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Festas e Rodeios

Por que o Autódromo de Interlagos virou o palco dos festivais em São Paulo em 2023?

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Entre março e dezembro, Lollapalooza, The Town e Primavera Sound levaram centenas de milhares de pessoas ao espaço para curtir alguns dos principais e mais concorridos shows do ano no país. Autódromo de Interlagos, o point dos festivais
Muito mais do que um amontoado de pistas para carros e motocicletas, o Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, foi em 2023 o point dos festivais de música que rolaram na cidade.

Entre março e dezembro, Lollapalooza, The Town e Primavera Sound levaram centenas de milhares de pessoas ao espaço para curtir alguns dos principais e mais concorridos shows do ano no país. Dez anos atrás, no entanto, o Autódromo estava bem longe de ser o lar queridinho dos festivais.
O que explica, então, a disputa pela área? Como é a negociação para usá-la? Não há nenhuma outra opção em São Paulo? O que podemos esperar para o futuro dos festivais na cidade?
Em busca dessas respostas, o g1 ouviu profissionais do mercado de shows e te conta tudo a seguir.
Multidão no terceiro dia de Lollapalooza
Rafael Leal / g1
Jockey Club: o fim de um namoro
Quando chegou ao Brasil, em 2012, o Lolla aconteceu num ambiente que, em vez de ser lembrado pelo automobilismo, é atrelado ao hipismo: o Jockey Club.
O namoro entre Lolla e Jockey até deixou marcas de lama nos sapatos dos fãs de Arctic Monkeys e de Foo Fighters — os headliners daquela edição —, mas permaneceu somente até o ano seguinte, quando sujou os pés dos fãs de The Killers e The Black Keys.
Lama atrapalhou acesso do público aos palcos do Lolla em 2013
g1
Em 2014, o festival migrou para o Autódromo, travando ali uma relação bem mais estável do que a anterior. Só lá já foram oito edições. E tem mais uma vindo para a conta, em março de 2024.
Provavelmente, duas das principais razões para o Lolla ter deixado o Jockey são a associação de moradores do local e a expansão do público do festival.
No Jockey , o som das atrações rendia tantas reclamações raivosas da vizinhança que, para evitar dores de cabeça, o evento mudou de endereço.
Além disso, ele cresceu de plateia, saltando de 60 mil pessoas a 80 mil, segundo sua organização. E a partir de 2017, o Lolla passou a ter públicos de 100 mil.
Franz Ferdinand se apresentando no Lollapalooza 2013
Raul Zito/G1
O Jockey chegou a sediar outro megafestival, em 2015, o Brahma Valley, mas também ouviu críticas dos moradores.
Atualmente, o espaço vive uma crise, que vai desde a discussão de um projeto de lei que proíbe o uso de animais em atividades esportivas que aceitam apostas até a possibilidade de o Jockey ser transformado num parque, em meio aos debates do novo Plano Diretor da capital.
´Público do Brahma Valley, em 2015
Flavio Moraes/G1
Anhembi: uma esperança para o futuro?
Outro lugar que já abrigou um festival famoso é o Distrito Anhembi. Em sua estreia no Brasil, no ano passado, o Primavera Sound levou para lá nomes como Lorde e Travis Scott.
Com um público diário de 55 mil pessoas, segundo a organização do evento, o festival conquistou ali os fãs da chamada música alternativa. Pouco tempo depois, anunciou que, neste ano, mudaria para o Autódromo.
Lorde no Primavera Sound 2022 em SP
Divulgação / Pridia
Apesar de ter recebido críticas pelas árvores que dificultaram a visão do palco principal daquela edição, o evento havia sido bastante elogiado, o que, então, plantou a dúvida: por que migrar?
Desde abril de 2023, o Anhembi passa por uma reforma, o que, obviamente, influenciou nessa decisão. Mas outros fatores também podem ter se somado à circunstância. Entre eles, o interesse do Primavera em se vender como um festival das mesmas proporções do Lollapalooza e do The Town — embora seu público seja menor e mais nichado.
Carly Rae Jepsen agita público do Primavera Sound com “Call Me Maybe”
A possibilidade de o evento retornar às origens parece pequena. Muitas pessoas curtiram sua nova casa e deixaram isso explícito tanto nas redes sociais quanto nas entrevistas que o g1 fez na edição deste ano.
Ainda assim, existe a expectativa de que, após ser reformado, o Anhembi se torne um promissor espaço para megaeventos.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo diz que “com investimento de R$1,5 bilhão, o Distrito Anhembi está se transformando no maior centro de eventos da América Latina”.
Público em segundo dia de Primavera Sound 2023.
Fábio Tito/g1
Autódromo: um espaço, vários usos
Para os profissionais do mercado de shows ouvidos pelo g1, não existe nenhuma outra área em São Paulo que comporte um público de 50 mil ou mais pessoas. Não nos moldes de um festival que oferte palcos simultâneos — e dispense a ira da vizinhança local.
No caso de estádios, por exemplo, mesmo com um bom planejamento, seria difícil impedir que os sons dos palcos se sobrepusessem.
Já parques têm a limitação do espaço. Mesmo o gigante Ibirapuera precisaria conciliar sua área pública com a do festival, o que, novamente, exigiria grande planejamento para um evento de mais de 50 mil pessoas. O C6 Fest, que aconteceu lá, em maio, por exemplo, foi projetado para abrigar pouco mais de 10 mil pessoas.
A fama do Autódromo de point dos festivais, no entanto, não significa que o espaço vem sendo usado de maneira idêntica pelos eventos.
O The Town, que estreou neste ano, descartou as típicas plateias inclinadas do Lolla — com seus “morrinhos de gramado” — e priorizou uma versão plana do público.
Assim como o Rock in Rio, que é seu irmão mais velho, ele não hesitou em lotar a área de ativações. Lojinhas, brindes, brinquedos e distrações literalmente espaçosas ficaram no caminho entre os palcos, em meio à circulação de pessoas.
Muitos reclamaram da disposição dos espaços e, em setembro, Roberta Medina, à frente da organização do evento, disse que, de fato, houve um trecho “que ficou mais constrangido” para a movimentação do público e prometeu resolver o problema na próxima edição, que deve ocorrer em 2025.
Ao contrário do Lolla, tanto The Town quanto Primavera têm seus principais palcos próximos entre si.
O Primavera, aliás, também repetiu a fórmula do ano passado e, diferente dos demais festivais que rolam no Autódromo, apostou em poucas ativações.
A negociação para a realização de eventos no Autódromo de Interlagos envolve desde a oferta de proposta num edital da Prefeitura de São Paulo — sujeita à análise — até o aluguel do espaço em si, que varia de preço dependendo dos interesses de uso.

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A famosa prisão onde rapper Diddy está detido: ‘O caos reina’

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Na semana passada, um juiz de Nova York ordenou que o rapper Sean ‘Diddy’ Combs fosse preso lá depois de promotores federais o terem acusado de tráfico sexual, extorsão e transporte para se envolver em prostituição. Ele se declarou inocente. Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York.
Lucas Jackson/Reuters
Normalmente, o juiz distrital dos Estados Unidos Gary J Brown teria enviado o homem para a prisão federal local para cumprir a pena por fraude fiscal.
Mas uma coisa o deteve: “As condições perigosas e bárbaras que existem há algum tempo no Centro de Detenção Metropolitana do Brooklyn”.
A famosa prisão, comumente conhecida como MDC, está mais uma vez sob os holofotes devido ao seu mais recente detento celebridade.
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Na semana passada, um juiz de Nova York ordenou que o rapper Sean “Diddy” Combs fosse preso lá depois de promotores federais o terem acusado de tráfico sexual, extorsão e transporte para se envolver em prostituição. Ele se declarou inocente.
Réus importantes como Combs às vezes recebem proteção especial quando são presos, e o magnata da música estaria em uma seção do MDC no Brooklyn para detidos que necessitam de proteção especial.
Combs está, de acordo com relatos da mídia local, compartilhando um dormitório com o empresário de criptomoedas Sam Bankman-Fried, que já dirigiu uma empresa avaliada em bilhões, mas foi condenado por múltiplas acusações de fraude em março.
E por ser a única prisão federal na cidade de Nova York, para onde são levadas pessoas envolvidas em casos importantes, a dupla é apenas o último de uma extensa lista de nomes notáveis ​​que passaram pelas portas da instalação.
Essa lista inclui o rapper R Kelly, bem como Ghislaine Maxwell, sócia de Jeffrey Epstein, bilionário acusado de tráfico sexual de menores de idade e que foi encontrado morto em sua cela em 2019.
Leia também:
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Em nova denúncia, mulher diz que foi dopada e estuprada pelo rapper em estúdio
Mas para muitos dos 1.200 presidiários atuais do MDC Brooklyn, a história é diferente.
Numa decisão de condenação em agosto, o juiz Brown citou vários casos de colegas juristas que hesitaram em enviar condenados para a prisão devido às péssimas condições do local.
“As alegações de supervisão inadequada, agressões desenfreadas e falta de cuidados médicos suficientes são apoiadas por um conjunto crescente de provas, com certos casos que são irrefutáveis”, disse ele.
“O caos reina, juntamente com a violência descontrolada”, acrescentou o juiz Brown.
Sua decisão incluiu o caso de um réu que foi esfaqueado várias vezes, mas relatou não ter recebido cuidados médicos, ficando trancado em sua cela por 25 dias. O juiz citou a falta de pessoal e a piora das condições após a pandemia de covid-19.]
Se o Departamento de Prisões decidisse enviar um condenado no caso de fraude fiscal para o MDC, escreveu o juiz, ele anularia a sentença.
Uma história conturbada
O MDC Brooklyn foi inaugurado na década de 1990 e seus problemas remontam a anos.
Em 2019, um incêndio elétrico no auge do inverno causou um apagão, mergulhando a instalação na escuridão e em condições geladas.
Em junho de 2020, um preso, Jamel Floyd, morreu após ser atingido com spray de pimenta lançado por agentes penitenciários da cadeia.
Sua família processou o governo federal por sua morte. Uma análise do Departamento de Justiça concluiu que havia “evidências insuficientes” de que as autoridades penitenciárias “se envolveram em má conduta administrativa”, mas reconheceu que o uso de spray de pimenta violava as regras.
O juiz Brown não é o único juiz a criticar duramente a instalação.
Em janeiro, o juiz Jesse Furman, do Tribunal Distrital Federal de Manhattan, recusou-se a enviar para lá um homem que se declarou culpado em um caso de tráfico de drogas
Depois de inicialmente permitir que o homem, Gustavo Chavez, aguardasse a sentença em liberdade supervisionada, o juiz Furman acabou por deixá-lo fora da MDC e apresentar-se diretamente na prisão onde cumpriria a sua pena.
Em julho, Edwin Cordero, de 36 anos, morreu após ser ferido em uma briga enquanto cumpria pena no MDC.
“As condições decrépitas são realmente alimentadas por este tipo de terrível combinação de circunstâncias”, disse Andrew Dalack, advogado de Cordero e Chávez, à BBC News. “Superlotação, falta de pessoal e falta de vontade política para corrigir as condições.”
Como defensor público baseado no Brooklyn, Dalack representou vários clientes que foram enviados ao MDC. “É um lugar realmente assustador para se estar”, disse ele.
Após a morte de Cordero, o congressista Dan Goldman, que representa o distrito onde está localizada a instalação de Brooklyn, apelou a uma maior supervisão federal para abordar a “falta crônica de pessoal, o confinamento solitário perpétuo e a violência generalizada”.
O Departamento Federal de Prisões, que administra a instalação, afirmou em comunicado que “leva a sério nosso dever de proteger os indivíduos sob nossa custódia, bem como de manter a segurança dos funcionários correcionais e da comunidade”.
Um porta-voz da agência apontou para a criação de uma equipe de ação urgente, que procuraria resolver problemas no MDC, e um esforço contínuo para contratar mais pessoal e resolver um atraso de pedidos de manutenção.
Um relatório de fevereiro de 2024 compilado pelo escritório da Defensoria Federal, onde Dalack trabalha, atribuiu problemas de superlotação ao fechamento de outra problemática prisão localizada em Manhattan, que o governo fechou em 2021 – dois anos após a morte sob custódia de Jeffrey Epstein nesse local.
Eles também disseram que a presença de drogas e outros contrabandos contribui para a atmosfera perigosa das instalações.
A prisão mantém indivíduos que foram condenados por crimes federais, mas uma parte substancial da população aguarda julgamento nos tribunais federais da cidade e ainda não foi considerada inocente ou culpada.
As condições pesaram sobre os clientes do Dalack, que já enfrentavam a perspectiva de um encarceramento mais permanente.
“Não deveria ser o caso de que, enquanto sua vida e sua liberdade estão em risco, você tenha que ser completamente despojado de sua humanidade”, disse ele. “O MDC Brooklyn tem um jeito de realmente derrubar as pessoas e fazê-las se sentirem menos que humanas.”

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Uma noite com (a música de) Djavan na trilha ao vivo de bar do Rio de Janeiro

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♫ COMENTÁRIO
♩ Jantei hoje à noite em bar-restaurante do centro da cidade do Rio de Janeiro (RJ). No cardápio, música ao vivo na voz de um (bom) cantor. Um cantor de barzinho, como tantos que ganham a vida anonimamente na noite enquanto batalham por lugar ao sol no mundo da música.
Além da voz bem colocada do cantor, me chamou a atenção a predominância do cancioneiro de Djavan no repertório do artista. Em cerca de meia hora, duas músicas, Outono e Se…, ambas do mesmo álbum do cantor e compositor alagoano, Coisa de acender (1992).
É curioso o poder da música de Djavan. Passam os anos e passam as modas do mundo da música, mas Djavan nunca sai de moda. Todo mundo canta junto. Todo mundo gosta. E olha que Djavan nunca fez canções do estilo tatibitate.
Se… ainda pode ser considerada uma canção radiofônica, embora muito acima do padrão das canções feitas para tocar no rádio. Já Outono é balada pautada pela sofisticação poética e harmônica.
Mesmo assim, Outono resiste como uma trilha dos bares em todas as estações ao lado de joias do mesmo alto quilate como Meu bem querer (1980), Samurai (1982), Sina (1982), Lilás (1984) e, claro, Oceano (1989). Isso para não falar nos sambas como Fato consumado (1975).
Djavan tem essa particularidade. É um compositor extremamente requintado, mas, ao mesmo tempo, consegue empatia com o público. Todo mundo sabe cantar as músicas de Djavan.
Deve ser por isso que o artista, já com mais de 50 anos de carreira, ainda reina nas trilhas dos bares e restaurantes com música ao vivo. Parece banal, mas é preciso ser gênio para ocupar esse trono ao longo de décadas.

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Pedro Madeira confirma a expectativa com bom álbum entre o samba e o soul

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Cantor e compositor carioca lança o coeso disco autoral ‘Semideus dos sonhos’ em 10 de outubro. Capa do álbum ‘Semideus dos sonhos’, de Pedro Madeira
Gabriel Malta / Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Semideus dos sonhos
Artista: Pedro Madeira
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Em 2018, Pedro Madeira era mais um na multidão de fãs de Iza, na primeira fila de show da cantora, quando ganhou o microfone da artista e, da plateia, fez breve participação no show. Ali, naquele momento, o carioca morador da comunidade de Pau Mineiro, no bairro de Santa Cruz, fã de Iza e de Beyoncé, se revelou cantor para ele mesmo.
Decorridos seis anos e três singles, Pedro Madeira já é cantor e compositor profissional e se prepara para lançar o primeiro álbum, Semideus dos sonhos, em 10 de outubro.
Exposto na capa do álbum em expressiva foto de Gabriel Malta, Madeira já lançou três singles – Chuva (2022), Pássaros (2023) e Bem que se quis (2023) – em que transitou pelo soul nacional da década de 1970 (sobretudo em Chuva) e pelo pop ítalo-brasileiro na (trivial) abordagem do sucesso de Marisa Monte.
No quarto single, Só mais um preto que já morreu, o cantor cai no samba em gravação que chega ao mundo amanhã, 27 de setembro, duas semanas antes do álbum.
Com letra que versa sobre o genocídio cotidiano do povo preto, o samba Só mais um preto que já morreu é composto por Pedro com Bruno Gouveia, parceiro nesta música (e em Pássaros) e produtor musical do álbum em função dividida com Raul Dias nas duas faixas (Raul assina sozinho a produção das outras dez faixas).
Fora do arco autoral em que gravita o disco, Pedro Madeira enaltece o ofício de cantor em Minha missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1981) em arranjo que se desvia da cadência do samba, tangenciando clima transcendental na atraente gravação calcada na voz e nos teclados de Victor Moura.
O canto afinado de Pedro se eleva em Petições (Ozias Gomes e Pedro Madeira), canção que soa como oração de clamor por paz na Terra enquanto lamenta a situação do mundo atual. Arranjo, canto e composição se harmonizam em momento épico do disco.
Entre vinhetas autorais como O outro lado e Introdução ao amor (faixas com textos recitados), Pedro Madeira expõe a vocação para o canto e o som afro-brasileiro na música-título Semideus dos sonhos. Já o fluente ijexá Cheiro de flor exala o perfume do amor entranhado no repertório deste disco feito sem feats e modas.
Parceria de Pedro com o produtor Raul Dias, Perigo é pop black contemporâneo formatado com os músicos da banda-base do álbum Semideus dos sonhos, trio integrado por Jeff Jay (percussão), o próprio Raul Dias (guitarra e baixo) e Victor Moura (teclados). No fecho do disco, o pop soul Terra arrasada se joga na pista para tentar colar um coração partido.
Com este coeso primeiro álbum, Semideus dos sonhos, Pedro Madeira confirma a boa expectativa gerada quando o single Chuva caiu no mundo em novembro de 2022.
Iza teve faro quando deu o microfone para Pedro Madeira na plateia há seis anos.
Pedro Madeira regrava o samba ‘Minha missão’ entre as músicas autorais do primeiro álbum, ‘Semideus dos sonhos’
Gabriel Malta / Divulgação

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