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Festas e Rodeios

‘Get Back’: guia ajuda a entender momentos e curiosidades do documentário dos Beatles

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G1 explica detalhes sobre o que vemos (e não vemos) na série ‘Get back’. São quase 8 horas divididas em três episódios disponíveis no Disney+. Já faz uma semana que, enfim, todos tiveram acesso a “Get back”, o aguardado documentário sobre a produção do álbum “Let it be”, dos Beatles. Muito já se falou sobre as quase oito horas da série dirigida por Peter Jackson (o mesmo diretor da trilogia “O senhor dos anéis”, entre outros).
Por isso, o g1 faz uma lista de momentos e curiosidades sobre a produção. Nem todos os fatos abaixo podem ser vistos na tela, mas alguns ajudam a entender o contexto do que aconteceu com a banda naquele janeiro de 1969.
Imersão
São os Beatles. São os clássicos que todo mundo conhece e adora. Mas “Get back” não é propriamente uma série fácil. Apesar de só três episódios, a duração de cada um tem, em média, duas horas e meia. Há muitas sequências contemplativas que podem não fazer sentido para os mais impacientes.
Porém, tudo é parte da experiência de imersão proposta por Peter Jackson, que coloca o espectador em companhia de alguns dos músicos mais importantes do século 20. Mais do que um documentário musical, “Get back” precisa ser visto como uma produção sobre pessoas e a relação entre elas, com toda a complexidade e as contradições que isso possa sugerir. Como o próprio Peter Jackson definiu:
“Não há vilões. Não há heróis. É só uma história humana.”
ENTREVISTA: Peter Jackson fala sobre desvendar segredos dos Beatles em ‘Get Back’
Michael Lindsay-Hogg
O prazo era apertado. A animosidade entre John, Paul, George e Ringo só crescia. E um monte de perguntas sem respostas assombrava todos os envolvidos no projeto. Só que boa parte desse clima também foi provocado por Michael Lindsay-Hogg, o diretor contratado para a empreitada. Hogg é invasivo, palpiteiro e fala demais.
Em um de seus vários monólogos, ele tenta convencer os Beatles a fazer o show final em um anfiteatro na cidade de Trípoli, na Líbia. “Teremos tochas acesas iluminando o palco”, repete ele muitas vezes. Ringo é o mais resistente. Não quer sair da Inglaterra. Até que George acaba de vez com as esperanças do diretor: “Só quero terminar o show e poder ir para casa.”
Heroína
Em meados de 1968, John Lennon se tornou frequente usuário da droga. Mas o vício chegou a um patamar mais crítico no ano seguinte, exatamente no período retratado em “Get back”. Na série, é possível perceber alguns dos efeitos dessa dependência, principalmente nas sequências filmadas nos estúdios Twickenham: um Lennon letárgico, distraído e desinteressado.
“Torta de climão”
Um dos momentos mais constrangedores de “Get back” é a aparição surpresa do ator Peter Sellers nos estúdios em Twickenham. Em 1969, Sellers já era um ator famoso — havia estrelado “Dr. Fantástico”, de Stanley Kubrick (1964), e as comédias “Um tiro no escuro” (1964) e “Um convidado bem trapalhão” (1968), ambas de Blake Edwards. E estava escalado para o filme “Um beatle no Paraíso”, ao lado de Ringo Starr.
As filmagens começariam tão logo o projeto dos Beatles estivesse encerrado. Sellers, então, decide visitar os estúdios e dar um “alô” à banda. Mas deu azar. George havia abandonado os colegas e o projeto, e o clima estava péssimo. Sellers acabou recebido com frieza, ouviu meia dúzia de piadas grosseiras de John Lennon e deixou o estúdio bem rapidinho.
‘The Beatles: Get Back’: veja o trailer
Desolação
Num dos trechos mais dramáticos de “Get back”, Paul e Ringo aguardam a chegada de John Lennon para começar os trabalhos de mais um dia. George havia abandonado o barco. E o longo atraso sugeria que Lennon fosse seguir pelo mesmo caminho. Num misto de desespero e tristeza, Paul murmura: “E, então, restaram dois.” Um longo take enche a tela com um close de Paul, que se esforça para evitar as lágrimas.
‘Lucy’
Essa é para aficionados por instrumentos musicais. A guitarra Gibson Les Paul vermelha, que George Harrison toca em vários trechos do documentário, foi um presente de Eric Clapton. Foi com ela que Clapton gravou o célebre solo de “While my guitar gently weeps”, uma das canções mais lembradas de Harrison nos Beatles. George apelidou o instrumento de “Lucy” por causa da atriz e comediante Lucille Ball, que tingia o cabelo de ruivo.
Pelas costas
Em pelo menos duas ocasiões, John e George aproveitam a ausência de Paul para dividir ideias, sinal mais do que evidente de que as coisas estavam realmente caminhando para o fim. Numa delas, George revela que tem muito material acumulado, e que pensa em lançar um álbum solo.
Em outro momento, John se mostra encantado por Alan Klein, candidato a futuro empresário da banda. Paul era contra. Preferia Lee Eastman, nada menos do que o pai de Linda, sua namorada. Essa discordância acabaria sendo um dos motivos principais para o fim dos Beatles. E Klein, a fonte de inspiração para Paul McCartney compor “You never give me your money”, que faria parte do repertório de “Abbey Road”.
Os Beatles gravam em imagem de ‘Get Back’
Divulgação
‘Crise criativa?’
Muito se diz sobre a crise criativa que os Beatles atravessavam naquele período. Analisando mais de perto, o que se percebe é o contrário.
Em menos de um mês, compuseram simplesmente todas as músicas do álbum “Let it be” e metade do que seria o último disco da banda, “Abbey Road”.
Ainda se deram ao luxo de descartar outro tanto de canções que acabariam gravadas em seus primeiros trabalhos solo, como “All things must pass” (George); “Jealous guy” e “Gimme some truth” (John); e “Teddy boy” e “Another day” (Paul).
“Volte para o lugar de onde veio…”
Em 1968, o ex-ministro da Saúde Enoch Powell, do Partido Conservador no parlamento britânico, passou a promover o racismo e a xenofobia depois de uma série de discursos contra a onda de imigração que, segundo ele, ameaçava a Grã-Bretanha. A lábia do político conservador era tão boa que muita gente aderiu às ideias criminosas de Powell. Houve até quem fizesse campanha para que ele se tornasse primeiro-ministro.
A política imigratória britânica, então, passaria a ocupar o noticiário e a motivar manifestações populares de ambos os lados. “Get back” nasceu como uma canção de protesto contra os discursos de Powell. Mas Paul acabou deixando o impulso político de lado (o ativismo era mais a cara de Lennon, como ficaria provado nos anos seguintes).
Só o refrão irônico foi mantido: “Get back to where you once belonged…” (“Volte para o lugar de onde veio…”). Nota de pesar: nos anos 1970, David Bowie, Eric Clapton e Rod Stewart lamentavelmente se revelariam simpáticos aos discursos de Powell. Tal absurdo motivaria a criação do movimento Rock Against Racism.
‘Get Back’
Disney+
A chegada de Billy Preston
A mudança de Twickenham para os estúdios da Apple foi fundamental para tornar o clima mais light entre os Beatles. A chegada do pianista Billy Preston também ajudou. E muito. Preston apareceu a convite de George Harrison e acabou se transformando no quinto beatle durante aquele período.
Diante do novo integrante, a banda passou a se comportar de uma maneira mais cordial, bem-humorada e colaborativa. John e Paul, principalmente, voltaram a se concentrar nas músicas e nos arranjos, que ganharam a valiosa colaboração dos teclados de Preston. “Get back” e “Don’t let me down”, só para citar dois exemplos, não seriam as mesmas sem o talento do músico americano.
‘Rock and Roll Circus’
Em determinado momento, já nos estúdios da Apple, Michael Lindsay-Hogg avisa a John Lennon que é preciso gravar uma introdução para a apresentação dos Rolling Stones em um especial de TV filmado no mês anterior. Trata-se do lendário “Rock and Roll Circus”, um programa que reuniu, além dos Stones, The Who, Jethro Tull e Taj Mahal, entre outros. Lennon canta e toca com Eric Clapton (guitarra), Keith Richards (baixo) e Mitch Mitchell (baterista de Jimi Hendrix). O grupo foi batizado de The Dirty Mac e durou apenas o tempo necessário para o registro das câmeras. Para muitos, a maior (e mais breve) banda de rock de todos os tempos.
A ‘inspiração’ do telhado
Letras, harmonias, melodias, truques em estúdio, capas de disco, clipes. Não se discute que os Beatles tiveram algumas das ideias mais inventivas da história da música pop. Mas fazer um show no topo de um edifício não está entre elas.
Isso porque, em novembro de 1968, o cineasta Jean-Luc Godard — um dos pioneiros da Nouvelle Vague (ou Nova Onda) francesa — já havia filmado a banda californiana Jefferson Airplane tocando sobre o telhado do Hotel Schuyler, em Nova York. A apresentação durou apenas sete minutos. Eles só conseguiram tocar uma música (“The house at Pooneil corners”) antes que a polícia chegasse e acabasse com a festa. Assim como aconteceu em Londres, ninguém foi preso.

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Pastel da Zara Larson, picanha do Ed Sheeran e banho de mar do Shawn Mendes: os rolês aleatórios do Rock in Rio

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Festival de música acontece de 13 a 22 de setembro, no Rio de Janeiro. Dennis DJ recebe Zara Larsson em casa após parceria no Rock in Rio
Os artistas internacionais que desembarcaram no Rio de Janeiro para apresentações no Rock in Rio não hesitaram em se esbaldar em “rolês aleatórios” na capital fluminense.
A cantora Zara Larsson, por exemplo, aproveitou a praia com o namorado, conheceu a estátua do Cristo Redentor e provou comidas brasileiras, como o pastel.
🌶️ Sentada em uma mesa de boteco, como definiu a influenciadora Nah Cardoso, Zara se esbaldou com uma porção de pastel frito regado a pimenta após se apresentar no primeiro sábado de festival, dia 14.
👍Questionada se havia gostado, Zara fez sinal de “sim” enquanto mastigava o salgado. Depois, a sueca ainda participou de “churrasquinho e resenha” na casa do Dennis DJ.
🏖️ Shawn Mendes não se contentou em ficar olhando a areia clara de Ipanema apenas da janela do hotel e desceu até a praia para uma voltinha (cercado de seguranças e fãs, claro).
🤳 O alvoroço foi certeiro, mas ele reagiu com bom humor aos inúmeros pedidos de fotos e ainda soltou um “be careful” (tome cuidado, em tradução livre do inglês) para um fã mais alvoroçado.
Shawn Mendes é cercado por multidão de fãs na praia de Ipanema
🎂 O rapper e ator Will Smith ganhou parabéns de Luciano Huck em uma padaria (com participação de clientes e funcionários); se encontrou com Naldo; jantou com Iza, Maju Coutinho e mais famosos; e fez um show para garis.
Will Smith ganha ‘parabéns para você’ em padaria com Luciano Huck
🍕 Já Katy Perry visitou as instalações do “Estrela da Casa!”, reality da Globo, provou chocolate brasileiro, interagiu com fãs da janela do hotel e ainda distribuiu pizza (com ketchup) para quem fez vigília na frente do local.
Katy Perry interage com fãs da varanda de hotel no Rio de Janeiro
🥩O cantor Ed Sheeran também escolheu provar comidas típicas brasileiras. No carro, sem faca e em um pote aparentemente de plástico, ele comeu uma picanha e disse ter gostado muito.
Ed Sheeran come picanha no Rio de Janeiro
Reprodução Instagram

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Rock in Rio tem mais de 20 mil itens barrados na revista: veja o que pode ou não pode levar para o festival

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Itens como tesouras, facas, sinalizadores e drogas estão entre os que foram barrados pela segurança na entrada da Cidade do Rock. Objetos apreendidos na revista da Cidade do Rock
Reprodução
Fãs descartam álcool gel, sucos e outros itens proibidos no Rock in Rio
Mais de 20 mil itens como tesouras, facas, sinalizadores e drogas foram apreendidas e descartadas pela segurança do Rock in Rio até sexta-feira (20), na Cidade do Rock.
“Estamos falando em, aproximadamente, cinco mil itens por dia no mínimo. Vai desde uma lata até capacete brilhante com várias pontas. Além de maquiagem com pincel que pode ser transformado num material de ponte agudo e pode ferir. Impedidos a entrada de sinalizadores e drogas. Mesmo o festival alertando que não pode entrar com várias coisas, as pessoas tentam entrar”, diz Frank Ribeiro, diretor-executivo de vendas e marketing da Segu
O que pode ou não levar?
Proibidos:
Guarda-chuva
Garrafas de vidro ou de metal independentemente da capacidade;
Garrafas com embalagem superior a 500ml;
Vapes;
Embalagens rígidas e com tampa (exemplo: potes de plásticos do tipo “tupperware”);
Copos térmicos, de vidro ou metal;
Latas;
Capacetes;
Armas de fogo ou armas brancas de qualquer tipo (facas, soco inglês, canivetes, etc);
Brinquedos/réplicas que possam ser identificados erroneamente como armas;
Barracas, bancos, cadeiras, correntes, cordas e lanternas;
Guarda-chuvas;
Objetos pontiagudos;
Objetos perfurantes ou cortantes (tesoura, estiletes, pinças, cortadores de unha, saca-rolhas);
Fogos de artificio, dispositivos explosivos, sinalizadores e aparatos incendiários de qualquer espécie;
Objetos de vidro, plástico ou metal (perfumes, cosméticos, inclusive desodorantes de qualquer tipo, pasta ou escova de dente);
Substâncias inflamáveis e/ou corrosivas;
Sprays;
Máquinas de incapacitação neuromuscular (tasers);
Ponteiros de laser, luzes estroboscópicas ou outros dispositivos emissores de luz;
Bebidas (em qualquer tipo de recipiente), exceto água;
Skate, bicicleta ou qualquer tipo de veículo motorizado ou não;
Isopor, cooler ou qualquer tipo de utensílio para armazenagem;
Bastão de selfie (extensor para tirar autorretrato);
Câmeras fotográficas ou filmadoras profissionais ou com lente destacável;
Objetos profissionais para captura de imagem e som, como, por exemplo: máquinas fotográficas profissionais (lente intercambiável), equipamentos de filmagem profissionais, drones ou outros objetos voadores;
Itens que possam ser utilizados para marketing de emboscada;
Substâncias venenosas e/ou tóxicas, incluindo drogas ilegais;
Bandeiras ou cartazes contendo mensagens ou símbolos com divulgações comerciais ou ainda com referências a causas discriminatórias, ofensivas, homofóbicas, racistas ou xenófobas;
Drones;
Buzinas de ar comprimido;
Megafones, computadores portáteis, tablets, powerbank de dimensões superiores a um aparelho celular;
Tintas, corantes e outros produtos relacionados;
Bolsas/malas/mochilas (com ou sem alça) de grandes dimensões.
Permitidos:
Garrafas plásticas e transparentes de até 500ml contendo água, com tampa;
Batom;
Alimentos, com um limite de até 05 (cinco) itens por pessoa;
Protetor solar;
Protetor labial;
Repelente;
Boné;
Viseira;
Capa de chuva.
Tem guarda-volumes?
Sim, há armários pagos que já podem ser contratados no site. Mas neles não pode ser guardado nenhum dos itens acima.
Há 3 tipos de locker, variando por capacidade, custando de R$ 48 a R$ 78 por noite. Cada armário tem saída USB para carregar celular, mas é necessário levar o cabo.

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Cerveja fabricada no interior de SP abastece o Rock in Rio; saiba como funciona a produção da bebida

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Quase 1 milhão de litros de cerveja e ‘chopp’ estão sendo servidos na 40ª edição do festival do RJ. A bebida do festival foi produzida por três cervejarias do país. O g1 visitou uma delas em Jacareí, no interior de São Paulo, para mostrar como funciona o processo de produção. Imagem de arquivo – Cerveja e chopp são bebidas muito consumidas durante o Rock in Rio.
Érico Andrade/g1
Além de shows com artistas renomados do mundo inteiro, o Rock in Rio conta também com outras ações para o público, como brinquedos de aventura, atividades para ganhar brindes e uma estrutura que funciona como uma praça de alimentação. No ramo das bebidas, um número chama a atenção: são quase um milhão de litros de cerveja e chopp para atender o público.
Segundo a organização, foi montada uma grande estrutura para servir as bebidas durante a edição que comemora os 40 anos do festival na Cidade do Rock, zona oeste do Rio de Janeiro.
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Segundo a indústria que produz a cerveja, pelo menos 850 mil litros dos produtos saíram de três cervejarias diferentes – Jacareí (SP), Araraquara (SP) e Blumenau (SC) – em 15 carretas, com capacidade de 35 mil litros cada, e 6 mil barris que totalizam 300 mil litros das bebidas.
O g1 visitou a fábrica da Heineken em Jacareí (SP), onde boa parte da cerveja e do ‘chopp’ do Rock in Rio foram produzidos, para entender como funciona o processo de fabricação desses produtos que são grandes paixões do brasileiro.
Tanques de cerveja da fábrica da Heineken em Jacareí (SP)
Léo Nicolini/g1
🍺Processos de fabricação da cerveja
Antes de entender os processos de fabricação da cerveja, é preciso entender quais são os ingredientes usados no produto. São quatro ingredientes básicos, mas, dependendo da marca, são adicionadas frutas, especiarias e essências. Confira:
Água: compõe mais de 90% da cerveja e é usada em toda a cadeia – do plantio de cereais à produção.
Malte de cevada: a cevada é o principal cereal usado na cerveja. Ela passa por um processo de malteação, em que os grãos são germinados, sendo então capaz de determinar a cor, o aroma e outras características do produto final.
Levedura: são micro-organismos usados na produção para fermentar a bebida. Eles consomem o açúcar extraído do malte de cevada e o transformam em álcool e gás carbônico. Esse ingrediente também ajuda a definir o aroma e o sabor das cervejas.
Lúpulo: é uma planta cujas flores fêmeas são usadas na produção da cerveja. A flor contém glândulas que determinam o nível do amargor do produto. Outro benefício desse ingrediente é que ele age como um conservante natural e evita a contaminação.
Lúpulo, uma das matérias-primas da cerveja
Darlan Helder/g1
O processo de fabricação da cerveja começa justamente na escolha e tratamento dos ingredientes, mas há uma série de outras etapas. Veja abaixo:
Mosturação: os grãos de cevada são moídos e cozidos em alta temperatura, convertendo o amido do cereal em açúcares fermentáveis e produzindo o mosto.
Fervura: o lúpulo é adicionado ao mosto e perde parte do amargor. Nesta etapa, o sabor e o aroma da cerveja já começam a ganhar forma.
Decantação: é um processo de filtragem que retira o resíduo sólido do lúpulo e componentes insolúveis da mistura.
Resfriamento: como está em alta temperatura, o mosto passa por resfriamento para uma média de 10°C (a temperatura varia dependendo da marca e tipo da cerveja).
Fermentação: é a etapa em que a levedura é adicionada ao mosto para consumir o açúcar do malte e transformá-lo em álcool e gás carbônico, que gera a espuma da cerveja.
Maturação: é o momento em que o excesso de levedura é retirado do líquido e o aroma e o sabor da cerveja são lapidados – inclusive quando são adicionadas essências na cerveja, como por exemplo algum extrato de fruta.
Filtração: nesta etapa, o líquido passa por uma nova filtração, mas dessa vez com o objetivo de deixá-lo mais límpido e claro – algumas cervejas mais escuras não passam por esse processo.
Envase: a cerveja é armazenada em tanques e, em seguida, colocada e rotulada nos diferentes recipientes, como latas, long necks, garrafas de vidro e barris.
Pasteurização: última etapa da fabricação da cerveja, em que o líquido passa por um ‘choque térmico’ para aumentar a validade do produto. O líquido é envasado gelado, a até 2°C, e passa para 60°C na pasteurizadora. Depois, é novamente resfriado e mantido em temperatura ambiente até a venda para as distribuidoras.
Simulação do setor de envase das cervejas da Heineken em Jacareí (SP)
Divulgação/Heineken
Segundo a empresa, o tempo de produção depende de cada marca, mas o processo é quase sempre o mesmo, começando pela malteação: o grão de cevada sai do campo e é malteado por fornecedores. Depois, o malte é levado para as cervejarias e é transformado através do processo de fabricação. Na sequência, é adicionada o lúpulo e o líquido é fervido, chegando no ‘mosto’.
“Depois a gente passa por um processo de fermentação, maturação desse líquido e filtração, para depois partir para a área de envasamento nas latas, garrafas, barris, nas embalagens que a gente tem para poder atender as necessidades do consumidor”, explicou o vice-presidente de produção do Grupo Heineken no Brasil, Rodrigo Bressan.
No caso das cervejas que estarão no Rock in Rio, a produção leva no mínimo 21 dias e no máximo 28 dias. Outras marcas podem demorar bem menos para serem produzidas – cerca de 11 dias.
Cerveja no Rock in Rio
Divulgação/Grupo Heineken
❓ Qual a diferença entre chopp e cerveja?
A principal diferença é que o chopp não passa pelo processo de pasteurização. Isso quer dizer que, até passar pela pasteurização, toda cerveja ainda é chopp.
Essa etapa tem como objetivo aumentar a validade do produto – enquanto o chopp tem duração de cerca de 60 dias, a cerveja (a depender da marca) tem duração de cerca de nove meses.
A fábrica da Heineken em Jacareí pertencia à Kaiser desde 1987, mas foi comprada pela empresa holandesa em 2010.
G1 em 1 Minuto: Quanto custa comer no Rock in Rio? Balde de pipoca sai por R$ 60
Tanques horizontais de cerveja da fábrica da Heineken em Jacareí (SP)
Léo Nicolini/g1
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