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Festas e Rodeios

Após farras e hit de novela, Jamie Cullum sossegou: ‘Prazeres da vida são muito menores’

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Cantor de jazz pop fala ao g1 sobre tempos em que era chamado de ‘Sinatra de tênis’ e explica por que gravou 24 músicas natalinas. ‘Quando eu hitei’ relembra artistas que sumiram. Quando eu Hitei: Jamie Cullum, o ‘Sinatra de Tênis’ agora curte cantar músicas de Natal
Jamie Cullum já pensou em desistir da música. Ele não se achava tão talentoso assim… Mas, nos anos 2000, esse carinha de cabelo bagunçado e 1,64 m de altura foi a maior aposta do jazz pop.
Ele lotou ginásios no Brasil, tocou em festivais onde artistas do jazz não passavam perto e teve até música bombando em novela. “Mind trick” estava na trilha de “Belíssima”, exibida entre 2005 e 2006.
Hoje, aos 42 anos, Jamie tem duas filhas e é casado com a escritora e modelo Sophie Dahl. Uma foto dos dois abraçados em um carro estampa a capa do álbum “The Pianoman at Christmas”. O disco mais recente é recheado com canções natalinas compostas por ele.
Na série semanal “Quando eu hitei”, artistas do pop relembram como foi o auge e contam como estão agora. São nomes que você talvez não se lembre, mas quando ouve a música pensa “aaaah, isso tocou muito”. Leia mais textos da série e veja vídeos ao final desta reportagem.
O cantor inglês Jamie Cullum em imagem de divulgação do programa na rádio BBC2
Reprodução/Facebook do cantor
Várias das músicas do início de carreira foram feitas para celebrar a vida de um garotão de vinte e poucos anos, incluídas em álbuns como “Twentysomething”, de 2003. Mas como é ter quarenta e poucos?
“Tenho duas crianças agora, que têm oito e dez anos. Eu sempre falo para eles… eles ficam pensando muito em como será a vida quando eles forem mais velhos. E acham que vai ser muito diferente quando, na verdade, de muitas formas você já se sente o mesmo há muito tempo”, diz ele ao g1.
“Então, eu não me sinto tão diferente de quando eu tinha 20 anos, mas acho que sou muito mais realista sobre o que a vida vale para você. Tive a sorte de conseguir mais do que os meus sonhos, acho que percebi agora que os prazeres da vida são muito menores.”
“Você acha que seus prazeres da vida serão esses grandes momentos. E, na verdade, são as pequenas coisas e os detalhes que contam. De certa forma, tudo fica melhor, porque você percebe que não se trata de ir para a lua. Às vezes, é só sobre ir para o jardim.”
Jamie Cullum no começo dos anos 2000 e em foto recente
Divulgação/Facebook do cantor
Antes de sossegar, Jamie fez muita farra, como no clipe de “Mind Trick” (veja trechos no vídeo acima). Por causa da novela, a música fez muito mais sucesso aqui no Brasil do que em outros lugares. Para o cantor, ela tem “vida própria” no Brasil.
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A música do álbum “Catching Tales” foi escrita por ele com o irmão, Ben Cullum. Os dois estavam pensando no Brasil: Jamie namorou por quatro anos a advogada curitibana Isabella Cannel, com quem passou “carnavais maravilhosos” no Brasil.
“Quando compus estava pensando como é quando coisas terríveis podem estar acontecendo em sua vida, mas se a canção é a certa, se a música é certa, então ela pode mudar todo o seu humor. É uma forma imatura de ver o mundo”, reconhece.
O cantor inglês Jamie Cullum
Divulgação/Facebook do artista
Ele lembra que se divertiu muito com o irmão escrevendo a música. “Começamos tipo meio-dia e nós tínhamos apenas um groove, tínhamos a bateria, os teclados e não sabíamos sobre o que seria a música”, recorda.
Foi aí que eles resolveram dar um pulinho no pub da esquina em que eles moravam em Londres. “Comemos um pouco e bebemos alguns drinques durante o dia, uma coisa que não costumo fazer. Voltamos talvez umas quatro ou cinco horas da tarde e já tínhamos um rumo, foi bem direto.”
“Então, foi depois de algumas bebidas e um pouco de comida que percebemos que a música é a resposta para os problemas da vida. Pode não ser verdade, mas naquele momento era.”
O cantor inglês Jamie Cullum
Divulgação/Facebook do artista
Quando ele veio ao Brasil pela primeira vez, em 2006, Jamie fez questão de cantar “Dindi”, do Tom Jobim. E cantou em português mesmo, depois de decorar a letra com a ajuda da então namorada.
“Eu me lembro desse show. Eu lembro de aprender com muito cuidado o português para ‘Dindi’ e agora me lembro de muito pouco da letra. Mas eu lembro de treinar, e de tentar acertar e da alegria do público quando eles me viram cantando no meu português muito fraco.”
De Rihanna a Radiohead
Durante aquelas turnês nos anos 2000, Jamie Cullum também ficou conhecido por tocar muitas covers. E era um repertório que ia de Rihanna a Radiohead, mas também tinha standards do jazz e de musicais (veja trechos no vídeo do topo).
Capa do single ‘Get your way’, de Jamie Cullum
Reprodução
“Eu sempre ouvia música um pouco como os jovens ouvem música agora. Na internet, você sabe que surgem essas conexões surreais. Eu sempre fui assim: um ouvinte curioso de música quando adolescente. Antes da internet, eu ia para minha biblioteca e pegava discos com capas legais, sejam eles de rock progressivo, jazz ou heavy metal ou clássico.”
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Ele garante que nunca fez covers tão diferentes umas das outras para “parecer inteligente” ou para “dar algum recado”.
“Eu ouvia uma música como ‘Don’t Stop the Music’, da Rihanna, e notava que não era apenas uma música pop, tinha uma ótima estrutura. Eu adorava como ela tinha sido criada… da mesma maneira que amava Radiohead, Cole Porter, Jimi Hendrix. É o jeito que minha cabeça funciona. E ainda é assim.”
Então, é Natal
Jamie Cullum e a esposa Sophie Dahl na capa do álbum ‘The Pianoman at Christmas’
Reprodução
Em um álbum de covers lançado em 2018, “The Song Society”, ele incluiu músicas de Ed Sheeran, Justin Bieber, Bruno Mars e uma conhecida na voz da Mariah Carey, “All I Want for Christmas is you”.
Tocar e cantar esse sucesso natalino o fez ver a paixão que tinha pelas músicas feitas para as festas de fim de ano. Ele notou que grandes ídolos dele, como Ella Fitzgerald, Frank Sinatra, Tony Bennett e Ray Charles já tinham se dedicado a álbuns só com músicas sobre o Natal.
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Daí, ele empolgou. Foram 13 músicas natalinas lançadas no fim de 2020. E mais 11 músicas no fim de 2021.
“Eu sou um grande fã de Jack White, do The White Stripes, de qualquer coisa que ele faça. Ele fala muito da liberdade que a limitação te dá, sobre quando você se limita… escrever canções de Natal é assim: você fica muito limitado sobre o que você pode escrever. Você tem uma paleta de sons e imagens. E neste álbum ‘The Piano Man at Christmas’, eu acho que me surpreendi por escrever algumas das minhas canções favoritas que já escrevi.”
Capa da edição especial do álbum ‘Twentysomething’ (2003), de Jamie Cullum
Reprodução
Se o objetivo hoje é fazer grandes canções natalinas, 20 anos atrás a ambição era outra. Jamie convivia com o insistente rótulo de “Sinatra de Tênis” e viveu por muito tempo com o peso de ser o cara que renovaria o público do jazz.
“Eu achava que eu não era bom o suficiente na música, porque no meu círculo eu estava muito ciente do quão talentosos tantos músicos de jazz eram, mas com públicos muito pequenos”, reflete. “Acho que por misturar o meu jazz com o pop e ser um ‘pacote apresentável’, eu tive muito apoio promocional atrás de mim de uma gravadora… e acho que nas primeiras entrevistas costumava falar sobre como eu não era igual a muitos músicos de jazz que tinham um público menor. E essa foi uma coisa com o qual eu lidava, e fazia eu me sentir vulnerável por isso.”
“Eu estava viajando por todo o mundo, não fui para minha casa por três anos. Eu era jovem, por muito tempo não tinha uma namorada. Eu não tive muito tempo para me preocupar. Eu estava ocupado tocando ou indo para algum lugar divertido, mas essa vulnerabilidade sobre minha musicalidade é algo que eu sempre carreguei comigo.”
Jamie Cullum toca em São Paulo em 2011 no festival Natura Nós
Raul Zito/G1
O tom de lamento, e até certo arrependimento, faz surgir a pergunta: mas você teria feito algo diferente?
“Acho que adoraria ter estudado muito antes”, responde, sem pensar muito. “Estou estudando agora e estive estudando nos últimos dois anos com um professor de música para aprender mais sobre a mecânica da teoria musical e da música clássica, harmonias de jazz.”
“Adoraria ter feito isso antes, porque acho que eu seria melhor agora. Mas a verdade é que estou apenas gostando disso. Não é… não estou fazendo isso para tocar acordes melhores ou algo assim. Eu estou fazendo isso porque me alimenta e estou com fome.”
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Pastel da Zara Larson, picanha do Ed Sheeran e banho de mar do Shawn Mendes: os rolês aleatórios do Rock in Rio

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Festival de música acontece de 13 a 22 de setembro, no Rio de Janeiro. Dennis DJ recebe Zara Larsson em casa após parceria no Rock in Rio
Os artistas internacionais que desembarcaram no Rio de Janeiro para apresentações no Rock in Rio não hesitaram em se esbaldar em “rolês aleatórios” na capital fluminense.
A cantora Zara Larsson, por exemplo, aproveitou a praia com o namorado, conheceu a estátua do Cristo Redentor e provou comidas brasileiras, como o pastel.
🌶️ Sentada em uma mesa de boteco, como definiu a influenciadora Nah Cardoso, Zara se esbaldou com uma porção de pastel frito regado a pimenta após se apresentar no primeiro sábado de festival, dia 14.
👍Questionada se havia gostado, Zara fez sinal de “sim” enquanto mastigava o salgado. Depois, a sueca ainda participou de “churrasquinho e resenha” na casa do Dennis DJ.
🏖️ Shawn Mendes não se contentou em ficar olhando a areia clara de Ipanema apenas da janela do hotel e desceu até a praia para uma voltinha (cercado de seguranças e fãs, claro).
🤳 O alvoroço foi certeiro, mas ele reagiu com bom humor aos inúmeros pedidos de fotos e ainda soltou um “be careful” (tome cuidado, em tradução livre do inglês) para um fã mais alvoroçado.
Shawn Mendes é cercado por multidão de fãs na praia de Ipanema
🎂 O rapper e ator Will Smith ganhou parabéns de Luciano Huck em uma padaria (com participação de clientes e funcionários); se encontrou com Naldo; jantou com Iza, Maju Coutinho e mais famosos; e fez um show para garis.
Will Smith ganha ‘parabéns para você’ em padaria com Luciano Huck
🍕 Já Katy Perry visitou as instalações do “Estrela da Casa!”, reality da Globo, provou chocolate brasileiro, interagiu com fãs da janela do hotel e ainda distribuiu pizza (com ketchup) para quem fez vigília na frente do local.
Katy Perry interage com fãs da varanda de hotel no Rio de Janeiro
🥩O cantor Ed Sheeran também escolheu provar comidas típicas brasileiras. No carro, sem faca e em um pote aparentemente de plástico, ele comeu uma picanha e disse ter gostado muito.
Ed Sheeran come picanha no Rio de Janeiro
Reprodução Instagram

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Rock in Rio tem mais de 20 mil itens barrados na revista: veja o que pode ou não pode levar para o festival

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Itens como tesouras, facas, sinalizadores e drogas estão entre os que foram barrados pela segurança na entrada da Cidade do Rock. Objetos apreendidos na revista da Cidade do Rock
Reprodução
Fãs descartam álcool gel, sucos e outros itens proibidos no Rock in Rio
Mais de 20 mil itens como tesouras, facas, sinalizadores e drogas foram apreendidas e descartadas pela segurança do Rock in Rio até sexta-feira (20), na Cidade do Rock.
“Estamos falando em, aproximadamente, cinco mil itens por dia no mínimo. Vai desde uma lata até capacete brilhante com várias pontas. Além de maquiagem com pincel que pode ser transformado num material de ponte agudo e pode ferir. Impedidos a entrada de sinalizadores e drogas. Mesmo o festival alertando que não pode entrar com várias coisas, as pessoas tentam entrar”, diz Frank Ribeiro, diretor-executivo de vendas e marketing da Segu
O que pode ou não levar?
Proibidos:
Guarda-chuva
Garrafas de vidro ou de metal independentemente da capacidade;
Garrafas com embalagem superior a 500ml;
Vapes;
Embalagens rígidas e com tampa (exemplo: potes de plásticos do tipo “tupperware”);
Copos térmicos, de vidro ou metal;
Latas;
Capacetes;
Armas de fogo ou armas brancas de qualquer tipo (facas, soco inglês, canivetes, etc);
Brinquedos/réplicas que possam ser identificados erroneamente como armas;
Barracas, bancos, cadeiras, correntes, cordas e lanternas;
Guarda-chuvas;
Objetos pontiagudos;
Objetos perfurantes ou cortantes (tesoura, estiletes, pinças, cortadores de unha, saca-rolhas);
Fogos de artificio, dispositivos explosivos, sinalizadores e aparatos incendiários de qualquer espécie;
Objetos de vidro, plástico ou metal (perfumes, cosméticos, inclusive desodorantes de qualquer tipo, pasta ou escova de dente);
Substâncias inflamáveis e/ou corrosivas;
Sprays;
Máquinas de incapacitação neuromuscular (tasers);
Ponteiros de laser, luzes estroboscópicas ou outros dispositivos emissores de luz;
Bebidas (em qualquer tipo de recipiente), exceto água;
Skate, bicicleta ou qualquer tipo de veículo motorizado ou não;
Isopor, cooler ou qualquer tipo de utensílio para armazenagem;
Bastão de selfie (extensor para tirar autorretrato);
Câmeras fotográficas ou filmadoras profissionais ou com lente destacável;
Objetos profissionais para captura de imagem e som, como, por exemplo: máquinas fotográficas profissionais (lente intercambiável), equipamentos de filmagem profissionais, drones ou outros objetos voadores;
Itens que possam ser utilizados para marketing de emboscada;
Substâncias venenosas e/ou tóxicas, incluindo drogas ilegais;
Bandeiras ou cartazes contendo mensagens ou símbolos com divulgações comerciais ou ainda com referências a causas discriminatórias, ofensivas, homofóbicas, racistas ou xenófobas;
Drones;
Buzinas de ar comprimido;
Megafones, computadores portáteis, tablets, powerbank de dimensões superiores a um aparelho celular;
Tintas, corantes e outros produtos relacionados;
Bolsas/malas/mochilas (com ou sem alça) de grandes dimensões.
Permitidos:
Garrafas plásticas e transparentes de até 500ml contendo água, com tampa;
Batom;
Alimentos, com um limite de até 05 (cinco) itens por pessoa;
Protetor solar;
Protetor labial;
Repelente;
Boné;
Viseira;
Capa de chuva.
Tem guarda-volumes?
Sim, há armários pagos que já podem ser contratados no site. Mas neles não pode ser guardado nenhum dos itens acima.
Há 3 tipos de locker, variando por capacidade, custando de R$ 48 a R$ 78 por noite. Cada armário tem saída USB para carregar celular, mas é necessário levar o cabo.

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Cerveja fabricada no interior de SP abastece o Rock in Rio; saiba como funciona a produção da bebida

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Quase 1 milhão de litros de cerveja e ‘chopp’ estão sendo servidos na 40ª edição do festival do RJ. A bebida do festival foi produzida por três cervejarias do país. O g1 visitou uma delas em Jacareí, no interior de São Paulo, para mostrar como funciona o processo de produção. Imagem de arquivo – Cerveja e chopp são bebidas muito consumidas durante o Rock in Rio.
Érico Andrade/g1
Além de shows com artistas renomados do mundo inteiro, o Rock in Rio conta também com outras ações para o público, como brinquedos de aventura, atividades para ganhar brindes e uma estrutura que funciona como uma praça de alimentação. No ramo das bebidas, um número chama a atenção: são quase um milhão de litros de cerveja e chopp para atender o público.
Segundo a organização, foi montada uma grande estrutura para servir as bebidas durante a edição que comemora os 40 anos do festival na Cidade do Rock, zona oeste do Rio de Janeiro.
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Segundo a indústria que produz a cerveja, pelo menos 850 mil litros dos produtos saíram de três cervejarias diferentes – Jacareí (SP), Araraquara (SP) e Blumenau (SC) – em 15 carretas, com capacidade de 35 mil litros cada, e 6 mil barris que totalizam 300 mil litros das bebidas.
O g1 visitou a fábrica da Heineken em Jacareí (SP), onde boa parte da cerveja e do ‘chopp’ do Rock in Rio foram produzidos, para entender como funciona o processo de fabricação desses produtos que são grandes paixões do brasileiro.
Tanques de cerveja da fábrica da Heineken em Jacareí (SP)
Léo Nicolini/g1
🍺Processos de fabricação da cerveja
Antes de entender os processos de fabricação da cerveja, é preciso entender quais são os ingredientes usados no produto. São quatro ingredientes básicos, mas, dependendo da marca, são adicionadas frutas, especiarias e essências. Confira:
Água: compõe mais de 90% da cerveja e é usada em toda a cadeia – do plantio de cereais à produção.
Malte de cevada: a cevada é o principal cereal usado na cerveja. Ela passa por um processo de malteação, em que os grãos são germinados, sendo então capaz de determinar a cor, o aroma e outras características do produto final.
Levedura: são micro-organismos usados na produção para fermentar a bebida. Eles consomem o açúcar extraído do malte de cevada e o transformam em álcool e gás carbônico. Esse ingrediente também ajuda a definir o aroma e o sabor das cervejas.
Lúpulo: é uma planta cujas flores fêmeas são usadas na produção da cerveja. A flor contém glândulas que determinam o nível do amargor do produto. Outro benefício desse ingrediente é que ele age como um conservante natural e evita a contaminação.
Lúpulo, uma das matérias-primas da cerveja
Darlan Helder/g1
O processo de fabricação da cerveja começa justamente na escolha e tratamento dos ingredientes, mas há uma série de outras etapas. Veja abaixo:
Mosturação: os grãos de cevada são moídos e cozidos em alta temperatura, convertendo o amido do cereal em açúcares fermentáveis e produzindo o mosto.
Fervura: o lúpulo é adicionado ao mosto e perde parte do amargor. Nesta etapa, o sabor e o aroma da cerveja já começam a ganhar forma.
Decantação: é um processo de filtragem que retira o resíduo sólido do lúpulo e componentes insolúveis da mistura.
Resfriamento: como está em alta temperatura, o mosto passa por resfriamento para uma média de 10°C (a temperatura varia dependendo da marca e tipo da cerveja).
Fermentação: é a etapa em que a levedura é adicionada ao mosto para consumir o açúcar do malte e transformá-lo em álcool e gás carbônico, que gera a espuma da cerveja.
Maturação: é o momento em que o excesso de levedura é retirado do líquido e o aroma e o sabor da cerveja são lapidados – inclusive quando são adicionadas essências na cerveja, como por exemplo algum extrato de fruta.
Filtração: nesta etapa, o líquido passa por uma nova filtração, mas dessa vez com o objetivo de deixá-lo mais límpido e claro – algumas cervejas mais escuras não passam por esse processo.
Envase: a cerveja é armazenada em tanques e, em seguida, colocada e rotulada nos diferentes recipientes, como latas, long necks, garrafas de vidro e barris.
Pasteurização: última etapa da fabricação da cerveja, em que o líquido passa por um ‘choque térmico’ para aumentar a validade do produto. O líquido é envasado gelado, a até 2°C, e passa para 60°C na pasteurizadora. Depois, é novamente resfriado e mantido em temperatura ambiente até a venda para as distribuidoras.
Simulação do setor de envase das cervejas da Heineken em Jacareí (SP)
Divulgação/Heineken
Segundo a empresa, o tempo de produção depende de cada marca, mas o processo é quase sempre o mesmo, começando pela malteação: o grão de cevada sai do campo e é malteado por fornecedores. Depois, o malte é levado para as cervejarias e é transformado através do processo de fabricação. Na sequência, é adicionada o lúpulo e o líquido é fervido, chegando no ‘mosto’.
“Depois a gente passa por um processo de fermentação, maturação desse líquido e filtração, para depois partir para a área de envasamento nas latas, garrafas, barris, nas embalagens que a gente tem para poder atender as necessidades do consumidor”, explicou o vice-presidente de produção do Grupo Heineken no Brasil, Rodrigo Bressan.
No caso das cervejas que estarão no Rock in Rio, a produção leva no mínimo 21 dias e no máximo 28 dias. Outras marcas podem demorar bem menos para serem produzidas – cerca de 11 dias.
Cerveja no Rock in Rio
Divulgação/Grupo Heineken
❓ Qual a diferença entre chopp e cerveja?
A principal diferença é que o chopp não passa pelo processo de pasteurização. Isso quer dizer que, até passar pela pasteurização, toda cerveja ainda é chopp.
Essa etapa tem como objetivo aumentar a validade do produto – enquanto o chopp tem duração de cerca de 60 dias, a cerveja (a depender da marca) tem duração de cerca de nove meses.
A fábrica da Heineken em Jacareí pertencia à Kaiser desde 1987, mas foi comprada pela empresa holandesa em 2010.
G1 em 1 Minuto: Quanto custa comer no Rock in Rio? Balde de pipoca sai por R$ 60
Tanques horizontais de cerveja da fábrica da Heineken em Jacareí (SP)
Léo Nicolini/g1
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