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Festas e Rodeios

‘Macetando’, de Ivete Sangalo, já nasceu com coreografia; entenda a receita do hit do carnaval

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Música tem dança fácil de pegar, gíria da moda e Ivete mais próxima do funk e do pagodão. Compositor fala ao g1 sobre fórmula que faz parceria com Ludmilla bombar no carnaval. Ivete Sangalo no Festival de Verão Salvador
Jorge Jesus
“Macetando”, música de Ivete Sangalo e Ludmilla, não virou hit do Carnaval 2024 por acaso. Ela foi criada por um time que conhece bem a receita para agradar o paladar dos foliões.
Além de Ivete, Luciano Chaves e Samir Trindade assinam a composição. Some os currículos de ambos e você encontrará sucessos carnavalescos de Daniela Mercury, Claudia Leitte, Léo Santana, Xanddy, Psirico…
Com Ivete, a parceria é antiga: entre outros trabalhos, a dupla fez “Cria de Ivete”, sucesso do Carnaval 2023. Samir, que está nos créditos de mais de 30 faixas da cantora, conversou com o g1 para contar os bastidores da bem-sucedida aposta dela para a folia deste ano. Afinal, o que “Macetando” tem?
Apostas para o carnaval: 10 músicas que podem se tornar o grande hit da folia em 2024
A gíria da moda
“Cria de Ivete” marcou uma mudança sutil de direcionamento na carreira de Ivete Sangalo. A música do projeto ao vivo “Chega Mais” mostrou Ivete melodicamente mais próxima do pagodão baiano e das batidas do funk. Dos dois gêneros, ela também incorporou as construções verbais com o verbo “sentar”, até então fora de seu repertório.
“Tem gente que senta pra beber / Aqui ‘nós’ bebe pra sentar”, diz o refrão da música de 2023.
A adequação ao dialeto da moda deu certo. “Cria de Ivete” perdeu para “Zona de Perigo”, hit de Léo Santana, mas teve seu sucesso naquele carnaval, acumulando mais de 15 milhões de plays no YouTube.
Ludmilla e Ivete Sangalo cantam ‘Macetando’ em show no Estádio do Maracanã, no Rio
Divulgação
Em 2024, com “Macetando”, ela usa a mesma estratégia: o refrão repete o verbo, também comum no pop, até grudar na cabeça de quem ouve.
“A gente fica sempre atento ao comportamento das pessoas nas ruas e nas redes sociais, para deixar a música com uma cara atual e dialogar com todos os públicos, tanto os que sabem o significado quanto os que ficam curiosos e vão pesquisar o que significa ‘macetar’”, explica Samir, compositor do hit.
“‘É uma gíria que transita na internet. Levando ao pé da letra, não tem sentido. Mas, como é gíria, entra a licença poética. Cada um tem a liberdade de achar que ‘macetar’ significa o que bem quiser.”
As palavras que abrem o refrão também foram estrategicamente posicionados. Para bombar no carnaval, explica o compositor, é bom que a música tenha um “momento para a multidão gritar”. É o “Aaaaaah, bebê!”, que antecede “É a Veveta que tá no comando”. “A gente já imaginava que todo mundo ia gritar isso”, diz ele.
Samir acrescenta outros ingredientes: “Uma melodia de felicidade, solar, e uma dança fácil de fazer, que a gente chama de ‘tiktokiável’”.
Dancinha viral
“Macetando” foi impulsionada por uma coreografia simples, com apenas cinco movimentos no refrão. A dança foi divulgada por Ivete no Instagram no dia 15 de dezembro, em um vídeo ao lado das influenciadoras Sthefane Matos e Vanessa Lopes.
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A partir de então, uma pesada estratégia de marketing resultou em dezenas de celebridades reproduzindo os movimentos para milhões de seguidores. O g1 já mostrou como artistas e gravadoras fazem parcerias pagas com influenciadores para viralizar lançamentos musicais nas redes.
Amplamente reproduzida neste carnaval, a coreografia de “Macetando” foi esboçada já no momento da composição. “Bem desengonçadamente, assim, fazíamos uma dança parecida com a que ficou”, conta Samir Trindade.
“Não tem como fazer de outro jeito: tem que ser de ladinho, coraçãozinho, manda beijinho para quem tá filmando”, ele acrescenta, citando o refrão da música. A versão final da dança foi criada por coreógrafos de Ivete.
O compositor da música explica que escrever letras já pensando nas coreografias se tornou um processo comum na era das plataformas de vídeos curtos. Ele cita outros artifícios que também podem ajudar a fazer uma música circular entre diferentes públicos na internet:
“Não pode demorar muito para entregar a informação, não pode ser uma letra confusa. A gente também pensa se a música é vulgar ou não, se está pesada… São vários filtros, até chegar numa fórmula que consideramos a ideal.”
Sexy sem ser vulgar
Com três décadas de uma carreira controlada na rédea curta, Ivete sempre se manteve distante de músicas com claras insinuações sexuais. Mesmo na nova fase, ajustada à linguagem mais insinuante do funk, ela se preocupa em não parecer vulgar.
Anitta faz participação no trio de Ivete Sangalo na abertura do carnaval de Salvador
ivia Neves / Ag. Picnews
Samir reconhece que esse foi um fator importante na hora de criar “Macetando”. Apesar do termo dar margem para uma interpretação sexual, a letra está mais interessada em exaltar o poder feminino.
“Não que Ivete não se permita a determinadas coisas, mas ela tem a cara na TV, está inserida em projetos sociais, tem toda uma construção que precisa dialogar com essa imagem cravada no mercado. Não pode destoar.”
Destoando ou não, o fato é que, se nada extraordinário acontecer aos 45 do segundo tempo, “Macetando” deve se sagrar grande sucesso do Carnaval 2024.
Em bloquinhos e blocões, só dá ela. Nesta quinta-feira (8), Ivete abriu a festa de Salvador cantando a música ao lado de Anitta, enquanto, embaixo do trio, milhares de foliões mandavam beijinho para quem estava filmando.

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Silva soa redundante ao reciclar na ‘Encantado session’ músicas do álbum que lançou há apenas quatro meses

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A única novidade do registro audiovisual é o cover cool de ‘Fim de sonho’, canção de João Donato. O cantor Silva posa para o irmão, Lucas Silva, na sessão gravada no Estúdio Rocinante com os músicos do show da turnê ‘Encantado’
Lucas Silva / Divulgação
♫ COMENTÁRIO
♩ Ok, o sexto álbum gravado por Silva em estúdio com repertório autoral, Encantado, lançado em 23 de maio, é excelente e merecia ter obtido maior repercussão. Mas nada justifica a reciclagem de seis das 16 músicas do disco em gravação audiovisual intitulada Encantado session e apresentada nesta terça-feira, 24 de setembro, no canal oficial de Silva no YouTube. Afinal, o álbum Encantado foi lançado há apenas quatro meses.
Mas o fato é que o cantor, compositor e multi-instrumentista capixaba arregimentou os quatro músicos que tocam com Silva no show da corrente turnê Encantado – Bruno Buarque (bateria), Gabriel Ruy (guitarra e percussão), Hugo Maciel (baixo e sintetizador) e Rômulo Quinelato (guitarra, violão e sintetizador) – e entrou no estúdio da gravadora Rocinante em Petrópólis (RJ), cidade da região serrana do estado do Rio de Janeiro, para regravar canções como Copo d’ água, Girassóis, Gosto de você, Já era e Risquei você.
Feitos sob a direção musical do próprio Silva (piano, violão e sintetizador), os takes foram captados ao vivo e, de acordo com o artista, chegam hoje ao mundo sem retoques. A questão é que registros como o da balada Vou falar de novo, calcada no piano de Silva, soam redundantes.
Fora do repertório do álbum Encantado, composto por Silva em parceria com o irmão Lucas Silva, entraram no roteiro da Encantado session o sucesso Fica tudo bem (2018) e um cover cool de Fim de sonho (1973), parceria de João Donato (1934 – 2023) com João Carlos Pádua apresentada por Donato no álbum Quem é quem (1973).
Única novidade da gravação, a abordagem da canção se justifica na sessão de estúdio porque Silva dedicou a Donato o álbum Encantado. De todo modo, volta a questão: Silva e o mundo precisavam mesmo dessa Encantado session?
Silva lança hoje, 24 de setembro, o registro audiovisual intitulado ‘Encantado session’ com takes ao vivo de oito músicas gravadas em Petrópolis (RJ)
Lucas Silva / Divulgação

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Em nova denúncia, mulher diz que foi dopada e estuprada pelo rapper Sean ‘Diddy’ Combs em estúdio

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Denúncia aponta que caso aconteceu em 2001, quando a vítima tinha 25 anos. Estupro foi filmado e mostrado para outros homens, segundo a acusação. Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Uma mulher acusou formalmente nesta terça-feira (24) o rapper Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, por tê-la drogado e estuprado em 2001, quando ela tinha 25 anos, informou a Agência France-Presse (AFP). A nova denúncia se soma a outras por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição que o artista enfrenta.
Segundo o documento, apresentado em um tribunal de Nova York, a vítima contou que foi levada ao estúdio de Combs, na mesma cidade, para uma reunião. Ela perdeu a consciência após receber do rapper e de um segurança dele uma taça de vinho.
“Ela acordou e se viu nua e amarrada”, descreve a denúncia. Combs e Joseph Sherman “passaram a abusar dela brutalmente e a estuprá-la. Combs a estuprou sem piedade”.
O rapper está preso em Nova York e aguarda julgamento por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição. Ele se declarou inocente das acusações.
Segundo a agência, Thalia Graves, que autorizou ter seu nome divulgado, afirmou que permaneceu em silêncio sob ameaças por mais de duas décadas, e que descobriu no ano passado que os dois haviam gravado o estupro “e mostrado para vários homens”.
“A dor interna após ser atacada sexualmente é incrivelmente profunda e difícil de traduzir em palavras”, disse Thalia nesta terça, em entrevista coletiva. “Deixa cicatrizes emocionais que nunca serão curadas por completo”, acrescentou, chorando.
A advogada da vítima, Gloria Allred, disse que o objetivo do processo é destruir e impedir a divulgação do suposto vídeo, além de buscar uma indenização por danos físicos e emocionais.
Também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, Sean Combs era um nome poderoso do mercado do hip-hop e foi produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G.
Esta reportagem está em atualização.

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Adriana Calcanhotto revive Partimpim 12 anos após álbum que surtiu efeito menor no mercado e nem gerou show

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♫ ANÁLISE
♩ Adriana Partimpim está de volta quatro anos após live feita em março de 2020 – no início do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 – e doze anos após o último álbum, Tlês (2012).
A personagem – criada por Adriana Calcanhotto para trabalhos voltados para as crianças – retorna ao mercado fonográfico com o quarto álbum de estúdio. O próximo disco de Partimpim tem lançamento previsto para a primeira quinzena de outubro, a tempo de celebrar o Dia das crianças.
Para promover a ressurreição do heterônimo de Calcanhotto no mercado, foi criado até um perfil de Adriana Partimpim nas redes sociais, há uma semana.
Essa volta de Partimpim com o álbum O quarto é notícia que deve ser celebrada, pois todos os anteriores álbuns de estúdio da personagem – Adriana Partimpim (2004), Dois (2009) e o já mencionado Tlês (2012) – foram trabalhos que trataram o público infantil com inteligência.
Mas resta saber se essa volta, estrategicamente idealizada para celebrar os 20 anos do primeiro álbum, conseguirá bisar o sucesso desse disco inicial, que legou dois hits, Fico assim sem você (Cacá Morais e Abdullah, 2002) – recriação sagaz da música que havia sido lançada dois anos antes pela dupla Claudinho & Buchecha – e Oito anos (Paula Toller e Dunga, 1998), regravação da canção do primeiro álbum solo de Paula Toller.
Os álbuns posteriores, Dois e Tlês, foram feitos com o mesmo apuro, mas surtiram efeito menor, em especial Tlês. Tlês sequer gerou show e, consequentemente, tampouco originou registro audiovisual de show, como os dois discos que o antecederam.
Sim, a discografia de Adriana Partimpim também inclui os DVDs Adriana Partimpim – O show (2005) e Partimpim – Dois é show (2010).
Seja como for, o fato é que a personagem deixou saudade, inclusive (talvez até sobretudo) entre os admiradores de Adriana Calcanhotto. Que venha, pois, O quarto para matar essa saudade!

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