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Festas e Rodeios

Clube do Samba, fundado há 45 anos por João Nogueira, é ato de resistência cultural celebrado no Carnaval de 2024

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Filho do bamba, Diogo Nogueira comanda baile que integra série de ações criadas para avivar o legado da instituição surgida em 1979 na era da ‘disco music’. ♪ MEMÓRIA – Para entender o sentido do baile que Diogo Nogueira comanda hoje, 8 de fevereiro, na casa Vivo Rio, é preciso voltar 45 anos no tempo.
Feita com o benefício da perspectiva do tempo, uma análise rápida da história da música brasileira é suficiente para mostrar que o samba vivia momento vigoroso em 1979. Naquele ano, as maiores vozes do gênero – Alcione, Beth Carvalho (1946 – 2019), Clara Nunes (1942 – 1983), Martinho da Vila, Paulinho da Viola e Roberto Ribeiro (1940 – 1996) – lançaram discos relevantes que mantiveram hasteada nas alturas a bandeira do samba.
Só que, em 1979, ainda ecoava no Brasil os ecos da explosão mundial da disco music em 1977. Os embalos de sábado à noite agitavam multidões no universo pop ocidental, tendo sido amplificados no Brasil pelo estouro da novela Dancin’ days (1978 / 1979), blockbuster da TV Globo. A disco music dominava as rádios e gerava a falsa impressão de que o samba agonizava.
Foi nesse contexto que João Nogueira (12 de novembro de 1941 – 5 de junho de 2000), bamba carioca projetado ao longo da década de 1970, fundou o Clube do Samba em 5 de maio de 1979. Ato de resistência cultural face ao aparente domínio da música estrangeira (em especial da música norte-americana), o Clube do Samba agregou os maiores nomes do gênero.
Além de Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, Martinho da Vila e Paulinho da Viola, sambistas do quilate de Dona Ivone Lara (1922 – 2018) e ícones da MPB, como Djavan, engrossaram as fileiras do Clube do Samba, ao qual também se filiaram bambas como Clementina de Jesus (1901 – 1987) e Elza Soares (1930 – 2022). Todos unidos pelo gregário João Nogueira – visto na imagem acima na caricatura criada pela artista carioca Fernanda Massotti com o designer André Massotti para celebrar os 45 anos do Clube do Samba.
Além de fazer da própria casa a sede da instituição de 1979 a 1982, João Nogueira presidiu o Clube do Samba por bravos 21 anos, até sair precocemente de cena em 2000, aos 60 anos. Foram inumeráveis rodas e shows de samba que mantiveram o gênero vivo quando o rock começou a dar as cartas mercado fonográfico a partir de 1982.
Após a morte de João Nogueira, autor do memorável partido alto Clube do samba (1983), composto para expor os alicerces e o espírito aglutinador da instituição, o clube passou a ser gerido pela família do artista e, por mais que tenha perdido força como movimento e ato cultural a partir da década de 1990, é oportuno jogar luz sobre a ação heroica de João Nogueira em 1979.
O baile comandado hoje por Diogo Nogueira, filho de João, com adesões de Sandra de Sá e do Cordão do Bola Preta, é a primeira de várias ações previstas para desenvolver, ao longo de 2024, o projeto Clube do Samba 45 anos – Cultuando o samba.
Tendo à frente Clarissa Nogueira e Angela Nogueira, o Clube do Samba já extrapolou a função cultural e se tornou, também, projeto social que atende cerca de 120 crianças do subúrbio da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Mais um motivo para os sócios permanecerem no clube, cantando as coisas do coração.

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Silva soa redundante ao reciclar na ‘Encantado session’ músicas do álbum que lançou há apenas quatro meses

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A única novidade do registro audiovisual é o cover cool de ‘Fim de sonho’, canção de João Donato. O cantor Silva posa para o irmão, Lucas Silva, na sessão gravada no Estúdio Rocinante com os músicos do show da turnê ‘Encantado’
Lucas Silva / Divulgação
♫ COMENTÁRIO
♩ Ok, o sexto álbum gravado por Silva em estúdio com repertório autoral, Encantado, lançado em 23 de maio, é excelente e merecia ter obtido maior repercussão. Mas nada justifica a reciclagem de seis das 16 músicas do disco em gravação audiovisual intitulada Encantado session e apresentada nesta terça-feira, 24 de setembro, no canal oficial de Silva no YouTube. Afinal, o álbum Encantado foi lançado há apenas quatro meses.
Mas o fato é que o cantor, compositor e multi-instrumentista capixaba arregimentou os quatro músicos que tocam com Silva no show da corrente turnê Encantado – Bruno Buarque (bateria), Gabriel Ruy (guitarra e percussão), Hugo Maciel (baixo e sintetizador) e Rômulo Quinelato (guitarra, violão e sintetizador) – e entrou no estúdio da gravadora Rocinante em Petrópólis (RJ), cidade da região serrana do estado do Rio de Janeiro, para regravar canções como Copo d’ água, Girassóis, Gosto de você, Já era e Risquei você.
Feitos sob a direção musical do próprio Silva (piano, violão e sintetizador), os takes foram captados ao vivo e, de acordo com o artista, chegam hoje ao mundo sem retoques. A questão é que registros como o da balada Vou falar de novo, calcada no piano de Silva, soam redundantes.
Fora do repertório do álbum Encantado, composto por Silva em parceria com o irmão Lucas Silva, entraram no roteiro da Encantado session o sucesso Fica tudo bem (2018) e um cover cool de Fim de sonho (1973), parceria de João Donato (1934 – 2023) com João Carlos Pádua apresentada por Donato no álbum Quem é quem (1973).
Única novidade da gravação, a abordagem da canção se justifica na sessão de estúdio porque Silva dedicou a Donato o álbum Encantado. De todo modo, volta a questão: Silva e o mundo precisavam mesmo dessa Encantado session?
Silva lança hoje, 24 de setembro, o registro audiovisual intitulado ‘Encantado session’ com takes ao vivo de oito músicas gravadas em Petrópolis (RJ)
Lucas Silva / Divulgação

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Em nova denúncia, mulher diz que foi dopada e estuprada pelo rapper Sean ‘Diddy’ Combs em estúdio

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Denúncia aponta que caso aconteceu em 2001, quando a vítima tinha 25 anos. Estupro foi filmado e mostrado para outros homens, segundo a acusação. Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Uma mulher acusou formalmente nesta terça-feira (24) o rapper Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, por tê-la drogado e estuprado em 2001, quando ela tinha 25 anos, informou a Agência France-Presse (AFP). A nova denúncia se soma a outras por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição que o artista enfrenta.
Segundo o documento, apresentado em um tribunal de Nova York, a vítima contou que foi levada ao estúdio de Combs, na mesma cidade, para uma reunião. Ela perdeu a consciência após receber do rapper e de um segurança dele uma taça de vinho.
“Ela acordou e se viu nua e amarrada”, descreve a denúncia. Combs e Joseph Sherman “passaram a abusar dela brutalmente e a estuprá-la. Combs a estuprou sem piedade”.
O rapper está preso em Nova York e aguarda julgamento por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição. Ele se declarou inocente das acusações.
Segundo a agência, Thalia Graves, que autorizou ter seu nome divulgado, afirmou que permaneceu em silêncio sob ameaças por mais de duas décadas, e que descobriu no ano passado que os dois haviam gravado o estupro “e mostrado para vários homens”.
“A dor interna após ser atacada sexualmente é incrivelmente profunda e difícil de traduzir em palavras”, disse Thalia nesta terça, em entrevista coletiva. “Deixa cicatrizes emocionais que nunca serão curadas por completo”, acrescentou, chorando.
A advogada da vítima, Gloria Allred, disse que o objetivo do processo é destruir e impedir a divulgação do suposto vídeo, além de buscar uma indenização por danos físicos e emocionais.
Também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, Sean Combs era um nome poderoso do mercado do hip-hop e foi produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G.
Esta reportagem está em atualização.

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Adriana Calcanhotto revive Partimpim 12 anos após álbum que surtiu efeito menor no mercado e nem gerou show

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♫ ANÁLISE
♩ Adriana Partimpim está de volta quatro anos após live feita em março de 2020 – no início do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 – e doze anos após o último álbum, Tlês (2012).
A personagem – criada por Adriana Calcanhotto para trabalhos voltados para as crianças – retorna ao mercado fonográfico com o quarto álbum de estúdio. O próximo disco de Partimpim tem lançamento previsto para a primeira quinzena de outubro, a tempo de celebrar o Dia das crianças.
Para promover a ressurreição do heterônimo de Calcanhotto no mercado, foi criado até um perfil de Adriana Partimpim nas redes sociais, há uma semana.
Essa volta de Partimpim com o álbum O quarto é notícia que deve ser celebrada, pois todos os anteriores álbuns de estúdio da personagem – Adriana Partimpim (2004), Dois (2009) e o já mencionado Tlês (2012) – foram trabalhos que trataram o público infantil com inteligência.
Mas resta saber se essa volta, estrategicamente idealizada para celebrar os 20 anos do primeiro álbum, conseguirá bisar o sucesso desse disco inicial, que legou dois hits, Fico assim sem você (Cacá Morais e Abdullah, 2002) – recriação sagaz da música que havia sido lançada dois anos antes pela dupla Claudinho & Buchecha – e Oito anos (Paula Toller e Dunga, 1998), regravação da canção do primeiro álbum solo de Paula Toller.
Os álbuns posteriores, Dois e Tlês, foram feitos com o mesmo apuro, mas surtiram efeito menor, em especial Tlês. Tlês sequer gerou show e, consequentemente, tampouco originou registro audiovisual de show, como os dois discos que o antecederam.
Sim, a discografia de Adriana Partimpim também inclui os DVDs Adriana Partimpim – O show (2005) e Partimpim – Dois é show (2010).
Seja como for, o fato é que a personagem deixou saudade, inclusive (talvez até sobretudo) entre os admiradores de Adriana Calcanhotto. Que venha, pois, O quarto para matar essa saudade!

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