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Festas e Rodeios

MC Carol conta como abandonou homens que atrapalhavam sua vida para chegar à ‘melhor fase’

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Para defender carreira, cantora rompeu com empresário e deixou namorado que escondia até desodorante por ciúmes. Ela fala ao g1 sobre perrengues, ‘surto’ e show no Primavera Sound. MC Carol ficou conhecida por cantar a liberdade feminina numa época em que o tema era raro no funk. Mas, enquanto fazia sucesso com músicas como “Meu Namorado É Maior Otário”, vivia o machismo dentro de casa.
No relacionamento com um homem que não apoiava sua carreira, ela conta que precisava “lutar na mão, literalmente”, para conseguir subir aos palcos.
“Teve um ponto em que ele escondeu o desodorante. Queria que eu fosse trabalhar fedendo, porque achava que, toda vez que eu saía de casa, estava traindo ele”. O relacionamento durou 13 anos, até que Carol decidiu colocar um fim na situação.
Não foi o único homem que ela precisou abandonar para crescer na música. A artista diz que deixar de trabalhar com uma equipe masculina para contratar uma empresária, em 2016, foi um ponto de virada na carreira.
Em seu terceiro álbum “Tralha”, lançado neste ano, ela comemora ter chegado à “melhor fase”.
“É um rio de diferença trabalhar com uma mulher preta”, afirma. “Antes, não tinha nem água no meu camarim, hoje em dia tem Toddynho.”
Em entrevista ao g1, Carol falou dos homens que só atrapalharam sua vida e contou do “surto” que a fez querer abandonar a vida de artista, no início de 2023. Ela também lembrou as referências de infância e adiantou como será seu show no Primavera Sound, festival que acontece neste sábado (2) e domingo (3), em São Paulo.
g1 – Em “Vampiro de Madureira”, uma das músicas do “Tralha”, você cita que passou sufoco, mas agora está na sua melhor fase. Você sente isso?
MC Carol – É muito complexo porque, numa hora, eu estou bem no relacionamento, mas estou ruim no trabalho. Em outra hora, estou bem no trabalho e ruim no relacionamento. Agora eu estou numa fase bem tranquila. Acho que minha vida começou a melhorar depois que eu conheci minha empresária atual. As coisas mudaram bastante.
A funkeira MC Carol
Divulgação
g1 – Por quê?
MC Carol – [Na carreira] era tudo muito desorganizado, sabe? Eu tinha uma equipe de homens brancos, machistas, mais velhos. Parecia que eu trabalhava para os caras, entende? Eles não tinham respeito, não viam a parada como trabalho, viam como diversão. Eu nunca vi assim. Acho que você tem que ter compromisso.
Hoje a minha empresária é uma mulher negra, sabe me ouvir e me incentivar. É um rio de diferença trabalhar com uma mulher preta. Eu só cantava em comunidade, não existia contrato. Depois que passei a trabalhar com ela, fui convidada para o Lollapalooza e para dar palestra nos Estados Unidos.
“Antes, não tinha nem água no meu camarim, hoje em dia tem Toddynho.”
g1 – É muito comum ouvir de cantoras que os bastidores da música são ainda muito dominados por homens. Como é sua relação com eles?
MC Carol – Hoje em dia eu nem tenho relação com eles. Teve um [ex-empresário] que foi num podcast, reclamar de mim. Ele fala assim: “Eu sofri um acidente e Carol me abandonou”. O equipamento do show estava na mala do carro. Ele bebeu, o carro capotou e eu perdi a apresentação [O empresário Leonardo Cezareth confirmou em entrevistas que havia bebido antes do acidente].
Ele até fala: ‘Carol é muito profissional’. No fim, ele me elogiou né? Abandonei mesmo e vou abandonar qualquer um que eu achar que está me atrapalhando. Eu fui criada pelos meus bisavós e, com 14 anos, tive que morar sozinha, tive que me sustentar: abandonar a escola para começar a fazer bicos. Um pouco depois, entrei no funk e deu certo. Então eu não vou levar minha vida na brincadeira. Eu sempre fui muito certa do que eu queria.
“A minha ostentação, quando comecei a ganhar dinheiro, eram três jarras de suco no hotel. Já os caras pediam garrafas de uísque, drogas, mulheres… Em todo estado em que a gente pisava, eles queriam conhecer o “puteiro” do lugar.”
g1 – Em abril desse ano, você tuitou que 2023 seria seu último ano artístico, e também definiu o meio da música como um ambiente perigoso. O que estava acontecendo naquela época?
MC Carol – É sobre é sobre internet, sobre a sua vida estar exposta o tempo todo. Eu tenho muita responsabilidade, desde os 14 anos. Nunca tirei férias. Naquele momento eu estava sobrecarregada, estava fazendo muita coisa. Hoje estou com outro pensamento, mas não sei, não sei o que pode acontecer ano que vem.
Se um dia eu relaxo e não olho o WhatsApp, se decido que não vou resolver nada, quando eu acordo no outro dia, parece que o mundo vai cair na minha cabeça. E, nisso, já são 13 anos.
“Quando você faz a conta, vê que não teve filho, não construiu família, não casou, só trabalhou, só viveu em hotel, na estrada, no aeroporto.”
É muito complexo. Eu gosto muito do meu trabalho, só que é difícil equilibrar as coisas. O artista não pode ficar doente, não pode ter problema na vida pessoal. Se você brigar com o teu marido, o problema é seu. Você vai ter que entrar no palco sorrindo. Ninguém que pagou o ingresso quer saber. Depois de 13 anos assim, você fica um pouquinho surtada. E o diário do artista é o Twitter. Eu fui desabafar lá.
Capa do álbum ‘Tralha’, de MC Carol
Divulgação
g1 – O “Tralha”, como todo o seu trabalho, fala de sexo de forma explicita. Pelo que você acompanha das reações, acha que a crítica, a indústria e o público ainda são moralistas com quem aborda esse tema de forma direta?
MC Carol – Sabe aquele filho que a mãe já nem liga mais? Acho que eu sou isso. As pessoas falam: essa menina é depravada mesmo, ela fala que vai bater em homem. Eu sou a causa perdida.
Eu acho que o Brasil está tendo que engolir, sabe? E o reflexo disso é o funk cada vez mais presente nos festivais, na televisão. O Brasil parou de lutar contra isso. A galera conservadora não desistiu, mas é uma coisa que não tem mais como segurar.
g1 – Você acha que o espaço dado à música periférica nos festivais já é justo?
MC Carol – Nos festivais que eu estou participando, tem a galera preta, tem a galera periférica. Estou vendo o funk chegando, porque eles ainda são muito concentrados no rap. Mas, sobre mulheres, elas ainda são minoria nos festivais.
g1 – Para o seu show no Primavera, o que você está preparando?
MC Carol – A mesma coisa de sempre. Eu vou acrescentar “Vampiro de Madureira”, música nova. Não vou cantar o álbum novo inteiro, porque eu acho que é muito recente, a galera ainda não tem na ponta da língua.
g1 – Você ficou famosa no início dos anos 2010, com músicas que já falavam sobre machismo e liberdade feminina, numa época em que esses temas não eram tão comuns na música quanto são hoje. Como essa consciência surgiu na sua vida?
MC Carol – Eu nasci feminista. Na escola, eu já era problemática e eu não entendia o porquê, já que eu não conhecia o termo feminista. Mas eu já brigava por coisas que eu queria. Por exemplo, eu gostava de jogar bola e não podia porque a quadra do colégio era só dos meninos. Isso já me incomodava.
“Eu sempre fui chamada de problemática. Hoje eu entendo que é porque eu era uma criança feminista.”
Eu via os meninos falando o que eles queriam e as meninas não podiam falar sobre os mesmos assuntos. Então eu quis falar sobre isso. Eu pegava as histórias, virava do avesso e me colocava como protagonista. Deu certo porque é chocante ouvir da boca de uma mulher a mesma coisa que o homem fala. Não era comum.
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g1 – Esse feminismo veio da sua criação?
MC Carol – Minha criação foi assim: meu bisavô me criou livre na rua, brincando com os meninos. Ele sempre falou que eu tinha que estudar, que tinha que virar policial, que tinha que ter meu trabalho e minha casa. Mas, ao mesmo tempo, ele era um cara machista. Minha bisavó tinha que levar até um copo de água para ele. Minhas lembranças dela são todas na cozinha, fazendo comida.
“Eu cresci querendo ser meu bisavô, o homem da casa. Queria ser a pessoa que é servida.”
Me perguntam muito isso: qual é a mulher que você vê como referência na sua infância? Não é a minha bisavó, é o meu bisavô.
g1 – Você conta em entrevistas que teve um relacionamento com um homem que não apoiava sua carreira: cantava sobre feminismo, enquanto vivia o machismo dentro de casa. De alguma forma, essa experiência afetou a sua música?
MC Carol – Só ajudou a minha música, minha raiva. Eu subia no palco com uma raiva… Eu tinha que lutar na mão pela minha carreira, literalmente. Antes de sair de casa, tinha briga. Quando eu voltava, era ainda pior. A pessoa sempre tentava me sabotar: escondia uma roupinha aqui, um sapato ali, escondia maquiagem…
“Teve um ponto em que ele escondeu o desodorante. Queria que eu fosse trabalhar fedendo, porque achava que, toda vez que eu saía de casa, estava traindo ele.”
Eu dava meu jeito. Sempre fui nos meus compromissos, mesmo sendo sabotada. Eu tinha 17, 18 anos, estava começando a viver. E tinha a esperança de que a pessoa ia melhorar, ia entender, porque ele também usufruía do que eu ganhava. Quando eu vi, tinha ficado 13 anos com essa pessoa.
Não precisava ter passado por isso. Hoje tenho um relacionamento com alguém que me acompanha, me apoia. Fico pensando: se eu tivesse conhecido essa outra pessoa lá atrás, minha vida teria sido tranquilona.

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Travis Barker diz que queda de avião em Vinhedo o deixou em crise e com flashbacks de acidente que sofreu em 2008

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‘Não consegui voar o resto da turnê’, afirmou o baterista do Blink-182 em entrevista ao Wall Street Journal. O artista sobreviveu a um acidente aéreo, que deixou 4 mortos, há 16 anos. Travis Barker, do Blink-182, no palco do Lollapalooza 2024
Fabio Tito/g1
Travis Barker afirmou que a queda do avião da Voepass, em Vinhedo, o deixou em crise e o fez ter flashbacks do acidente aéreo que ele sofreu em 2008.
O baterista do Blink-182 ficou gravemente ferido em um acidente de avião nos Estados Unidos, que deixou quatro mortos. O acidente ocorreu durante a decolagem. Controladores de voo relataram a ocorrência de faíscas na aeronave, que, logo depois, saiu da pista e se chocou contra uma cerca, pegando fogo e parando perto de uma rodovia.
Ao ler as notícias sobre o acidente com a aeronave da Voepass, em agosto, que deixou 62 mortos, Travis entrou em crise e não conseguiu mais voar para as apresentações de sua turnê com a banda. O relato foi feito durante uma entrevista do músico para o Wall Street Journal.
“Eu fiquei bem por um tempo. Mas aquele acidente aéreo brasileiro me fez surtar quando eu estava na Europa. Que deus abençoe as almas de todas essas pessoas”, afirmou Travis quando questionado sobre como foi voar novamente após o acidente.
“Eu fui afetado de uma forma que eu não era há muito tempo. E isso me levou a ter um dos pesadelos e flashbacks mais realistas que eu já tive desde meu acidente e eu não consegui voar o resto da turnê”, revelou o músico.
“Eu fiz 15 viagens de 19 horas de ônibus, fiz trajetos de balsas. Eu só tive que voar para a Europa e voltar. Mas eu não estou bem para voar agora e eu vou viajar de ônibus até o restante do ano. Eu tenho meus momentos bons e meus momentos ruins. E por agora eu estou realmente fragilizado.”
Cenipa divulga hoje relatório preliminar sobre causa da queda do avião da Voepass

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Ponto a ponto: quem é Sean Diddy Combs e quais são as acusações que envolvem sua prisão

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Rapper americano foi preso em Manhattan, em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações em 16 de setembro. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações. Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
A prisão de Sean Diddy Combs em 16 de setembro movimentou a indústria da música, levantou teorias nas redes sociais e fez explodir as buscas pelo nome do rapper na internet.
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, ele foi preso em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações. No meio disso, houve a divulgação de um vídeo que mostra Diddy arrastando e chutando Cassie Ventura, sua então namorada, no corredor de um hotel.
Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão. A seguir, entenda, ponto a ponto, quem é o rapper, como ele ficou famoso, a ligação com outros músicos e atores de Hollywood, quais são as suspeitas, as denúncias, o que a imprensa internacional relata e o que diz a defesa de Diddy.
Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
Foi criado pela mãe após seu pai ser assassinado em 1972 e cursou administração na Universidade de Howard.
Tem sete filhos, com quatro mulheres diferentes:
O mais velho, Quincy, que hoje tem 33 anos, foi adotado após a morte da mãe, a modelo Kim Porter, vítima de pneumonia em 2018, e com quem o rapper teve um longo e instável relacionamento.
Por ordem de idade, o segundo é Justin, de 30 anos, fruto do relacionamento com a estilista e designer de moda Misa Hylton.
O terceiro é Christian, que tem 26 anos e é o primeiro filho biológico de Diddy com Porter.
A quarta é Chance, hoje com 18 anos, fruto do seu envolvimento com a empresária Sarah Chapman (enquanto ainda estava casado com Kim Porter).
Cinco meses após o nascimento de Chance, Diddy e Porter tiveram as gêmeas, D’Lila e Jessie, que têm hoje 16 anos. O casal terminou o relacionamento e as gêmeas cresceram ao lado de Chance de forma harmoniosa.
Em dezembro de 2022, Diddy surpreendeu os fãs ao anunciar o nascimento da caçula, batizada de Love Sean. A bebê de quase dois anos é filha de Diddy com a modelo Dana Tran.
⚠️Contexto: No começo dos anos 2000, no auge de sua carreira, Diddy dava festas disputadas e frequentadas por famosos e até políticos. Não havia registros, na época, de acusações contra o rapper. Em 2017, Diddy foi perfilado pela prestigiada revista Vogue (edição americana). O texto ressaltava o interesse específico do rapper por diamantes.
Como ele ficou famoso?
Diddy é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. É considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais populares dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.
Caso Diddy: quem são os famosos citados nas notícias do escândalo
Ligação e proximidade com famosos
Não é segredo que Diddy fez amizades diversas na indústria do entretenimento. Em 30 anos de carreira, são várias as fotos públicas ao lado de nomes de peso como Jay-Z, Ashton Kutcher e Justin Bieber, por exemplo. Ele também namorou a cantora e atriz Jennifer Lopez, que em entrevistas antes das acusações já disse que ele era infiel e a fazia sofrer (ela não se manifestou, até o momento, sobre a prisão).
Em um texto intitulado “These Famous Friends Of Diddy Haven’t Spoken Up About His Assault Allegations” (“esses amigos famosos de Diddy não se manifestaram sobre as alegações de agressão”, em tradução livre), a revista americana “Forbes” listou nomes que já foram fotografados com o rapper, que estiveram em festas dadas por ele ou na companhia dele, de amigos que já trocaram elogios públicos em entrevistas e de mulheres com quem o rapper se relacionou.
Em 1997, Jay-Z atuou com o rapper em uma faixa do álbum de estúdio de estreia de Diddy, “No Way Out”.
De acordo com a “Forbes”, Diddy e Kutcher se conheceram quando ambos estrelavam programas da MTV nos anos 2000 e, então, viraram amigos.
Já Bieber ficou próximo de Diddy em uma situação delicada, quando ainda era menor de idade e despontava para o sucesso. Há um vídeo antigo, de 2014, em que o rapper conta que os dois passariam 48 horas juntos e diz “vamos ficar completamente loucos” — Bieber tinha 15 anos na época e aparece sorrindo quando Diddy fala.
Alvo de processos por agressão sexual, rapper Sean ‘Diddy’ Combs é preso nos EUA
Em 2019, Diddy comemorou 50 anos em uma badalada festa. De acordo com a “Vanity Fair”, a lista de convidados incluía nomes como Beyoncé, Jay-Z, Kanye West, Kim Kardashian, Leonardo DiCaprio, Pharrell, Jimmy Iovine, Naomi Osaka, Cardi B, Offset, Lizzo, Janelle Monáe, Nelly, Kate Beckinsale, Snoop Dogg, Ted Sarandos, Queen Latifah, Post Malone, Regina King, Lauren London, Jaden Smith e Jack Dorsey.
A publicação relatou, na época, que Diddy disse se sentir “abençoado por ter chegado aos 50” e que estava feliz por ter celebrado com “amigos e familiares mais próximos”.
Prisão
Diddy foi preso no hotel Park Hyatt, na rua 57, em Nova York, na noite do dia 16 desde mês, uma segunda-feira. Ainda não há data para o julgamento.
Segundo a imprensa internacional, caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua. De acordo com o jornal “The New York Times”, as seguintes acusam estão na denúncia contra ao rapper:
“Durante décadas”, Diddy “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações”, diz o documento da acusação, que também afirma que ele usava seu “império” musical para atingir seus objetivos.
O promotor Damian Williams disse à imprensa internacional que Diddy construiu um sistema baseado na violência para obrigar as mulheres a “longas relações sexuais”, sob efeitos de drogas e cetamina, e que o rapper gravava esses abusos.
“Quando não conseguia o que queria, era violento, (…) chutava e arrastava as vítimas, às vezes pelos cabelos”, disse o promotor. O pedido de fiança foi negado e, até a publicação deste texto, Diddy permanecia preso e sem data para o julgamento. Ele nega as acusações.
Investigações
O nome do rapper, entretanto, já estava na imprensa internacional — não por bons motivos — meses antes.
A primeira acusação formal partiu da cantora e ex-namorada Cassie Ventura em novembro de 2023. Ela o processou por abuso sexual. Cassie também disse que Diddy “exigia que ela se envolvesse em atos sexuais forçados” e que ele a obrigava a fazer sexo com outros homens enquanto era filmava.
O processo de Cassie foi encerrado no mesmo mês sem que detalhes tenham vindo a público.
Também em setembro, um presidiário do Michigan que acusou Diddy de drogá-lo e de ter abusado dele sexualmente em uma festa há 30 anos ganhou uma batalha judicial contra o rapper. Segundo o relatado, Derrick Lee Smith venceu a disputa durante uma audiência virtual após Diddy não comparecer.
Depois disso, mais pessoas se apresentaram com acusações contra Diddy. Uma mulher disse que Diddy a estuprou duas décadas atrás, quando ela tinha 17 anos.
Em fevereiro deste ano, um produtor musical entrou com uma ação alegando que Diddy o coagiu a contratar mulheres e o pressionou a fazer sexo com elas.
E, em maio, a CNN, rede de televisão americana, divulgou um vídeo em que Diddy é visto, de toalha amarada na cintura, arrastando, jogando no chão e chutando Cassie no corredor de um hotel. O caso aconteceu em março de 2016 em Los Angeles, também nos EUA. O vídeo foi usado no processo de Cassie.
Segundo a imprensa internacional, um trecho do processo encerrado diz que o rapper “deu um soco no rosto da sra. Ventura, deixando-a com um olho roxo” no episódio ocorrido no hotel e gravado pelas câmeras de segurança. Cassie, então, teria esperado até que Diddy adormecesse para tentar sair do hotel, mas Diddy percebeu.
Também em maio, o site “TMZ” noticiou que a modelo Crystal McKinney entrou com um processo contra Diddy. De acordo com a denúncia, apresentada em Nova York, ela afirmou que foi “drogada e sexualmente agredida” em 2003 por Diddy após um evento da Semana de Moda Masculina na cidade.
Repúdio e indignação
Depois da prisão de Diddy, o atual prefeito de Nova York, Eric Adams, exigiu que o rapper devolvesse a simbólica chave da cidade que ele recebeu em setembro de 2023.
A Universidade Howard, onde Diddy estudou, rescindiu o título honorário que havia dado ao rapper, retirou seu nome de um programa de bolsas de estudo e devolveu uma doação de US$ 1 milhão, segundo reportagem de “The Guardian”.
Até o momento, dois importantes rappers se manifestaram publicamente contra Diddy: 50 Cent e Eminem.
Em julho, 50 Cent disse ao site “The Hollywood Reporter” que Diddy mente “sobre tudo”.
O que diz a defesa de Diddy
Agora, em setembro, no dia seguinte à prisão de Diddy, um advogado do rapper, Marc Agnifilo, afirmou que seu cliente havia se mudado voluntariamente para Nova York em antecipação às acusações.
Em dezembro do ano passado, após as acusações de Cassie, Diddy postou um “CHEGA” em caixa alta nas redes sociais, também como citado em reportagem de “The Guardian”.
“Alegações repugnantes foram feitas contra mim por indivíduos que buscam um dinheiro rápido. Deixe-me ser absolutamente claro: eu não fiz nenhuma das coisas horríveis que estão sendo alegadas. Eu lutarei pelo meu nome, pela minha família e pela verdade”, acrescentou.
Depois da divulgação do vídeo de Cassie, Diddy postou um vídeo se desculpando, “Fiquei enojado quando fiz isso e estou enojado agora”.
Sobre o caso do presidiário mencionado acima, um advogado de Diddy disse, na época, que o rapper não conhecia o homem e que pediria a anulação da sentença. E também afirmou que o homem cometeu “fraude no tribunal”, segundo reportagem do “Guardian”.
Nesta terça-feira (24), os filhos filhos de Diddy com Porter divulgaram uma nota conjunta repudiando os falsos rumores que passaram a circular de que a mãe deles estaria escrevendo um livro antes de morrer.
Eles também reafirmaram que a causa da morte da mãe foi estabelecida há muito tempo e pediram respeito.
“Nossa mãe deve ser lembrada pela bela, forte, gentil e amorosa mulher que ela era. Sua memória não deve ser manchada por horríveis teorias da conspiração. […] Estamos profundamente tristes que o mundo tenha feito um espetáculo do que foi o evento mais trágico de nossas vidas.”

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Não é só a Anitta… relembre cantoras que namoram (ou namoraram) com atletas

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Shakira, Nicole Scherzinger, Taylor Swift, Victoria e Elza Soares são artistas que já escolheram atletas como companheiros. Vinicius Souza e Anitta
Reprodução/Instagram
Anitta postou fotos ao lado do Vinicius Souza no perfil dela no Instagram e deu a entender que está em um relacionamento com o jogador de futebol revelado pelo Flamengo e hoje no Sheffield United, time da segunda divisão da Inglaterra. Assim como ela, outras cantoras namoram (ou já se relacionaram) com esportistas.
Shakira e Gerard Piqué
shakira pique
Reuters
A cantora colombiana começou seu relacionamento com ex-jogador da seleção espanhola Gerard Piqué em 2010. Eles tiveram dois filhos, Sasha e Milan, mas o casamento terminou em 2022 com acusação de traição.
Iza e Yuri Lima
O jogador Yuri Lima e a cantora Iza
Reprodução/Instagram
Em 2023, Iza e o jogador de futebol Yuri Lima assumiram o namoro no Dia dos Namorados nos Estados Unidos. Em julho desde ano, grávida da primeira filha do casal, ela anunciou a separação: “Ele me traiu”.
Taylor Swift e Travis Kelce
Taylor Swift e Travis Kelce
REUTERS/Mike Segar
As especulações que a cantora e o jogador de futebol americano estariam juntos começaram a surgir no final de 2023. Em uma entrevista para o jornal “Wall Street Journal”, Travis disse que familiares da cantora o ajudaram a chamar atenção de Taylor e que nunca tinha namorado ninguém “com esse tipo de aura”. Para alegria dos swifities, eles seguem firmes e fortes.
David Beckham e Victoria Beckham
David e Victoria Beckham no casamento real
Chris Radburn/pool via AP
Juntos há 15 anos, o ídolo do Manchester United ganhou o coração da ex-Spice Girl. O casal tem quatro filhos: Brooklyn, Harper, Cruz e Romeo.
Lewis Hamilton e Nicole Scherzinger
Lewis Hamilton e Nicole Scherzinger
Mark Thompson/Getty Images/Ian West/POOL/AFP
Eles ficaram juntos por sete anos, mas o casal se separou em 2015. De acordo com a imprensa europeia, ex-integrante das Pussycat Dolls teria pressionado o piloto de Fórmula 1 a se casar.
Leo Moura e Perlla
Leo Moura e Perlla
Eduardo Moura/GloboEsporte.com/ Divulgação
Após dois anos de namoro, o casal decidiu se separar em 2009. Eles chegaram a tentar uma reconciliação, mas decidiram terminar o noivado após rumores de que o jogador teria tido uma filha fora do relacionamento.
Garrincha e Elza Soares
Elza Soares e Garrincha
Reprodução
O romance da cantora com o craque – então casado com Nair Marques -começou em 1962. A cantora chegou a ser acusada injustamente de ter destruído a família e a carreira do jogador. Depois de 16 anos de casamento, o relacionamento teve fim por conta das agressões físicas e da luta de Elza contra o alcoolismo de Garrincha.

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