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Festas e Rodeios

‘A cor púrpura’ desperdiça potencial em nova versão musical de clássico; g1 já viu

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Adaptação de peça da Broadway baseada no filme de 1985 que adaptava livro leva leveza do gênero à história sofrida, mas não se aproveita das possibilidades de um musical. Em menos de um mês, o novo “A cor púrpura” é o segundo filme a adaptar um musical da Broadway baseado em um filme clássico que adaptava um livro. A coincidência com o “Meninas malvadas” de janeiro para por aí.
Ao contrário de seu primo muito – MUITO – distante, a estreia desta quinta-feira (8) nos cinemas brasileiros desperdiça o potencial de seu novo gênero e não consegue justificar totalmente sua existência.
Seu desafio é muito maior, é verdade. Afinal, sofre com a inevitável comparação com o clássico de 1985, que lançou a carreira cinematográfica de Whoopi Goldberg e que foi dirigido por um dos maiores de todos os tempos, Steven Spielberg.
Para piorar, precisa também cantar e dançar durante a história escrita por Alice Walker, uma das mais sofridas da literatura e do cinema.
Mas com medo de ousar em linguagem, visuais e atuações, e um respeito talvez exagerado pelas obras anteriores, nunca se torna algo verdadeiramente independente.
Há momentos de brilho, em especial no elenco. Fantasia Barrino não é nenhuma Goldberg, mas não compromete ao repetir o papel ao qual deu vida na Broadway.
Revelada no “American Idol”, ela segura o lado musical, mas nunca consegue sair da sombra de estrelas como Danielle Brooks (outra que fez a transição dos palcos ao cinema com a mesma personagem e conseguiu uma indicação ao Oscar de atriz coadjuvante pelo filme), Colman Domingo (“Rustin”) e Taraji P. Henson (“Estrelas além do tempo”).
Assista ao trailer de ‘A cor púrpura’
Equilíbrio entre leveza e sofrimento
Assim como no livro e na primeira adaptação (e na Broadway), este “A cor púrpura” conta a história de uma jovem negra (Barrino) no interior dos Estados Unidos no começo do século 20 que passa por abusos nas mãos de todos os homens de sua vida.
Separada de sua irmã (Halle Baley) ainda criança, ela encontra esperança nas amizades com outras mulheres que passam pelo seu caminho – e mostra que, ao se inspirar em seus exemplos, também pode servir como fonte de força para aquelas ao redor.
A direção do ganense Blitz “The Ambassador” Bazawule (um dos diretores de “Black is king: um filme de Beyoncé”) equilibra o peso da trama com o lado mais leve do musical – algo que até melhora o ritmo mais lento imposto por Spielberg em 1985.
Potencial desperdiçado
Infelizmente, o cineasta não consegue se aproveitar das possibilidades de um musical. Em alguns momentos, a narrativa flerta com a imaginação da protagonista e suas viagens para lugares distantes de tanto sofrimento, mas nunca se compromete com os delírios.
“I’m here”, por exemplo, merecia uma grande celebração de libertação e aceitação do nível da apoteótica canção do final. Presa em um cenário pobre e sem graça, a música não chega perto do sentimento de intimidade desejado – apesar da bela interpretação de Barrino.
Fantasia Barrino e Taraji P. Henson em cena de ‘A cor púrpura’
Divulgação
Outro caso bizarro é a falta de sentido em escalar uma cantora do calibre de H.E.R., em sua estreia como atriz, e aproveitar sua voz e seu carisma somente alguns poucos segundos, em “Miss Celie’s Pants”.
Olho no passado
Brooks se aproveita bem do papel que também rendeu indicação a Oprah (que retorna como produtora da nova versão) e se destaca com uma força e um brilho invejáveis. Sua presença na categoria de coadjuvantes do Oscar talvez seja exagero, mas está longe de ser injusta.
Domingo (indicado como melhor ator por “Rustin”) também empresta seu talento habitual ao papel do marido abusivo da protagonista e consegue um personagem mais humano, menos cartunesco que a atuação de Danny Glover em 1985.
O novo “A cor púrpura” já se justificaria pelas canções – as belas interpretações não merecem pagar pela falta de ousadia de suas cenas. Mas o musical ainda também pode apresentar uma nova geração a uma história essencial.
Na dúvida, no entanto, ainda mais vale rever o clássico.
Danielle Brooks e Fantasia Barrino em cena de ‘A cor púrpura’
Divulgação

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Silva soa redundante ao reciclar na ‘Encantado session’ músicas do álbum que lançou há apenas quatro meses

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A única novidade do registro audiovisual é o cover cool de ‘Fim de sonho’, canção de João Donato. O cantor Silva posa para o irmão, Lucas Silva, na sessão gravada no Estúdio Rocinante com os músicos do show da turnê ‘Encantado’
Lucas Silva / Divulgação
♫ COMENTÁRIO
♩ Ok, o sexto álbum gravado por Silva em estúdio com repertório autoral, Encantado, lançado em 23 de maio, é excelente e merecia ter obtido maior repercussão. Mas nada justifica a reciclagem de seis das 16 músicas do disco em gravação audiovisual intitulada Encantado session e apresentada nesta terça-feira, 24 de setembro, no canal oficial de Silva no YouTube. Afinal, o álbum Encantado foi lançado há apenas quatro meses.
Mas o fato é que o cantor, compositor e multi-instrumentista capixaba arregimentou os quatro músicos que tocam com Silva no show da corrente turnê Encantado – Bruno Buarque (bateria), Gabriel Ruy (guitarra e percussão), Hugo Maciel (baixo e sintetizador) e Rômulo Quinelato (guitarra, violão e sintetizador) – e entrou no estúdio da gravadora Rocinante em Petrópólis (RJ), cidade da região serrana do estado do Rio de Janeiro, para regravar canções como Copo d’ água, Girassóis, Gosto de você, Já era e Risquei você.
Feitos sob a direção musical do próprio Silva (piano, violão e sintetizador), os takes foram captados ao vivo e, de acordo com o artista, chegam hoje ao mundo sem retoques. A questão é que registros como o da balada Vou falar de novo, calcada no piano de Silva, soam redundantes.
Fora do repertório do álbum Encantado, composto por Silva em parceria com o irmão Lucas Silva, entraram no roteiro da Encantado session o sucesso Fica tudo bem (2018) e um cover cool de Fim de sonho (1973), parceria de João Donato (1934 – 2023) com João Carlos Pádua apresentada por Donato no álbum Quem é quem (1973).
Única novidade da gravação, a abordagem da canção se justifica na sessão de estúdio porque Silva dedicou a Donato o álbum Encantado. De todo modo, volta a questão: Silva e o mundo precisavam mesmo dessa Encantado session?
Silva lança hoje, 24 de setembro, o registro audiovisual intitulado ‘Encantado session’ com takes ao vivo de oito músicas gravadas em Petrópolis (RJ)
Lucas Silva / Divulgação

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Em nova denúncia, mulher diz que foi dopada e estuprada pelo rapper Sean ‘Diddy’ Combs em estúdio

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Denúncia aponta que caso aconteceu em 2001, quando a vítima tinha 25 anos. Estupro foi filmado e mostrado para outros homens, segundo a acusação. Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Uma mulher acusou formalmente nesta terça-feira (24) o rapper Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, por tê-la drogado e estuprado em 2001, quando ela tinha 25 anos, informou a Agência France-Presse (AFP). A nova denúncia se soma a outras por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição que o artista enfrenta.
Segundo o documento, apresentado em um tribunal de Nova York, a vítima contou que foi levada ao estúdio de Combs, na mesma cidade, para uma reunião. Ela perdeu a consciência após receber do rapper e de um segurança dele uma taça de vinho.
“Ela acordou e se viu nua e amarrada”, descreve a denúncia. Combs e Joseph Sherman “passaram a abusar dela brutalmente e a estuprá-la. Combs a estuprou sem piedade”.
O rapper está preso em Nova York e aguarda julgamento por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição. Ele se declarou inocente das acusações.
Segundo a agência, Thalia Graves, que autorizou ter seu nome divulgado, afirmou que permaneceu em silêncio sob ameaças por mais de duas décadas, e que descobriu no ano passado que os dois haviam gravado o estupro “e mostrado para vários homens”.
“A dor interna após ser atacada sexualmente é incrivelmente profunda e difícil de traduzir em palavras”, disse Thalia nesta terça, em entrevista coletiva. “Deixa cicatrizes emocionais que nunca serão curadas por completo”, acrescentou, chorando.
A advogada da vítima, Gloria Allred, disse que o objetivo do processo é destruir e impedir a divulgação do suposto vídeo, além de buscar uma indenização por danos físicos e emocionais.
Também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, Sean Combs era um nome poderoso do mercado do hip-hop e foi produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G.
Esta reportagem está em atualização.

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Adriana Calcanhotto revive Partimpim 12 anos após álbum que surtiu efeito menor no mercado e nem gerou show

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♫ ANÁLISE
♩ Adriana Partimpim está de volta quatro anos após live feita em março de 2020 – no início do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 – e doze anos após o último álbum, Tlês (2012).
A personagem – criada por Adriana Calcanhotto para trabalhos voltados para as crianças – retorna ao mercado fonográfico com o quarto álbum de estúdio. O próximo disco de Partimpim tem lançamento previsto para a primeira quinzena de outubro, a tempo de celebrar o Dia das crianças.
Para promover a ressurreição do heterônimo de Calcanhotto no mercado, foi criado até um perfil de Adriana Partimpim nas redes sociais, há uma semana.
Essa volta de Partimpim com o álbum O quarto é notícia que deve ser celebrada, pois todos os anteriores álbuns de estúdio da personagem – Adriana Partimpim (2004), Dois (2009) e o já mencionado Tlês (2012) – foram trabalhos que trataram o público infantil com inteligência.
Mas resta saber se essa volta, estrategicamente idealizada para celebrar os 20 anos do primeiro álbum, conseguirá bisar o sucesso desse disco inicial, que legou dois hits, Fico assim sem você (Cacá Morais e Abdullah, 2002) – recriação sagaz da música que havia sido lançada dois anos antes pela dupla Claudinho & Buchecha – e Oito anos (Paula Toller e Dunga, 1998), regravação da canção do primeiro álbum solo de Paula Toller.
Os álbuns posteriores, Dois e Tlês, foram feitos com o mesmo apuro, mas surtiram efeito menor, em especial Tlês. Tlês sequer gerou show e, consequentemente, tampouco originou registro audiovisual de show, como os dois discos que o antecederam.
Sim, a discografia de Adriana Partimpim também inclui os DVDs Adriana Partimpim – O show (2005) e Partimpim – Dois é show (2010).
Seja como for, o fato é que a personagem deixou saudade, inclusive (talvez até sobretudo) entre os admiradores de Adriana Calcanhotto. Que venha, pois, O quarto para matar essa saudade!

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