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Festas e Rodeios

O episódio de ‘Jornada nas Estrelas’ que previu nos anos 1990 crise que EUA enfrenta hoje

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Na década de 1990, a série previu uma visão distópica dos sem-teto em 2024 que possui paralelos com a realidade. O episódio de ‘Jornada nas Estrelas’ que previu nos anos 1990 crise que EUA enfrenta hoje
Alamy via BBC
É fascinante observar as histórias de ficção futurista como visões, distópicas ou não, do que pode ser o futuro.
Mas as obras mais bem sucedidas conseguem sobreviver e atingir novos públicos, mesmo quando suas previsões forem comprovadamente erradas.
A guerra perpétua de 1984, de George Orwell, não aconteceu até o ano-título da obra. E as viagens interplanetárias de Stanley Kubrick em 2001: Uma Odisseia no Espaço não chegaram com o novo milênio.
Ainda assim, as duas histórias continuam sendo relevantes, décadas depois das suas datas previstas, graças à sua visão abrangente sobre temas de interesse permanente – do autoritarismo até a evolução humana.
Depois de sete décadas, com 13 filmes de longa metragem e 11 séries de TV, Star Trek – Jornada nas Estrelas inevitavelmente incluiu, na sua linha do tempo, previsões de eventos que não se confirmaram.
Na série clássica dos anos 1960, o vilão mais famoso de Jornada nas Estrelas – Khan – apresentou aos espectadores as Guerras Eugênicas, um conflito em massa que ocorreria nos anos 1990, causado por experimentos de engenharia genética humana.
Episódios posteriores das diversas versões da série previram tempos difíceis no futuro. No universo de Star Trek, a Terceira Guerra Mundial teve seu início em 2026 e foi seguida por uma era de “horror pós-atômico”.
Na série ‘Jornada nas Estrelas: Deep Space Nine’, um dos piores erros da história da humanidade chega ao seu auge em 2024
Alamy via BBC
Estas previsões apocalípticas são fundamentais para formar os antecedentes do universo da franquia. Elas delineiam o difícil caminho seguido pela humanidade até chegar ao ambiente idealista dos séculos 23 e 24, onde se passam as ações principais de Jornada nas Estrelas.
As catástrofes previstas podem parecer exageradas, mas elas refletem uma verdade que pode justificar o apelo permanente da série: o sofrimento causado por graves erros pode, em algum momento, conduzir a humanidade para um futuro mais pacífico e igualitário.
Em Jornada nas Estrelas: Deep Space Nine, dos anos 1990, um dos maiores erros da humanidade atinge seu ápice justamente em 2024. Mas, ao contrário dos outros desastres globais previstos pela série, este erro está mais próximo de nós (leia mais abaixo).
No momento em que começamos realmente o ano de 2024, ele permanece um desafio tão urgente quanto na época em que os episódios foram apresentados pela primeira vez.
Imperfeições do passado
O desafio abordado pela série são as dificuldades enfrentadas pelas pessoas em situação de rua. E o erro da humanidade é se esquivar do problema, em vez de resolvê-lo.
A questão é abordada em um episódio dividido em duas partes, intitulado Past Tense (Passado Imperfeito) – o 11º e o 12º da terceira temporada, apresentados em janeiro de 1995.
Nele, o protagonista da série – o comandante Benjamin Sisko – e seus colegas são acidentalmente transportados no tempo. Eles são levados da estação espacial Deep Space 9, no século 24, para São Francisco, na Califórnia (EUA), no ano de 2024.
Quando acordam do seu estado inconsciente após a viagem no tempo, Sisko e o oficial médico da Deep Space 9, Julian Bashir, são confundidos com pessoas sem-teto por policiais armados.
“Existe uma lei contra dormir na rua”, dizem eles aos confusos viajantes do tempo.
Os policiais levam Sisko e Bashir para um local da cidade cercado por muros, conhecido como Distrito Santuário. Ficamos sabendo que aquele lugar foi projetado para separar as pessoas sem-teto e os desempregados do restante da sociedade.
“No início dos anos 2020, havia um lugar como este em cada cidade grande dos Estados Unidos”, explica o comandante para Bashir.
Na série, Sisko é especialista na história do século 21. E, em pouco tempo, ele percebe o significado da sua data de chegada.
Ele recorda que o ódio em torno dos Distritos Santuário atinge um ponto crítico em 2024, resultando em “um dos distúrbios mais violentos da história americana”.
O comandante explica que o levante “irá mudar a opinião pública contra os Santuários. Eles serão derrubados e os Estados Unidos finalmente irão começar a corrigir os problemas sociais que vinha enfrentando há mais de 100 anos”.
Simpsons ‘previu’ nota de R$ 200 em episódio de 2014
A inspiração para os Distritos Santuário
A lição de história do século 21 abala o idealista Bashir.
O médico confessa que nunca quis aprender sobre aquele período porque ele acha “muito depressivo”. Bashir pode servir de uma espécie de representante para o próprio desconforto do espectador ao confrontar a questão.
Este desconforto foi uma inspiração importante para os roteiristas do episódio. Eles acreditavam que os Estados Unidos dos meados dos anos 1990 não estavam enfrentando as dificuldades dos seus cidadãos em situação de rua.
Em uma produção que mostra os bastidores da série, incluída nos DVDs de Deep Space Nine, um dos seus produtores, Ira Steven Behr, relembra a visita que ele fez a Santa Mônica, na Califórnia (EUA), e que inspirou o episódio. Behr foi um dos roteiristas de Passado Imperfeito.
“Era um belo dia”, descreve Behr. Ele observou “pessoas sem-teto em toda parte” e como os turistas “andavam em meio às pessoas sem-teto como se fossem parte do cenário”
Levando a ideia ao extremo, Behr e outro roteirista, Robert Hewitt Wolfe, imaginaram como seria um futuro próximo no qual os sem-teto seriam totalmente ignorados.
Foi assim que surgiu a ideia dos Distritos Santuário.
No episódio em duas partes ‘Passado Imperfeito’, o comandante Sisko e o oficial médico Bashir são levados para o Distrito Santuário – um setor de São Francisco cercado por muros, destinado a receber a população em situação de rua
Paramount via BBC
Para Stephen Pimpare, da Escola Carsey de Políticas Públicas, nos Estados Unidos, este conceito reflete a posição do governo americano em relação aos sem-teto nos anos 1990.
“Os Distritos Santuário são um meio de simplesmente retirar as pessoas sem-teto da visão do público”, declarou ele à BBC. “Vemos isso em exemplos da mesma época em que os episódios foram escritos.”
“Em São Francisco, por exemplo, quando Art Agnos era prefeito [entre 1988 e 1992], houve um grupo de pessoas sem-teto que formou um acampamento não autorizado ao lado da prefeitura. Ele recebeu o nome de Camp Agnos. O prefeito trouxe a polícia e o destruiu.”
Pimpare menciona também as políticas de Rudy Giuliani, quando foi prefeito de Nova York nos anos 1990, como parte dessa política de remoção da população sem-teto da visão pública.
E tudo isso ocorreu poucos anos depois da assinatura, pelo então presidente Ronald Reagan (1911-2004), da Lei Stewart B. McKinney de Assistência aos Sem-Teto, que forneceu dinheiro do governo federal para programas dirigidos às pessoas em situação de rua.
Atualmente, os Distritos Santuário parecem ainda mais plausíveis para algumas das pessoas que trabalharam nos episódios de Deep Space Nine na década de 1990.
O designer gráfico Michael Okuda, envolvido nas produções da franquia desde os anos 1980, foi supervisor de arte de Passado Imperfeito. Para ele, “parece que, às vésperas de 2024, esses Distritos Santuário poderiam facilmente estar nas manchetes desta noite”.
Sua esposa, Denise Okuda, também trabalhou no departamento de arte de Deep Space Nine. E ela concorda.
Para ela, “nós claramente fracassamos no combate às condições que contribuem para a falta de moradia nas cidades americanas. O número de pessoas em situação de rua disparou desde que Passado Imperfeito foi ao ar.”
Em 1990, o Escritório do Censo dos Estados Unidos concluiu que havia 228.621 pessoas sem-teto no país. E, em 2023, o Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos EUA estimou que esse número havia aumentado para cerca de 653.100 pessoas.
No Brasil, existiam 281.472 pessoas em situação de rua em 2022, segundo estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do governo federal.
Mas reunir números precisos sobre a população sem-teto é incrivelmente difícil.
“Os dados sobre esta questão não são bons até hoje”, explica Pimpare. “Eles eram ainda piores nos anos 1990. Por isso, é preciso considerar esses números com muita cautela.”
Os roteiristas de ‘Deep Space Nine’ imaginaram, nos anos 1990, um futuro próximo no qual as pessoas em situação de rua seriam completamente ignoradas
Paramount via BBC
Mas Pimpare acredita que esta aparente tendência negativa tenha sido causada pelas políticas que buscam apenas esconder o problema, em vez de combater as suas causas.
“Você observa isso na retórica atual”, observa ele. “Nós reclamamos por ver pessoas morando na rua e não contestamos as razões que impedem que eles consigam abrigo.”
E esta atitude é demonstrada em Passado Imperfeito.
Além dos Distritos Santuário, existe uma história secundária que envolve a alta sociedade de São Francisco. Em uma festa exclusiva, quando o tema dos Distritos Santuário é mencionado, uma das convidadas mostra desconhecimento da sua existência.
“Achei que eles tivessem deixado de fazer aquilo”, diz ela. “Por que eles deixariam?”, responde outra pessoa. “É a única forma de manter essas pessoas fora das ruas.”
‘Nada nunca muda’
A visão dos Distritos Santuário de Deep Space Nine em 2024 não se tornou realidade.
“Não temos essas fortalezas muradas onde encarceramos à força as pessoas em situação de rua”, explica Pimpare. “Mas temos todo tipo de acampamentos legalizados.”
Um exemplo é a área conhecida como Camp Hope em Las Cruces, no Novo México (EUA). Nela, pessoas sem-teto podem montar suas tendas e ter acesso à água corrente e eletricidade.
Em San Diego, na Califórnia, existem “locais para dormir com segurança” – equipamentos legalizados, que foram abertos simultaneamente à proibição de acampamentos públicos na cidade.
Pimpare defende que esses acampamentos autorizados são “melhores do que nada, para muitas pessoas – porque ‘nada’, muitas vezes, é a alternativa disponível”. Mas, mesmo sendo mais benevolentes que os Distritos Santuário de Jornada nas Estrelas, eles ainda são soluções apenas temporárias.
Em Futuro Imperfeito, as mudanças de longo prazo só começam quando a situação fica suficientemente ruim para inspirar a revolta.
A conclusão é sinistra, mas reflete a visão de Star Trek sobre as dificuldades que a humanidade pode precisar enfrentar para atingir um futuro mais igualitário.
“Jornada nas Estrelas nunca prometeu um futuro utópico”, explica Michael Okuda. “Na verdade, muitos episódios alertam sobre o que poderá acontecer se fizermos escolhas erradas.”
“Mas Jornada nas Estrelas afirma que o amanhã pode ser um lugar melhor se formos inteligentes, se trabalharmos muito e se formos éticos, solidários e inclusivos.”
Camp Hope é uma área em Las Cruces, no Novo México (EUA), onde pessoas em situação de rua podem montar suas tendas e ter acesso à água corrente e eletricidade
Alamy via BBC
Pimpare destaca uma fala dos episódios que ele considera fundamental para esta ideia.
Em uma cena, Bashir conforta uma assistente social, dizendo que a situação no Distrito Santuário não é culpa dela. Ela responde: “todos dizem isso a si mesmos e nada nunca muda”.
Para Pimpare, “esta fala é fundamental para a mensagem dos episódios”.
“Você não pode simplesmente erguer as mãos e dizer que o sistema é grande demais para ser influenciado. É assim que chegamos a esse tipo de circunstâncias. No nosso mundo real, existem muitas coisas que podemos fazer para combater a falta de moradia.”
Michael e Denise Okuda têm um ponto de vista similar à mensagem de Passado Imperfeito. Sua perspectiva tem origem na visão original do criador de Jornada nas Estrelas, Gene Roddenberry (1921-1991).
Para Denise, “Star Trek sempre foi política”. E Michael acrescenta: “Desde o princípio, Roddenberry projetou Jornada nas Estrelas para que usasse alegorias”.
Agora que iniciamos 2024 sem ter Distritos Santuário em vista, é desta forma que os episódios de Passado Imperfeito podem ser observados.
Sua previsão para 2024 não se concretizou no sentido literal, mas os episódios trazem uma verdade alegórica sobre a forma em que os Estados Unidos cuidam das pessoas em situação de rua.
Mas existe também uma verdade que avança muito além dessas fronteiras. Ela reflete um impulso humano muito desconfortável – o de desviar os olhos do sofrimento, em vez de confrontá-lo.
Como em muitas outras grandes obras de ficção científica, Jornada nas Estrelas sobrevive enquanto ultrapassamos mais uma data na sua linha do tempo.
Passado Imperfeito, infelizmente, permanecerá relevante enquanto existirem a desigualdade e as pessoas em situação de rua, não importa em que ano estejamos vivendo.
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João Gilberto é cantado no tempo de Bebel Gilberto em show que marca a estreia no Brasil de turnê internacional

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♫ NOTÍCIA
♪ Em abril do ano passado, Bebel Gilberto ainda nem havia lançado o álbum João quando, ao fazer show na cidade de São Paulo (SP), cantou o repertório do disco que somente chegaria ao mundo em 25 de agosto de 2023. Tudo fez sentido porque o propósito do show era promover a edição do álbum póstumo João Gilberto – Ao vivo no Sesc_1998, lançado em abril daquele ano de 2023.
Se o disco ao vivo trazia à tona gravação inédita de show feito pelo criador da bossa nova na mesma cidade de São Paulo (SP), o álbum de Bebel simbolizava declaração de amor da filha para o pai João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (10 de junho de 1931 – 6 de julho de 2019) através da abordagem de 11 músicas do repertório irretocável do cantor.
No show feito em Sampa em abril de 2023, Bebel cantou essas músicas no formato de voz e violão. Depois que o álbum foi lançado, a cantora saiu em turnê internacional que, desde o segundo semestre de 2023, transitou por 30 países, totalizando mais de 60 apresentações do show João.
É essa turnê João que Bebel traz enfim ao Brasil no próximo fim de semana, com três apresentações agendadas no Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, em São Paulo (SP), de 27 a 29 de setembro.
Desta vez, em vez do solitário violão, Bebel Gilberto terá o toque de banda formada pelos músicos Bernardo Bosisio (violão e guitarra), Dennis Bulhões (bateria e percussão) e Didi Gutman (piano, teclados e programações).
Sob direção de Talita Miranda, a cantora dará voz a músicas como Adeus, América (Geraldo Jacques e Haroldo Barbosa, 1948), Caminhos cruzados (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1958), Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959), O pato (Jayme Silva e Neusa Teixeira, 1960) e Você e eu (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1961).

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Homem destrói escultura de Ai Weiwei em exposição na Itália

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A obra Porcelain Cube fazia parte da exibição ‘Who am I?’ e o curador da mostra descreveu o ato como ‘imprudente e sem sentido’. Um homem tcheco de 57 anos foi preso. Escultura chinesa de Ai Weiwei é destruída
OperaLaboratori via AP
Um homem destruiu a escultura Porcelain Cube, do artista chinês Ai Weiwei, durante uma exposição no Palazzo Fava, em Bologna, norte da Itália. De acordo com informações da AP, Arturo Galansino, curador da mostra, descreveu o ato como “imprudente e sem sentido”.
Porcelain Cube fazia parte da exposição “Who am I?”, que será inaugurada no sábado (28). A imprensa italiana afirmou que polícia prendeu um homem tcheco de 57 anos, que disse ser artista. Ele é conhecido por ter como alvo obras de artes importantes. Ainda de acordo com a agência, não está claro como o homem conseguiu acesso ao evento na sexta (20), que era apenas para convidados.
Conforme desejo do artista, os fragmentos da obra foram cobertos com um pano e retirados. Eles serão substituídos por uma impressão em tamanho real e uma etiqueta explicando o que aconteceu. Ai Weiwei divulgou nas redes sociais imagens da câmera de segurança que mostram o momento em que a obra foi destruída.
“O ato de vandalismo contra a obra ‘Porcelain Cube’ de Ai Weiwei é ainda mais chocante quando consideramos que várias das obras expostas exploram o próprio tema da destruição”, disse o curador da exposição Arturo Galansino.
Escultura chinesa de Ai Weiwei
OperaLaboratori via AP
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Vestido usado por Ana Castela no Rock in Rio tem 2,5 kg de pedraria e levou 120 horas para ser bordado

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Estilista desenhou e bordou à mão a peça, integrando referências da carreira da cantora. Vestido foi feito com exclusividade para cantora usar no festival. Ana Castela no Rock in Rio
Leo Franco/AgNews
Ana Castela fez sua estreia no palco do Rock in Rio usando um vestido preto todo bordado à mão e feito exclusivamente para cantora vestir no evento.
Questionando se aquele era o palco que a Katy Perry havia pisado, Ana desfilou pela passarela com o tubinho de alcinha preto coberto por quase 2,5 quilos de pedrarias.
A cantora foi uma das convidadas por Chitãozinho e Xoxoró para o show Pra Sempre Sertanejo, no sábado (21).
Para o evento especial, a stylist da cantora, Maria Augusta Sant’Anna, procurou a marca Hisha, que traz peças bordadas por mulheres mineiras.
A estilista Giovanna Resende foi a responsável por criar a peça, desenhando à mão alguns elementos que fazem referências à carreira da cantora, como o cavalo gigante usado por Ana na gravação de seu primeiro DVD. A guitarra do Rock in Rio, notas musicais, natureza e ferradura completaram a peça.
Segundo a assessoria da cantora, as bordadeiras levaram 120 horas para finalizar a peça.
No palco, Ana cantou “Sinônimos” com Chitãozinho e Xororó, além de um trechinho de seus hits “Nosso Quadro”, “Solteiro Forçado” e “Pipoco”.
Vestido usado por Ana Castela no Rock in Rio
Divulgação
Show Pra Sempre Sertanejo
Entre os shows que já aconteceram no Rock in Rio 2024, poucos tiveram tanto engajamento do público quanto um bloco de apresentações dedicado ao sertanejo no sábado (21), penúltimo dia do evento. Contra a resistência de parte dos frequentadores — especialmente de uma parcela roqueira mais conservadora –, o estilo fez sua estreia no festival, após 40 anos de espera.
E foi uma estreia gloriosa. Para tornar o som mais palatável para quem não gostou da ideia, a organização escalou a Orquestra Heliópolis para criar os arranjos. O verdadeiro acerto, porém, foi a escolha de Chitãozinho e Xororó para conduzir o roteiro de performances e guiar a plateia. No universo sertanejo, a dupla desperta idolatria do nível de rockstars.
Chitãozinho e Xororó
Miguel Folco/g1
A ideia de incluir o sertanejo no Rock in Rio começou a tomar forma durante a edição de 2022. Roberto Medina, idealizador do festival, passou a sinalizar em entrevistas o desejo de escalar nomes do ritmo no line-up de 2024, citando nominalmente o cantor Luan Santana. Ele é conhecido pela megaprodução de seus shows.
Em entrevista ao g1 em setembro de 2022, o próprio Luan disse que seria “uma honra” se apresentar no evento. Mas ele não apareceu no palco.
Com um compromisso marcado em Santa Catarina na mesma noite, Luan cancelou de última hora a participação no show e citou como motivo um atraso na programação deste sábado. O bloco sertanejo começou cerca de uma hora e meia depois do horário inicialmente previsto.
Simone Mendes, Junior e Cabal foram outras participações no show.
Leia crítica completa do show.
Chitãozinho, Xororó e Ana Castela falam sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio

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