eles informaram que a atriz morreu ‘pacificamente em um hospital na manhã desta sexta-feira’. Causa não foi informada. Maggie Smith
AP Photo/Kirsty Wigglesworth, File
Maggie Smith, atriz de “Harry Potter” e “Downton Abbey”, morreu aos 89 anos. Informação foi confirmada pelos filhos da atriz, Toby Stephens e Chris Larkin. “É com grande tristeza que informamos a morte de Maggie Smith”, informou o comunicado. A causa da morte não foi informada.
“Ela morreu pacificamente, no hospital, na manhã desta sexta-feira (27). Uma pessoa intensamente reservada, esteve com seus familiares e amigos até o fim. Ela deixa dois filhos e cinco amados netos que estão devastados com a enorme perda de sua extraordinária mãe e avó.”
A família ainda agradeceu a toda a equipe médica que cuidou da atriz e as mensagens carinhosas e ainda pediu privacidade neste momento.
Nascida em 28 de dezembro de 1934 em Ilford, Essex (sudeste da Inglaterra), Margaret Smith debutou nos palcos da Oxford Playhouse no início dos anos 1950. Em seguida, ingressou na trupe teatral londrina de Old Vic, depois na do Royal National Theatre, onde teve muito sucesso ao lado de seu marido, o ator Robert Stephens.
Sua carreira no cinema decolou na década de 1960 e ela ganhou, em 1969, o Oscar de melhor atriz por “Primavera de uma Solteirona”.
A atriz é vencedora de dois prêmios Oscar, quatro Emmys, três Globos de Ouro, um Tony e sete Baftas.
Ícone do teatro e do cinema britânicos, Maggie Smith conquistou o carinho de um vasto público internacional no papel da rabugenta, mas terrivelmente cativante condessa Lady Violet na série de televisão “Downton Abbey”.
Durante sua longa carreira, “Dame Maggie” assumiu papéis diversos, de madre superiora ao lado de Whoopi Goldberg em “Mudança de Hábito” (1992), de professora de “transfiguração” nos filmes da saga “Harry Potter”, acompanhante neurótica em “Uma Janela para o Amor” (1986) ou velha sem-teto em “A Senhora da Van” (2015).
Maggie Smith no BAFTA em Londres em 2016
REUTERS/Toby Melville/File Photo
Mas é o personagem da condessa de Grantham, Lady Violet, com seus comentários ácidos e mimetismo hilariante que a tornaram uma celebridade ainda mais global.
“Eu vivia uma vida perfeitamente normal antes de Downton Abbey”, série vendida em mais de 150 países, reconheceu a atriz em abril de 2017 no British Film Institute (BFI). “Ia ao teatro, galerias de arte, coisas assim, sozinha. Agora já não posso mais”, lamentou.
A atriz interpretou a exigente aristocrata por seis temporadas da série de televisão (2010-2015).
Depois de inicialmente se recusar a participar da adaptação da série para o cinema, finalmente concordou em encarnar novamente a aristocrata inglesa.
Richard Gere e Maggie Smith em cena de ‘O exótico Hotel Marigold 2’
Divulgação
Vida pessoal
No plano pessoal, seu casamento com Robert Stephens, alcoólatra, infiel e depressivo, afundou em 1973.
Com ele, ela teve dois filhos, Chris Larkin e Toby Stephens.
Maggie e Stephens se divorciaram em 1975 e se casou pouco depois com o dramaturgo Beverley Cross, com quem partiu para viver e trabalhar no Canadá.
Uma das artistas britânicas mais famosas e célebres, Maggie Smith foi nomeada Comandante da Ordem do Império Britânico em 1990 e Companheira de Honra em 2014, uma recompensa pelos serviços prestados ao país no campo das artes.
Maggie Smith no Standard British Film Awards em Londres, em 2016
REUTERS/Neil Hall/File Photo
Preocupação com a perfeição
A atriz era bastante conhecida por seu humor e sua preocupação com a perfeição.
“É verdade que eu não tolero imbecis e, portanto, eles não me toleram. Por isso eu me irrito. Talvez seja por isso que sou boa o suficiente para interpretar velhas tolas”, confessou ao jornal The Guardian em 2014.
Histórico de câncer
Maggie Smith sobreviveu ao diagnóstico de câncer de mama em 2007 e participou das filmagens de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” (2009) enquanto estava no meio da quimioterapia. “Eu estava careca como um ovo”, disse ao Times a atriz, que precisou usar peruca.
Ela também sofre da doença de Graves, uma doença autoimune da tireoide que causa o movimento do olho para fora de sua órbita.
Maggie Smith ganhou o Oscar na categoria melhor atriz coadjuvante por “California Suite”, em 1979
AP Photo/Reed Saxon, File

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