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Festas e Rodeios

Eis dez grandes álbuns brasileiros que fazem 50 anos em 2024

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Lista inclui discos de Beth Carvalho, Cartola, Clara Nunes, Chico Buarque, Elis Regina, Gal Costa, Jorge Ben, Martinho da Vila, Raul Seixas e Tom Jobim. Capas de dez álbuns brasileiros lançados em 1974
Reproduções / Montagem g1
♪ MEMÓRIA ♫ DISCOS DE 1974 – Para a música brasileira, o ano de 1974 não foi tão renovador quanto 1973, ano de fundamentais estreias fonográficas como as de Fagner, Luiz Melodia (1951 – 2017), João Bosco, Raul Seixas (1945 – 1989), Secos & Molhados e Sérgio Sampaio (1947 – 1974), entre outros nomes.
Basta dizer que quatro dos maiores ícones da MPB – Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Milton Nascimento – lançaram apenas discos ao vivo com registros de shows em 1974.
Em compensação, Elis Regina (1945 – 1982) apresentou nada menos do que dois (antológicos) álbuns de estúdio, sendo um gravado com Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994).
Em síntese, a produção fonográfica brasileira de 1974 foi pautada por discos que confirmaram tendências e talentos projetados desde o início da década. Ainda assim, para celebrar o ano novo, o Blog do Mauro Ferreira lista dez grandes álbuns de estúdio que se tornam cinquentenários em 2024.
♪ Eis, por ordem alfabética dos títulos do discos, dez álbuns de 1974 que resistem bem ao tempo ao longo desses 50 anos:
Capa do álbum ‘A tábua de esmeralda’, de Jorge Ben Jor
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♪ A tábua de esmeralda – Jorge Ben Jor
O alquimista chegou com mais um grande disco. Imerso em universo filosófico e medieval, A tábua de esmeralda se tornou um dos álbuns mais cultuados da fase áurea da discografia de Jorge Ben. Calcado no violão do artista, o disco apresentou músicas como Zumbi, Menina mulher da pele preta e, claro, o hit Os alquimistas estão chegando os alquimistas. Foi produzido por Paulinho Tapajós (1945 – 2013).
Capa do álbum ‘Alvorecer’, de Clara Nunes
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♪ Alvorecer – Clara Nunes (1942 – 1983)
A cantora mineira já vinha em escalada ascendente desde que se converteu ao samba, em 1971, em ação orquestrada pelo produtor Adelzon Alves. O álbum Alvorecer consolidou a virada e alçou Clara ao primeiro time de cantoras da música brasileira com o estouro do samba Conto de areia (Romildo Bastos e Toninho Nascimento). O repertório também destacou o samba-titulo de Dona Ivone Lara (1922 – 2018) e Delcio Carvalho (1939 – 2013) e Menino Deus (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro).
Capa do álbum ‘Canta, canta, minha gente’, de Martinho da Vila
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♪ Canta, canta, minha gente – Martinho da Vila
O sambista fluminense explodira em 1969 com o retumbante primeiro álbum solo. Depois, Martinho lançou quatro bons discos com menor repercussão. Canta, canta, minha gente repôs o cantor no topo das paradas. Além da faixa-título, o repertório apresentou o inventivo samba Disritmia, desde então hit obrigatório nos shows do artista.
Capa do álbum ‘Cantar’, de Gal Costa
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♪ Cantar – Gal Costa (1945 – 2022)
Gal baixou o tom neste belo álbum que dividiu opiniões na época por cortar o barato de quem preferia a cantora de agudos lancinantes que levantavam a voz contra a opressão. Produzido por Caetano Veloso e Perinho Albuquerque, com arranjos de João Donato (1934 – 2023), Cantar é disco suave, repleto de grandes músicas então inéditas como Barato total (Gilberto Gil) e A rã (João Donato e Caetano Veloso).
Capa do álbum ‘Cartola’, de Cartola
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♪ Cartola – Cartola (1908 – 1980)
O primeiro álbum solo do bamba carioca projetou definitivamente Cartola. Com arranjos e regências do maestro Horondino José da Silva, o violonista Dino Sete Cordas (1918 – 2006), o disco foi produzido por João Carlos Botezelli (1942 – 2021), o Pelão, tendo sido gravado e mixado em quatro dias com som que remete aos conjuntos regionais dos anos 1940 e 1950. O repertório apresentou joias como Disfarça e chora (Cartola e Dalmo Castello) e Corra e olhe o céu (Cartola e Dalmo Castello), além de ter reapresentado Acontece (1972), O sol nascerá (Cartola e Elton Medeiros, 1964), Sim (Cartola e Osvaldo Martins, 1952 ) e Tive sim (1968). Um clássico entre os clássicos.
Capa do álbum ‘Elis’, de Elis Regina
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♪ Elis – Elis Regina (1945 – 1982)
Eclipsado na discografia da cantora pelo culto ao álbum Elis & Tom, lançado naquele mesmo ano de 1974, o álbum Elis é um dos discos mais coesos da artista. Arranjado por César Camargo Mariano, o álbum apresentou dois standards da parceria então recente de João Bosco com Aldir Blanc (1946 – 2021) – o samba O mestre-sala dos mares e o bolero Dois pra lá, dois pra cá – no repertório dominado por músicas de Milton Nascimento e Fernando Brant (1946 – 2015), autores de Travessia (1967) e das então inéditas Ponta de areia e Conversando no bar. O álbum Elis já valeria somente pela abordagem densa do samba-canção Na batucada da vida (Ary Barroso e Luiz Peixoto, 1945).
Capa do álbum ‘Elis & Tom’, de Elis Regina e Tom Jobim
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♪ Elis & Tom – Elis Regina (1945 – 1982) e Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994)
Um disco com a reunião de um dos maiores compositores do mundo com uma das maiores cantoras do mundo somente poderia resultar fundamental. Os arranjos do pianista César Camargo Mariano – então marido e produtor musical de Elis – inseriram timbres modernos para a época sem macular a obra soberana. Entre as 14 obras-primas do cancioneiro de Jobim, sobressaiu o dueto de Elis e Tom no samba Águas de março (1972), em si tão antológico quanto o disco.
Capa do álbum ‘Gita’, de Raul Seixas
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♪ Gita – Raul Seixas (1945 – 1989)
Após marcar época em 1973 com o primeiro álbum solo, Krig,ha, bandolo!, fazendo rock à moda brasileira como se Elvis Presley (1935 – 1977) tivesse nascido no nordeste que gerou Luiz Gonzaga (1912 – 1989), Raul passou com louvor na prova do segundo disco solo. Produzido por Marco Mazzola, Gita consolidou o sucesso e a verve do artista baiano, estourando músicas como a faixa-título, parceria de Raul com Paulo Coelho, também letrista de Sociedade alternativa e de Medo da chuva. Sozinho, Raul assinou O trem das sete neste disco provocador e místico.
Capa do álbum ‘Pra seu governo’, de Beth Carvalho
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♪ Pra seu governo – Beth Carvalho (1946 – 2019)
Beth Carvalho vinha abrindo alas no mundo do samba desde 1971. Sem espaço na Odeon, gravadora que investia em Clara Nunes como sambista, a cantora foi para a Tapecar. Nessa gravadora nacional de artilharia menos pesada no mercado fonográfico, a artista debutou em 1973 com belo álbum, Canto por um novo dia. Mas foi com o segundo disco na Tapecar, Pra seu governo, que Beth de fato se popularizou no samba por conta do sucesso de 1.800 colinas (Gracia do Salgueiro, 1974). Dali em diante, a carreira da cantora engrenou.
Capa do álbum ‘Sinal fechado’, de Chico Buarque
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♪ Sinal fechado – Chico Buarque
Como a censura vetava as músicas de Chico Buarque assim que via o nome do compositor na letra, a saída foi fazer disco de intérprete, primeiro e único do cantor no gênero. Caetano Veloso mandou o samba Festa imodesta. Gilberto Gil ofereceu Copo vazio, canção cheia de metáforas. E Chico, malandro, foi para a praça outra vez, ludibriando os censores com a criação do pseudônimo Julinho da Adelaide, a quem foi creditado o samba Acorda, amor. O repertório do álbum Sinal fechado incluiu Sem compromisso (Geraldo Pereira e Nelson Trigueiro, 1944), samba desde então recorrente nos roteiros dos shows de Chico Buarque.

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Pedro Madeira confirma a expectativa com bom álbum entre o samba e o soul

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Cantor e compositor carioca lança o coeso disco autoral ‘Semideus dos sonhos’ em 10 de outubro. Capa do álbum ‘Semideus dos sonhos’, de Pedro Madeira
Gabriel Malta / Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Semideus dos sonhos
Artista: Pedro Madeira
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Em 2018, Pedro Madeira era mais um na multidão de fãs de Iza, na primeira fila de show da cantora, quando ganhou o microfone da artista e, da plateia, fez breve participação no show. Ali, naquele momento, o carioca morador da comunidade de Pau Mineiro, no bairro de Santa Cruz, fã de Iza e de Beyoncé, se revelou cantor para ele mesmo.
Decorridos seis anos e três singles, Pedro Madeira já é cantor e compositor profissional e se prepara para lançar o primeiro álbum, Semideus dos sonhos, em 10 de outubro.
Exposto na capa do álbum em expressiva foto de Gabriel Malta, Madeira já lançou três singles – Chuva (2022), Pássaros (2023) e Bem que se quis (2023) – em que transitou pelo soul nacional da década de 1970 (sobretudo em Chuva) e pelo pop ítalo-brasileiro na (trivial) abordagem do sucesso de Marisa Monte.
No quarto single, Só mais um preto que já morreu, o cantor cai no samba em gravação que chega ao mundo amanhã, 27 de setembro, duas semanas antes do álbum.
Com letra que versa sobre o genocídio cotidiano do povo preto, o samba Só mais um preto que já morreu é composto por Pedro com Bruno Gouveia, parceiro nesta música (e em Pássaros) e produtor musical do álbum em função dividida com Raul Dias nas duas faixas (Raul assina sozinho a produção das outras dez faixas).
Fora do arco autoral em que gravita o disco, Pedro Madeira enaltece o ofício de cantor em Minha missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1981) em arranjo que se desvia da cadência do samba, tangenciando clima transcendental na atraente gravação calcada na voz e nos teclados de Victor Moura.
O canto afinado de Pedro se eleva em Petições (Ozias Gomes e Pedro Madeira), canção que soa como oração de clamor por paz na Terra enquanto lamenta a situação do mundo atual. Arranjo, canto e composição se harmonizam em momento épico do disco.
Entre vinhetas autorais como O outro lado e Introdução ao amor (faixas com textos recitados), Pedro Madeira expõe a vocação para o canto e o som afro-brasileiro na música-título Semideus dos sonhos. Já o fluente ijexá Cheiro de flor exala o perfume do amor entranhado no repertório deste disco feito sem feats e modas.
Parceria de Pedro com o produtor Raul Dias, Perigo é pop black contemporâneo formatado com os músicos da banda-base do álbum Semideus dos sonhos, trio integrado por Jeff Jay (percussão), o próprio Raul Dias (guitarra e baixo) e Victor Moura (teclados). No fecho do disco, o pop soul Terra arrasada se joga na pista para tentar colar um coração partido.
Com este coeso primeiro álbum, Semideus dos sonhos, Pedro Madeira confirma a boa expectativa gerada quando o single Chuva caiu no mundo em novembro de 2022.
Iza teve faro quando deu o microfone para Pedro Madeira na plateia há seis anos.
Pedro Madeira regrava o samba ‘Minha missão’ entre as músicas autorais do primeiro álbum, ‘Semideus dos sonhos’
Gabriel Malta / Divulgação

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‘The Last of Us’: 2ª temporada ganha trailer; ASSISTA

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Prévia mostra Kaitlyn Dever como a antagonista Abby. Novos episódios da adaptação de games estreia em 2025. Assista ao trailer da 2ª temporada de ‘The Last of Us’
A segunda temporada de “The Last of Us” ganhou seu primeiro trailer completo nesta quinta-feira (26). Assista ao vídeo acima.
Os novos episódios devem adaptar o segundo game da franquia e estreiam em algum momento de 2025.
A prévia mostra o retorno de Pedro Pascal (“The Mandalorian”) como Joel e Bella Ramsey (“Game of thrones”) como Bella, dois sobreviventes que formam uma ligação imprevista em um mundo pós apocalíptico dominado por criaturas monstruosas.
Também apresenta as primeiras imagens de Kaitlyn Dever (“Fora de série”) como a grande antagonista da história, Abby.
A série da HBO estreou em 2023 e foi uma das mais indicadas ao Emmy daquele ano.

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A reação dos irmãos Menéndez, condenados à prisão perpétua por matar os pais, à nova série ‘Monstros’ da Netflix

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A nova temporada de Monstros conta a história real de dois irmãos que mataram seus pais no final dos anos 1980 em Beverly Hills. Cooper Koch (à esquerda) e Nicholas Chavez interpretam Erik e Lyle Menéndez, respectivamente
Divulgação/Netflix
Uma nova série da Netflix sobre dois irmãos que mataram os pais foi duramente criticada por um dos homens que inspirou a produção.
Monstros – Irmãos Menéndez: Assassinos dos Pais estreou na semana passada e rapidamente se tornou uma das mais assistidas na plataforma de streaming.
A série é protagonizada por Cooper Koch e Nicholas Alexander Chavez como os dois irmãos, e por Javier Bardem e Chloë Sevigny como seus pais.
Lyle e Erik Menéndez são dois irmãos que mataram seus pais milionários em 20 de agosto de 1989. José e Kitty Menéndez foram alvejados com vários disparos à queima-roupa em sua mansão em Beverly Hills.
Os irmãos, que tinham 21 e 18 anos na época, inicialmente disseram à polícia que encontraram os pais mortos ao chegarem em casa.
No entanto, foram julgados e condenados pelo parricídio.
Na época, os irmãos afirmaram que cometeram os assassinatos em legítima defesa, após anos de supostos abusos físicos, emocionais e sexuais.
O Ministério Público, por outro lado, argumentou que eles queriam matar os pais pela herança.
Eles foram sentenciados à prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
Uma “calúnia desalentadora”
Na prisão, e por meio de uma carta publicada no X (antigo Twitter) por sua esposa, Erik Menéndez questionou a produção no dia seguinte à sua estreia, afirmando que se trata de uma “calúnia desalentadora”.
“Eu achava que as mentiras e as representações tendenciosas que recriavam Lyle eram coisa do passado, que tinham criado uma caricatura de Lyle baseada em mentiras horríveis e descaradas e que agora voltam a abundar na série”, destacou.
“Só posso acreditar que fizeram isso de propósito. Com grande pesar, digo que acredito que Ryan Murphy [criador da série] não pode ser tão ingênuo e impreciso sobre os fatos de nossas vidas a ponto de fazer isso sem má intenção”, acrescentou o irmão mais novo.
“É triste para mim saber que a representação desonesta da Netflix das tragédias que cercam nosso crime fez com que as dolorosas verdades retrocedessem vários passos no tempo, para uma época em que a promotoria construiu uma narrativa baseada em um sistema de crenças segundo o qual homens não eram abusados sexualmente e que homens experienciavam o trauma da violação de maneira diferente das mulheres”, continuou.
“Essas mentiras horríveis foram desmentidas e expostas por inúmeras vítimas corajosas que superaram sua vergonha pessoal e falaram com coragem ao longo das últimas duas décadas”, disse Erik.
O drama da Netflix apresenta os assassinatos a partir de diferentes perspectivas e explora o que poderia ter levado os irmãos a matar os pais.
No entanto, a produção se esforça para mostrar as coisas do ponto de vista dos pais, algo que seus criadores afirmaram ter se baseado em uma pesquisa aprofundada.
O que diz o criador da série
Ganhador de um Oscar, Javier Bardem (à esquerda) interpreta o pai dos jovens na série da Netflix
Divulgação/Netflix
A série sobre a família Menéndez é uma continuação da controversa primeira temporada de Monstros sobre o serial killer americano Jeffrey Dahmer, que foi criticada em alguns setores por ser insensível.
Esses dramas foram idealizados por Ryan Murphy, diretor, roteirista e produtor por trás de séries como Glee, Pose, Vigilante, Feud, American Horror Story, Hollywood e Ratched, em parceria com Ian Brennan, com quem também criou Glee.
Em declarações à Entertainment Tonight, Murphy afirmou: “Acho interessante que tenham feito uma declaração sem ter assistido ao programa”.
“É realmente difícil, se se trata da sua vida, ver sua vida na tela”, reconheceu.
“O que me parece interessante, e que ele não menciona em sua declaração, é que, se você assistir ao programa, diria que 60-65% da nossa série se concentra no abuso e no que eles afirmam que aconteceu”, afirmou Murphy.
“Fazemos isso com muito cuidado e damos espaço para que eles contem sua versão, e falem abertamente sobre isso”, continuou.
No entanto, acrescentou Murphy, ele e sua equipe sentiram que era importante também mostrar as coisas do ponto de vista dos pais.
“Neste tempo em que as pessoas podem falar sobre abuso sexual, discutir e escrever sobre todos os pontos de vista pode ser controverso”, apontou.
“Houve quatro pessoas envolvidas, duas delas estão mortas. O que acontece com os pais? Como narradores, tínhamos a obrigação de tentar incluir sua perspectiva a partir da nossa pesquisa, e assim fizemos”, defendeu.
Com informações de Steven McIntosh, jornalista de entretenimento da BBC.
O caso dos irmãos que mataram os pais em Beverly Hills retratado em nova temporada da série ‘Monstros’ da Netflix
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